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Atividades de Revisão_ AP3 Estas atividades têm por finalidade direcionar os estudos discentes para a avaliação presencial 3 (AP3). Não representam, efetivamente e diretamente, possíveis questões presentes na avaliação. Estudem com calma e atenção, sempre consultando o livro da disciplina e materiais acessórios como Gramáticas e Dicionários. Bons estudos! 1- Classifique os sintagmas e dê a função sintática de cada um: a) Os garotos gostaram do passeio. b) A música é bela. c) O livro foi escrito pelo autor. d) Não me esquecerei de ti. 2- Quais as diferenças e semelhanças entre o objeto indireto e o complemento relativo? 3- Nos exemplos abaixo, os complementos sublinhados são OI ou CR? a) Dependemos de sua decisão. b) Devemos perdoar aos nossos inimigos. 4- Se os adjuntos adverbiais manifestam circunstâncias e os complementos circunstanciais também, por que se classificam diferentemente? 5- Qual a função sintática dos termos destacados? Qual a diferença entre eles? a) Queremos uma vida melhor. b) Saiu apresada daqui. c) O presidente nomeou Afonso o seu secretário. d) Afonso é secretário do presidente. 6- Em “Papai voltou de Lisboa de avião”, por que “de Lisboa” é complemento e “de avião” é adjunto? 7- Qual traço diferencia, prototipicamente, o Objeto Direto do Objeto Indireto? 8- Indique a estrutura dos Spreps assinalados e esclareça se todos desempenham a mesma função. a) Recebi uma joia de valor. b) Distribuiu a sopa com os pobres. c) Foi à rua sem carteira de identidade. 9- Veja: João tem amizade por Ana. João tem a amizade de Ana. Quais funções sintáticas são exercidas pelos Spreps destacados? 10- Quais as vozes verbais? 11- Ler Aula 15, sobre as sequências tipológicas e informatividade. 12- Quais as marcas textuais do texto falado (Aula 16)? Lista de algumas dúvidas na Sala da Tutoria: 1- Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto e verbo subentendido: No caso do predicativo do sujeito, temos: "Ele chegou cansado". "Ele chegou (e estava) cansado". Nos casos de predicado verbo-nominal, é comum o verbo de ligação ficar subentendido: "Os garotos chegaram apreensivos". O verbo de ligação está subentendido: "Os garotos chegaram (e estavam) apreensivos". Sendo, "apreensivos" o predicativo do sujeito "Os garotos". O padrão é que o verbo de ligação esteja subentendido nos casos de predicativo do objeto. Por exemplo: "Comprei um livro velho". "Comprei um livro ( e ele é) velho". Ou, "Comprei um livro (o livro é) velho." Outro exemplo: "Nós consideramos esta funcionária dispensável" . "Nós consideramos esta funcionária (ela é) dispensável. 2- Adjunto Adnominal x Complemento Nominal Na hora da análise sintática pode surgir alguma dúvida sobre se determinado Sprep é um adjunto adnominal ou se é um complemento nominal. O que você escreveu é uma forma de identificar qual função é exercida. Pelo que você escreveu, já podemos observar que só pode haver dúvidas quando o substantivo ao qual o Sprep se refere for abstrato, pois sempre que for concreto o Sprep será um Adjunto Adnominal. Ok? Então, quando o substantivo for abstrato, por exemplo, "amor" pode ocorrer dúvida, concorda? Ex1.: João tem muito amor à mãe. Ex2.: João adora o amor de mãe. Os Spreps "à mãe" e "de mãe" funcionam em contato com o substantivo abstrato "amor". Então como classificá-los? No Ex1, veja que a mãe é paciente, ou seja, ela recebe o amor de João, logo o Sprep é um Complemento Nominal. No Ex2, a mãe é agente da ação de amar, logo o Sprep é um Adjunto Adnominal. Ou seja, quando a relação for de passividade teremos um CN; quando a ação for de agentividade, teremos um Adj. Adn. 3- Verbo transpositor O verbo transpositor é aquele que torna uma sintagma não verbal o núcleo do predicado. Por exemplo, os chamados verbos de ligação são transpositores. Quando temos um verbo de ligação, o núcleo do predicado é o predicativo do sujeito, lembra? Como no exemplo: "Ela é bonita". O verbo "é" é um transpositor, pois transforma o adjetivo "bonita" (um sintagma não verbal) em núcleo do predicado. 