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Professora: Dr. Bruna Silva Terra e-mail: brunaterra05@yahoo.com.br Farmacologia dos antiulcerosos 1 “quaisquer lesões superficiais em tecido cutâneo ou mucoso” Úlcera Ruptura do epitélio, de modo a haver exposição de tecidos mais profundos 2 3 4 5 Histamina – Receptor H2 Acetilcolina (AChE) – Receptor M3 Gastrina – CCK2 Fatores que controlam a secreção gástrica Somastatina – Receptor CCK2 6 7 Defesa da secreção ácida Estimulado pelas Prostaglandinas E2 e I2 – Receptor EP3 Produção de uma camada de muco - retenção de HCO3 - 8 ECL – células enterocromafins 1. Infecção por H. Pilori 2. Uso prolongado por AINES 3. Secreção excessiva de HCl 4. Tumor secretor de Gastrina (Síndrome de Zollinger-Ellison) 9 Principais causas de doenças ácido-pépticas 10 H. pylori 11 12 secreção HCl secreção de HCO3 - secreção de muco vascularização da mucosa PGE2 PGI2 13 Tipos de Ulcerações 14 ECL – células enterocromafins 15 Supressão ácida Antagonista receptores H2 Inibidores de bomba de prótons Antiácidos Proteção da mucosa Agentes de barreira Prostaglandinas e análogos Fármacos empregados 16 Antagonistas receptores H2 Age como antagonista da ação da histamina. Este fármaco inibe a secreção basal de ácido gástrico, e reduz tanto o volume quanto o conteúdo de ácido (HCl) e de pepsina. 17 Antagonistas receptores H2 Exemplos Receptor H2 Receptor H2 histamina ranitidina Antagonistas receptores H2 Impede que a histamina se ligue ao receptor H2 Mecanismo de ação 19 Antagonistas receptores H2 Mecanismo de ação 20 Efeitos colaterais De modo geral são bem tolerados pelos pacientes Pode causar: Diarreia, cefaleia, sonolência, fadiga, dor muscular e constipação Interação medicamentosa Cimetidina: inibe CP450 -> aumenta o nível dos fármacos que são metabolizados por essas enzimas -> quase não é utilizada Ranitidina: afinidade de apenas 10% com CP450 Redução na absorção do cetoconazol por aumento do pH intragástrico. Antagonistas receptores H2 Tratamento de úlcera não complicada, quando necessário uso contínuo de AINE – dose terapêutica Prevenção de úlceras duodenais – dose dupla é efetiva para prevenir úlceras gástricas e duodenais por uso crônico de AINE Úlcera ativa, doença do refluxo gastresofágico, esofagite erosiva, dispepsia funcional. Antagonistas receptores H2 Indicações 22 Inibidores de Bomba de prótons Inibem a H+, K+-ATPase gástrica, diminuindo a produção diária de ácido (basal e estimulada) em 80-95%; São os supressores mais potentes. 23 Inibidores de Bomba de prótons 24 Inibidores de Bomba de prótons Mecanismo de ação 25 Inibidores de Bomba de prótons Mecanismo de ação São pró-fármacos: precisam ser ativados em meio ácido H+ Enzima da bomba de prótons Inibição irreversível 26 Inibidores de Bomba de prótons Efeitos colaterais De modo geral são bem tolerados pelos pacientes Pode causar: Náusea, dor abdominal, flatulencia, diarreia e constipação Hipergastrinemia: mais frequente com iBPs do que com antagonias H2 • Níveis de gastrina muito elevado • Hipersecreção de rebote de HCl • Pode promover o crescimento de tumores gastrintestinais 27 Inibidores de Bomba de prótons Interação medicamentosa Os inibidores de bomba de prontons são metabolizados pela CP450 -> interfere na eliminação de outros fármacos. Omeprazol diminui a depuração de dissulfiram, fenitoína Omeprazol aumenta a depuração