Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE INSTITUTO DE NUTRIÇÃO JOSUÉ DE CASTRO DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES HOSPITALIZADOS Profa. Dra. Glorimar Rosa e-mail – glorimar@nutricao.ufrj.br Realização da avaliação nutricional Lei no 8234/91 do Ministério do Trabalho → regulamenta a profissão: É da atribuição do nutricionista a realização da avaliação nutricional → estabelecendo o diagnóstico nutricional. Fonte: Rossi, Caruso, Galante (2008) • Identificar o paciente • Coletar dados gerais; • Triagem nutricional; • Ingestão alimentar x necessidades nutricionais; • Avaliação do estado Nutricional; • Prescrição dietética contemplando os seguintes itens: •via de administração da dieta, •cálculo das necessidades nutricionais, •distribuição de macronutrientes energéticos, •vitaminas e minerais, •líquidos, •fibras, •consistência, •fracionamento; •outros elementos pertinentes ao paciente. • Acompanhar a aceitação da dieta; • Reavaliar periodicamente o tratamento dietético empregado, por meio da evolução nutricional. ETAPAS DA ABORDAGEM DO PACIENTE HOSPITALIZADO Anamnese Conhecendo o indivíduo que será atendido → anamnese nutricional: Anamnese → grego aná (recordar) e mnesis (memória); Entrevista → levantamento detalhado dos antecedentes fisiológicos, patológicos e socioeconômico-culturais e de seus familiares; Momento de ouvir o indivíduo; Estabelecer relação entre o paciente e o nutricionista. Fonte: Rossi, Caruso, Galante (2008) Anamnese O vínculo começa a ser estabelecido quando o entrevistador cumprimenta o paciente pelo nome e apresenta-se dizendo o seu nome, aperta a sua mão e esclarece sua função e importância da entrevista Componentes da anamnese Identificação Queixa Principal História da Doença Atual Anamnese dirigida História Patológica Pregressa História Familiar História Psicossocial AVD – Atividades de vida diária Componentes da Anamnese IDENTIFICAÇÃO • Nome • Idade • Sexo • Cor de pele • Estado civil • Nacionalidade • Naturalidade • Residência • Profissão Componentes da Anamnese • Queixa Principal (QP) • História da doença atual – Início – Sequência temporal – Qualidade e quantidade do sintoma – Fatores atenuantes e agravantes – Sintomas associados Componentes da Anamnese • Anamnese Dirigida ou revisão de sistemas – Massa corporal atual e qualquer mudança recente – Fadiga – Febre – Pele – Olhos – Face – Boca – Gastrointestinal – Músculo esquelético – Neurológico Componentes da Anamnese • História Patológica Pregressa – Doenças anteriores – Cirurgias – Hospitalizações anteriores – Medicações – Alergias – Doenças da infância – História de gravidez e parto Componentes da Anamnese • História Familiar – saúde de parentes até três gerações. • História Familial – pessoal que coabitam a mesma casa que o paciente, sendo parente ou não. • História fisiológica – condições do nascimento, desenvolvimento, puberdade, menarca, catamênios e climatério. • História pessoal – escolaridade, emprego, estrutura familiar, hábitos de saúde, lazer e atividade sexual. ESTADO NUTRICIONAL Conceito “É a condição de saúde de um indivíduo influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes e identificada pelo somatório de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos”. Associação Americana de Saúde Pública Cabe ao profissional nutricionista realizar a triagem e avaliação do estado nutricional do paciente, com base em protocolo pré-estabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência Nutricional e também garantir o registro no prontuário do paciente, datados e assinados pelo profissional responsável pelo atendimento. TRIAGEM NUTRICIONAL Deve-se realizar a triagem nutricional