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RESUMO Processos Grupais NP2

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Revisão Processos Grupais – NP2
CAV (CLICO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL) – ETAPAS E SIGNIFICADOS 
Vivencia – Ato de fazer/participar da atividade, são atividades realizadas individualmente ou em grupo, como dramatização, competição ou fabricação de produtos e peças de arte.
Relato – Sentimento despertado pela dinâmica. É o compartilhamento de observações e pontos de vista depois da realização da atividade proposta.
Processamento – é a discussão sobre os padrões de comportamento ocorridos na atividade por meio de relatos individuais. Falar o que aconteceu / como grupo funcionou 
Generalização -  é a etapa em que se discute como as dinâmicas podem ser aplicadas na vida cotidiana. Contribuição no nosso cotidiano / o que aconteceu aqui acontece também no dia a dia?
Aplicação – é o momento no qual os participantes transferem as generalizações para uma situação real e podem planejar comportamentos e ações a serem seguidas. A partir daquilo que generalizamos, nós refletimos, fazemos um plano de ação e decidimos o que iremos fazer a partir dos assuntos discutidos
CAV – COMO METODO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
É um método que permite o grupo que está participando vivencie uma experiência concreta e lúdica. O método conecta o jogo (atividade) e a “Vida real” com intuito de desenvolver pessoas e elaborar um plano de ação para o cotidiano.
USO E MAU USO DE ATIVIDADES DE DINAMICA DE GRUPO 
Bom uso: - utilizar ferramentas vivencias com cuidado, bom senso e respeito pelo treinando
 - saber dos conceitos e utilizar adequadamente
 - Selecionar as que atendam ao contexto, verificando o cliente final, os objetivos a serem atingidos, tempo e estrutura disponíveis, e uma combinação estrutural que integre atividades mais diretivas com as vivências;
	 - Seguir a metodologia de cada uma delas, elaborando roteiros e material de apoio.
 - Planejamento para que a dinâmica de grupo alcance seu objetivo 
 - Escolher bem a dinâmica para posso haver tempo necessário de finaliza-la e realizar sem pressa
 - sem muitas intervenções 
 - Respeitar as pessoas, em questões de tempo, alimentação, usar toallet e etc..
Mau uso: - Evitar usar a criatividade vivencial sem um propósito final, só porque acha a acha dinâmica e lúdica;
	 - Verificar se aquela dinâmica não está deixando os participantes constrangidos 
 - analisar o curso que a dinâmica está tomando 
 - não saber lidar com temas polêmicos que surgem 
 - utilizar práticas pouco assertivas em T&D: baseadas somente em técnicas diretivas (conteúdo técnico) ou só vivenciais.
 - utilizar dinâmicas competitivas e não cooperativas
 - ser resistente 
 - não acreditar na eficácia da pratica 
 - não ter experiência (não planejar a dinâmica)
 
 
CLIMA COOPERATIVO X CLIMA COMPETITIVO (MAIS COERENTE COM OS PRINCIPIOS DE ATUAÇÃO DE GRUPOS)
Cooperativo – Estimula processos associativos/ abertura ao aprendizado / Colaboração - Tem os melhores resultados pois se sentem mais à vontade. Colaboradores unidos, alto grau de coesão. Jogos cooperativos estimulam o processo ASSOCIATIVO, aberto ao aprendizado e à colaboração.
Competitivos – Processos dissociativos/ Defesa x ataque/ Barreiras e auto-defesa / conflito - Se veem como rivais, concorrente. Jogos competitivos estimulam o processo DISSOCIATIVO, constroem barreiras e autodefesa, conflito.
MAIEUTICA SOCRATICA E SUA RELAÇÃO COM A ATUAÇÃO COM GRUPOS 
Ensinar o homem a cuidar de sua própria alma. Não ensinava – ajudava as pessoas a extraírem de si mesmas e opiniões próprias.
Multiplicação de perguntas, induzindo o interlocutor na descoberta de suas próprias verdades e na conceituação geral de um objeto. Frase chave: O QUE VOCÊ ACHA? 
Maiêutica ou Método Socrático consiste numa prática filosófica desenvolvida por Sócrates onde, através de perguntas sobre determinado assunto, o interlocutor é levado a descobrir a verdade sobre algo.
