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Resumão Contabilidade

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Resumo de Contabilidade e Análise de Balanços
Apresentação das contabilidades Página 02 
Demonstrações financeiras Página 03 
Balanço patrimonial Página 04 
Circulante e não circulante Página 06 
Deduções Página 07 
DRE Página 08 
DFC Página 09 
Partidas dobradas e plano de contas Página 10 
Contabilização de contas e levantamento Página 11 
Livros contábeis e sistemas contábeis Página 13 
Ambiente de negócios Página 15 
Análises vertical, horizontal, processos e interpretação Página 17 
Rentabilidade e liquidez Página 18 
Endividamento, rotatividade e outros indicadores Página 20 
Exercício Página 22 
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Apresentação das contabilidades 
Contabilidade Financeira: 

A contabilidade financeira tem seu foco direcionado aos usuários externos das in-
formações contábeis. Por usuários externos entendemos os credores, investidores e 
órgãos governamentais. Os relatórios exigidos por tais agentes são objetivos e os aju-
da a decidir sobre as decisões de empréstimo, investimento e regulamentação, para 
isso é necessária a coleta de dados de transações econômicas e financeiras, estes de-
vem estar registrados e classificados. Com os olhos voltados para o passado, a con-
tabilidade financeira tem o dever de informar os lucros da empresa assim como as 
despesas, os custos e a quantidade de obrigações a liquidar. A contabilidade finan-
ceira deve preparar suas informações de acordo com os PCGA (princípios de con-
tabilidade geralmente aceitos), pois satisfaz os seus credores. 
Contabilidade de custos: 

A contabilidade de custos surgiu com o o intuito de auxiliar a indústria. Ela serviu 
para avaliação de estoque originalmente, mas também adquiriu o dever de forneci-
mento de dados para a administração. Os dados fornecidos têm como função o 
auxílio ao Controle e a ajuda na tomada de decisões. Ao Controle deve fornecer dados 
para estabelecer padrões, orçamentos e outras formas de previsão, acompanhar o 
que ocorreu e comparar com os valores que foram antes estabelecidos. Já em relação 
à tomada de decisões, a contabilidade de custos deve informar sobre valores rele-
vantes relacionados às consequências de curto e longo prazo sobre medidas de intro-
dução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou 
produção etc. Seu principal objetivo é ver a rentabilidade de um produto. 
Contabilidade gerencial: 

A contabilidade gerencial, diferente da financeira, tem seu foco direcionado aos 
usuários internos das informações contábeis. Entendemos como usuários internos 
principalmente os gerentes. Os relatórios devem exibir as informações de forma a 
orientar os administradores para que possam atingir seus objetivos. Ela auxilia no 
planejamento da empresa, por isso está voltada para o futuro, embora os dados pas-
sados e presentes sejam utilizados, mas para ajuda da formação de planejamentos de 
situações futuras. É também através da contabilidade gerencial que se avalia o ger-
ente e as operações de sua responsabilidade. A avaliação do gerente é necessária para 
determinação de seu desempenho. Já a avaliação das operações é necessária para 
saber se mudanças são necessárias ou não. Os PCGA podem não ser seguidos, pois as 
informações serão úteis para os gerentes internos e não agentes externos. Apesar de 
haver informações monetárias, as não-monetárias também são de grande importân-
cia. Podemos citar como informações não-monetárias as quantidades de materiais 
consumidos, de horas trabalhadas e de defeitos nos produtos. 
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Demonstrações financeiras 
O que é:

Demonstrações financeiras ou demonstrações contábeis são relatórios contábeis con-
siderados obrigatórios pela legislação brasileira. Elas servem para relatar a posição 
patrimonial e financeira da empresa, informam também eventos que podem alterar 
os recursos econômicos. Os pequenos detalhes dos relatórios serão mais complexos 
dependendo do tamanho e do tipo da empresa. Empresas de porte maior, normal-
mente, realizam mais operações, tem maior estoque e tem mais proprietários, tor-
nando mais necessário um relatório mais pormenorizado. Hodiernamente as princi-
pais obrigatórias são: Balanço Patrimonial (BP), Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE), Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPAc), De-
monstração dos Fluxos de Caixa (DFC), Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
As demonstrações devem ser focadas principalmente em investidores e credores, 
existentes e em potencial. Além disso, podem ser apresentadas também notas expli-
cativas, complementando as demonstrações. 
Variação: 

As demonstrações financeiras variam de acordo com a constituição da sociedade da 
empresa. Há dois principais tipos, sendo eles as sociedades anônimas (SA) e as soci-
edades por quotas de responsabilidade limitada (Ltda).

A SA tem seu capital dividido em partes iguais (as ações) e publica as demonstrações 
financeiras no Diário Oficial e em algum outro jornal local de grande circulação. Elas 
servem para serem publicadas em jornais, imposto de renda e previdência social.

A Ltda tem seu capital dividido em quotas e não precisa publicar as demonstrações 
financeiras em um jornal, mas devem apresentar junto ao imposto de renda na hora 
de declará-lo ou para atender o Código Civil. 
Período: 

A Lei das Sociedades por Ações (LSA), determina que as demonstrações financeiras 
devem ser elaboradas a cada 12 meses, sendo este período chamado de exercício so-
cial ou período contábil, porém não há obrigação de coincidir com o ano civil.

As SA de capital aberto (negociam ações em bolsas de valores) tem que publicar as 
demonstrações financeiras a cada 6 meses, pois o público interessado precisa das in-
formações.

Embora o período contábil seja de 12 meses, as demonstrações financeiras podem ser 
apresentadas em períodos curtos para facilitar a administração interna. 
Apresentação: 

No momento da publicação deve se prestar atenção em alguns dados, pois são fun-
damentais, são eles: a data do exercício social, a denominação da empresa e o título 
de cada demonstração financeira. As demonstrações devem ser publicadas com os 
valores correspondentes ao exercício social passado, apresentando assim o ano atual 
e o anterior. Para melhor visual, podem ser cancelados três ou seis últimos dígitos 
dos valores, mas especificando que estão na casa dos milhares ou milhões.