de imipramina, antipsicóticos, teofilina Omeprazol aumenta toxicidade de clorazepato. Omeprazol e lansoprazol reduzem a concentração de vários antirretrovirais. Omeprazol aumenta o efeito de citalopram, com aumento do intervalo Q-T (arritmias). Omeprazol aumenta o efeito de varfarina. Omeprazol e reduzem efeito de clopidogrel – aumento do risco de trombose. Indicações Úlceras gástricas e duodenais ativas e não complicadas – 1ª escolha Alto risco de complicações ulcerosas induzidas por AINEs – 1ª escolha Incluir em regimes terapêuticos para úlcera recentemente diagnosticada ou recorrente por H. pylori ou por uso de AINEs Doença do refluxo gastresofágico Síndrome de Zollinger-Ellison – omeprazol 20-160 mg/dia, lansoprazol 30-165 mg/dia. Inibidores de Bomba de prótons Antiácidos Muito utilizados pelos pacientes Compostos básicos que neutralizam o HCl Exemplos: NaHCO3 NaCO3 CaCO3 Mg(OH)2 Al(OH)3 Antiácidos Mecanismo de ação 31 Antiácidos Efeitos colaterais Secreção ácida de rebote -> administração mais frequente; Podem elevar o pH urinário; Antiácidos com Al3+, Ca2+ e Mg2+ são menos absorvidos que Na+; Al3+ -> pode contribuir para osteoporose, encefalopatia e o miopatia; Ca2+ -> hipercalcemia transitória; Alteram o pH do estomago -> interfere na absorção de outros fármacos administrados concomitantes. 32 Supressão ácida Antagonista receptores H2 Inibidores de bomba de prótons Antiácidos Proteção da mucosa Agentes de barreira Prostaglandinas e análogos Fármacos empregados 33 Agentes de barreira São fármacos gastro protetores Estimula a produção local de prostaglandinas e fator de crescimento epidérmico Inibe a hidrólise das proteínas da mucosa pela pepsina Formam polímero viscoso e pegajoso que adere as células epiteliais e as crateras das úlceras 34 Agentes de barreira Sucralfato Sal de sacarose complexado com Al(OH)3 Ativado em pH ácido Forma um gel que protege a mucosa Composto de bismuto Subsalicilato de bismuto 35 Agentes de barreira Mecanismo de ação - sucralfato 36 Agentes de barreira Medicamento Ação Efeito colateral Sulcratato • Gel protetor da mucosa • Estimula a síntese de PG Constipação Subsalicilato de bismuto • Reveste a base da lesão ulcerosa • Estimulada a produção de mucina e bicarbonato • Efeito antimicrobiano frente H. pylori Náusea, vômitos diarreia, tonturas, cefaléia Sulcralato: pouco utilizado devido as efeitos colaterais e a baixa adesão do paciente (administração 4x/dia) 37 Prostaglandinas e análogos Misoprostol Análogo sintético da prostaglandia E1 Estimula a produção de muco Reduz secreção de HCl Pró-fármacos: sofre hidrolise para formar o misoprostol ácido 38 Prostaglandinas e análogos Estrutura química do misoprostol Estrutura química da PGE1 39 Efeitos colaterais Diarreias (com ou sem dor) Cólicas abdominais Prostaglandinas e análogos É pouco utilizado devido as efeitos colaterais e a baixa adesão do paciente (administração 4x/dia) 40 Supressão ácida Antagonista receptores H2 Inibidores de bomba de prótons Antiácidos Proteção da mucosa Agentes de barreira Prostaglandinas e análogos Fármacos empregados 41 42 Tratamento 43 44 45 Bibliografia As Bases Farmacológicas da Terapêutica, Goodman & Gilman; 12a ed. Farmacologia Básica; Katzung, B. 10ª ed. Bibliogragia complementar FarmacologiaMédica; Klant, R. 3ª ed. Farmacologia; Silva, P. 7ª ed. 46
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