Para este filósofo grego, todo o conhecimento é latente na mente humana, podendo este ser estimulado por meio de respostas a perguntas feitas de modo perspicaz. 
Deste modo, a maiêutica é associada com a técnica de "parir o conhecimento", visto que este está presente em todo o ser humano, devendo apenas ser aflorado aos poucos com a ajuda de alguns estímulos de orientação.
OBJETIVOS DO USO DE EXERCICIOS DE DINAMICA DE GRUPOS 
Uso do contexto grupal para desenvolvimento de pessoas 
Desenvolver a:
Comunicação 
Participação 
Sentimento de grupalidade 
Solução de problemas 
Tomada de decisão em grupo 
Elaboração de normas no grupo 
Atitudes e comportamentos favoráveis ao desempenho grupal 
PERTENCIMENTO E ATIVIDADE GRUPAL
O grau de pertencimento de uma pessoa no grupo mostra o quão engajada ela está, o quão ela se sente pertencente ou participante daquele grupo. Exemplo: Aluno de Matéria de PG, se ele se sente pertencente, ele se engaja, estuda, não falta as aulas e etc...
A afiliação e pertença dizem respeito ao grau de identificação dos membros do grupo entre si e com a tarefa. Enquanto a afiliação indica apenas a aquiescência em pertencer ao grupo, a pertença envolve o sentimento de identificação, um “nós”, com o grupo. A pertença possibilita a identidade mas também contém a diferenciação. A afiliação e pertença são básicos para o desenvolvimento dos outros processos no grupo.
PAPEL DO COORDENADOR EM DINAMICA DE GRUPOS 
Acolher as angustias / Conter a raiva / Decodificar / Elaborar /Devolver em doses apropriadas / Devolver em tom de hipótese sempre que possível / olhar as pessoas sem rótulos / ter senso de ética e manter o sigilo / ter empatia / respeito pelo que as pessoas são e impõe 
Funções de ajudar a: 
Pensar / Discriminar / Comunicar / Separar o que é de si e o que é do outro 
PROCESSOS DE GRUPO – ATRIBUTOS DESEJAVEIS DO COORDENADOR DE GRUPO 
Gostar e acreditar no trabalho em grupos, 
Senso de ética – não impor próprios valores e expectativas morais. Manter sigilo. 
Respeito – re(de novo) spectore (olhar), voltar a olhar para as pessoas com as quais esta em interação com outros olhos, olhar sem miopia dos rótulos e papéis. 
Manter distância ótima com os integrantes 
Paciência com inibições e ritmos de cada integrante. 
Paciência – tempo de espera preciso para redução de ansiedade, aquisição de confiança (continência). 
Dar tempo de acontecer a compreensão. 
SER Continente (Bion) – capacidade de acolher angustias e necessidades. 
PICHON – GRUPOS OPERATIVOS 
Grupo operativo – Grupo centrado na tarefa 
É um conjunto de pessoas, ligadas no tempo e no espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõem explícita ou implicitamente a uma tarefa, atuando em uma rede de papéis, com o estabelecimento de vínculos entre si. Dá importância aos vínculos sociais enquanto base para a comunicação e aprendizagem.
O grupo se baseia em a) vínculos entre componentes e grupo como um todo; 
 b) vínculos interpessoais entre os componentes. 
O grupo se une em torno de uma tarefa, por meio do afeto. Existem dois níveis de atividade mental: racional e emocional.
- O grupo possui uma tarefa externa (objetivos conscientes que assumiu) e uma tarefa interna (trabalhas com os processos vividos pelo grupo, conscientes e inconscientes, racionais e emocionais) para realizar a tarefa.
- O grupo operativo deve ser: *Dinâmico (permitindo-se o fluir da interação e da comunicação para fomentar o pensamento e a criatividade, *Reflexivo, reflexão sobre o próprio processo grupal, compreender os fatores que obstruem a tarefa, *Democrático quanto a tarefa, grupo origina suas próprias ações e pensamento, em um princípio de autonomia.
