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Sofrimento Fetal Agudo

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SOFRIMENTO 
FETAL AGUDO 
LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA – FAGOC – 2018/1 
 
DEFINIÇÃO 
® Consiste na asfixia persistente e progressiva cuja 
gravidade, se não revertida, leva ao esgotamento dos 
mecanismos compensatórios fetais, resultando em 
morte celular neuronal. 
® Caracteriza-se por: hipóxia, hipercapnia e acidose. 
® É reconhecido, por forma indireta, por alteração na 
frequência cardíaca fetal. 
® Se trata de uma emergência. A principal causa é a 
hipóxia. O bebê se mexe menos. Primeiro ocorre 
taquicardia, seguida de bradicardia. 
 
CONDIÇÕES PREDISPONENTES DE SFA 
® Hipotensão Materna. 
® Gestante de Alto Risco (HAS; Síndromes de anti-
coagulação; Lúpus). 
® Acidente Funicular (Bebê comprime o cordão por 
redução de líquido ou perda total do mesmo – para de 
passar sangue no local da compressão). 
® Quadros Hemorrágicos Graves na Gestação (Principal 
causa é HAS). 
® Traumatismo Materno ou Fetal 
® Doenças Fetais (Síndrome hemolítica urêmica – 
isoimunização pelo fator Rh; Toxoplasmose; Rubéola – 1 
Trimestre). 
® Ambiente com Elevada Altitude 
 
NÓ VERDADEIRO DE CORDÃO UMBILICAL 
® O bebê se mexe tanto que pode fazer um nó de cordão 
umbilical. 
® Em gestação gemelar monocoriônica e monoamniótica, 
os dois bebes se enrolam e fazem um enovelamento de 
cordão. A movimentação excessiva pode comprimir a 
região enovelada e causar morte dos dois gemelares. 
 
CIRCULARES DE CORDÃO UMBILICAL 
® Não é contraindicação de parto vaginal, mas se estiver 
muito comprimido, pode ir sufocando o bebê e levar a 
um SFA. 
 
MECANISMOS DE HIPÓXIA FETAL INTRAPARTO 
COMPARTIMENTO MATERNO 
® Atividade uterina excessiva. 
® Hipotensão materna. 
® Hipoxemia materna. 
COMPARTIMENTO PLACENTÁRIO 
® Insuficiência Placentária Crônica (Infartos placentários 
ou pequenos sangramentos durante a gravidez, 
tornando a placenta insuficiente). 
® Eventos Placentários Agudos (Descolamento agudo de 
placenta). 
COMPARTIMENTO INTRAUTERINO 
® Esgotamento das Reservas Energéticas Fetais (Filhos de 
mães tabagistas geralmente são pequenos e possuem 
pouca reserva – tem que ter mais cuidado; Filhos de mais 
diabéticas tendem a ser maiores, necessitando de maior 
aporte de oxigênio, assim, morrem com mais facilidade). 
® Fluxo Sanguíneo Umbilical Insuficiente (Compressão do 
cordão). 
® Limitação Fetal de Transporte/Diluição de O2 (Má 
formação fetal). 
 
DIAGNÓSTICO 
® Monitorização Fetal Clínica (Ouvir coração de 1-1h). 
® Mecônio – A primeira evacuação do bebê ocorre dentro 
da mãe, se misturando ao líquido (Rompeu a bolsa das 
águas e o liquido está esverdeado, denso, grosso). O 
clampeamento deve ser urgente. Deve ser feita a sucção 
do bebê para que ele não aspire nenhuma placa de 
mecônio – Pode ir para o pulmão, causando obstrução de 
brônquios e deficiência respiratória) 
® Cardiotocografia Intraparto (Importante principalmente 
na fase latente, quando acompanha as contrações que 
ainda não são rítmicas, na fase ativa vê-se as 
descompressões e se elas coincidem ou não com as 
contrações). 
® Eletrocardiografia Fetal (Faz em filho de mãe diabética, 
que possui mais chances de ter problemas cardíacos) – 
Exame caro, não faz de rotina. 
® Oximetria de Pulso (Durante as contrações a mulher que 
está sentindo muita dor esquece de respirar, deve ser 
feita a monitorização do oxímetro e suporte de oxigênio 
por cateter nasal). 
® Microanálise de Sangue Fetal (Faz depois do parto de 
sofrimento agudo para avaliar alterações no pH – se o 
bebê corre o risco de ter sequelas). 
 
