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COMPREENDER PARA SABER ESCREVER
A análise crítica a ser apresentada refere-se a textos recriados, com letras cursivas, e com um desenho feito pela própria criança para representar a narrativa, este, realizado em uma folha de caderno por alunos do ensino fundamental, cuja, um dos textos é de gênero informativo. Ao ser analisados tais textos, nota-se uma variedade de particularidades a serem trabalhadas pelo professor. No entanto, é perceptível que os estudantes dedicaram-se ao realizar a atividade textual, tendo em vista, que todos os textos analisados possuem cabeçalho, contendo a data da realização da atividade e titulo, além de todos possuírem ilustrações, coloridas referentes à história recriada em tal texto. Ao ser feito uma breve leitura dos textos fica evidente que à falta de consciência quanto ao emprego de letras que produzem o mesmo som fonético. O equivoco mais comum dos três materiais analisados, é a inversão da letra “M” por “N”, ou “S” por “C”, todavia som e o significado das palavras continuam o mesmo. Isto ocorre pela falta de conhecimento das regras contextuais, o mesmo ocorre para palavras grafadas no futuro quando se refere ao presente. Percebe-se também a separação indevida de algumas palavras, estas, que possivelmente foram grafadas conforme a pronúncia. Tais tipos de erros, não podem ser identificados pelo professor, por meio de atividades de cópias de palavras ou de frases. Segundo Cagliari (2001, p. 146), “é preciso deixar os alunos escreverem textos livres espontâneos, contarem histórias como quiserem”, dessa forma as dificuldades dos alunos na escrita ficará evidente. Em contrapartida é possível evidenciar que apesar das escritas estarem imperfeitas, são satisfatórias, pois é devidamente possível qualquer leitor compreender o enredo de cada texto. Neste sentido, ao ser analisados tais textos, fica notório que os autores são crianças alfabetizadas, porém ainda em processo de letramento. No entanto á um trabalho de reflexão que não pode ser desconsiderado, já que as crianças expõe um desenvolvimento de habilidades discursivas, cabe ao professor orienta-las e conduzi-las a apropriação da correta grafia. 
A aprendizagem do uso da escrita, na escola, torna-se, pois, a aprendizagem de ser sujeito capaz de assumir a sua palavra na interação com interlocutores que reconhece e com quem deseja interagir, para atingir objetivos e satisfazer desejos e necessidades de comunicação. Assim, no quadro dessa nova concepção de língua, a prática de uso de língua na escola é considerada como sendo, fundamentalmente, a instituição de situações de enunciação em que a expressão escrita se apresente como a alternativa possível ou mais adequada para atingir um objetivo ou necessidade ou desejo de interação com um interlocutor ou interlocutores claramente identificados. Essa mudança de concepção de língua escrita é que leva à distinção entre redação – o exercício de mostrar que se sabe ortografar, que se sabe construir frases, que se sabe preencher um esquema – e produção de texto – o estabelecimento de interlocução com um leitor (SOARES, 1999, p. 62).
De outro modo, as crianças estão em um processo de construção da linguagem escrita, ou seja, aprendendo a representação das palavras de forma escrita, isso acarreta em um desenvolvimento mental quando tem a efetiva participação do professor, em conduzi-las para a instrução formal. Todavia, os textos analisados demonstram claramente que tais crianças ainda precisam aprender a atribuir um significado real para sua escrita, e não apenas a decodificar palavras, e a interação com outros alunos e o professor é fundamental para essa internalização de conteúdo. Neste sentido, apregoa Oliveira:
O aspecto mais importante dessa semelhança é a consideração da escrita como um sistema de representação da realidade, e do processo de alfabetização como domínio progressivo desse sistema (que começa muito antes do processo escolar de alfabetização) e não como a aquisição de uma habilidade mecânica de correspondência letra / som (OLIVEIRA,1993, p. 68).
Outros fatores importantes na analise de tais textos, refere-se aos aspectos fonéticos e fonológicos. Percebe-se que os alunos que escreveram os textos em questão, precisam internalizar que existe uma relação de simbolização entres os grafemas e os sons da fala, tendo em vista que erros comuns nos três textos foram em relação a ortografia, cuja, ao serem pronunciadas tais palavras emitem o mesmo som, mesmo com letras trocadas. Neste sentido, é interessante que seja trabalhada a parte fonológica dos alunos, com objetivo de incutir as diferenças sonoras de cada letra no processo da escrita, pois tais alunos ignoram as particularidades na distribuição das letras, e pronuncia cada letra priorizando seu valor central. Além disso, nota-se uma dificuldade apresentada nos textos, em que as crianças não conseguem diferenciar cada letra com um som numa dada posição, e cada som com uma letra numa dada posição. Nos textos analisados fica evidente que as crianças apresentam dúvidas em relação a grafemas e fonemas. Neste segmento, existem diversas formas de intervenção dos professores para a melhoria dessa prática. 