em pacientes hospitalizados em até 72 horas da admissão para detecção do risco nutricional. TRIAGEM NUTRICIONAL A mini avaliação nutricional (MAN) foi desenvolvida especificamente para avaliação nutricional de idosos. . TRIAGEM NUTRICIONAL A MAN provou ser um indicador prognóstico significante para morbidade, mortalidade e outros desfechos adversos em idosos. Baixos escores da MAN foram associados com maior tempo de hospitalização, maior frequência de alta para instituições e mortalidade quase três vezes maior. Aplica-se o método ASG para diagnosticar e classificar a desnutrição, com enfoque em questões relacionadas à desnutrição crônica ou já instalada,. TRIAGEM NUTRICIONAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL GLOBAL SUBJETIVA (ANGS) Ficha de coleta de dados para avaliação global subjetiva adotada pelo GANEP, adaptada por Detsky e col.(1984) A. HISTÓRIA 1.Peso (1) Mudou nos últimos seis meses ( ) sim ( ) não (1) Continua perdendo atualmente ( ) sim ( ) não Peso atual ____Kg Peso usual____Kg Perda de peso (PP) ____% ( ) se > 10% (2) ( ) se < 10% (1) 2. Dieta (1) Mudança da dieta ( ) sim ( ) não A MUDANÇA FOI PARA: (1) ( ) dieta hipocalórica (1) ( ) dieta pastosa hipocalórica (2) ( ) dieta líquida por mais de 15 dias ou solução de infusão intravenosa por mais de 5 dias (1) ( ) jejum por mais de 5 dias (2) ( ) mudança persistente por mais de 30 dias 3. Sintomas gastrointestinais (persistem por mais de duas semanas) (1) ( ) disfagia e/ou odinofagia (1) ( ) náuseas (1) ( ) vômitos (1) ( ) diarréia (2) ( ) anorexia, distensão abdominal, dor abdominal 4. Capacidade funcional física (por mais de uma semana) (1) ( ) abaixo do normal (2) ( ) acamado 5. Diagnóstico (1) ( ) baixo estresse (2) ( ) moderado estresse (3) ( ) alto estresse B. EXAME FÍSICO ( 0 ) normal (+1) leve ou moderadamente depletado (+2) gravemente depletado ( ) perda de gordura subcutânea (tríceps, tórax) ( ) músculo estriado ( ) edema sacral ( ) ascite ( ) edema no tornozelo TOTAL DE PONTOS ______________ C. CATEGORIAS DA ANSG Bem nutrido <17 pontos Desnutrido moderado 17<22 pontos Desnutrido grave >22 pontos Estudos demonstraram que a ASG pode predizer tempo de permanência hospitalar em pacientes com doenças digestivas benignas e malignas, assim como morbidade em pacientes em pré-operatório de cirurgia eletiva. TRIAGEM NUTRICIONAL O exame físico, combinado com outros componentes da avaliação nutricional, oferece uma perspectiva única da evolução do estado nutricional. O exame físico pode fornecer evidências das deficiências nutricionais ou piora funcional, que podem afetar o estado nutricional. TRIAGEM NUTRICIONAL A semiologia nutricional é realizada de forma sistêmica e progressiva, da cabeça aos pés, com o objetivo de determinar as condições nutricionais do paciente, conforme se observa. A antropometria auxilia na obtenção de dados de depleção de diferentes tecidos (músculo e gordura). TRIAGEM NUTRICIONAL • Exame físico que engloba a inspeção, palpação e ausculta. • É um momento de identificação de sinais que podem levar a sintomas não informados pelo paciente, a semiologia nutricional é um instrumento obrigatório do processo de avaliação nutricional. Semiologia Nutricional • Sintoma é toda informação subjetiva descrita pelo paciente. Por outro lado, um sinal refere-se a toda alteração objetiva, que afeta algum dos sentidos do examinador. Sintomas e sinais (Vannuchi et al, 1996; Rosa et al, 2008) Semiologia Nutricional Exame físico direcionado Emagrecimento Alteração do apetite Aspectos fisionômicos Estado de humor Alteração dos diversos grupos musculares Formasdo abdome Evidências de perda de gordura (Cardoso, 2008) Estado Geral do