Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Prof. Dr. Ricardo Targino Moreira DEA/CT/UFPB 2013 Universidade Federal da Paraíba Departamento de Engenharia de Alimentos Centro de Tecnologia * * APLICAÇÕES DA ANÁLISE SENSORIAL A Avaliação Sensorial na Indústria de Alimentos se aplica à: Desenvolvimento de novos produtos Comparação de produtos Melhoramento de um produto Avaliação do processo de produção Redução de custos e/ou seleção de novos fornecedores de matéria-prima Controle de Qualidade * APLICAÇÕES DA ANÁLISE SENSORIAL Estudo da estabilidade do alimento durante a armazenagem Classificação de produtos Determinação da aceitação de um produto e sugestões de consumidores Preferências e gostos de consumidores Formação de julgadores Correlação das medidas sensoriais com as obtidas por métodos químicos e/ou físicos * * * Métodos empregados em Análise Sensorial ANALÍTICOS: métodos utilizados em avaliações e que são necessários a seleção e/ou treinamento da equipe sensorial é exigida uma avaliação objetiva AFETIVOS são consideradas as preferências ou opiniões das pessoas (ABNT, 1968) * Métodos Analíticos TESTES DE DIFERENÇA OU DISCRIMINATIVOS Comparação pareada Triangular Duo-Trio Ordenação Comparação Múltipla ou Diferença do Controle TESTES DESCRITIVOS Perfil de Sabor Perfil de Textura Análise Descritiva Quantitativa (ADQ) * Métodos Afetivos TESTES DE PERFERÊNCIA/ACEITAÇÃO Comparação Pareada - Preferência Ordenação Escala Hedônica Escala do Ideal * ESCALAS A equipe de análise sensorial utilizando os métodos descritivos ou afetivos faz uso de escalas para expressar suas avaliações nos testes paramétricos e escolha nos testes não paramétricos * Requisitos para Avaliação Sensorial Ambiente dos testes; Preparação das amostras; Apresentação das amostras (quantidade, temperatura, ordem, número e codificação) Ressaltar a importância do planejamento experimental (transparências a parte) Hora e duração dos testes sensoriais Equipe de provadores -recrutamento Número de provadores Resultados * PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS AMOSTRAS Preparação As técnicas de preparação das amostras deve ser sempre fielmente reproduzidas, de preferência de forma uniforme e simples, permitindo que cada provador receba a amostras nas mesmas condições quando da repetição dos testes. * Apresentação Quantidade: 15 a 20 g (duas colheres) para sólidos e de 15 a 25 ml para líquidos. Temperatura: uniforme e igual a de consumo. Eliminar diferenças: * Ordem de apresentação Exemplo de Blocos completos Balanceados(Ex. 1:3 amostras = 36 blocos) Número de amostras Teste de aparência e cor entre outros que não exijam degustação – de 20 a 30 ao mesmo tempo. Teste de sabor deve- se observar a temperatura da amostra * Número de amostras O número de amostras a ser testada depende: Do tipo de provador (treinado ou não), Do tipo de teste: em ordem decrescente temos: visão>odor>sabor. teste de ordenação > teste de escalas * Hora e duração do teste sensorial Geralmente entre 10 e 11 horas da manhã e entre 3 e 4 horas da tarde. Como regra geral um teste sensorial não deve ultrapassar 45 minutos * Equipe de provadores Devem reconhecer os quatro gostos básicos (ter um paladar geneticamente normal); Possuir boa saúde, não usar dentadura em aparelhos ortodônticos; Ter boa reprodutibilidade – i.e. apresentar consistência em seus julgamentos (menor desvio padrão nos resultados); Ter boa memória sensorial; Não ter aversão ao produto; Demonstrar interesse e disponibilidade para os testes; * Número de Provadores Muitos pesquisadores dizem ser de 8 a 10, porém esse número pode ser reduzido até 4, segundo outros pesquisadores, dependendo do tipo de teste da experiência da