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Balanço patrimonial 
O que é:

É a principal demonstração financeira e demonstra a situação financeira da entidade 
no fim de seu exercício. Na hora de montá-lo é importante ter em mente e deixar do 
lado direito o que é positivo (ativos) e do lado direito o que é negativo (passivo). To-
dos os recursos que entram passam ou pelo passivo ou pelo patrimônio líquido obri-
gatoriamente, sendo estas as origens de recursos. O ativo evidencia a aplicação dos 
recursos. Só se pode aplicar o que tem origem, logo o ativo é sempre igual a soma do 
patrimônio líquido com o passivo exigível. O lucro obtido, principal origem, não per-
tence a empresa e sim aos proprietários, ocorre o inverso quando há um prejuízo. Por 
ser um investimento de risco, o investimentos feito por eles é às vezes chamado de 
capital de risco.

Quando o ativo é maior que o passivo, chamamos a situação líquida de positiva, su-
peravitária ou ativa. Caso o passivo seja maior, chamamos a situação líquida de nega-
tiva, passiva ou deficitária. Se ambos forem de mesmo valor, a situação líquida é 
nula. 
Ativo: 

São componentes resultados de eventos passados do Balanço Patrimonial que trazem 
benefícios, geram dinheiro, podendo ser os bens pertencentes a entidade ou os direi-
tos que ela tem a receber. O ativo é controlado pela empresa, mesmo os casos de lea-
sing são contabilizados no Ativo. O ativo pode ser trocado por outro ativo, liquidar 
um passivo,ser distribuído entre os proprietários ou ser usado na produção de bens/
prestação de serviços.

Bens: Os bens (coisas que tem algum valor tanto econômico quanto utilitário) po-
dem ser divididos em dois grandes grupos. O primeiro é o grupo dos bens tangíveis, 
têm matéria, sendo esse grupo dividido ainda em dois, os móveis e os imóveis, como 
o nome já diz, os nomes dizem respeito à mobilidade do bem. O segundo grupo é o 
grupo dos bens intangíveis, diferente do primeiro, não têm matéria (ex: marcas e pa-
tentes). Fazem parte dos bens: máquinas, caixa, estoque, veículos, imóveis, insumos 
etc.

Direitos: Direitos são os valores que a entidade tem a receber de alguém, sendo o 
alguém algum cliente. São as vendas feitas a prazo. Fazem parte dos direitos: títulos 
a receber, duplicatas a receber, aluguéis a receber etc. 
Passivo: 

Obrigações presentes derivadas do passado. O contrário de direitos, são os valores 
que a entidade tem de pagar a alguém, sendo o alguém algum fornecedor, locadores, 
empregados etc. Essas dívidas são chamadas de obrigações exigíveis, pois serão exi-
gidas ao vencerem. Podemos também chamar o passivo exigível de capital de tercei-
ros. São passivos exigíveis: fornecedores a pagar, aluguéis a pagar, empréstimos ban-
cários etc. A liquidação de um passivo pode ser feita por meio de pagamento em cai-
xa, transferência de outro ativo, prestação de serviços, substituição por outra obriga-
ção ou conversão em item do patrimônio líquido. 
� de �4 23
Patrimônio Líquido: 

É a riqueza líquida da empresa, somando os bens e os direitos e subtraindo as obri-
gações, obtemos o patrimônio líquido, ou seja, diminuímos o passivo exigível do ati-
vo. O patrimônio líquido representa as aplicações dos proprietários na empresa. É 
também chamado de obrigação não exigível, pois os proprietários não podem cobrar 
de volta, só podem vender sua participação no capital. A quantia inicial que os pro-
prietários aplicam é chamada de capital social. O patrimônio líquido também é cha-
mado de capital próprio. Podendo ter subclassificações, essas são: recursos aporta-
dos pelos sócios, reservas resultantes de retenções de lucros e reservas representan-
do ajustes para manutenção do capital. 
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Circulante e não circulante 
Curto e longo prazo: 

Curto e longo prazo definem a circulação de um ativo e de um passivo. Curto prazo 
normalmente fica até um ano, mas isso depende de quanto tempo dura o exercício da 
entidade, se durar mais que um ano, o curto prazo durará o mesmo que o exercício. 
Já o longo prazo identifica o contrário, um período superior a um ano, ou superior ao 
tempo de exercício da entidade. 
Ativo circulante: 

É a soma do dinheiro disponível com tudo que pode ser transformado em dinheiro 
rapidamente, ou seja, no curto prazo. Como gera dinheiro rapidamente, daí vem o 
dinheiro para pagar o passivo circulante. Aqui se encontra o que está disponível (cai-
xa e bancos), os valores a receber (créditos), o estoque e também as despesas anteci-
padas. Há duas deduções no ativo circulante, elas são a provisão para devedores du-
vidosos, que estima a parcela que não será recebida por conta de maus pagadores, e 
as duplicatas descontadas, que é a troca de duplicatas por dinheiro, porém com a 
subtração dos juros cobrados pelo banco. 
Ativo não circulante: 

É aquilo que será transformado em dinheiro a longo prazo ou bens com vida útil lon-
ga (aqueles que não se destinam a venda e são difíceis de transformarem em dinhei-
ro. Podemos separar o ativo não circulante em quatro grupos: realizável a longo pra-
zo, investimento, imobilizado e intangível.

Realizável a longo prazo: São as contas de longo prazo, empréstimos/vendas/
adiantamento a sócios e outras empresas, despesas antecipadas a longo prazo.

Investimento: Não tem a ver com a atividade da entidade, mas gerará benefícios 
no futuro, benefícios que não afetarão a produção. São investimentos: compra de 
obras de arte, terrenos para uso futuro ou para aluguel, compra de ações de outras 
empresas etc.

Imobilizado: São bens tangíveis que ajudam a atividade principal da entidade. São 
imobilizados: prédios que estão sendo usados, máquinas, equipamentos, veículos etc. 
No imobilizado vemos uma dedução que é a depreciação acumulada, que é a perda 
de capacidade do imobilizado.

