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18/04/2018 1 Farmacologia SNC resposta mental e psíquica a situações de medo ou ameaça. Essa resposta pode incluir tremores, falta de ar, aumento dos batimentos cardíacos, sudorese, alterações gastrointestinais e outros sintomas. ficam angustiadas, e a distinção entre uma pessoas normal e uma ansiosa não é nítida. Farmacologia SNC Síndrome do pânico: ataque de pânico, um conjunto de manifestações de ansiedade com início súbito, rico em sintomas físicos e com duração limitada no tempo, em torno de 10 minutos. Sintomas: sensação de sufocação, de morte iminente, taquicardia, tonteiras, sudorese, tremores, sensação de perda do controle e alterações gastrointestinais; Transtorno da ansiedade social: medo de ser exposto à observação atenta de outro e que leva a evitar situações sociais. Perda da auto-estima e medo de ser criticado. Manifestação: rubor, tremor das mãos, náuseas ou desejo urgente de urinar; podem evoluir para um ataque de pânico. Transtorno da ansiedade generalizada: Ansiedade contínua sem nenhuma razão aparente. Transtorno obsessivo compulsivo: ideias obsessivas ou por comportamentos compulsivos recorrentes Farmacologia SNC A ansiedade causa alterações no funcionamento de diversos sistemas: Farmacologia SNC Cardiovascular: palpitação, vermelhidão, aumento da pressão, hiperventilação Endócrino: Elevação dos níveis de corticoi- des plasmáticos; alteração no funcio- namento da tireoide; alteração do ciclo hormonal feminino TGI: Gastrite, úlcera, diarreia SNC: insônia, agitação, dificuldade de concentração Pode provocar algumas doenças, por isso recebem o nome de psicossomáticas: No estado de estresse, ansiedade ou medo, ocorre o aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, liberação de adrenalina, transtornos gástricos, além aumento da liberação hormonal. Como nesses casos o organismo trabalha em constante exigência, temos as afecções degenerativas. Elas podem causar também: flatulência, impotência, obesidade, enxaquecas, dermatites e dores musculares. Além dos tratamentos farmacológicos, medidas não farmacológicas são indicadas como a ioga, terapia, psicanálise e massagem. Farmacologia SNC CLASSES DE FÁRMACOS: Benzodiazepínicos Barbitúricos Antagonistas do receptor de serotoninaA Antagonistas do receptor de serotonina e noradrenalina Antagonistas β adrenérgicos Farmacologia SNC 18/04/2018 2 CLASSES DE FÁRMACOS: Farmacologia SNC A literatura aponta os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) como primeira linha de tratamento. Os benzodiazepínicos aparecem como uma das alternativas e, apesar de seu potencial de dependência, lideram a lista dos 5 medicamentos controlados mais vendidos no Brasil Farmacologia SNC Os agentes farmacológicos que afetam a neurotransmissão GABAérgica atuam, em sua maioria, sobre o receptor GABA A ionotrópico. Os agentes terapêuticos que ativam os receptores GABAA são utilizados para: sedação, ansiólise, hipnose, neuroproteção após acidente vascular cerebral ou traumatismo cranioencefálico controle da epilepsia. AGENTES FARMACOLÓGICOS QUE AFETAM A NEUROTRANSMISSÃO GABAÉRGICA Modularores dos receptorres GABA A Os benzodiazepínicos e os barbitúricos Benzodiazepínicos: sedativos, hipnóticos, miorrelaxantes, ansiolíticos. Quando administrados como única medicação, raramente provocam depressão fatal do SNC. Barbitúricos : grande grupo de fármacos introduzidos pela 1ª vez na metade do século vinte e continuam sendo utilizados: - controle da epilepsia - indutores de anestesia geral - controle da hipertensão intracraniana Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Estima-se que 50 milhões de pessoas façam uso diário de BZD. Prevalência encontra-se entre as mulheres acima de 50 anos, com problemas médicos e psiquiátricos crônicos Os BZD são responsáveis por cerca de 50% de toda a prescrição de psicotrópicos Um em cada 10 adultos recebe prescrição de BZD a cada ano No Brasil há cerca 30 desses fármacos que constam na Lista B1 e são vendidos somente com notificação de Receita B (azul) de acordo com a Portaria nº 344/1998. 