equipe. * Questionário Deve ser simples e o mais eficiente possível. Nenhum espaço em branco deve ser colocado na ficha, exceto os de nome e data (MORAES, 1993). * Resultados Os resultados devem ser repassados para outras fichas e só então analisados. * ESCALAS A escalas são elementos contínuos e graduados divididos em valores sucessivos, que podem ser gráficos, descritivos ou numéricos * ESCALAS As escalas podem ser: estruturadas (os intervalos são rotulados) não estruturadas gráficas (linha simples contínua com marcação apenas nos extremos) * TIPOS DE ESCALAS DE ATITUDE: expressa atitudes ou opiniões, visando medir o nível de aceitação de um produto pelo consumidor UNIPOLAR: escala com uma extremidade “zero” Exemplo: de insípido até muito intenso * TIPOS DE ESCALAS BIPOLAR: escala com descrições opostas nas duas extremidades Exemplo: de duro a mole (que no caso medem a intensidade dos atributos) HEDÔNICA: escala que expressa o grau de gostar e desgostar Exemplo: gostei muitíssimo a desgostei muitíssimo * TIPOS DE ESCALAS As escala estruturadas podem ser: verbais (série de termos descritivos) numéricas (série de números) mistas * EXEMPLO DE ESCALA * EXEMPLO DE ESCALA * EXEMPLO DE ESCALA * EXEMPLO DE ESCALA * EXEMPLO DE ESCALA * TIPOS DE ERROS EM AVALIAÇÕES SENSORIAIS Uma boa avaliação sensorial requer que os provadores sejam considerados como “instrumentos de medida” Os provadores apresentam algumas variações nas avaliações (com o passar do tempo e entre si), além de terem predisposição a serem tendenciosos. Para minimizar as variabilidades e as tendências deve-se conhecer fatores fisiológicos e psicológicos básicos que podem influenciar na avaliação sensorial * * FATORES FISIOLÓGICOS ADAPTAÇÃO: é a diminuição ou mudança na sensibilidade para um certo estímulo em decorrência da exposição contínua a esse estímulo ou a um similar. INTENSIFICAÇÃO ou REALCE, SINERGIA OU SUPRESSÃO: envolve a interação de estímulos apresentados simultaneamente em misturas * INTENSIFICAÇÃO ou REALCE: é o efeito da presença de uma substância aumentando a intensidade percebida de uma segunda substância. SINERGIA: é o efeito em que a presença de uma substância aumenta a intensidade percebida da combinação de substâncias, de maneira que a intensidade percebida da mistura é maior do que a soma das intensidades dos componentes SUPRESSÃO: é o efeito da presença de uma substância diminuindo a intensidade percebida da mistura de duas ou mais substancias FATORES FISIOLÓGICOS * * FATORES PSICOLÓGICOS ERRO DE EXPECTATIVA: é a tendência apresentada por causa de idéias pré-concebidas. Normalmente se encontra o que se espera encontrar. Exemplo: se o julgador souber de antemão que o teste está relacionado com alteração de aroma, por auto-sugestão ele vai encontrar amostra com aroma. Esse erro pode ser evitado não dando informações detalhadas antes do teste. * ERRO DE HÁBITO: resulta da tendência em continuar a dar a mesma resposta quando a mudança do estímulo é gradual, por exemplo em controle de qualidade diário. O julgador tende a repetir as pontuações podendo não perceber tendências ou mesmo aceitando amostra com problema. Ë um erro comum e deve ser evitado variando o produto apresentado ou apresentando as amostras alternadas FATORES PSICOLÓGICOS * ERRO DE ESTÍMULO: é causado quando um critério irrelevante, como formato ou cor da embalagem, influencia o julgador. Se o critério sugere diferença então o julgador vai encontrá-la mesmo quando não exista Exemplo: vinho em garrafa de rolha plástica costuma ser mais barato e os julgadores podem gerar pontuações mais baixas do que para um vinho em garrafa com rolha tradicional FATORES PSICOLÓGICOS * ERRO LÓGICO: esse erro acontece quando 