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Direito Societário - Dissolução da Sociedade

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Dissolução da Sociedade
Agosto de 2013
Conteúdo:
Introdução
 Dissolução da sociedade (conceito):
Tutela Legal da Dissolução:
O Ato da Dissolução:
Natureza da Dissolução (espécies):
Causas da Dissolução
Medidas tomadas contra a dissolução:
Regularidade Fiscal do Processo de Dissolução:
Bibliografia
Introdução:
A “sociedade” ou, em outras palavras, “união de esforços” é caracterizada por GLADSTON MAMEDE como: “uma tendência humana tão marcante, que se pode, até, investigar a existência de informações genéticas que a determinem: um instinto gregário”. 
Já Alfredo de Assis Gonçalves Neto conceitua o termo "sociedade" como: "esta sugere de uma reunião de pessoas por conta de algum motivo determinante, seja por convivência em uma coletividade, seja pelo escopo de alcançar ou realizar um objetivo determinado".
O código comercial de 1850 não definia contratos referentes à sociedade, apenas disciplinava sociedades comerciais por ele mencionadas. No entanto, o Código Civil de 1916 já introduz a sociedade como uma celebração contratual entre pessoas para combinarem esforços ou recursos para mutuamente alcançarem fins comuns. O atual Código Civil brasileiro segue a mesma ideia do Código Civil de 1916 centrando-se no contrato e na pluralidade de sócios como é possível observar no art. 981: "Celebram contrato de sociedades as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados". Assim, a sociedade, atualmente, pode ser entendida como a reunião de pessoas com um objetivo comum que realizam um negócio jurídico para constituir um novo sujeito de direito, com personalidade diversa daqueles que o constituíram, tendo patrimônio e vontade próprios. Este novo sujeito é dotado de personalidade jurídica própria e atuará na ordem jurídica através da prática de atos da vida civil necessários aos fins econômicos da sociedade constituída. Essa nova pessoa jurídica, constituída, é considerada empresária quando tem por objetivo o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro e são consideradas simples as pertencentes aos demais tipos, como disposto no art. 982 no Código Civil atual.  
No direito brasileiro, a formação de um grupo é um fato; se há nessa formação um reflexo jurídico, se corresponde a um dos modelos, a uma das previsões anotadas no Direito Objetivo, subjetivando-a, haverá, portanto, um fato jurídico. Esse fato jurídico é sempre criado como decorrência de um contrato (sociedade contratual), com o surgimento da personalidade jurídica com o devido registro na Junta Comercial. 
A sociedade empresária é um instituto genérico e impessoal que abrange vários tipos de sociedade. Pode ser considerada como a reunião de pessoas que tem como objetivo exercer profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, constituindo elemento de empresa, que vise o lucro a ser partilhado entre as pessoas que a compõem. É a reunião de dois ou mais empresários, para exploração de atividade econômica. 
Vale ressaltar que nem toda sociedade é um empresa, assim como existem empresas que não são sociedades, como, por exemplo, o empresário individual e a EIRELI, da mesma forma que existem sociedades que não se incluem nas empresas, como é o caso das associações e das sociedades simples, como supracitado, parafraseando o art. 982.
Nota: 
Feita essa explanação geral sobre o conceito de sociedade, pode-se ser iniciada a abordagem mais pontual, sobre um tema muito mais especifico, de que se trata o presente trabalho: A Dissolução da Sociedade.
Dissolução da sociedade (conceito):
Dissolução é um conceito ambíguo, no direito societário. Em sentido amplo, significa o procedimento de terminação da personalidade jurídica da sociedade empresária, isto é, o conjunto de atos necessários à sua eliminação, como sujeito de direito. A partir da dissolução, compreendida nesse primeiro sentido, a sociedade empresária não mais titulariza direitos, nem é devedora de prestação. Em sentido estrito, a dissolução se refere ao ato, judicial ou extrajudicial, que desencadeia o procedimento de extinção da pessoa jurídica. Os atos de encerramento da personalidade jurídica da sociedade empresária (a dissolução, em sentido amplo) distribuem-se nas fases de dissolução (sentido estrito), liquidação e partilha. 
A partir daí já podem ser inferidos dois conceitos de dissolução: A dissolução-procedimento e a dissolução-ato.