18/04/2018 3 Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC EFEITOS: sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, relaxantes musculares e anticonvulsivantes são fármacos de alta afinidade e altamente seletivos, que se ligam a um único sítio dos receptores GABAA: atuam como moduladores alostéricos positivos, potencializando a regulação dos canais na presença de GABAA aumentam a freqüência de abertura dos canais na presença de baixas concentrações de GABAA O conseqüente influxo aumentado de Cl– provoca hiperpolarização da membrana e diminui a excitabilidade neuronal Farmacologia SNC Absorção: Completamente absorvidos v.o. com exceção do clorazepato : clorazepato (suco gástrico) N desmetildiazepam (Nordazepam) Farmacologia SNC Curta t1/2<6h Triazolam, t1/2~h Zolpidem t1/2-5-6h Zopliclone Intermediária t1/2-6-24h Estazolam temazepam Longa t1/2 mais de 24h Flurazepam Diazepam quazepam Distribuição: De 70% (alprazolam) a 99% (diazepam) Farmacologia SNC Biotransformação: CYPs: 3A4; 2C19; – Inibidores da 3A4: Eritromocina, claritromicina, ritonavir, itraconazol, cetoconazol, nefazodona, suco de pomelo Interagem com os benzodiazepínicos 18/04/2018 4 Farmacologia SNC Farmacologia SNC Bi ot ra ns fo rm aç ão Farmacologia SNC Farmacologia SNC Midazolam (Dormonid®), Flurazepam (Dalmadorm®) Flunitrazepam (Rohypnol®) sedativo-hipnóticas preparo de pequenas cirurgias e exames laboratoriais. Alprazolam (Frontal®) ansiolítica e menos sedativa. Farmacologia SNC Este medicamento não podem ser utilizados por: Lactantes - a excreção de leite e é excretado no leite materno. Conjuntamente com álcool, pois este também é depressor do SNC. Farmacologia SNC 18/04/2018 5 Farmacologia SNC Farmacologia SNC ação sedativa e relaxante muscular depressão, sonolência,tonturas, diminuição da atenção e concentração falta de coordenação muscular diminuição da libido e dificuldade em ter ereção desinibição - conduta social inconveniente. hipotensão e a respiração reprimida (iv) náuseas e alterações do apetite, visão borrada, confusão, euforia, despersonalização e pesadelos. Farmacologia SNC TOLERÂNCIA (ultrapassando períodos de 4 a 6 semanas ) redução também dos barbitúricos: expressão diminuída dos receptores de benzodiazepínicos (GABA-A) nas sinapses ou desacoplamento do sítio de ligação dos benzodiazepínicos do sítio do GABA. A súbita interrupção dos benzodiazepínicos após a sua administração crônica pode resultar em uma síndrome de abstinência: Tremor Sudorese Insônia Desconforto Abdominal Taquicardia Hipertensão sistólica Abalos musculares Sensibilidade a luz e ruído Farmacologia SNC Reversão pelo antagonista benzodiazepínico FLUMAZENIL: Compete com o BZ por seu sítio ativo no receptor GABA-A Farmacologia SNC Farmacologia SNC 18/04/2018 6 Farmacologia SNC Barbitúricos 1. NEUROTRANSMISSÃO INIBITÓRIA Principal ação dos barbitúricos: intensificar a eficácia do GABA ao aumentar o tempo de abertura dos canais de Cl- , permitindo, assim, um influxo muito maior de íons Cl- para cada canal ativado. RECEPTOR GABAA de GABA Farmacologia SNC Barbitúricos GLUTAMATO Diminuem a ativação dos receptores AMPA pelo glutamato. Antagonista não competitivo de receptor AMPA de glutamatoreduz ambos: a despolarização da membrana e a excitabilidade 2. NEUROTRANSMISSÃO EXCITATÓRIA RECEPTOR AMPA/KAIMATO de glutamato LPP - 40 a 50% Meia vida de 6 a 12 horas. Eles têm pequena janela terapêutica, o que pode levar a morte se for administrado em quantidade excessiva. Provocam dependência e tolerância nos usuários. Farmacologia SNC Induzem a sua metabolização pelo citocromo P-450 (CYP 3A4, 3A5, 3A7). Seus efeitos tóxicos são: sonolência incoordenação motora diminuição acentuada de pressão arterial e dos batimentos cardíacos. Não podem ser administrados juntamente com bebidas por acentuarem a depressão do SNC. Exemplos: Pentobarbital, Tiopental, Fenobarbital (usado no tratamento de epilepsia), dentre outros. Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC 18/04/2018 7 São agonistas dos receptores pré e pós-sinápticos de serotonina. Atua sobre os receptores 5-HT1A inibindo a liberação de serotonina. Um dos exemplos é a BUSPIRONA. Buspirona Farmacologia SNC Farmacologia SNC AGONISTAS DO RECEPTOR DE SEROTONINA Farmacologia SNC Existem 7 diferentes tipos de receptores de 5-HT: (5-HT1–5-HT7) Classificação dos receptores 5-HT1: Subtipos A, B e D – encontrados no SNC e vasos. Acoplados a uma proteína Gi , o receptor 5-HT1A tem um efeito inibitório na neurotransmissão quando acoplado a um agonista. Farmacologia SNC Levam de 2 a 4 semanas para fazer efeito. No início as doses devem ser menores pois aumentam os sintomas da ansiedade. Também atuam sobre os neurônios noradrenégicos interferindo nas reações de despertar. Farmacologia SNC EFEITOS TÓXICOS: Tontura, Náusea Sudorese, Cefaléia, Nervosismo, Entre outros. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: Digoxina deslocando-a das proteínas plasmáticas Inibidores da MAO causando aumento da pressão arterial Farmacologia SNC 18/04/2018 8 Inibem a permeabilidade da membrana ao sódio e potássio da célula nervosa na fenda pré e pós sináptica Provocando sedação e reduzindo a ansiedade. Um exemplo de fármaco que é o Propranolol. Farmacologia SNC LPP - 90% Meia vida - 4 horas. É em grande parte metabolizado pelo mecanismo de primeira passagem no fígado. É contra indicado para pacientes portadores de bradicardia sinusal, diabéticos, asma brônquica e insuficiência cardíaca congestiva. Farmacologia SNC Os fármacos mais recentes são o Zaleplon e Zolpidem. O Zaleplon é um fármaco do grupo dos pirazolopirimidinas. Pode causar alguns efeitos colaterais como náuseas, vômitos, alucinação e desconforto intestinal. Zaleplon Farmacologia SNC Zaleplon interage com o receptor do GABAA, modulando o canal de cloreto. Age de forma semelhante aos benzodiazepínicos, tendo propriedades farmacológicas como sedação, ansiolítico, relaxante muscular. FARMACONICÉTICA Absorção: rápida; Bioisponibilidade 30%; alimento pode prolongar Excreção: Fecal: 17%; Renal: 71%, 1% não sofre biotransformação Meia vida de eliminação: aproximadamente 1 hora Farmacologia SNC FÁRMACOS NOVOS MECANISMO DE AÇÃO Cápsulas de 5 e 10 mg Farmacologia SNC O Zolpidem é um fármaco do grupo das imidazopiridinas. Atua potencializando a ação do gaba e causando sedação o SNC. Tem meia vida curta e sua maior ação é como sedativo. Alguns efeitos colaterais são tontura, diarréia, fadiga entre outros. Zolpidem Farmacologia SNC 18/04/2018 9 Comprimidos de 5 e 10 mg Farmacologia SNC Farmacologia SNC Associação Brasileira de Psiquiatria Transtornos de Ansiedade: Diagnóstico e Tratamento 24 de janeiro de 2008 Farmacologia SNC Farmacologia SNC Psicose: Senso distorcido ou inexistente da realidade ESQUIZOFRENIA: distúrbio psíquico que afeta a consciência do próprio eu, as relações afetivas, a percepção e o pensamento. esquizofrenia significa "cisão das funções mentais" (do grego schizo = divisão, cisão; phrenos =mente) acentuado distúrbio do pensamento. Cerca de 1% da população desenvolve Incidência semelhante entre homens (15-25 anos) e mulheres (25-35 anos) SINTOMAS POSITIVOS Delírios Alucinações Distorções ou exageros na linguagem e comunicação Discurso desorganizado Comportamento desorganizado Comportamento catatônico Agitação Farmacologia SNC Farmacologia SNC SINTOMAS NEGATIVOS Afeto embotado (perdeu a sensibilidade ou a energia) Retirada emocional Pobre relacionamento Passividade Retraimento social Apático Dificuldade de pensamento abstrato Falta de espontaneidade Pensamento estereotipado Alogia: restrições na fluência e produtividade de pensamento e de expressão Avolição: restrições no início de comportamento dirigido a meta; Anedonia: falta de prazer Comprometimento atencional e agressivo 18/04/2018 10 SISTEMA DE NEUROTRANSMISSORES QUE SE POSTULA QUE ESTÃO ENVOLVIDOS Dopamina Serotonina Glutamato Acetilcolina Noradrenalina Ácido g-aminobutírico Neuropeptídeos Farmacologia SNC Humor Ansiedade Farmacologia SNC 1. DOPAMINÉRGICA: Não é mais adequada principalmente porque não explica o prejuízo cognitivo Relevante para a compreensão das duas dimensões da esquizofrenia ANFETAMINA liberação de dopamina Impede recaptação de dopamina EXCESSO DE ATIVIDADE DOPAMINERGICA Doses altas e repetidas (psicose tóxica)= sintomas esquizofreniformes esquizofrenia D. Parkinson: tratamento com L-dopa: formação da dopamina sintomas psicoticos Antipsicópitos atividade da dopamina no SNC vias de dopamina: a. nigroestriatal, da substantia nigra ao gânglio basal, é parte do sistema nervoso extrapiramidal, e controla os movimentos b. mesolímbico, mesencéfalo ventral tegumentar para o núcleo accumbens, - sensações de prazer, euforia, bem como delírios e alucinações de psicose c. via mesocortical, partir do mesencéfalo ventral tegumentar área para o córtex límbico, onde eles podem ter um papel na mediação negativos e cognitivos sintomas de esquizofrenia d. tuberoinfundibulares controla a secreção de prolactina Farmacologia SNC Farmacologia SNC Hiperatividade de neurônios de dopamina na via mesolímbica de dopamina teoricamente medeia os sintomas positivos da psicose Hiperatividade da DA no sistema mesolímbico = sintomas positivos 1. Deficiência primária de DA Bloqueio de receptor de DA 2. Aumento nos sintomas negativos Farmacologia SNC Diferentes causas de deficiência de DA podem resultar em sintomas negativos e cognitivos: . Na esquizofrenia, pode haver deficiência: 1. Primária de DA, ou 2. Secundária de DA ao bloqueio do receptor D2 pós-sináptica por um fármaco antipsicótico. 2. SEROTONINÉRGICA: Foi constatado que o bloqueio dos receptores 5HT2A é o mecanismo de ação de alguns antipsicóticos Modulam a liberação de DA, NOR, Glutamato, GABA e ACh no córtex, região límbica e no estriado. Efeitos alucinógenos do LSD (agonista parcial de receptores 5-HT2A) Farmacologia SNC 18/04/2018 11 Via mesocortical Farmacologia SNC Na esquizofrenia, pode haver deficiência DA: 2. Secundária : Se serotonina é hiperativa, isso também pode causar uma deficiência relativa DA inibindo a liberação DA. 2. 