2 ou mais características das amostras estão associadas na mente do julgador. Exemplo: o conhecimento de que uma maionese mais escura pode estar oxidada fará com que o julgador mude o veridicto mesmo contrariando sua percepção. Pode ser minimizado pela uniformização das amostras e mascarando-as pelo uso de lâmpadas coloridas nas cabines FATORES PSICOLÓGICOS * ERRO DE HALO: quando mais de um atributo são avaliados simultaneamente, os resultados de um tendem a ter influência no outro. Exemplo: num teste de aceitabilidade, a pontuação simultânea de aceitabilidade e das características de sabor pode produzir resultados diferentes do que se as avaliações fossem feitas separado, FATORES PSICOLÓGICOS * ORDEM DE APRESENTAÇÃO DAS AMOSTRAS: Efeito de contraste: a apresentação de uma amostra de boa qualidade antes de uma de qualidade inferior pode causar uma pontuação mais baixa desta do que se ela estivesse sido testada sozinha (monadicamente). O contrário também é válido. Efeito de grupo: uma amostra boa apresentada entre várias ruins tenderá a ter uma pontuação mais alta que se apresentada sozinha. É o efeito oposto ao do contraste FATORES PSICOLÓGICOS * ORDEM DE APRESENTAÇÃO DAS AMOSTRAS: Efeito de tendência central: amostras colocadas próximas ao centro do grupo tendem a ser preferidas em relação às situadas nas extremidades. Em testes triangulares, a amostra diferente é mais frequentemente detectada se estiver na posição central Efeito de padrão: julgadores vão usar todas as pistas disponíveis e rapidamente perceber qualquer padrão de apresentação das amostras FATORES PSICOLÓGICOS * ORDEM DE APRESENTAÇÃO DAS AMOSTRAS: Efeito de Tempo / Tendência de Posição: durante uma série de testes existe mudança de atitude do provador, por antecipação ou mesmo durante a avaliação da primeira amostra até a fadiga ou indiferença da última. Frequentemente a primeira amostra é anormalmente preferida ou rejeitada. Em testes rápidos, a avaliação da primeira amostra resultará tendenciosa, enquanto que em testes de longa duração será a última FATORES PSICOLÓGICOS TODOS ESSES EFEITOS DEVEM SER MINIMIZADOS PELO USO DE ORDEM ALEATORIZADA BALANCEADA NA APRESENTAÇÃO DAS AMOSTRAS * * PLANEJAMENTO Antes de iniciar o projeto para instalação de um laboratório de Análise Sensorial deve-se ter considerado alguns parâmetros: objetivos da organização no que se refere ao uso das instalações freqüência e tipos de testes que serão realizados quantidade e tipos de produtos a serem avaliados número e tipos de painéis de julgadores/provadores * LOCALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO A seleção do local para instalação de um laboratório de Análise Sensorial deve-se levar em conta: tamanho (área) suficiente para acomodar o número de provadores requeridos para os testes a serem realizados áreas adequadas para preparação dos diferentes tipos de amostras e para a realização dos diferentes tipos e testes * Acesso fácil aos provadores Seguro o suficiente para resguardar confidencialidade dos estudos realizados “Layout” que permita um fluxo racional e eficiente de trabalho Local livre de odores e ruídos Recursos de rede elétrica, hidráulica e de ventilação LOCALIZAÇÃO DO LABORATÓRIO * PROJETO DO LABORATÓRIO Definir: número de cabines ou de áreas de teste necessidade de sala de treinamento em grupo necessidade de equipamentos especializados para preparação das amostras, coleta e análise dos resultados necessidade de áreas especiais para estocagem de amostras como, por exemplo, com temperatura controlada * Tamanho: Pequeno, médio ou grande Área: 90 a 95m2; 95 a 200m2 ou > 200m2 Número de cabines: 3 a 5; 6 a 10: 12 a 24 PROJETO DO LABORATÓRIO * * * * * * * Dúvidas?
Compartilhar