Tutela Legal da Dissolução:
	O direito brasileiro das sociedades empresárias contempla dois diferentes regimes dissolutórios. De um lado, o regulado na Lei das Sociedades por Ações (arts. 206 e s.), pertinente às institucionais; de outro, o do Código Civil de 2002 (arts. 1.033 a 1.038) e do Código Comercial (arts. 335 e s.), para as contratuais. Não há diferenças fundamental entre os respectivos regulamentos. As concepções básicas são as mesmas: um ato formal, dos sócios ou do juiz, marca claramente o início do procedimento; segue-o a solução das pendências obrigacionais da sociedade (a liquidação); por fim, reparte-se entre os sócios o patrimônio remanescente (a partilha). Essa é a estrutura geral dos dois regimes. As diferenças se ligam à natureza dos vínculos societários que vem a se desfazem. Isto é, as sociedades contratuais se dissolvem seguindo regras orientadas, em parte, pelo direito dos contratos, característica que não se encontra no regime dissolutório das institucionais.
Os preceitos legais sobre a dissolução-procedimento visam, de um lado, assegurar a justa repartição, entre os sócios, dos sucessos do empreendimento comum, no encerramento deste; e, de outro, a proteção dos credores da sociedade empresária. Em razão desse segundo objetivo, se os sócios não observaram as regras estabelecidas para a regular terminação do sujeito artificial, respondem pessoal e ilimitadamente pelas obrigações sociais. Em outras palavras, se eles simplesmente paralisam a atividade econômica, repartem os ativos e se dispersam, deixam de cumprir a lei societária, e incorrem em ilícito. Respondem, por isso, por todas as obrigações da sociedade irregularmente dissolvida. 
A dissolução, entendida como procedimento de terminação da personalidade jurídica da sociedade empresária, abrange três fases: a dissolução que é o ato ou fato desencadeante, a liquidação, que consiste na solução das pendências obrigacionais da sociedade e, por ultimo, a partilha repartição dos lucros líquidos entre os sócios.
O Ato da Dissolução:
É de regra, na doutrina jurídica, fazer a distinção entre dissolução de pleno direito, amigável e judicial. De acordo com essas classificações:
- Dissolve-se a sociedade, mesmo contra a vontade dos seus membros (dissolução de pleno direito): devido às causas de falta de pluralidade de sócios além de 180 dias e ao vencimento do prazo de duração e sem oposição de sócio a sociedade não entrar em liquidação.
- Por outro lado, é a dissolução amigável, quando causada por: distrato unânime, importando o desfazimento da sociedade, por vontade dos sócios e a deliberação dos sócios, por maioria absoluta, na sociedade de prazo indeterminado. 
- Finalmente, causas como a falência ou a impossibilidade de realização do objeto social redundam o fim da pessoa jurídica, em razão de controvérsia decidida pelo juiz (dissolução judicial). 
Natureza da Dissolução (espécies):
A dissolução será judicial ou extrajudicial não em função da causa que a animar. Quando os sócios estão de acordo que o negócio se mostra inviável, dissolvem extrajudicial mente a sociedade; mas, se apenas a minoria está convencida da inviabilidade da empresa, a dissolução só poderá ser judicial. O que distingue, assim, as espécies de dissolução ato é o instrumento pelo qual se viabilizam: 
-A dissolução extrajudicial é instrumentalizada por ato dos sócios (deliberação em assembléia formalizada em ata e distrato ou só distrato). 
 -A dissoluçãojudicial, por decisão do Judiciário. A importância desse conceito liga-se a outro assunto: a irregularidade da sociedade que, a despeito do evento dissolutório, continua a operar. Dá-se quando a causa da dissolução e referida, na lei, ocorre (as do inciso I do art. 206 da LSA e dos arts. 1.033 e 1.044 do CC/2002) e a sociedade continua explorando sua atividade, tornando-a irregular (se contratual, estará sujeita às normas da sociedade em comum). Verifica-se, com isso, a principal conseqüência da irregularidade, que é a responsabilidade ilimitada dos sócios pelas obrigações sociais. 