Paciente • BOM, REGULAR OU MAU ESTADO – Estado nutricional – Condição higiênica – Fáceis agudo ou crônico – Mobilidade (Cardoso, 2008) Estado mental ou de consciência • Lúcido • Sonolento • Torporoso • Comatoso (Cardoso, 2008) • – Abertura ocular • Espontânea - 4 • Ao chamado - 3 • À dor - 2 • Nenhuma - 1 – Melhor resposta verbal • Orientado e conversa - 5 • Desorientado e conversa - 4 • Palavras inapropriadas - 3 • Sons incompreensíveis - 2 • Nenhuma - 1 – Melhor resposta motora • Obedece ao comando - 6 • Localiza a dor - 5 • Flexão-retirada - 4 • Decorticação - 3 • Descerebração - 2 • Nenhuma - 1 (Cardoso, 2008) Classificação: Pontuação de 13 a 15 pontos - leve Pontuação de 9 a 12 pontos – moderado Pontuação < 8 pontos – grave Escala de coma Glasgow Classificação da escala de Glaslow: Pontuação de 13 a 15 pontos - l eve Pontuação de 9 a 12 pontos – moderado Pontuação < 8 pontos – grave Classificação do Biotipo • Brevelíneo • Normolíneo • Longelíneo Longelíneo Normolíneo Brevelíneo (Cardoso, 2008) Fácies agudo Exausto, cansado, não consegue manter olhos abertos por muito tempo. Cuidado! Alteração nível de consciência (coma), doença neurológica, drogas sedativas ou trauma. (Duarte, 2002) Fácies crônico Depressão?? Depressão?? Não administrar antidepressivo em quem precisa nutrir, ou renutrir quem precisa de medicamento. (Duarte, 2002). Sequência do exame físico • Inspenção geral, Sinais vitais, Pele (dorso superior, anterior e posterior), cabeça e pescoço, funções mentais e força. • Pressão arterial • Abdome, MMSS e MMII. • Musculoesquelético (Cardoso, 2008) Inspeção direta: Baseia-se na visão, audição e olfato; Inspeção indireta: Usa material para expor tecidos internos ou aumentar a visão de uma área específica. Inspeção (Cardoso, 2008) Palpação Sente as pulsações e vibrações; Localiza estruturas corporais; Avalia tamanho, textura, temperatura, mobilidade e sensibilidade; Detecta pulso, rigidez muscular, linfonodos aumentados, ressecamento de pele ou cabelo, sensibilidade de órgãos ou caroços nas mamas; Mede expansão e contração torácicas a cada movimento respiratório. (Cardoso, 2008) Palpação Não se esqueça de vestir luvas ao palpar, especialmente ao palpar mucosas ou outras áreas onde você poderá entrar em contato com líquidos corporais. (Cardoso, 2008) Palpação Aspectos a serem avaliados durante a palpação: Textura –irregular ou lisa? Temperatura – morno, quente ou frio ? Umidade –seco, molhado ou úmido? Movimento –imóvel ou com vibração? Consistência das estruturas – sólido ou cheio de líquido? (Cardoso, 2008) Orientações para Palpação Aqueça as mãos antes de começar; Explique o que fará, qual o motivo e descreva o que o cliente poderá sentir. Estimule o paciente a relaxar, respirando várias vezes. Interrompa a palpação imediatamente se o paciente se queixar de dor. (Cardoso, 2008) Técnicas de Palpação Palpação leve –pressão com os dedos à superfície da pele. Pressione delicadamente a pele, comprimindo-a 1 a 2 cm. . (Cardoso, 2008) Técnicas de palpação Palpação profunda – aumente a pressão com a ponta dos dedos, comprimindo a pele acerca de 3,8cm. Coloque a outra mão sobre a mão que palpa, para controlar e orientar seus movimentos. (Cardoso, 2008) Percussão Bata os dedos ou as mãos de modo rápido e preciso contra superfícies corporais para detectar sensibilidade ou verificar reflexos. Localize as margens dos órgãos para identificar a Localize as margens dos órgãos para identificar a forma e a posição e determinar se estão sólidos ou inflados. (Cardoso, 2008) Percussão Os sons normais do tórax e abdomem incluem: Ressonância – som longo, superficial e oco, ouvido sobre o espaço intercostal acima do tecido