Intangível: Bens incorpóreos que ajudem a manter a entidade. São intangíveis: 
marcas, patentes, softwares, créditos de carbono. 
Passivo circulante: 

Dívidas que serão pagas a curto prazo, são dívidas: empréstimos bancários a pagar, 
salários, impostos, fornecedores etc. 
Passivo não circulante: 

É composto principalmente pelo exigível ao longo prazo. Essas obrigações só serão 
liquidadas a longo prazo. São não circulante: parcelas de empréstimo e financiamen-
to, obrigações tributárias de longo prazo e créditos de acionistas (liquidação para de-
pois do próximo exercício). 
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Deduções 
O que são:

As deduções são contas redutoras no Balanço Patrimonial. As do ativo circulante 
aparecem em Duplicatas a Receber e são: Provisão para Devedores Duvidosos (per-
centual de não pagamento por maus pagadores) e Duplicatas Descontadas (parte ne-
gociada com instituições financeiras para haver benefícios antecipadamente). As do 
ativo não circulante são a depreciação, amortização, exaustão acumuladas. 
Depreciação: 

A maior parte dos bens têm vida útil limitada, embora longa, eles são finitos. Com o 
passar do tempo a empresa deve registrar o custo do desgaste do bem, o fenômeno é 
a depreciação e é considerado uma despesa, sendo computado em “Custos”. A depre-
ciação não é obrigatória para o Imposto de Renda, porém, ao adicioná-la, é apurado 
o Lucro Real do exercício (paga-se menos imposto) e o lucro fica mais próximo da 
realidade. Se a depreciação não for feita num exercício, não se pode fazer acumula-
damente no próximo.

A vida útil do bem é estimada e daí consegue-se uma taxa anual de depreciação, leva-
se em conta tanto causas físicas como causas funcionais. As taxas são fixadas para 
turnos normais de trabalho (8h), se há a adoção de mais de um turno pela entidade, 
haverá um coeficiente de aceleração (1,5 para 2 turnos, 2 para 3 turnos).

A depreciação entra em “Despesas de Depreciação” no DRE e são contas redutoras 
no Imobilizado. Após acabar a vida útil do bem, ele não deixará de ser levado em 
conta, mas não será mais uma despesa para a entidade, pois já foi completamente 
depreciado.

Há vários métodos para o cálculo da depreciação, o mais simples é o da Linha Reta, 
que é a divisão do custo do bem pela sua provável vida útil. 
Amortização: 

Efeitos semelhantes ao da depreciação, porém leva em conta a perda do valor de ati-
vos intangíveis ao invés de imobilizados. A conta é a divisão do valor do direito pela 
quantidade de períodos de duração. 
Exaustão: 

A exaustão leva em conta a perda do valor de recursos minerais e florestais por causa 
de explorações de direito. À medida que se explora um local, há o esgotamento dos 
recursos naturais, devendo ser registrada a exaustão do valor desse recurso.

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DRE 
O que é:

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é a demonstração financeira preo-
cupada com as receitas e despesas do período, devendo ser realizada a cada exercício 
social. 
Receita: 

Receita é a entrada de dinheiro no Caixa (Receita à vista) ou em forma de direitos a 
receber (Receita a prazo). A receita sempre gera um aumento no ativo, embora a re-
cíproca não seja verdadeira, pois financiamentos, empréstimos etc aumentam apenas 
o Caixa-Ativo da empresa. Encaixe é a operação de entrada de dinheiro através de 
Receita à vista. 
Despesa: 

Despesas são os sacrifícios feitos para se conseguir Receita, ou seja, consumo de bens 
e serviços com esse fim. A despesa é uma redução do Caixa (se for paga à vista) ou 
um aumento do Passivo. Reduçõesde ativo, como a depreciação, também são despe-
sas. Desencaixe ou Desembolso é a operação de saída de dinheiro através de paga-
mentos. Perdas são os fenômenos anormais que fazem um ativo perder a capacidade 
de gerar benefícios. 
Regime de competência: 

A receita é contabilizada no período em que for gerada, mesmo se for recebida num 
período posterior. A despesa é contabilizada no período em que for consumida, 
mesmo se for paga num período posterior. 
BP x DRE: 

A conta ou é contabilizada no balanço patrimonial ou no DRE. Quando um ativo per-
de sua capacidade de produzir, ele deixam de ser contabilizados no Ativo e vão para 
Despesas. Caso alguma parte do ativo sobre, ele pode ser contabilizado em Despesa 
do Exercício seguinte (Ativo Circulante) ou no Estoque para Consumo (também Ati-
vo Circulante).

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DFC 
O que é:

Fluxo de Caixa é a demonstração financeira que apresenta a movimentação financei-
ra da entidade (tanto entradas como saídas). Apesar da pouca importância recebida 
pelos brasileiros, o bom controle das informações do fluxo de caixa pode ajudar a en-
tidade a obter sucesso. Caso o empresário tenha um bom conhecimento, poderá fazer 
uma projeção do seu fluxo de caixa para poder saber quanto pode gastar no mês. A 
falta de um fluxo de caixa projetado dificulta o conhecimento da entidade sobre 
quando poderá ou precisará fazer certas operações (ex: quando poderá aplicar, 
quando precisará de um financiamento etc). 
Modelo Direto: 

É destacado de maneira direta as entradas e saídas de dinheiro, apresentando sua 
fonte e aplicação. É um modelo mais simples, facilitado para quem não tem conhe-
cimentos em contabilidade. 
Modelo Indireto: 

As mudanças no capital de giro da empresa identificam as variações no caixa. Um 
aumento de um ativo circulante representa uma diminuição do caixa, a redução de 
um passivo circulante também representa uma diminuição do caixa, pois pressupõe-
se que houve algum pagamento. Da mesma forma, caso haja uma diminuição do ati-
vo circulante, pressupõe-se que houve um pagamento realizado por terceiros e caso 
haja um aumento do passivo circulante, imagina-se que houve o adiamento de algu-
ma conta. 
Modelo operacional x modelo completo: 

O modelo operacional mede o resultado do período basicamente, já o modelo com-
pleto inclui as alterações no caixa, de investimento e de financiamento.

Operações: Transações ligadas ao objeto social da empresa. Venda de bens e servi-
ços, despesas operacionais etc fazem parte deste item.

Financiamentos: Parte do caixa provém de financiamentos, suas amortizações e o 
pagamento de dividendos devem aparecer neste item.

Investimentos: Aquisições e vendas de ativos permanentes e participações em ou-
tras empresas fazem parte deste item. 
Plano de Contas: 

É o agrupamento ordenado de todas as contas utilizadas em uma certa entidade. O 
elenco de contas considerado é indispensável para os registros. Toda empresa deve 
ter seu próprio plano de contas. O registro é feito somente pelas contas que são mo-
vimentadas pela contabilidade ou que poderão ser utilizadas futuramente. O plano 
de contas deverá ter apenas uma nomenclatura por operação, é padronizado. O plano 
de contas, como toda demonstração, deve ter em foco os seus usuários e se apresen-
tar de maneira a lhe proporcionar as informações mais importantes de forma mais 
fácil.