4- Transposição Existem algumas palavras (ou sintagmas) que podem alterar a classe morfológica de determinado vocábulo. Assim, ocorre a transposição, ou seja, uma palavra que pertence a uma determinada classe morfológica, por causa de determinada construção, muda de classe. Veja: O cantar do pássaro é belo. O termo "cantar" é um verbo, correto? Mas na oração em questão, ele tornou-se um substantivo (é o sujeito da oração). Logo, ocorreu a transposição. O artigo definido "o" foi o responsável por essa transposição, por isso ele é chamado de "transpositor". Para Azeredo, a transposição é o processo no qual uma classe gramatical assume comportamento de outra classe gramatical. 5- Partícula apassivadora ou índice de indeterminação do sujeito. Para saber se é um ou outro o melhor é transformar da voz passiva sintética para a voz passiva analítica. Por exemplo: Fazem-se unhas => Unhas são feitas por alguém; Alugam-se casas => Casas são alugadas por alguém. Nessas duas orações a partícula "se" é partícula apassivadora. Ou seja, ela é responsável por indicar que os verbos estão na voz passiva. Já no exemplo: Necessita-se de funcionários => *Funcionários são necessitados, vemos que a oração fica sem sentido. Logo, teremos a partícula "se" como índice de indeterminação do sujeito. Nesse caso, NÃO temos a voz ativa, por isso é impossível passar a oração para passiva analítica. Quando o "se" for partícula apassivadora, o verbo sempre concorda com o sujeito paciente. Também é partícula apassivadora quando o verbo for TD ou TDI, pois para ter voz passiva o verbo deve ser transitivo. Nos exemplos citados temos "fazer" e "alugar", que são transitivos diretos. Outro exemplo: "Julgou-se o caso". A partícula "se" é apassivadora, pois o verbo "julgar" é transitivo direto, e é possível comutar a oração para "O caso foi julgado". Já se o verbo for transitivo indireto (e estiver conjugado na 3ª pessoa do singular), sempre teremos um índice de indeterminação do sujeito. Ex.: Confia-se em teses absurdas. O verbo "confiar" é TI; está na 3ª p. do sing.; Não é possível a comutação para a passiva analítica (*Em teses absurdas são confiadas). Logo, teremos "índice de indeterminação do sujeito". 6- Aposto ou Adjunto Adnominal A dúvida ente Aposto e Adj. Adnominal ocorre quando esses aparecem "especificando" um substantivo "concreto". Mas é fácil identificar a diferença. Exemplo1.: A blusa de Ana é nova. O núcleo do sujeito "blusa" é um substantivo concreto, que é especificado pelo SPrep "de Ana". "de Ana" é uma Adj, Adn, ou um Aposto? O Sprep "de Ana" é o NOME da blusa? Não. Logo "de Ana" é um Adj. Adn. Exemplo2.: A cidade de Salvador é festeira. O núcleo do sujeito "cidade" é um substantivo concreto, que é especificado pelo SPrep "de Salvador". "de Salvador" É o nome da cidade. Logo, "de Salvador "é um Aposto especificador. Outro exemplo: As Lojas Americanas estão fazendo promoções. "Americanas" é o nome da loja. Sim. Logo, temos um Aposto especificador. 