pulmonar sadio. Timpanismo – som alto, de timbre alto, semelhante a tambor ouvido sobre bolhas de ar no estômago ou intestino cheio de gás. Macicez – som suave, de timbre alto e curta duração, normalmente ouvido sobre órgãos mais sólidos, como fígado e coração. (Cardoso, 2008) Tipos de sons à percussão Orientações para percussão Mantenha as unhas curtas e aqueça as mãos antes de começar; Peça ao cliente que urine antes de começar; Remova as jóias ou outras peças que possam provocar ruídos que interfiram na ausculta; Explique ao paciente o exame; Compare sons de um lado com o outro lado do corpo. (Cardoso, 2008) Ausculta Envolve a audição de diferentes sons, advindos da respiração, do coração e do intestino, com estetoscópio. A maioria dos sons auscultados são movimentos de ar ou líquido, como fluxo de ar nas vias respiratórias, fluxo turbulento de sangue ao longo dos vasos e o movimento de gás ao longo dos intestinos. (Cardoso, 2008) Registro dos achados Anote com precisão todos os achados do exame físico; Inclua todas as informações sobre um sistema corporal antes de passar para outro; Use descrições, como marcos anatômicos Para anotar os achados use um formulário adequado. (Cardoso, 2008) Regiões e Quadrantes do abdome Exame físico • Sinais clínicos → alimentação inadequada; • Método simples e econômico; • Limitações → fatores não nutricionais. (Vannuchi et al, 1996; Rosa et al, 2008) ORIENTAÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO • Verificar se o paciente → isolamento de contato; • Lavar as mãos; • Roupas adequadas; • Apresentar-se ao paciente; • Explicar procedimentos a serem adotados e sua finalidade; • Não fazer comentários sobre as alterações observadas. (Cardoso, 2008) CABELO Aparência normal → Firme, com brilho e difícil de arrancar. Sinais associados à deficiência nutricional → perda do brilho natural, seco, fino e esparso; → fácil de arrancar (sem dor) e quebradiço; → alopecia. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002) Cabelo • Possível deficiência de nutrientes → Kwashiorkor e menos comum, o marasmo. → zinco (alopecia). • Problema não nutricional → Lavagem excessiva; → Uso de produtos químicos; → Seborréia; → Quimioterapia. Como analisar? (Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Olhos • Aparência normal → Brilhantes; → Globo ocular claro; → Membrana úmida e de coloração rósea; → Sem feridas nos epicantos. (Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Olhos • Sinais associados à deficiência nutricional → Conjuntiva pálida; → Manchas de Bitot; → Xerose; → Fissuras nos epicantos; → Inflamação conjuntival. (Rosa et al, 2008) Olhos • Possível deficiência de nutrientes Conjuntiva pálida → deficiência múltipla de micronutrientes → anemia; Manchas de Bitot, xerose (conjuntival e córnea) e querotomalácia → ↓ vitamina A; Vermelhidão e fissuras nos epicantos → ↓ riboflavina e piridoxina; Inflamação conjuntival → ↓ riboflavina e vitamina A. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Olhos • Problema não nutricional → Falta de sono, fumo ou ingestão de bebidas alcoólicas; → Esclerótica amarela. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) OlhosProblema não nutricional Xantelasma → Pequenas bolsas amareladas ao redor dos olhos; → Dislipidemia. Olhos • Importante Icterícia → luz natural; Pessoas negras → parte visível da esclerótica amarelada; Estado de hidratação. (Duarte & Castellani; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Face • Aparência normal → Cor rósea e sem edema; → Musculatura temporal e bola gordurosa de Bichart preservadas. Sinais associados à deficiência nutricional → atrofia da musculatura temporal e da bola gordurosa