2. SEROTONINÉRGICA: Aumento nos sintomas negativos Deficiência secundária de DA Farmacologia SNC sítio da glicina 3. GLUTAMATÉRGICA: Glutamato: principal neurotransmissor excitatório O receptor NMDA de glutamato necessita da glicina para sua atividade integral. Possivelmente em pacientes esquizofrênicos o sítio da glicina do receptor NMDA não está totalmente saturado.Farmacologia SNC Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em 2 famílias. A família D1 envolve os receptores D1 e D5; A família D2 envolve os receptores D2, D3 e D4 que estão envolvidos na doença do Parkinson, esquizofrenia e com os antipsicóticos. Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC 18/04/2018 12 ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC bloqueio dos receptores D2 da dopamina especificamente na via mesolímbica ↓ a hiperatividade na via, que é postulada para provocar os sintomas positivos da psicose Farmacologia SNC Receptores Bloqueados D1 D2 5HT2A H1 Musc Fenotiazínicos Alifáticos (Clorpromazina) ++ +++ +++ + ++ ++ Piperazínicos (Flufenazina) + +++ ++ + ++ ++ Piperidínicos (Tioridazina) + ++ +++ ++ - ++ Butirofenonas (Haloperidol) + +++ +/- + + +/- Tioxantinas (Clorprotixene) ++ +++ +++ + ++ ++ 18/04/2018 13 Farmacologia SNC ABSORÇÃO E DISTRIBUIÇÃO Via de administração Altamente lipossolúvel - Rapidamente absorvido mas de maneira incompleta Biodisponibiidade: clorpromazina e tioridazina: 25-35% haloperidol: 65% LPP: 92 a 99% Metabólito excretado na urina – várias semanas após a ultima administração Tempo médico para a ocorrência de recidiva após suspensão: 6 meses. Uso oral uso intramuscular e endovenoso Farmacologia SNC BIOTRANSFORMAÇÃO Quase totalmente biotransformado por oxidação e desmetilação Enzimas microssomais hepáticas CYP 450: Agente Via metabólica Inibição CYP Indução CYP Haloperidol 2D6 3A4 1A2 Meia vida prolongada CYP 2D6 CZP e fenitoína: Depuração em 32% Clorpromazina 2D6. Mais de 10 metabólitos inativos. Inibidor moderado de 2D6, induz seu próprio metabolismo Interação fluoxetina + clorpromazina Pouco relevante CZP e fenitoína: Níveis clorpromazina em 35% ANTIPSICÓTICOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO Bloqueio das quatro vias Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA Reação idiossincrática ao uso de neurolépticos (haloperidol). Severa rigidez muscular e temperatura elevada durante o uso de neurolépticos, associadas a dois dos seguintes sintomas: diaforese (transpiração excessiva), disfagia (dificuldade de deglutição) tremor, incontinência urinária, alteração do nível de consciência, mutismo, taquicardia, alterações pressóricas, leucocitose e evidência de lesão muscular Incidência - 0,02% a 2,4% dos pacientes expostos aos antagonistas DA Mortalidade -20% a 30%. 18/04/2018 14 Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC VANTAGENS Notavelmente eficaz nos sintomas positivos Vasta experiência clinica Custo reduzido Diferentes formulações DESVANTAGENS Eficácia limitada (70%) Pouco ou nenhum impacto sobre os sintomas negativos Recaída e efeitos colaterais problemáticos são comuns Farmacologia SNC Farmacologia SNC VANTAGENS: menor risco de efeitos neurológicos melhor eficácia em relação aos sintomas negativos eficaz em pacientes que não respondem aos típicos Farmacologia SNC antagonistas do 5HT2A e D2 Agem, nas vias dopominérgicas do SNC, mesolímbico-mesocortical, nigroestriatal, tuberoinfundibular, medularperiventricular. A afinidade relativamente baixa para os receptores de dopamina D2 e alta ocupação dos receptores serotoninérgicos 5HT2 córtex pré-frontal. A afinidade para os receptores serotoninérgicos corticais esta relacionada a sua eficácia sobre os sintomas negativos e área de melhora cognitiva; 18/04/2018 15 Farmacologia SNC Farmacologia SNC ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES: - serotoninérgicos 5-HT2A - dopaminérgicos D1 e D2 - colinérgicos muscarínicos - adrenérgicos alfa1 e alfa2 - histaminérgico H1 Farmacologia SNC Farmacologia SNC reduzem a atividade motora espontânea e podem, em excesso, causar catalepsia. menos atividade sobre os receptores D2. As tendências agressivas são inibidas. Também tem efeitos antieméticos, por causarem uma ação bloqueadora em receptores dopaminérgicos. Farmacologia SNC Farmacologia SNC capacidade de promover a ação antipsicótica em doses que não produzem, de modo significativo, sintomas extrapiramidais, melhor adesão ao tratamento e melhores resultados a longo prazo. 