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Partidas dobradas e plano de contas 
Plano de contas: 

É o agrupamento de todas as contas movimentadas pela contabilidade de uma enti-
dade. Cada entidade deve ter um plano de contas correspondente ao seu tamanho e à 
atividade que exerce, evitando o registro de uma conta não utilizada (ex: uma enti-
dade prestadora de serviços registrar "estoque" em seu ativo. Como o plano de contas 
é algo único para cada identidade (já que varia conforme o tamanho, atividade e ou-
tras características específicas), é prejudicial para a empresa copiar o plano de contas 
de outra entidade, mesmo que exerça a mesma atividade. É importante que as no-
menclaturas sejam padronizadas, pois evita que se lance a mesma conta mais de uma 
vez com nomes diferentes. Como em outros registros contábeis, os interesses dos 
usuários devem ser considerados na hora de montar o plano de contas. 
Balancete de verificação, o que é: 

Para verificar se os lançamentos contábeis estão corretos, é eficaz a utilização do ba-
lancete de verificação. Ele não serve apenas para a detecção de erros, ele também 
ajuda na tomada de decisões, pois é um resumo ordenado de todas as contas. 
Método de partidas dobradas e balancete de verificação: 

O método afirma que para qualquer crédito haverá um débito de valor idêntico, cré-
ditos e débitos se correspondem. Quando for verificar se a soma dos créditos e dos 
débitos se igualam, deve-se ver se não houve erros de soja em cada coluna, caso não 
tenha havido o contador deve pesquisar o erro. Quanto menor for o período que o 
balancete abrange, menor a possibilidade de haver erros. O balancete não detecta to-
dos os erros. Um dos erros é a contabilização de um fenômeno em uma conta errada, 
a soma dos créditos e a dos débitos continuarão sendo as mesmas. Outro erro não 
detectado é a inversão de débitos e créditos, lançar no crédito o que era débito e vice-
versa, pois os totais de cada coluna do balancete continuarão iguais. 
Organização do balancete: 

O balancete poderá ter mais de duas colunas caso seja de interesse da entidade, um 
balancete de mais de duas colunas (sendo o número sempre par) informará mais da-
dos, o que beneficiará a entidade. Para organizar melhor o balancete, é interessante 
dividir as contas patrimoniais das contas de resultados. Com um balancete bem or-
ganizado e feito de maneira correta, ficará mais fácil para a entidade tomar decisões. 
Os balancetes ajudam a tomada de decisões, pois apresentam todos os saldos exis-
tentes no final do período que abrange, logo, quem for tomar alguma decisão conhe-
cerá o resultado e econômico e financeiro da entidade. Quanto mais detalhes houver, 
melhor será para quem tiver o poder de decisão, por isso um balancete de mais de 
mais de duas colunas ajuda mais que um de duas. 
� de �10 23
Contabilização de contas e levantamento das demonstrações financeiras 
Razonetes: 

Os razonetes servem para fazer registros individuais para cada conta do Balanço Pa-
trimonial. Em forma de T, sua parte superior mostra o título da conta enquanto seus 
lados mostram aumentos e diminuições. A natureza da conta deve ser levada em 
consideração para saber de que lado ocorrerá o aumento ou a diminuição. Acrésci-
mos são lançados no lado esquerdo do razonetes quando a conta é de um Ativo. Caso 
a conta seja de um Passivo ou Patrimônio Líquido, os acréscimos serão lançados No 
lado direito do razonete. Por consequência, as diminuições ficarão no lado direito 
para Ativo e no lado esquerdo para Passivo/Patrimônio Líquido. O lado esquerdo 
apresenta os Débitos e o lado direito apresenta os Créditos.

Saldo devedor é quando o Débito é maior que o Crédito. Saldo credor é o contrário, 
ou seja, é quando o Crédito é maior que o Débito. 
Contas de Resultado: 

Contas de resultado são utilizadas para apuração de lucro ou prejuízo do exercício 
social, ou seja, são contas de Receita e Despesa para apurar o lucro ou prejuízo. Tem 
de se definir as regras, podendo escolher entre Regime de Competência ou Regime 
de Caixa. Relembrando que toda receita aumenta o lucro, todo lucro não distribuído 
aumenta o Patrimônio Líquido e toda despesa reduz o lucro e consequentemente o 
Patrimônio Líquido. Toda receita deve ser creditada e toda despesa deve ser debita-
da. O confronto entre Despesas e Receitas deve ser feito quando ambos competem ao 
mesmo período, ou seja, não se pode confundir Despesas/Receitas de períodos dife-
rentes. A cada período contábil inicia-se um novo cômputodo zero. 
Encerramento das Contas de Resultado: 

O encerramento das contas de resultado é obrigado a ocorrer pelo menos uma vez 
por ano. O encerramento ocorre quando se confronta Despesas com Receitas. No iní-
cio do próximo período contábil, todas as contas de resultado são zeradas. Para o en-
cerramento, abre-se uma conta com o título "Apuração do Resultado do Exercício 
(ARE)" e transfere-se o saldo das contas para o ARE. No encerramento das contas de 
Despesa, credita-se um valor idêntico (entra como débito no ARE) e no encerramen-
to das contas de Receitas ocorre o contrário, debita-se idêntico valor (entra como 
crédito no ARE), assim as contas são zeradas. A conta Lucros Acumulados (perten-
cente ao PL) é criada quando há lucro. A conta Prejuízos Acumulados (pertencente 
ao PL) é criada quando há prejuízo. 
Levantamento das Demonstrações Financeiras: 

É dividido em 8 passos:

1- Escrituração: É recomendado fazer os lançamentos nos razonetes para depois 
passar para o Diário e o Razão. Isso facilita, pois já terá o esquema montado.

2- Primeiro Balancete de Verificação: Agora se verifica a exatidão dos lança-
mentos contábeis. Para melhor ilustrar é bom fazer um balancete de 6 colunas, sendo 
as duas primeiras referentes aos saldos do último balancete; as do meio referentes às 
operações no período; e as finais referentes aos saldos finais. Deverão ser separadas 
as contas de balanço e as de resultado. 