de Bichart; → seborréia nasolabial; → face edemaciada; → palidez. (Duarte & Castellani; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Face Atrofia da musculatura temporal e da bola gordurosa de Bichart (Duarte & Castellani; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Face Atrofia temporalAtrofia temporal Consumo da Bola Gordurosa de Bichart Olho encovado Possível deficiência de nutrientes Seborréia nasolabial → ↓ riboflavina; Palidez → anemia → deficiência múltipla de micronutrientes; Face edemaciada → kwashiorkor; Atrofia da musculatura temperal e da bola gordurosa de Bichart → desnutrição protéico-calórica. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Face Importante Atrofia → musculatura temporal e bola gordurosa de Bichart → bilateral; Constituição própria do paciente. (Duarte & Castellani, 2002; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Face Importante Frio, dor intensa, choque, náuseas e vômitos; Palidez → pessoas negras regiões palmoplantares. Face coloração Cavidade oral - lábios • Aparência normal → Lisos, cor rósea, sem edema ou rachaduras. Sinais associados à deficiência nutricional → Estomatite angular (lesões nos cantos da boca); → Queilose (avermelhamento ou edema dos lábios e boca); → Palidez da mucosa labial. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) (Rosa et al, 2008) Queilose Estomatite Palidez labial Cavidade oral - lábios • Possível deficiência de nutrientes Estomatite e queilose → riboflavina; Palidez → anemia → deficiência múltipla de micronutrientes. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Cavidade oral - lábios Importante Frio, dor intensa, choque, náuseas e vômitos. • Aparência normal → Vermelhas, sem sangramento e sem edema. Sinais associados à deficiência nutricional → Esponjosas, com sangramento e ulcerações. Possível deficiência de nutrientes → Vitamina C Problema não nutricional → Doença periodontal (Duarte & Castellani, 2002; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Cavidade oral - lábios • Aparência normal → Sem cáries, sem dor e brilhantes. Sinais associados à deficiência nutricional → Esmalte manchado. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Cavidade oral - dentes • Possível deficiência de nutrientes Esmalte manchado → ↓ flúor. Problema não nutricional → Doença periodontal; → Hábitos higiênicos inadequados; → ↑ café e tabagismo. Obs: Cáries → açúcar em excesso. (Vannucchi et al, 1996; Rosa et al, 2008) Cavidade oral - dentes • Importante → Verificar ausência de dentição; → Uso de prótese. Cavidade oral - dentes • Aparência normal → Coloração vermelha, lisa (sem cortes e fissuras) e não edemaciada. Sinais associados à deficiência nutricional → Língua inflamada (glossite); → Língua magenta; → Atrofia das papilas. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Cavidade oral - língua Língua com atrofia das papilas gustativas e queilite angular Língua com fissuras Cavidade oral - língua • Possível deficiência de nutrientes Língua inflamada → niacina; Língua edematosa → niacina; Língua magenta → riboflavina; Atrofia das papilas → folato e cobalamina. (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Cavidade oral - língua Problema não nutricional Língua saburrosa → Falta de escovação; → Infecção. Cavidade oral - língua • Como investigar? • Importante Icterícia → mucosa sublingual amarelada. (Duarte, 2007) Cavidade oral - língua • Estado de hidratação do paciente → Umidade da língua; → Produção de saliva; → Xerostomia. Cavidade oral (Vannucchi et al, 1996; Duarte & Castellani, 2002; Waitzberg, 2006; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) (Duarte & Castellani, 