CARDIOTOCOGRAFIAS E RECOMENDAÇÕES 
CATEGORIA I 
® Traçado normal. 
® Baixo risco de acidose metabólica. 
® Vigilância Habitual. 
® Características do Traçado: Linha de base (110-160bpm); 
Variabilidade (6-25bpm); Desaceleração (Sem DIP II – não 
coincidem com contração); Aceleração (Ausente ou 
Presente). 
CATEGORIA II 
® Traçado indeterminado. 
® Risco indefinido de acidose metabólica. 
® Prosseguir propedêutica. 
® Estreitar vigilância. 
® Não é necessariamente indicativo de parto de 
emergência, principalmente se já estiver na fase final. 
® Características do Traçado: Linha de base (≤ 109bpm ou 
≥ 160bpm); Variabilidade (< 5bpm, lisa, saltatória 
>25bpm); Acelerações ausentes após estimulação fetal; 
Desaceleração DIP II; DIP prolongada (>2min); DIP 
variável. 
® Obs.: Primeiro há taquicardia e depois bradicardia. No 
momento de bradicardia o bebê já se encontra em 
estágio mais grave. 
CATEGORIA III 
® Traçado anormal. 
® Alto risco de acidose metabólica. 
® Reavaliar condutas imediatas. 
® Avaliar o trabalho de parto. 
® Características do Traçado: Variabilidade lisa associada a 
bradicardia ou DIP II ou DIP variável/recorrente. Padrão 
sinusal. 
 
CONDUTA 
 Em caso de suspeita de SFA, a conduta obstétrica 
dependera: 
® Da origem do SFA e da possibilidade de reversão do fator 
causador. 
® Da melhora fetal com as medidas de ressuscitação 
intrauterina. 
® Da idade gestacional. 
® Da proximidade da expulsão do concepto durante o 
trabalho de parto. 
 
MEDIDAS DE RESSUSCITAÇÃO INTRAUTERINA 
MELHORAR OXIGENAÇÃO FETAL 
® Posicionamento materno lateral; 
® Suspender ocitócito/misoprostol (contração do útero 
diminui ainda mais a oxigenação); 
® Bollus, EV, de ringer lactato (se não houver 
contraindicação). 
® Modificação dos empuxos maternos no período 
expulsivo; 
® O2 em mascara a 10L/min se as medidas anteriores não 
forem eficazes (suspender assim que o padrão fetal 
melhorar). 
REDUÇÃO DA ATIVIDADE UTERINA 
® Posicionamento materno lateral; 
® Suspender ocitócito/misoprostol; 
® Bollus, EV, de ringer lactato (se não houver 
contraindicação). 
® Modificação dos empuxos maternos no período 
expulsivo; 
® Terbutalina, subcutânea, 0,25mg (considerar uso se as 
intervenções anteriores não forem suficientes). 
ALIVIAR COMPRESSÃO UMBILICAL 
® Reposicionamento materno de acordo com a posição 
fetal. 
® Amnioinfusão (no primeiro período do trabalho de 
parto). 
® Modificação dos empuxos maternos no trabalho de 
parto. 
CORRIGIR HIPOTENSÃO MATERNA 
® Reposicionamento materno lateral (diminuir a 
hipotensão supina). 
® Bollus, EV, de ringer lactato (se não houver 
contraindicação). 
® Administração de efedrina 5-10mg, EV (caso as medidas 
anteriores não forem suficientes). Pode causar mínima 
taquicardia fetal. 
 
OBSERVAÇÕES 
® São eventos que ocorrem no Sofrimento Fetal: Alteração 
da frequência cardíaca, redução da movimentação, 
redução de líquido amniótico e liberação de mecônio.

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