Causas da Dissolução:
São causas de dissolução das sociedades empresárias:
Vontade dos sócios (Lei n. 6.404 - LSA, art. 206, I, c; Código Civil/2002, art. 1.033, II e III).
- Na sociedade anônima, a dissolução por vontade dos sócios tem lugar numa assembleia geral extraordinária. Exige a lei, para a deliberação, o quorum qualificado de acionistas representantes de metade, pelo menos, das ações com direito a voto (Lei n. 6.404 - LSA, art. 136, X). O encerramento da companhia, portanto, pode ser decretado mesmo contra a vontade de grande parte de seus integrantes, já que os acionistas sem direito a voto não participam da decisão; esse é um traço da institucionalidade dos vínculos que os unem.
- Na sociedade limitada com prazo determinado de duração, a dissolução da sociedade por vontade dos sócios depende do consentimento unânime dos seus membros. Um distrato assinado por todos os sócios supre a assembleia ou reunião, nesse caso. A natureza contratual do vínculo societário explica a condição. Já na sociedade limitada sem prazo determinado, é suficiente a vontade da maioria absoluta, necessariamente manifestada em assembleia ou reunião, para aprovar o ato dissolutório. A jurisprudência, contudo, é assente no sentido de que, havendo a oposição de um único sócio à dissolução da sociedade, esta não deve ser decretada. Em razão do princípio da preservação da empresa, o sócio renitente tem o direito de conservar a sociedade, desde que se reembolsem as quotas dos demais, e, num certo prazo, consiga-se atrair para o negócio pelo menos mais um interessado (evitando a dissolução por falta de pluralidade).
Uma manifestação específica da dissolução por vontade dos sócios é a ocorrência de causa referida no ato constitutivo (Lei n. 6.404 - LSA, art. 206, 1, b; CC/2002, art. 1.035). O estatuto da sociedade anônima ou o contrato social da limitada podem estabelecer que, em se verificando determinadas situações, como redução do número de sócios, perdas significativas ou frustração da rentabilidade, ocorrerá a dissolução. É a vontade dos sócios que instaura o procedimento de terminação da pessoa jurídica, vontade esta, entretanto, manifestada já no momento da constituição da sociedade, no entanto, é um caso raro de ser observado.
Decurso do prazo determinado de duração (Lei n. 6.404 - LSA, art. 206. I, a; Código Civil/2002, art. 1.033, I). A sociedade empresária pode ser contratada por prazo determinado ou indeterminado. Esta última é, de longe, a hipótese mais comum. Na sociedade limitada, o prazo indeterminado possibilita o desligamento do sócio, por ato unilateral de vontade, a qualquer tempo, desde que seja apresentada e provada, judicialmente, justa causa para tal (Código Civil/2002, art. 1.029). A retirada, sujeita à dissidência em relação à alteração contratual deliberada pela maioria, ou a justa causa provada em juízo são as únicas vias de afastamento do sócio, contra a vontade dos demais, quando determinado o prazo de duração da sociedade limitada. A determinação do prazo, nesse tipo societário, é, assim, o meio de se assegurarem os sócios contra o arrependimento de qualquer deles. 
Já, nas companhias, o acionista não pode desligar-se, unilateral e imotivadamente, do vínculo societário, mesmo que tenham sido constituídas por prazo indeterminado. Nas sociedades anônimas, por conseguinte, a determinação do prazo não tem outro significado senão o de delimitar, no tempo, a existência projetada.
Falência (Lei n. 6.404 - LSA, art. 206, 11, c; Código Civil/2002, art. 1.044). Quando a sociedade empresária não tem recursos patrimoniais suficientes para pagar suas obrigações, diz-se que está insolvível. Em determinadas situações de insolvabilidade, real ou presumida - impontualidade injustificada de obrigação liquida, frustração de execução, liquidação precipitada etc., com o intuito de garantir o tratamento paritário dos credores, deve ser instaurada a execução concursal do patrimônio da sociedade. Falência é a designação dessa específica modalidade de processo judicial de execução, e importa a dissolução da sociedade. Trata-se de hipótese de dissolução necessariamente judicial, sujeita a regras de liquidação e partilha.