18/04/2018 16 Risperidona. Olanzapina. Clozapina. Quetiapina Risperidona Ziprasidona Aripiprazol Olanzapina Farmacologia SNC Farmacologia SNC BIOTRANSFORMAÇÃO Quase totalmente biotransformado por oxidação e desmetilação Enzimas microssomais hepáticas CYP 450: Agente Via metabólica Inibição CYP Indução CYP Aripiprazol 2D6 e 3A4 convertem em metab. ativo desidroapripiprazol (t1/2: 75-94h) 2D6: t1/2: 146h Indução de 3A4 aripiprazol e metab. em 70% Risperidona 2D6 e 3A4 convertem em metab. ativo 9 OH- risperidona (t1/220- 30 h) Paroxetina e fluoxetina [] riperidona. Inibição de 2D6 niveis de porção ativa em até 75% CZP Níveis risperidona em 50% Farmacologia SNC ARIPIPRAZOL Subtipo de receptor/açãoReceptores ARIPIPRAZOL ajuda a a atividade da dopamina ARIPIPRAZOL ajudar a a atividade da dopamina hiperdopaminérgico hipodopaminérgico Farmacologia SNC Receptores D2 Dopamina Resposta total Resposta parcial Farmacologia SNC dopamina Dopamina + haloperidol AripiprazolAripiprazol + Dopamina Farmacologia SNC 18/04/2018 17 Farmacologia SNC 1ª GERAÇÃO 2ª GERAÇÃO Farmacologia SNC A distinção entre os grupos típicos e atípicos não está claramente delineia, mas depende: do perfil do receptor da incidência de efeitos colaterais extrapiramidais (menor no grupo atípico) da eficácia (clozapina) no grupo de pacientes"resistentes ao tratamento' da eficácia contra sintomas negativos. multiplos mecanismos = efeitos colaterais Mecanismos seletivos simples < efeitos colaterais multiplos mecanismos eficácia Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC 1817 - Descrita, pelo médico inglês James Parkinson, em sua principal obra “Um Ensaio sobre a Paralisia Agitante” 1962 – Hornykiewicz - mostrou que o conteúdo de DA da substância nigroestriatal (75% da DA cerebral), em cérebros post mortem de pacientes com DP, era muito baixo. 1983 - desenvolvimento inesperado de doença de Parkinson em usuários do opióide sintético meperidina: fatores ambientais podem causar DP. Mal de Parkinson (DP) é uma desordem neurológica degenerativa progressiva do SNC que acomete principalmente o sistema motor. 18/04/2018 18 Farmacologia SNC 1. BRADICINESIA - lentidão anormal dos movimentos: reduz a capacidade do paciente se movimentar, tornando tarefas simples, difíceis e demoradas. o doente demora mais tempo no que antes fazia com desenvoltura, como tomar banho, se vestir, cozinhar e escrever. Movimentos delicados com as mãos se tornam difíceis, como abotoar roupas e amarrar o cadarço de calçados. Ao escrever, a letra se torna menor (micrografia). 2. RIGIDEZ, uma resistência ao movimento passivo dos membros: paciente tende a ficar encurvado e, na medida em que a doença progride, os braços e as pernas também podem ficar dobrados e a caminhada se tornar mais lenta, com passos curtos. 3. COMPROMETIMENTO DO EQUILÍBRIO POSTURAL 4. TREMOR característico quando os membros estão em repouso 5. ALTERAÇÕES DE FALA: o paciente pode falar baixo, rapidamente ou hesitar antes de falar. Seu discurso pode ser mais monótono e não ter as inflexões habituais. Farmacologia SNC FISIOPATOLOGIA Perda seletiva de neurôniosdopaminérgicos na parte compacta da substância negra Extensão profunda da perda - destruição de pelo menos 70% dos neurônios - os sintomas aparecem pela primeira vez; Perda de 95% dos neurônios na necropsia Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC 18/04/2018 19 Farmacologia SNC DP É UMA AFECÇÃO PROGRESSIVA: Perda dos neurônios DA - uma década ou mais antes do aparecimento dos sintomas, e continua de modo inexorável. Todos os tratamentos atualmente disponíveis são sintomáticos - tratam os sintomas, mas não alteram o processo degenerativo subjacente. 1877 médico francês J-M. Charcot (“pai da neurologia”). Indicou um precursor dos alcalóides da beladona, a hioscinamida - anticolinérgico. Farmacologia SNC 1. Fármacos que repõe a dopamina. 2. Inibidores da dopadescarboxilase e COMT. 3. Inibidores MAO-B. 4. Fármacos agonistas de dopamina. 5. Fármacos antagonistas do receptor muscarínico. Farmacologia SNC LEVODOPA Há mais de 30 anos e continua sendo o tratamento mais efetivo DA - incapaz de atravessar a BHE. L -DOPA (levodopa), é rapidamente transportado através da BHE pelo transportador de aminoácidos neutros No SNC: L –DOPA Dopamina L–DOPA compete com outros aas neutros pelo transporte através da BHE - disponibilidade no SNC pode ser comprometida por refeições recentes de proteína Farmacologia SNC 1. PRECURSORES DA DOPAMINA AADC Farmacologia SNC LEVODOPA FARMACOCINÉTCA Farmacologia SNC administrada por via oral rapidamente convertida em dopamina pela AADC no trato gastrintestinal: quantidade de levodopa capaz de alcançar BHE efeitos adversos periféricos que resultam da geração de dopamina na circulação periférica: náusea, devido à ligação dessa dopamina aos receptores de dopamina na área postrema(área de controle do vômito). Quando a levodopa é administrada isoladamente, apenas 1 a 3% da dose administrada alcançam o SNC em sua forma inalterada. 