Para tanto, cabe ao educador observar as características individuais de seus alunos (dialetos e eventuais distúrbios) e fornecer atividades nas quais as crianças possam exercitar a percepção auditiva, tais como canções e poesias que apresentam os fonemas distorcidos pelas crianças (CARVALHO, 1996 p. 108).
Proposta de Intervenção
Ao serem analisados os textos ofertados, é possível identificar que o erro mais recorrente é a inversão da letra M pela letra N, ou seja, o emprego da letra N antes das letras B e P, além de terminar algumas palavras erroneamente com a letra N. Os alunos escrevem sem perceber tal equivoco. Nota-se também que tal erro é produto de uma dificuldade com uma regularidade, já que, é possível aplicar uma regra para a identificação do momento de diferenciar a aplicação correta das grafias em questão. Neste caso, trata-se de uma regularidade contextual, cuja, a palavra que vai determinar qual letra deverá ser usada. Para sanar esses tipos de duvidas em relação à grafia correta segue o seguinte esquema de proposta de atividade de intervenção para alunos do 3º ano do ensino fundamental.
Nome da proposta
De olho no uso do M ou N
Objetivo da proposta de intervenção
A redução dos erros na fala e na escrita, desenvolver as capacidades auto avaliativa, promover a descoberta e assimilação das regularidades ortográficas além de refletir sobre os usos das letras M e N.
Período de realização
90 minutos, dividido em dois dias, ou seja, para a atividade 60 minutos, e para a avaliação 30 minutos.
Material necessário
Lápis, borracha, caderno e um texto de conhecimento dos alunos para a reflexão. 
Desenvolvimento
Dividir a turma em duplas.
Sugere-se para essa atividade a leitura e analise do texto “O sapo e a onça” de Ernani Só, onde será parada a leitura cada vez que houver palavras em as letras M e N apresentarem o mesmo som.
O SAPO E A ONÇA
Há muito tempo, quando os bichos falavam , mas só ouviam o que queriam, a onça foi beber água e topou com um sapo no caminho. Não pediu licença não. Simplesmente atirou o sapo no rio.
O sapo caiu com tanta força que acertou na cabeça de um pirarucu. O sapo disse:
Desculpa. A onça me jogou.
Mas o peixão deu um raquetaço com o rabo e jogou o sapo de volta para a terra. A onça disse:
Ué, compadre sapo, voltou?
Será realizada uma primeira leitura, sem interrupções, somente para relembrar a história.
Na segunda leitura, os alunos deverão ser avisados, que devem interromper todas as vezes que surgirem palavras nas quais as letras M e N têm o mesmo som, para ser discutido por que a palavra é escrita com M ou N. Serão anotadas na lousa as palavras que forem identificadas no texto para serem discutidas. O foco ainda, não é explicar a regra, e sim chamar a atenção dos alunos para um conhecimento que ainda não possuem.
Um tempo será estipulado, para que as duplasconversem sobre o emprego das letras M e N, e depois peça que cada dupla exponha suas conclusões.
À medida que os alunos forem levantando hipóteses, você pode apresentar contra exemplos ou pedir que eles mesmos o façam, estimulando-os a pensarem no assunto. 
Quando uma dupla verbalizar a regra correta (M antes de P ou B e a nasalação das letras M e N no final das palavras) tente aplica-la a todas as palavras da lista, e peça novos exemplos aos alunos para confirmar a regra. Tal atividade proporciona aos alunos a oportunidade de compreender a regra ortográfica, e não somete decora-las de forma mecânica, e a partir disso aplica-la. 
Avaliação
A avaliação será realizada um dia após a atividade de reconhecimento da regra aplicada no uso das letras M e N, ou seja, nos últimos 45 minutos de aula. Será feito um ditado, com palavras aleatórias, porém todas as palavras contendo as duas letras trabalhadas na atividade anterior. Esse método de avaliação indicará, se cada aluno compreendeu a maneira de empregar as letras M e N nas palavras de acordo com a regra gramatical. 
Sugestões de palavras – Pomba – sim – pólen – Tango – Limpa – gérmen – Branco Casamento – Bombom – Batom – Campo – Pensar – Centro – Campeão – Capim. 
REFERÊNCIAS: 
SANTOS, Annie Rose; ROMUALDO, Edson Carlos; RITTER, Lilian Cristina Buzato (Org). Letramento e escrita. Maringá: EDUEM, 2010. P.106.
WEB, Colégio. M ou N no final das Silabas. Disponível em: <https://www.colegioweb.com.br/portugues/m-n-final-silabas.html > Acesso em: 10 de maio de 2018.

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