2002; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Atrofia do pescoço Regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal Atrofia do pescoço, regiões supra e infraclaviculares e fúrcula esternal Pescoço Tórax Atrofia da musculatura paravertebral (Duarte & Castellani, 2002; Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros superiores – MMSS braços • Atrofia das musculaturas bicipital e tricipital (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) • Presença de edema ↓ proteínas → ↓ albumina; Albumina < 2,5 g/dL e proteínas totais < 5,0 g/dL → edema; Avaliar função hepática. Membros superiores – MMSS braços (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) • Edema → Como investigar? → Verificar formação de cacifo ou sinal de Godet; → Gravidade do edema informada por meio de cruzes (+ a ++++). (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros superiores – MMSS braços • Importante → Avaliação bilateral; → Insuficiência cardíaca e doença renal. Membros superiores – MMSS braços Características propedêuticas do edema • Insidioso • Localizado ou generalizado • Matinal ou vespertino • Quente ou frio • Mole ou duro • Doloroso ou indolor • Intensidade – Menos intenso ++/4+ – Um pouco mais intenso ++/4+ – Intenso +++/4+ – Extremamente intenso ++++/4+ • Textura da pele – Liso e brilhante – agudo – espessa - crônico (Rosa et al, 2008) Membros superiores – MMSS mãos • Atrofia da musculatura de pinçamento do polegar (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Atrofia da musculatura interósseos Atrofia das lojas tênares e das mãos por desnutrição hipotenares • Palidez na região palmar → Anemia; → Frio, dor intensa, choque, náuseas e vômitos. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros superiores – MMSS mãos Membros superiores – MMSS mãos • Retorno venoso das extremidades Pontas dos dedos; Enchimento capilar; Tempo de retorno esperado → no máximo 3 segundos. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros superiores – MMSS mãos • Cianose → Pele, mãos e pés; → Alteração dos vasos da circulação, cardiopatia congênita e pneumopatias avançadas. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) • Icterícia → Acúmulo de pigmentos biliares; → Hepatopatias e vesiculopatias; → Luz natural. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros superiores – MMSS mãos • Importante → Consumo elevado de certos alimentos; →Medicamentos (antimaláricos); → Esclerótica normal. (Rosa et al, 2008) Membros superiores – MMSS mãos Unhas das mãos • Aparência normal → firmes e róseas. Sinais associados à deficiência nutricional → Quebradiças; → Coiloníquas; → Linhas de Beau; → Leuconíquia transversal; → Onicólise; → Paroníquia crônica. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Possível deficiência de nutrientes → Quebradiças = ferro; → Coiloníquas = ferro, cobre, zinco e proteínas; → Linhas de Beau = zinco; → Palidez no leito ungueal = ferro; → Leuconíquia transversal = zinco; → Linha de Muehrcke = proteínas; → Onicólise = ferro e niacina; → Paroníquiacrônica = zinco. (Rosa et al, 2008) Unhas das mãos Problema não nutricional → Uso de solventes; → Manuseio constante da água; → Traumatismos; → Diabetes mellitus; → Micose. (Vannucchi et al, 1996) Unhas das mãos Abdome • Inspeção → Plano = normal; → Globoso = obesidade e gravidez; → Em avental = obesidade mórbida; → Ascítico = acúmulo de líquido ascítico; → Escavado = perda de peso significativa, perda total da reserva calórica. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Abdome em avental Abdome distendido Abdome escavado Abdome EXAME DO ABDOME Abdome ascítico PESQUISA DE MACICEZ MÓVEL NA ASCITE A=PACIENTE EM DECÚBITO DORSAL B e C= PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL EXAME DO ABDOME TIPOS DE ABDOME GlobosoEm aventalGloboso • Importante Nem todo desnutrido apresenta abdome escavado → hepatopata. (Duarte, 2007) Abdome Percussão → Intensidade e distribuição dos gases no abdome; → Massas sólidas e líquidos (ascite). Abdome Peristaltismo (Rosa et al, 2008) Palpação superficial com as duas mãos Palpação superficial com uma mão sobre a outra Palpação superficial com uma das mãos Abdome • Palpação → Hipersensibilidade abdominal; → Resistência muscular de algum órgão; → Massas abdominais. • Redução da massa corporal → umbigo em chapéu. (Duarte, 2007) Abdome Técnica de exame do abdome Boa iluminação; Paciente tranquilo e relaxado; Exposição total do abdome; Paciente não esteja com a bexiga cheia; Braços estendidos ao longo do corpo; Indicação pelo paciente de regiões dolorosas ou sensíveis; Atentar para sinais de desconforto na expressão do paciente; Mãos “aquecidas” e unhas cortadas. (Rosa et al, 2008) Membros inferiores – MMII pernas Atrofia da musculatura das coxas → porção interna → formação do “vale”; → fraqueza nas pernas. (Duarte, 2007) Atrofia da musculatura das panturrilhas (Duarte, 2007) Membros inferiores – MMII pernas Edema → Cacifo ou sinal de Godet; → 4 pontos, começar pelos tornozelos; → Gravidade do edema informada por meio de cruzes (+ a ++++). (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros inferiores – MMII pernas Importante → Avaliação bilateral; → Insuficiência cardíaca e doença renal. (Rosa et al, 2008) Membros inferiores – MMII pernas Cacifo ou sinal de Godet (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros inferiores – MMII pernas • Palidez na região plantar → Anemia; → Frio, dor intensa, choque, náuseas e vômitos. Retorno venoso nas extremidades Cianose e icterícia Aspectos das unhas. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Membros inferiores - MMII pés Pele • Hidratação → examinar o turgor da pele; → ressecamento da pele; → integridade da pele descamações e aspereza. Deficiência de ácidos graxos essenciais (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) • Palidez → frio, choque, náuseas e vômitos • Cianose • Icterícia → luz natural; • Carotenemia. (Duarte, 2007; Rosa et al, 2008) Icterícia Pele • Petéquias → distúrbios plaquetários; → deficiência de vitaminas C e K. (Rosa et al, 2008) Pele Nível de consciência • Paciente colaborativo (lúcido e orientado no tempo e no espaço); • Data de nascimento, idade, dia da semana, nome completo, etc. (Rosa et al, 2008) Expressão facial (Duarte & Castellani, 2002) Sistema nervoso • Investigar → confusão mental; → depressão; → fraqueza motora; → formigamento das mãos e dos pés (parestesia). (Vannucchi et al, 1996) • Possível deficiência de nutrientes → Kwashiorkor; → ácido nicotínico; → tiamina; → piridoxina; → cobalamina. (Vannucchi et al, 1996) Sistema nervoso Disfagia Odinofagia Pirose Refluxo gastroesofágico Flatulência Hematêmese Melena Enterorragia Constipação e diarréia (Rosa et al, 2008) Sistema digestório Distúrbios do apetite • ANOREXIA • HIPOREXIA • SITIOLOGIA • HIPEROREXIA • POLIFAGIA • ACOPIA • PAROREXIA ÁREA CORPORAL MANIFESTAÇÃO CLÍNICA CARÊNCIA Cabelo Perda de brilho, seco e sem brilho, fácil de arrancar, fino e esparso, quebradiços e despigmentado Proteínas e zinco Face Seborréia nasolabial e edema de face Vitamina B2, ferro e proteínas Olhos Conjuntiva pálida, xerose conjuntival, palpebrite angular Ferro, vitamina A, vitamina B2 e vitB6. Lábios Estomatite angular e queilose Vitamina B2 Língua Glossite, língua magenta, atrofia e hipertrofia de papilas Vitamina B2, Vitamina B3, Vitamina B9 e Vitamina B12Gengivas Esponjosas