Falta de pluralidade de sócios (Lei n. 6.404 - LSA, art. 206, I, d; CC/2002, art. 1.033, IV). Se, na assembleia geral ordinária de uma sociedade anônima, constata-se que todas as ações se encontram sob a titularidade de uma só pessoa, a pluralidade de acionistas deve ser reestabelecida até a assembleia geral ordinária do exercício seguinte, sob pena de dissolução. Na sociedade limitada, a pluralidade de sócios deve ser restabelecida no prazo de 180 dias seguintes ao evento que produziu a unicidade, independentemente das assembleias ou reuniões dos sócios. Vencido o lapso legal de sobrevivência sem a admissão de pelo menos mais um sócio, a sociedade empresária se dissolve e deve ser liquidada. Se o sócio único, contudo, deixa de promover os atos de encerramento da pessoa jurídica, e continua esta operando, configura-se a situação de sociedade irregular e ele passa a ter responsabilidade ilimitada pelas obrigações sociais.
Irrealizabilidade do objeto social (Lei n. 6.404 - LSA, art. 206, II, b; Código Civil/ 2002, art. 1.034, II). Quando não há mercado suficiente para o produto ou serviço que a sociedade empresária está oferecendo, os negócios não prosperam; uma vez afastada a possibilidade de se atribuírem os baixos índices de operações a fatores conjunturais, a conclusão aponta para a irrealizabilidade do objeto social. Não havendo em quantidade suficiente para gerar o volume mínimo de negócios de que necessita a empresa, ou seja, consumidores ou adquirentes interessados em comprar aquilo que a sociedade tem para vender. 
Além da falta de mercado, também configura essa causa dissolutória a insuficiência do capital social. Quer dizer, mercado para o produto ou serviço oferecido pela sociedade existe, mas os sócios não dispõem dos recursos indispensáveis ao desenvolvimento da empresa. Pelos cálculos iniciais, o capital aportado seria bastante, mas verificaram, depois, a necessidade de aumentá-lo. Como não possuem os recursos reclamados pelo empreendimento, e não os motiva procurar outras fontes de financiamento, resulta irrealizável o objeto social por aquela sociedade empresária.
Na Lei n. 6.404 -LSA, a dissolução por irrealizabilidade do objeto da sociedade anônima é classificada como judicial (se acionistas com pelo menos metade das ações votantes concordam que não é o caso de insistir na exploração da atividade, a dissolução pode ser aprovada em assembleia, e, então, a sua causa, pelo sistema da lei, teria sido a vontade dos sócios), e só está legitimado para o pedido, nesse caso, acionista titular de, no mínimo, 5% do capital social. 
A doutrina lembra, a propósito, que a falta de distribuição de dividendos por diversos exercícios indica não estar a companhia preenchendo o seu fim. A dissolução, aqui, pode ser considerada um instrumento de tutela dos interesses da minoria, quando o controlador adota política de retenção injustificada de lucros.
Na sociedade limitada, a irrealizabilidade do objeto social pode configurar-se também no caso de grave desentendimento entre os sócios. Como esse tipo societário, normalmente, explora atividades econômicas de menor expressão, e é cotidiana a presença dos sócios no estabelecimento para a condução dos negócios sociais, o entendimento harmônico entre elespode ser condição para a realização do objeto, mesmo nas de capital limitado. Divergências que não impedem o convívio e não reduzem a efetividade da sociedade são inofensivas ao desenvolvimento da sociedade. Mas graves desentendimentos, que comprometem, o encontro dos sócios, dificultam o encaminhamento de quaisquer questões, mesmo as não relacionadas diretamente ao ponto de discórdia, e acabam sendo tão prejudiciais à empresa que acarretam a dissolução da sociedade.
Extinção da autorização de funcionamento (Lei n. 6.404 - LSA, art. 206, I, e, CC/2002, art. 1.033, V). Para as sociedades de funcionamento sujeito a autorização do governo, como Bancos e Seguradoras, por exemplo, a extinção da autorização pode causar a dissolução. Depende do regime de direito público aplicável, que pode prever apenas a proibição de a sociedade continuar operando determinada atividade.