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3- Ajustes em 31/12/X1: Primeiro se faz os ajustes em decorrência do Regime de 
Competência, incluindo Materiais, Juros, Seguros etc. Em segundo lugar a Deprecia-
ção é incluída. Em terceiro se faz a provisão para Imposto de Renda.

4- Segundo Balancete de Verificação: Balancete de 6 colunas, as iniciais com o 
1o Balancete, as do meio com os Ajustes e as últimas com o 2o Balancete.

5- Apuração de Resultados: Faz-se o encerramento de todas as Contas de Resul-
tado.

6- Contabilização do Lucro: Transfere-se o saldo da ARE para Lucros/Prejuízos 
Acumulados. 

7- Distribuição do Lucro: Os dividendos são distribuídos.

8- Estruturação das Demonstrações Financeiras: Devem ser estruturadas na 
seguinte ordem: Demonstração do Resultado do Exercício; Demonstração dos Lucros 
ou Prejuízos Acumulados; Balanço Patrimonial; Demonstração dos Fluxos de Caixa; 
Notas Explicativas. 
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Livros contábeis e sistemas contábeis 
Razão: 

É um livro obrigatório de grande eficiência e indispensável para as empresas. É o 
agrupamento de contas de mesma natureza, tendo assim um controle por cada conta. 
Cada conta deve ter uma ficha Razão. Hoje em dia o Razão é feito no computador. 
Antigamente eram usadas diferentes cores para melhor visualização dos diferentes 
grupos, ajudando na organização. O Razão engloba tanto contas patrimoniais quanto 
contas de resultado.

Razão Sintético: Razão geral, abrangendo toda uma conta.

Razão Analítico: Razão auxiliar, a conta é desdobrada para melhor controle. 
Diário: 

É um livro obrigatório que registra em partidas dobradas os fatos contábeis de forma 
cronológica. O livro deve ser numerado e os registros devem ser feitos diariamente, 
registando todas as transações de uma entidade. O livro deve ser submetido à auten-
ticação do órgão competente e deve conter termos de abertura e de encerramento. Os 
requisitos básicos são: datas das operações, título da conta de débito e de crédito, va-
lor do débito e do crédito, histórico. Normalmente são utilizadas duas colunas (débi-
to e crédito), porém já foram utilizadas três colunas quando o Diário era manuscrito. 
Sistemas contábeis:

Sistemas contábeis é o conjunto de atividades que compreende a atividade da enti-
dade, analisa e interpreta cada fato contábil, contabiliza e elabora as Demonstrações 
Financeiras para melhorar o desempenho da entidade. Na hora de escolher o sistema 
contábil é necessário considerar as necessidades administrativas, depois os usuários 
da contabilidade e ter presentes os recursos disponíveis.

Sistema Manual: Utiliza de instrumentos simples como canetas, livros etc. Os li-
vros Diários e Razão podem ser comprados e o Diário antes de ser utilizado deve ser 
registrado na Junta Comercial e os termos de abertura e encerramento deverão ser 
assinados pelo titular da firma e pelo contador ou técnico de contabilidade.

Sistema Maquinizado: Utiliza de máquina de datilografar, calculadora e um for-
mulário chamado de Ficha Tríplice. A Ficha Tríplice é composta por três vias com 
diferentes cores, a primeira via destina-se a ser copiado no Diário, a segunda destina-
se a compor a conta debitada do Razão e a terceira destina-se a compor a conta credi-
tada do Razão.

Sistema Mecanizado: Utiliza uma máquina específica para fazer a contabilidade. 
Faz-se a inserção frontal possibilitando a elaboração do Diário com o Razão. O equi-
pamento pode ter domadores e saldadores, fornecendo as somas das colunas do Diá-
rio e o saldo do Razão. Utiliza fichas voucher que são semelhantes as Fichas Trípli-
ces, facilitando a seleção dos vários lançamentos na mesma ficha.

Sistema Eletrônico: Utiliza o computador. O equipamento traz benefícios signifi-
cativos em relação aos equipamentos de outros sistemas, pois é de maior velocidade 
e pode ser utilizado por quase qualquer pessoa. Os vendedores de uma loja podem, 
por exemplo, digitar os códigos dos produtos vendidos durante o tempo de trabalho e 
o próprio computador dirá quantas unidades de cada produto foram vendidas entre 
outras informações.

� de �13 23
Podem ser utilizados livros auxiliares ao Diário para melhor verificação das contas. 
Os livros auxiliares permitem uma maior minuciosidade. Alguns exemplos são: Diá-
rio Auxiliar de Bancos, de Recebimentos, de Pagamentos, de Clientes etc.

Caso ocorram erros nos lançamentos do Diário poderão ser feitas ratificações e com-
plementações para que o resultado seja verdadeiro.

O Diário pode ser substituído por fichas podendo elas serem soltas ou contínuas no 
sistema mecanizado. Já o formulário contínuo pertence ao sistema eletrônico.

Software contábil: Para melhor ajudar o sistema eletrônico, foram criados softwa-
res contábeis que ajuda na manipulação, classificação, ordenação, cálculo e impres-
são de documentos. 

Contabilidade digital: Foram criadas as notas fiscais eletrônicas, certificados digi-
tais, assinaturas digitais, transações eletrônicas seguras e o SPED (Sistema Público 
de Escrituração Digital). Isso combate a sonegação e faz o governo ter maior contro-
le, pois os livros e documentos são emitidos de forma eletrônica. 
� de �14 23
Ambiente de negócios 
Tipo de governo e seus elementos: 

O governo pode ser dividido em diferentes categorias, sendo as mais gerais o capita-
lismo, com predominância da propriedade privada, o socialismo, propriedades trans-
feridas ao estado, e o sistema misto, que une os dois, afastando-os de seus extremos. 
Quatro elementos são interligados, independente do sistema econômico, eles são: os 
fatores de produção (representam as riquezas disponíveis como recursos naturais, 
trabalho e capital), os agentes produtivos (produzem e oferecem bens e serviços 
transformando e fazendo a intermediação dos fatores de produção), os empresários 
(tanto da área estatal quanto da área privada, têm a responsabilidade produtiva da 
economia) e os consumidores (quem consome os bens e serviços produzidos). 
Tipo de empresas: 

Pelo aspecto econômico a empresa pode ser dividida em quatro tipos, setor primário 
(cultivo e exploração do solo), secundário (transformação dos fatores de produção) e 
terciário (comercialização de bens e serviços).