- Todo grupo possui diferentes graus de tolerância às mudanças. Obstáculos epistemofílicos: entraves psíquicos eafetivos, que fazem com que se resista à mudança e que não haja comunicação entre os membros do grupo.
- O trabalho em grupo visa à integração de 2 dimensões:
- Verticalidade: história de cada participante;
- Horizontalidade: história do grupo em si.
- Esquema Conceitual, Referencial e Operativo (ECRO): condição comum e necessária para a realização da tarefa, enquanto hierarquização e diminuição dos medos básicos, com o fortalecimento do Eu e uma adaptação ativa à realidade.
- Momentos: pré-tarefa, tarefa e projeto (não seguem ordem linear):
	- Pré-tarefa: momento em que predominam mecanismos de dissociação, com finalidade de defesa dos sentimentos de culpa e ambivalência, situação depressiva básica, dificuldades de tolerância, frustração e postergação.
	- Tarefa: rompem-se os estereótipos e se elabora a pré-tarefa, avançando quanto ao objetivo. Maior objetividade e criatividade.
	- Projeto: alcançado o nível de operatividade, grupo se planeja, vai tomando mais consciência e se tornando mais flexível quanto aos papéis, centrando-se no rompimento de estereótipos e modificação de vínculos internos e externos. Centra-se no campo grupal. Os indivíduos, ao se expressarem, tornam-se porta-voz do grupo.
- Recriação do objeto destruído: recuperação da imagem do grupo e de seus objetivos, constantemente se renovando.
- Espiral dialética: uma situação espiralada que desemboca num ponto determinado no qual se formula a resistência à mudança.
- Afiliação: fenômenos com uma pertença não alcançada (para o futebol, os torcedores, por exemplo).
- Pertença: sentimento de pertencer a um grupo determinado, identificado com os processos grupais, com uma intensidade na realização da tarefa, determinada por esse sentimento, criando um clima que favorece a tarefa.
- Cooperação: maneira como os membros de um grupo, depois de sua pertença, adquirem a mesma direção para sua tarefa. Cooperadores vão numa mesma direção.
- Pertinência: sentir-se, localizar-se direccionalmente sobre a tarefa. É a centralidade entre cooperação e pertença.
- Comunicação: emissão de uma série de sinais, de um intercâmbio entre emissor-receptor, através de codificação/decodificação. O resultado é a INFORMAÇÃO.
- Aprendizagem: possibilidade de abordar um objeto, apoderar-se instrumentalmente de um conhecimento para, poder OPERAR com ele.
- Telê: capacidade ou disposição que cada um de nós tem para trabalhar com outras pessoas. Pode ser positiva ou negativa. É “querer trabalhar com alguém” (aceitação) ou “não suportar trabalhar com alguém” (rejeição).
- Transferência para PR: processo de atribuição de papéis ao outro, baseado em expectativas inscritas na vida psíquica do sujeito, onde o sujeito se vê atado a conflitos psíquicos não trabalhados. Tem a função de proteger contra o medo da mudança e aumentar sua resistência a ela.
- Pertinência: capacidade de centrar-se em seus objetivos, de forma coerente com seus processos (produtividade).
- Função do coordenador no Grupo Operativo: ajudar, por meio de intervenções interpretativas, o grupo a realizar a sua tarefa interna reflexiva, a fim de colocar-se em condições de desenvolver a sua tarefa externa.
- Conclusão do capítulo: a intervenção psicossocial das oficinas de grupo é a coordenação do grupo enquanto possuidor de um papel cultural, como alguém que facilita e mobiliza os processos participativos da mudança. A Oficina não é um método de manipulação e sim pretende ser um método participativo de análise psicossocial, cujos processos podem ser estimulados mas não induzidos, e cujos resultados dependem essencialmente da produção do grupo, enquanto uma rede de relações, e não apenas da “atuação competente” de um coordenador. A Oficina é um processo de CONSTRUÇÃO, que se faz coletivamente, ou não se faz.
Tarefa explícita: dada pelo coordenador aprendizagem, diagnóstico e tratamento.
Tarefa implícita: modo como cada integrante vivencia o grupo, aprendendo com ele.
Elementos fixos: duração, frequência, função do coordenador e do observador.
> Para pichon não existe Grupo Sem vínculo.