Medidas tomadas contra a dissolução:
Os sócios sempre podem evitar a dissolução, por decurso de prazo determinado, mediante alteração estatutária ou contratual que o dilate ou o transforme em indeterminado. O instrumento de alteração deve ser arquivado, na Junta Comercial, a tempo de produzir o efeito pretendido, já que o registro de empresa não pode arquivar a prorrogação depois de findo o prazo da sociedade (Lei n. 8.934/ 94, art. 35, IV). Se os sócios se esquecem da providência, e já transcorreram mais de 30 dias do fim do prazo referido no estatuto ou contrato social, devem promover a regular dissolução da sociedade e, se quiserem, constituir uma nova. Se a falta é percebida quando ainda não transcorreram 30 dias do encerramento do prazo, eles têm ainda uma chance de manter a sociedade, por meio da elaboração de instrumento de prorrogação pré-datado, pois, nesse caso, os efeitos do arquivamento retroagem à data constante do documento (Lei n. 8.934/94, art. 36). Na limitada, vencido o prazo de duração, a lei considera a sociedade prorrogada por tempo indeterminado se ela não entrou imediatamente em liquidação e desde que não tenha havido oposição de qualquer dos sócios.
Regularidade Fiscal do Processo de Dissolução:
De acordo com a lei societária, a dissolução-procedimento obedece a certa ordem lógica, que prevê, em primeiro lugar, a dissolução-ato, veiculada por decisão judicial ou pela decisão por assembleia ou, ainda, pelo distrato assinado por todos os sócios da limitada. A primeira fase se conclui com o registro do instrumento dissolutório na Junta Comercial. A sociedade dissolvida, então, entra em liquidação, que representa a fase de solução das pendências obrigacionais, como o pagamento de credores e a cobrança dos devedores. Encerrada a liquidação, o patrimônio liquido remanescente é repartido entre os sócios, na fase final, denominada partilha.
Na dissolução-procedimento extrajudicial, essa ordem não pode ser seguida, porque a legislação tributária, no interesse da arrecadação, condiciona o registro da ata da assembleia ou do distrato ao prévio cancelamento da inscrição da sociedade nos cadastros fiscais pertinentes. A medida objetiva controlar o integral cumprimento das obrigações tributárias pela sociedade e pelos sócios responsáveis. Solicitado o cancelamento da inscrição, a administração tributária realiza checagens e auditorias para conferir o recolhimento de todos os impostos, contribuições e encargos. Verificando não ter sido cumprida qualquer obrigação, principal ou instrumental, o fisco autua a sociedade, para exigir o atendimento ao seu direito. Somente após constatar a inexistência de irregularidades, ou ver satisfeitas as autuações feitas, a autoridade fiscal cancela a inscrição da sociedade contribuinte, e expede a certidão respectiva. Nesse sentido, quando os sócios resolvem dissolver a sociedade empresária, as providenciais iniciais dizem respeito à baixa da inscrição no CNPJ, no cadastro do FGTS, na inscrição estadual da sede e nas das filiais situadas em outros Estados, ou, quando prestadora de serviços, no cadastro municipal de contribuintes, bem como a da matrícula no INSS. O ato de dissolução, enfim, formalizam-no os sócios somente após a expedição da certidão do cancelamento da inscrição fiscal por esses órgãos.
Bibliografia:
-ULHOA, Fábio. Curso de Direito Comercial – direito de empresa. Editora Saraiva. 16ª Edição Vol. 2. São Paulo. Ano 2012.
-MAMEDE, Gladston. Direito Societário: Sociedades Simples e Empresárias. Editora Atlas S.A. 2ª Edição. São Paulo. Ano 2007.
-REQUIÃO, Rubens. Curso de Direito Comercial. Editora Saraiva. 3ª Edição Vol. 1. São Paulo.
- Lei nº 6.404 de 15/12/1976 – Sociedades Anônimas.
- Código Civil de 2002. Editora Saraiva. 38ª Edição. São Paulo. Ano 2008.
- Código de Processo Civil. Editora Saraiva. 37ª Edição. São Paulo. Ano 2007.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/343104/dissolucao-de-sociedade-de-fato
http://www.boletimjuridico.com.br/peticao/modelo.asp?id=18
http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=107330
http://www.cartaforense.com.br/conteudo/modelos-de-pecas-e-contratos/acao-de-reconhecimento-e-dissolucao-de--------sociedade-de-fato-entre-conviventes/8543

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