Pelo aspecto administrativo a empresa pode ser dividida em estatal (controle do Es-
tado), privada (controle particular) e mista (controle tanto particular quando do Es-
tado). 

Pelo aspecto jurídico a empresa pode ser dividida em individual (pertence a uma 
únicapessoa) e societária (pertence a uma sociedade, podendo ser anônima ou não e 
caso sejam anônimas, podem ser de capital aberto ou fechado). 
Ações e debêntures: 

Ações são pequenas frações do capital social da sociedade anônima. Os valores são 
negociáveis e distribuídos. Elas podem ou não ter valor nominal, caso tenham, todas 
têm valor igual e não poderão ser emitidas ações com valores diferentes, caso não te-
nham valor nominal, o preço de emissão vai ser definido pelos fundadores. As ações 
podem ser divididas em: ações ordinárias - dão direito ao voto; ações preferenciais - 
dão vantagens em relação ao tempo em que vão receber os dividendos, poderão ter 
um piso dos dividendos etc; ações de gozo - montantes em ações que caberiam aos 
acionistas na hipótese de dissolução da empresa.

Debêntures são títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas. Os direitos ofe-
recidos são juros, participação nos lucros e prêmios de reembolso. 
Órgãos representativos: 

Os órgãos representativos são: a Assembleia Geral - órgão legislativo, representa os 
acionistas da empresa e tem o direito de reformar o estatuto social, autorizar a emis-
são de debêntures etc; a Diretoria - órgão executivo; o Conselho de Administração - 
órgão de deliberação privativo dos diretores, ele pode fixar a orientação geral dos ne-
gócios da companhia, eleger e destituir diretores da companhia, fixar-lhes atribui-
ções etc; o Conselho Fiscal - órgão fiscalizador, fiscaliza os atos dos administradores, 
opina sobre relatórios anuais da administração, opina sobre propostas relativas à 
modificação do capital social etc. 
� de �15 23
Transformação de sociedades: 

Não significa a extinção de uma sociedade e sim uma mudança na natureza social 
(muda de ramo de atividade) ou na forma jurídica (muda de tipo de empresa). Para 
que isso ocorra é necessário o consentimento unânime dos sócios. Algumas formas 
de transformações são: a cisão - transferência de parte ou da totalidade de seu capital 
para outra sociedade; fusão - união de duas ou mais sociedades; incorporação - ab-
sorção de uma sociedade por outra. 
Concentração de sociedades: 

As sociedades podem se concentrar por meio de: consórcio - sociedades se unem vi-
sando executar um empreendimento; coligação - uma sociedade participa com no 
mínimo 10% do capital da outra; controle - uma sociedade tem uma participação que 
assegura preponderância nas deliberações e pode eleger a maioria dos administrado-
res.

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Análises vertical, horizontal, processos e interpretação 


Análise Horizontal 

A análise horizontal serve para identificar a evolução de elementos patrimoniais (BP) 
e de resultado (DRE). Ao avaliar tais dados a evolução de vendas, custos, despesas, 
mudanças no investimento, dívidas se torna evidente dentro de um determinado pe-
ríodo de tempo. Isso auxilia na tomada de decisões por parte dos administradores da 
empresa, pois revelam o progresso da empresa. 
Análise Vertical 

Enquanto a análise horizontal identifica a evolução da entidade, a análise vertical 
serve para identificar as tendências. Seu estudo permite conhecer as estruturas fi-
nanceira e econômica da entidade, a parte relativa a que cada elemento patrimonial e 
de resultado fazem parte. A análise dá a porcentagem do elemento, ou seja, pode 
identificar a participação das vendas no lucro líquido, como exemplo. 
Geral 

As análises são comparativas, quando sozinhas não indicam muitas informações, por 
isso é preciso compará-la para entender a evolução e a situação da entidade frente 
aos adversários, por isso as comparações podem ser temporais ou interempresariais.

Comparação Temporal: A comparação temporal é definida pela análise do con-
fronto entre resultados de períodos anteriores e o resultado do período atual. Nor-
malmente se utiliza os três últimos períodos sociais da empresa. Ao fazer esta análise 
se vê a tendência que os indicadores de desempenho apresentam, não limitando à 
análise a um único período.

Comparação Interempresarial: A comparação interempresarial é definida pela 
análise do confronto entre resultados de uma determinada entidade e uma outra en-
tidade de características semelhantes. Ao relacionar o desempenho de uma empresa 
com o resto do setor de atividade e o mercado em geral, se vê as respostas da empre-
sa frente aos períodos (podendo inclusive ser de crise) e as compara com as respostas 
de outras empresas para reconhecer uma má ou boa administração, determinar mu-
danças, podendo até mesmo serem mudanças radicais como mudar de produto pro-
duzido ou serviço oferecido etc.

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Rentabilidade e liquidez 
Liquidez 

Os quocientes de liquidez têm como objetivo evidenciar a capacidade da entidade de 
pagar suas dívidas tanto a curto quanto a longo prazo, usando o que têm aplicado no 
ativo. De maneira geral, quanto maior forem os quocientes de liquidez melhor será a 
situação financeira da empresa, pois terá uma melhor capacidade de pagar suas dívi-
das. Há a possibilidade do elevado valor do índice ser representado pelo excesso de 
créditos com enormes prazos para recebimento ou pelo excesso de dinheiro não apli-
cado em estoques ou mercado financeiro quando há uma alta taxa de inflação, ambos 
os casos fogem a regra geral. Os quocientes utilizados são: Liquidez Corrente (LC), 
Liquidez Seca (LS), Liquidez Imediata (LI), Liquidez Geral (LG), Solvência (So).