7- Clivagem Clivagem está associada à ideia de dividir ou separar. Ela é utilizada como recurso da sintaxe da língua na divisão uma oração em duas, ou seja, a clivagem nomeia o ato linguístico de colocar em destaque determinado elemento de uma frase para dar realce ou ênfase. Veja: Podemos dizer que João foi sair, obedecendo a ordem direta. Mas se quisermos realçar a informação dizemos:Quem foi sair foi o João. Nesse caso, normalmente a estrutura da frase é formada pelo verbo "ser", em conjunto com as palavras "quem" ou "que", reforçando o sentido da mensagem. Outros exemplos: "Quero dormir" = É dormir que eu quero. "Maria fez o bolo" = Foi Maria que fez o bolo. 8- Objeto Indireto e Objeto Direto Preposicionado Essa questão tem a ver com a transitividade verbal. Ou seja, se um verbo é transitivo direto e seu sentido vier completado por um objeto com preposição teremos uma obj. direto preposicionado. Por exemplo: Comemos o bolo. Comemos do bolo. O verbo "comer" é um verbo transitivo direto. Na primeira ocorrência, temos o complemento (objeto direto) completando o sentido do verbo. Já na segunda ocorrência, o complemento verbal (objeto direto) aparece com a preposição "de" (de+o). Sendo assim, teremos uma Objeto Direto Preposicionado. O verbo é transitivo direto, mas o seu complemento aparece com uma preposição. Esse tipo de construção é usada com intenções semânticas e pragmáticas. Qual a diferença entre as duas frases? Na primeira, indica-se que nós comemos todo o bolo. Na segunda, entende-se que comemos parte do bolo, que provamos do bolo (ainda há bolo). O objeto indireto é o complemento de verbos transitivos indiretos, ou seja, o verbo exige o uso de preposição. Por exemplo: Vou à escola. O verbo "ir" é um verbo transitivo indireto, ou seja, ele exige o uso da preposião, que no caso citado é a "a". GABARITO 1- a) Os garotos: sintagma nominal; sujeito simples. // do passeio: sintagma nominal; complemento verbal (objeto indireto) ou complemento relativo; b) bela: sintagma adjetivo; predicativo do sujeito; c) pelo autor: sintagma preposicional; agente da passiva; d) não: sintagma adverbial. 2- OI e CR são argumentos do verbo; obrigatoriamente preposicionados; OI: beneficiário da ação; em geral, ser animado; substituível na 3.ª pessoa pelos pronomes lhe, lhes. CR: alvo da ação; em geral, não animado; substituível por pronome tônico (a ele, dele etc.). 3- a) CR; b) OI 4- Os adjuntos são acessórios (sintaticamente dispensáveis) e os complementos são integrantes (sintaticamente indispensáveis). 5- a) Predicativo do Objeto; b) Predicativo do Sujeito; c) Predicativo do Objeto; d) Predicativo do Sujeito. O predicativo do sujeito qualifica o sujeito da oração, enquanto o predicativo do objeto qualifica o objeto da oração. Essas funções aparecem no predicado nominal ou verbo-nominal, quando do sujeito, ou no predicado verbo-nominal, quando do objeto. 6- O primeiro Sprep é necessário à estrutura e ao sentido do verbo; o segundo é acessório. 7- O OD é um complemento verbal que estão relacionado a um verbo transitivo direto. O OI é um complemento verbal que está relacionado a um verbo transitivo indireto. Logo, o que marca a diferença entre essa suas funções é a transitividade verbal, se é necessário ou não o uso de preposições. Vale rever as características do Obj. Direto Preposicionado. 8- a) Preposição + substantivo: qualifica a joia; é um adjunto adnominal. b) Preposição + artigo + substantivo: argumento do verbo distribuir; complemento relativo. c) Preposição + substantivo: especifica a carteira; é um adjunto adnominal. 9- “por Ana”: exerce função de Complemento Nominal, pois “por Ana” é paciente; “de Ana”: exerce função de Adjunto Adnominal, pois “de Ana” é agente. 10- Ativa, passiva e reflexiva.
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