18/04/2018 20 Farmacologia SNC Farmacologia SNC FARMACOCINÉTCA Farmacologia SNC COMBINAÇÃO COM CARBIDOPA Carbidopa impede efetivamente a conversão da levodopa em DA na periferia. não atravessar a BHE, não interfere na conversão da levodopa em DA no SNC da levodopa ( v.o.), disponível no SNC: de 1-3% (na ausência de carbidopa) para 10% (com carbidopa) na dose de levodopa efeitos adversos periféricos. inibidor da descarboxilase de ácidos aromáticos (AADC) Farmacologia SNC COMBINAÇÃO COM CARBIDOPA Levodopa/carbidopa:comprimidos de 200/50mg e 250/25mg Exemplo: Cada comprimido de carbidopa + levodopa contém: Carbidopa (equivalente a 25 mg de carbidopa anidra)..27 mg Levodopa.......................................... 250 mg Farmacologia SNC COMBINAÇÃO COM CARBIDOPA > Farmacologia SNC COMBINAÇÃO COM BENSERAZIDA mais potente que a carbidopa início da ação inibidora da benserazida é de30 minutos e sua duração é > 24 h inibidor da descarboxilase de ácidos aromáticos (AADC) Levodopa/benserazida: comprimidos ou cápsulas 100/25mg e de 200/50mg 18/04/2018 21 Farmacologia SNC COMBINAÇÃO COM INIBIDOR DA DDC (carbidopa ou benserazida) Se devem a levodopa que não ultrapassa a barreira hematoencefálica, e são: Movimentos involuntários de contorção. Efeito liga e desliga, é a contorção involuntária e a rigidez do membro se alterna, que passa após poucos minutos ou poucas horas. Hipotensão postural. Taquicardia Náuseas e Vômitos Aumento da liberação de GH(Hormônio do crescimento). Farmacologia SNC Farmacologia SNC DERIVADOS DO ESPORÃO DO CENTEIO: BROMOCRIPTINA - (agonista D2) PERGOLIDA (Agonista D1 e D2) Bromocriptina: comprimidos ou cápsulas de liberação retardada de 2,5 e 5mg. AGONISTAS NÃO ESPORÃO DO CENTEIO: PRAMIPEXOLE (D3>D2) ROPINIROL (D3>D2) utilizados com sucesso como adjuvantes no tratamento com levodopa. Farmacologia SNC VANTAGENS: 1.não competem com a levodopa ou outros aminoácidos neutros pelo seu transporte através da BHE. 2.permanecem efetivos numa fase avançada da evolução da doença de Parkinson. 3.Apresentam meias-vidas mais longas que a da levodopa, permitindo o uso menos freqüente de doses e propiciando uma resposta mais uniforme às medicações. Farmacologia SNC LIMITAÇÃO AO USO: tendência a induzir efeitos adversos Indesejáveis: bromocriptina e pergolida: menos usados náusea significativa, edema periférico hipotensão. pramipexol e o ropinirol: muito mais usados – menos tendência a produzir esses efeitos adversos; EFEITOS COLATERAIS COGNITIVOS (todos) sedação excessiva, sonhos vívidos alucinações. muitos médicos utilizam agonistas da dopamina como tratamento inicial da doença de Parkinson, particularmente em indivíduos mais jovens podem ser utilizados em combinação com a carbidopa para estender ainda mais a meia-vida da levodopa e facilitar a sua entrada no cérebro a) INIBIDORES DA MAO-B (isoforma da MAO que predomina no estriado) SELEGILINA - em doses baixas, seletiva para a MAO-B. Não interfere no metabolismo periférico das monoaminas pela MAO-A e evita os efeitos tóxicos da tiramina de origem dietética Desvantagem: metabólito potencialmente tóxico, a anfetamina, que pode causar insônia e confusão, particularmente no idoso. b) INIBIDORES DA COMT TOLCAPONA e ENTACAPONA (< toxicidade hepática) Farmacologia SNC 18/04/2018 22 Farmacologia SNC Farmacologia SNC COMBINAÇÃO COM INIBIDOR DA DDC + INIBIDORES DA COMT Tolcapona: comprimidos de 100mg. e 200mg Entacapona: comprimidos de 200mg. Farmacologia SNC Farmacologia SNC TRIEXIFENIDIL e BENZTROPINA reduzem o tônus colinérgico no SNC Diminuem mais o tremor do que a bradicinesiamais efetivos no tratamento de pacientes em que o tremor constitui a principal manifestação clínica da doença. Usados na terapia inicial em pacientes com sintomas leves AMANTADINA Usada no tratamento das discinesias induzidas pela levodopa que surgem tardiamente na evolução da doença. Acredita Farmacologia SNC Farmacologia SNC 18/04/2018 23 Farmacologia SNC As diminuições na inibição mediada pelo GABA — devido a fatores exógenos, degeneração dos neurônios GABAérgicos ou alterações em nível dos receptores — constituem os principais fatores que auxiliam na sincronização de um foco convulsivo. CONVULSÃO: Qualquer anormalidade na função dos canais iônicos e das redes neurais (SNC) que pode resultar em rápida propagação sincrônica e descontrolada da atividade elétrica. Um paciente que teve uma única convulsão não apresenta necessariamente epilepsia EPILEPSIA: Se refere à afecção em que um indivíduo tem tendência a sofrer convulsões recorrentes Farmacologia SNC A epilepsia é uma descarga de alta frequência anormal no cérebro que pode se iniciar em um local e se espalhar pelo cérebro. Os sintomas vão desde um rápido lapso até crise convulsiva generalizada. Os sintomas podem ser detectados por eletroencefalograma. Farmacologia SNC Farmacologia SNC As crises de epilepsia são divididas em: Crises focais (parciais); Crises generalizadas secundárias Crises Generalizadas primárias; Crises de ausência, Tônico-Clônica. Farmacologia SNC 18/04/2018 24 A. CONVULSÃO FOCAL: foco convulsivo e se propaga para áreas adjacentes Convulsão focal sem alteração do estado mental Convulsão focal com alteração do estado mental B. CONVULSÃO FOCAL COM GENERALIZAÇÃO SECUNDÁRIA C. CONVULSÕES GENERALIZADAS PRIMÁRIAS Ausência (pequeno mal) Mioclônica Tônico clônica (grande mal) Farmacologia SNC COMO SE MANIFESTA A EPILEPSIA Farmacologia SNC As crises focais Parciaissão as que começam de forma local e permanecem assim. Os sintomas dependem do local da descarga. Entre eles temos as contrações musculares involuntárias, experiência sensoriais anormais, efeitos sobre o humor e comportamento. As crises de Ausência ocorrem em crianças e é caracterizada por uma interrupção abrupta das atividades e a pessoa adquiri inconsciência por um período curto e depois recupera suas atividades sem prejuízo. Farmacologia SNC Na crise tônico-clônica é a contração forte e inicial de toda a musculatura causando um espasmo extensor. A crise dura de 2 a 4 minutos no total e o paciente permanece completamente inconsciente. O paciente pode se machucar durante a crise dependendo do local em que se encontra. Farmacologia SNC 1. Fármacos que aumentam a inibição mediada pelos canais de Na+ 2. Fármacos que inibem os canais de cálcio 3. Fármacos que aumentam a inibição mediada pelo gaba 4. Fármacos que inibem os receptores de glutamato Farmacologia SNC Farmacologia SNC 18/04/2018 25 Tratamento farmacológico Potenciais de ação (inibição da Transmissão) Convulsão focal Perda da inibição circundante Farmacologia SNC Farmacologia SNC Tálamo (foco da convulsão) Farmacologia SNC 1. FÁRMACOS QUE AUMENTAM A INIBIÇÃO MEDIADA PELOS CANAIS DE Na+ fenitoína, carbamazepina, lamotrigina ácido valpróico aumentam a inibição em nível de uma única célula através de sua ação direta sobre o canal de Na+ os agentes antiepilépticos que atuam sobre os canais de Na+ exibem uma acentuada especificidade para o tratamento das convulsões focais (parciais) e generalizadas secundárias. os neurônios que disparam rapidamente mostram-se particularmente suscetíveis à inibição por essa classe de fármacos Exercem pouco efeito sobre as crises de ausência atua diretamente sobre os canais de Na+, diminuindo a velocidade de recuperação do canal de seu estado inativado para o estado fechado. A fenitoína aumenta o limiar dos potenciais de ação e impede a descarga repetitiva estabilização do foco da convulsão. Farmacologia SNC Atua diretamente sobre os canais de Na+, diminuindo a velocidade de recuperação do canal de seu estado inativado para o estado fechado. Aumenta o limiar dos potenciais de ação e impede a descarga repetitiva estabilização do foco da convulsão. Farmacologia SNC Atua sobre os canais de Na+ de maneira dependente do uso apenas os canais que estão abertos e fechados em alta frequência têm probabilidade de serem inibidos os efeitos da fenitoína sobre a atividade neuronal espontânea e evita muitos dos efeitos adversos dos potencializadores de GABAA Mais de 95% da fenitoína ligam-se à albumina plasmática. Inativada pelo seu metabolismo no fígado e, em doses típicas, apresenta meia-vida plasmática de cerca de 24 horas. Metabolismo: pequenos aumentos na dose podem produzir aumentos imprevisíveis na sua concentração plasmática o risco de efeitos adversos. Inativação pelo sistema enzimático microssomal P450 hepático é suscetível à alteração por diversos fármacos. Farmacologia SNC 18/04/2018 26 ataxia, nistagmo, incoordenação, confusão, hiperplasia gengival, Anemia megaloblástica (diminuição de glóbulos vermelhos, que se tornam grandes, imaturos e sisfuncionais (megaloblastos) na medula óssea, hirsutismo, traços faciais mais grosseiros e exantema cutâneo sistêmico. Farmacologia SNC fármacos que inibem o sistema P450: Cloranfenicol, Cimetidina Dissulfiram Isoniazida,. fármaco que induz o sistema P450: Carbamazepina Farmacologia SNC Aumentam as concentrações plasmáticas de fenitoína Aumenta o metabolismo da fenitoína, reduzindo sua C. plasm. quando ambos os fármacos são utilizados juntos. Fenitoína - Indutora enzimática: metabolismo de fármacos que são inativados pelas CYP 450: contraceptivos orais, quinidina, doxiciclina, ciclosporina, metadona, levodopa. Um metabólito, a 10,11-epoxicarbamazepina, também atua ao retardar a recuperação dos canais de Na+ e pode ser responsável por alguns dos efeitos terapêuticos. Freqüentemente é o fármaco de escolha para as convulsões parciais (simples e complexas), devido à sua ação dupla: na supressão dos focos convulsivos na prevenção da propagação da atividade. Meia-vida é inicialmente de 10 a 20 horas, porém é