Vínculo: estrutura psíquica complexa, que inclui sempre um sujeito, um objeto de investimento e sua multa inter-relação que passa pelo processo de comunicação e aprendizagem.
O vínculo acontece quando um sujeito torna-se significativo para o outro.
Funções do grupo operativo:
-  redistribuição das ansiedades e medos, para que todos os membros possam elaborar e sentimentos.
-mudanças e transformações.
- adaptação ativa diante do próprio grupo.
Os papéis do grupo operativo podem ser assumidos espontaneamente conforme a história de vida do indivíduo ou coordenador pode previamente estabelecer.
1. Porta voz: Sintetiza as ideias, traduz através da sua fala ou ações os sentimentos, as ideias que circulam no grupo aparentes ou não.
2. Sabotador: resistente as mudanças, oposto do líder 
3. Bode expiatório: o culpado, o problemático, aquele que recebe e aceita as cargas negativas do grupo, deixando o mais leve e produtivo.
4. Líder: ouvido e ouve, tem escuta ativa, depositário de aspectos positivo do grupo 
5. Impostor: opera resistência e coloca obstáculos
6. Observador: é sempre participante, registra o discurso dos participantes, participação não verbal, observa como o grupo se aproxima da tarefa, depositário das histórias e ansiedades do grupo, direcionalidade e rede interacional dos integrantes. Realiza a devolução de sua produção ao grupo para ser re-elaborada por este e apropriada.
7. Coordenador: ajudar os membros a pensar, abordando o obstáculo epistemológico configurado pelas ansiedades básicas. Instrumento - assinalação das situações manifestadas e interpretação da causalidade subjacente. Sua interpretação deve-se orientar por formulação que inclua o vertical e horizontal de exposição dos grupos.
COMUNICAÇAO COMO UM DOS PRINCIPAIS EIXOS DE INTERVENÇÃO NO PROCESSO GRUPAL 
A comunicação do grupo reflete como este está estruturado e como os papéis assumidos pelos participantes atuam na realização do objetivo grupal. Através da compreensão da comunicação podemos verificar o que precisar ser trabalhado para gerar melhorias. E através da comunicação que podemos gerar esta mudança.
Quando o grupo aprende a se comunicar, é possível elaborar normas do grupo, construir um código comum, com uma comunicação bem feita a informação é transmitida da forma desejada e há melhorias na relação. Através da comunicação oral que o líder do grupo realiza, é possível abrir novos canais para melhoria na comunicação. 
O líder deve promover uma comunicação reflexiva, ou seja, sempre devolver uma questão para o integrante do grupo para que ela crie conceitos sobre a pergunta que fez.
Através da comunicação reflexiva do grupo é possível que haja alinhamento entre os colaboradores, conscientização e relevância sobre o papel que cada um exerce e sua importância, aumenta o sentimento de pertencimento, abre espaço para dúvidas e sugestões, melhora clima e produtividade.
IMPORTANCIA DE UM GRUPO - O grupo é o contexto onde se pode reconstruir e criar significados bem como revivenciar situações e relações traumáticas sob a luz das relações grupais. No grupo, é possível elaborar essas experiências, através da troca de informações, da produção de insight, da identificação, das reações, em espelho e da rede transferencial. Quando elas acontecem, as interpretações, feitas sobretudo em momento de transferência positiva ou de vivencia grupal profunda, visam esclarecer resistências, projeções, e defesas mostrando sua importância no aqui e agora do grupo e de seus participantes.
DINAMICA DE GRUPO – Não é a aplicação de um atividade especifica e sim o estudo da interação entre as pessoas, e de como um dos movimentos de um dos membros interfere no movimento dos outros, isso pode acontecer em uma reunião, em um jogo, em um ônibus. Dinâmica não é uma atividade em si e sim o que se observa e o que se aprende a partir da atividade.
JOGO – Qualquer interação entre dois ou mais sujeitos dentrode um contexto definido de regras.
VIVENCIA – processo de ensino aprendizagem, denominado “educação de laboratório” conjunto metodológico que objetiva alcançar, mudanças pessoais a partir da aprendizagem baseado em experiências diretas ou vivenciadas.