Liquidez Corrente (ou Liquidez Comum): Índice que mostra a capacidade da 
entidade pagar suas obrigações a curto prazo (Passivo Circulante=PC), utilizando re-
cursos do ativo circulante (=AC). LC=(AC)/(PC)

Liquidez Seca (ou Liquidez Ácida): Índice que mostra a capacidade da entidade 
pagar suas dívidas a curto prazo, utilizando recursos do Ativo Circulante, porém sem 
considerar seu Estoque. LS=(AC-Estoques)/(PC) 

Liquidez Imediata: Índice que mostra a capacidade imediata da empresa pagar 
suas dívidas a curto prazo. LI=(Disponibilidades)/(PC) 

Liquidez Geral: Índice que mostra a capacidade da empresa pagar suas obrigações 
a curto e longo prazo (Passivo Não Circulante=PNC), utilizando recurso do Ativo Cir-
culante e do Ativo Realizável a Longo Prazo (=ARLP). LG=(AC+ARLP)/(PC+PNC)

Solvência: Índice que mostra a capacidade da entidade pagar suas obrigações a cur-
to e longo prazo, utilizando todo o Ativo (Ativo Não Circulante=ANC). So=(AC
+ANC)/(PC+PNC) 
Rentabilidade 

Os quocientes de rentabilidade têm como objetivo evidenciar os retornos de capitais 
através de lucros ou receitas. Os quocientes são: Giro do Ativo (GA), Giro do Ativo 
Operacional (GAOP), Margem Bruta (MB), Margem Operacional (MOP), Margem 
Líquida (ML), Retorno do Ativo (RA), Pay-Back (PB), Retorno Operacional do Ativo 
(ROA), Retorno do Ativo Operacional (RAOP), Retorno do Capital Próprio (RCP).

Giro do Ativo: É também um quociente de rotatividade. É o índice que mostra a 
velocidade com que o valor gerado pela Receita de Vendas (Receita Líquida=RL) de-
volveu à entidade o investimento total no seu ativo (Ativo Total=AT). GA=(RL)/(AT)

Giro do Ativo Operacional: Índice que mostra a velocidade que mostra a veloci-
dade com que o valor gerado pela Receita de Vendas devolveu à empresa o investi-
mento total no seu Ativo Operacional (=AOP), que é a soma do Ativo Circulante com 
o Ativo Imobilizado e o Ativo Intangível. GAOP=(RL)/(AOP)

Margem Bruta: Margem do Lucro Bruto (=LB) nas vendas. MB=(LB)/(RL) 

Margem Operacional: Margem do Lucro Operacional (=LOP) nas vendas. 
MOP=(LOP)/(RL) 

Margem Líquida: Margem do Lucro Líquido (=LL) nas vendas. ML=(LL)/(RL) 

Retorno do Ativo: Retorno do Lucro Líquido no Ativo. RA=(ML)x(GA) ou 
RA=(LL)/(AT)

Pay-Back: Período necessário para que haja retorno integral. PB=(AT)/(LL) ou 
PB=1/(RA)

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Retorno Operacional do Ativo: Retorno do Lucro Operacional no Ativo. 
ROA=(MOP)x(GA) ou ROA=(LOP)/(AT)

Retorno do Ativo Operacional:Retorno do Lucro Operacional no Ativo Operaci-
onal. RAOP=(MOP)x(GAOP) ou RAOP=(LOP)/(AOP) 

Retorno do Capital Próprio: Retorno do Lucro Líquido no Capital Próprio. 
RCP=(LL)/(PL)

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Endividamento, rotatividade e outros indicadores 
Endividamento 

Os quocientes de endividamento têm como objetivo evidenciar o grau da dependên-
cia da empresa em relação aos capitais de terceiros (Passivo Exigível=PE), relacio-
nando os capitais próprios (Patrimônio Líquido=PL), capitais de terceiros e capitais 
aplicados (Ativo Total=AT). Os quocientes são: Endividamento (E), Composição do 
Endividamento (CE), Imobilização do Capital Próprio (ICP), Imobilização dos Recur-
sos Não Correntes (IRNC).

Endividamento: Você pode relacionar o Endividamento ao Capital Próprio ou ao 
Ativo Total. E=(PE)/(PL) e E=(PE)/(AT)

Composição do Endividamento: Participação das dívidas de curto prazo (Passi-
vo Circulante=PC) nas dívidas totais. CE=(PC)/(PE)

Imobilização do Capital Próprio: Mede quanto do patrimônio líquido é necessá-
rio para financiar o Ativo Fixo(=AF), caso seja maior que 1, indica que há capitais de 
terceiros no financiamento. ICP=(AF)/(PL)

Imobilização dos Recursos Não Correntes: Recursos não correntes corres-
ponde à parte do Passivo que está disponível, sendo então o Passivo Não 
Circulante(=PNC) e o Patrimônio Líquido. IRNC=(AF)/(PNC+PL) 
Rotatividade 

Índices utilizados para evidenciar a velocidade com que se renova os estoques, se re-
cebe de clientes ou se paga os fornecedores. Os quocientes são: Rotação de Estoques 
(RE), Prazo Médio de Rotação de Estoques (PMRE), Rotação de Clientes (RC), Prazo 
Médio de Recebimento das Vendas (PMRV), Ciclo Operacional (COP), Rotação de 
Fornecedores (RF), Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC), Ciclo Finan-
ceiro (CF).

Rotação de Estoques: Relação entre o Custo das Mercadorias Vendidas (=CMV) e 
o Estoque Médio (=EM). Sendo o Estoque Médio a média entre o Estoque 
Inicial(=EI) e o Estoque Final (=EF). Se não houver diferenças significativas entre o 
Estoque Final e o Médio, o Final pode ser utilizado. RE=(CMV)/(EM) ou 
RE=(CMV)/(EF) 

Prazo Médio de Rotação de Estoques: Prazo em que a empresa renova todo o 
seu estoque medido em dias. PMRE=360/(RE)

Rotação de Clientes: Relação entre Clientes Iniciais (=CI), Vendas a Prazo (=VPr), 
Clientes Finais (=CF) e a Média dos Clientes (=CM). Caso não haja grandes diferen-
ças entre a diferença de clientes, considera-se os dois como iguais. RC=(CI+VPr-CF)/
(CM) ou RC=(VPr)/(CF)

Prazo Médio de Recebimento das Vendas: Prazo em que a empresa vende e 
recebe de seus clientes em dias. PMRV=360/(RC) 

Ciclo Operacional: Tempo necessário para a empresa vender seus estoques e re-
ceber as vendas desses estoques. COP=PMRE+PMRV 

Rotação de Fornecedores: Relação entre Fornecedores Iniciais (=FI), Fornece-
dores Finais (=FF), Compras a Prazo (=CPr) e a Média de Fornecedores (=FM). Se 
não houver diferenças significativas entre Fornecedores Iniciais e Finais, considera-
se os dois como iguais. RF=(FI+CPr-FF)/(FM) ou RF=(CPr)/(FF)