ainda mais reduzida com tratamento crônico (devido à indução do sistema P450), exigindo o uso de várias doses ao dia. Metabolismo é linear - uma escolha mais interessante do que a fenitoína no tratamento de pacientes com interações medicamentosas potenciais. Farmacologia SNC Estabiliza a membrana neuronal ao retardar a recuperação dos canais de Na+ do estado inativado. Pode ter outros mecanismos de ação indeterminados; possui aplicações clínicas mais amplas do que os outros bloqueadores dos canais de Na+. Constitui uma alternativa útil para a fenitoína e a carbamazepina no tratamento das convulsões parciais e tônico-clônicas. É efetiva no tratamento de crises de ausência atípicas. Constitui o terceiro fármaco de escolha no tratamento das crises de ausência, depois da etossuximida e do ácido valpróico. Farmacologia SNC Farmacologia SNC Atuam através da inibição dos canais de cálcio pertencem a duas classes principais: os que inibem o canal de cálcio do tipo T os que inibem o canal de cálcio ativado por alta voltagem (HVA). os fármacos que inibem o canal de cálcio do tipo T são especificamente utilizados no tratamento das crises de ausência. fármacos que inibem os canais de cálcio HVA: utilizados nas convulsões focais (parciais) com ou sem generalização secundária, podem ser também utilizados para as crises generalizadas diferentes das crises de ausência. Farmacologia SNC Reduz as correntes de tipo T de baixo limiar de maneira dependente da voltagem - sem alterar a dependência de voltagem ou a cinética de recuperação do canal de Na+. não tem nenhum efeito sobre a inibição mediada pelo GABA. tratamento de primeira escolha para as crises de ausência não complicadas. Em concordância com seu perfil molecular como bloqueador específico dos canais de Ca2+ do tipo T, a etossuximida não é efetiva no tratamento das convulsões parciais ou generalizadas secundárias. 18/04/2018 27 Inibidores de canal de cálcio do tipo T Farmacologia SNC Farmacologia SNC 1. diminui a velocidade de recuperação dos canais de Na+ do estado inativado. 2. limita a atividade do canal de cálcio do tipo T de baixo limiar 3. in vitro aumenta a atividade da ácido glutâmico descarboxilase (responsável pela síntese de GABA), enquanto inibe a atividade das enzimas que degradam o GABA. esses efeitos, em seu conjunto, aumentam a disponibilidade de GABA na sinapse e aumentam a inibição mediada pelo GABA. Farmacologia SNC é um dos agentes antiepilépticos mais efetivos no tratamento de pacientes com síndromes de epilepsia generalizada com tipos mistos de convulsões fármaco de escolha para pacientes com convulsões generalizadas idiopáticas e é utilizado no tratamento das crises de ausência que não respondem à etossuximida. comumente utilizado como alternativa da fenitoína e da carbamazepina no tratamento das convulsões parciais. Foi sintetizada como análogo estrutural do GABA, visando a inibição mediada pelo GABA. o conteúdo de GABA nos neurônios e nas células gliais in vitro. O principal efeito anticonvulsivante da gabapentina parece ocorrer através da inibição dos canais de cálcio HVA, resultando em da liberação de NT Vantagem importante: em virtude de sua estrutura semelhante à dos aminoácidos endógenos,apresenta poucas interações com outros fármacos. Não parece ser um agente antiepiléptico particularmente efetivo para a maioria dos pacientes. Farmacologia SNC Farmacologia SNC convulsões parciais e tônico-clônicas (quarto fármaco de escolha no tratamento das crises de ausência depois da lamotrigina) Fármaco alternativo no tratamento das convulsões parciais e tônico-clônicas Farmacologia SNC 18/04/2018 28 Farmacologia SNC TIAGABINA: reduz captação de GABA por inibir o transportador GAT-1 VIGABATRINA: inibe irreversivelmente a enzima responsável pela degradação do GABA, a GABA- transaminase Farmacologia SNC Liberação de mensageiros retrógrados, levando à liberação aumentada de transmissor pré-sináptico Extremamente potente e possui o benefício de não apresentar os efeitos sedativos comuns a muitos outros fármacos. Esteve associado a casos de anemia aplásica fatal e insuficiência hepática seu uso está essencialmente restrito a pacientes com epilepsia extremamente refratária. A inibição dos subtipos NMDA e AMPA pode inibir a geração da atividade convulsiva e proteger os neurônios da lesão induzida pela convulsão. Não utilizado clinicamente de modo rotineiro para o tratamento das convulsões, devido a seus efeitos adversos inaceitáveis sobre o comportamento. Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Farmacologia SNC Convulsão focal escolha Convulsão simples Complexa ou Secundariamente generalizada Ataque generalizado Grande mal Tônico-clônico Ataque tônico Ataque clônico Ataque Mioclônico Pequeno mal Ausência