Prazo Médio de Pagamento das Compras: Tempo necessária para a empresa 
fazer uma compra a prazo completa. PMPC=360/(RF)

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Ciclo Financeiro: Pode ser Desfavorável ou Favorável. O Desfavorável ocorre 
quando o PMPC é menor que o COP. O Favorável ocorre quando o PMPC é maior 
que o COP. Logo é a relação entre o COP e o PMPC. CF=COP-PMPC 
Outros Quocientes

Valor Patrimonial da Ação (VPA): Quanto cada acionista teria caso ocorresse a 
extinção da empresa. VPA=(PL)/(Total de ações do capital social)

Prazo de Retorno Econômico da Ação (PRE): Prazo de retorno do potencial 
do investimento numa ação. PRE=(Valor de mercado da ação)/(Lucro líquido por 
ação) 

Prazo de Retorno Financeiro da Ação (PRF): Prazo de retorno efetivo do in-
vestimento numa ação. PRF=(Valor de mercado da ação)/(Dividendo por ação)

Dividendo por Ação (DpA): DpA=(Dividendo total a ser distribuído)/(Total de 
ações ordinárias + Total de ações preferenciais)

Lucro Líquido por Ação (LLA): (Lucro Líquido)/(Total de ações ordinárias + 
Total de ações preferenciais)

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Exercício 


Sabe-se que a empresa Reforma da Capela LTDA possuía os seguintes saldos iniciais 
em X0: 

Caixa: 0

Banco: 28.000 

Equipamentos: 3000 
Empréstimos passivos: 30.000

Capital social: 1000 

Em X1, foram realizadas as seguintes operações:

1. Ganho de licitação para reforma da capela no valor de R$ 200.000, recebíveis con-
tra entrega do serviço, prevista para X1.

2. Compra de materiais por R$ 100.000, 30% à vista e o restante parcelado no perío-
do seguinte.

3. Contratação de 10 funcionários, com salário médio de R$ 1.200

4. Utilização de 90% do material na reforma da capela.

5. Pagamento de 6 meses de salário, provisionando férias e 13º, durante a execução 
dos serviços.

6. Entrega da reforma e recebimento do dinheiro.

7. Demissão dos funcionários, pagando férias e 13º provisionados, e aviso prévio (= 1 
salário)

8. Investimento de 80% do saldo disponível, com rendimento de 2% em X1.

9. Pagamento de juros de 10% sobre empréstimos existentes.



Apresente a contabilização das operações nos razonetes, indicando o número de cada 
operação (1) (2) (3) (etc) e as demonstrações financeiras. 
Contas

1 Ativo 

1.1 Circulante 

1.1.1 Caixa

1.1.2 Banco do Brasil 

1.1.3 Aplicações financeiras 

1.1.4 Contas a receber 

1.1.5 Estoques

1.1.5.1 Matérias primas 

1.1.5.2 Produtos acabados 

1.2 Realizável a longo prazo 

1.2.1 Contas a receber 

1.2.2 Prov. Cred. Liq. Duv. 

1.2.3 Empréstimos

1.3 Investimentos 

1.3.1 Part. em empresas

1.3.2 Terrenos

1.3.3 Obras de arte 

1.4 Imobilizado 

1.4.1 Equipamentos 

1.4.2 Móveis 

1.4.3 Depreciação 

1.5 Intangível 

1.5.1 Patentes

1.5.2 Direitos autorais 

1.5.3 Direitos de exploração

1.5.4 Amortização 
2 Passivo 

2.1 Circulante 

2.1.1 Obrigações sociais

2.1.1.1 Salários 

2.1.1.2 INSS 

2.1.1.3 Provisão ferias

2.1.1.4 Provisão 13º

2.1.2 Impostos

2.1.3 Fornecedores

2.1.4 Empréstimos 

2.2 Exigível a longo prazo

2.2.1 Fornecedores

2.2.2. Empréstimos 

2.3 Patrimônio Líquido

2.3.1 Capital social 

2.3.2 Reserva legal 
3 Receitas 

3.1 Vendas

3.2 Devoluções 

3.3 Descontos 

3.4 Impostos sobre vendas 
4 Despesas 

4.1 Custo das Merc. Vendidas 

4.2 Despesas administrativas 

4.3 Despesas de vendas 

4.4 Despesas financeiras 

4.5 Provisões 

� de �22 23
Banco 
 
Equipamentos 
 
Fornecedores LP 
 
CMV 
 
Aplicações fin. 
 
Salários 
 
Empréstimos 
 
Despesas fin. 
 
 

Contas a receber 
 
Férias 
 
Capital social 
 
 

Matérias primas 
 
13º 
 
Vendas 
 

DRE 
Receita bruta

(-) CMV 

Resultado antes da despesa financeira

(-)Despesa financeira 

Lucro líquido 
200000 

188000 

12000 

1400 

10600 

BP X1 X0 
1 Ativo 111600 31000

1.1 Circulante 108600 28000

1.1.2 Banco do Brasil 18600 28000

1.1.3 Apl. fin. 80000 

1.1.5 Estoques 10000 

1.1.5.1 Matérias primas 10000 

1.4 Imobilizado 3000 3000

1.4.1 Equipamentos 3000 3000

 X1 X0 
2 Passivo 111600 31000

2.1 Circulante 30000 30000

2.1.4 Empréstimos 30000 30000

2.2 EaLP 70000 

2.2.1 Fornecedores 70000 

2.3 PL 11600 1000 

2.3.1 Capital social 1000 1000

2.3.2 Reserva legal 10600 
� de �23 23
(0) 28000
(0) 3000
(0) 30000 (0) 1000 (1) 200000
(1) 200000 (2) 100000(2) 30000
(2) 70000
(3) 12000
(3) 12000
(4) 90000
(4) 90000
(5) 72000
(4) 60000
(5) 72000
(5) 6000
(5) 6000 (5) 8000
(5) 8000
(6) 200000
(6) 200000
(7) 6000
(7) 6000
(7) 8000
(7) 8000
(7) 12000
(7) 12000
(7) 12000
(7) 12000
(8) 80000
(8) 80000
(8) 1600
(8) 1600
(9) 3000
(9) 3000
(5) 60000

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