e sangrando Vitamina C Pele Xerose, Hiperqueratose folicular Petéquias e Equimoses Vitamina A Vitaminas C e K Unhas Coloníquia e quebradiças Ferro TecSubcutâneo Edema ,Gordura abaixo do normal Proteínas,Calorias S.Gastrointesti nal Hepato-esplenomegalia Proteínas Sistema Nervoso Alterações psicomotoras, Depressão, perda sensitiva, fraqueza motora Perda da contração do punho e tornozelo Formigamento das mãos e pés Proteínas Vitaminas B6 e B12 Vitamina B1 TABELA 1: SINAIS CLÍNICOS DE MÁ-NUTRIÇÃO CONSUMO MUSCULAR Supraclavicular Fúrcula esternal Infraclavicular Retração intercostal e subcostais graves Atrofia das musculaturas paravertebrais AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA É a ciência que estuda as medidas de tamanho, peso e proporções do corpo humano (Pollock e Wilmore, 1993) Procedimentos simples e seguros; Equipamentos de baixo custo, portáteis e duráveis; Técnicas padronizadas - dados precisos e acurados; Análises do estágio da desnutrição e mudanças do EN Determina limites e valores de risco da desnutrição. VANTAGENS Obesidade Normal Desnutrição Leve ou moderada Desnutrição Grave Percentil >90 Percentil 50 Percentil entre 5 e 15 Percentil < 5 AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS ANTROPOMÉ TRICOS SEGUNDO A DISTRIBUIÇÃO EM PER- CENTIS AFERIÇÃO DO PESO CORPORAL Usual – relatado pelo paciente, nos casos de impossibilidade de medir o peso atual. Ajustado – é o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de nutrientes quando a adequação do peso for inferior a 95% ou superior a 115%, de acordo com a seguinte fórmula: Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual Ideal ou teórico – obtido a partir de fórmulas e tabelas, como podemos observar a seguir. PESO OU MASSA CORPORAL Cálculo do peso teórico Segundo o Índice de Massa Corporal (IMC) PI = IMC médio x estatura2 VALORES MÉDIOS DO IMC SEGUNDO O GÊNERO IMC (Kg/m2) SEXO Masculino Feminino Médio 22,0 20,8 Faixa de normalidade 20,1 – 25,0 18,7 – 23,8 Obeso 30,0 28,6 MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DO PESO TEÓRICO OU IDEAL MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DO PESO TEÓRICO OU IDEAL BIOTIPO SEXO MASCULINO FEMININO Brevilíneo Estatura – 100 (estatura – 100) – 5% Normolíneo (estatura – 100) – 5% (estatura – 100) – 10% Longelíneo (estatura – 100) – 10% (estatura – 100) – 15% CÁLCULO DO PESO IDEAL DE ACORDO COM O BIOTIPO ESTIMATIVA DO PESO CORPORAL DE AMPUTADOS PESO ESTIMADO CORRIGIDO PARA AMPUTAÇÃO Membro amputado Proporção de peso (%) Mão 0,8 Antebraço 2,3 Braço até o ombro 6,6 Pé 1,7 Perna abaixo do joelho 7,0 Perna acima do joelho 11,0 Perna inteira 18,6 Adaptado de Winkler & Lysen (1993) e Pronsky (1997) MENSURAÇÃO DA ESTATURA Classificação IMC(kg/m²) Magreza Grau 3 < 16 Magreza Grau 2 16,0 – 16,9 MagrezaGrau 1 17,0 – 18,4 Eutrofia 18,5 – 24,9 Pré-Obeso 25,0 – 29,9 Obesidade Grau 1 30,0 – 34,5 Obesidade Grau 2 35,0 – 39,9 Obesidade Grau 3 40,0 ou mais AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SEGUNDO O IMC IMC (Kg/m2) Classificação < 22 Magreza 22-27 Eutrofia >27 Excesso de peso Fonte:American Academy of Family Physicians50. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS SEGUNDO O IMC Peso estimado = 1,92 (CB) + 1,44 (CP) + 0,25(PCSE) – 39,97 Onde: CP = circunferência da panturrilha PCSE = prega cutânea sub-escapular CB = circunferência braquial Ou: Sexo masculino = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PSCE) – 81,69] Sexo feminino = [(1,27x CP) + (0,87 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] Onde: CP=circunferência da panturrilha AJ=altura do joelho CB=circunferência do braço PCSE=prega cutânea subescapular Chumlea (1985) ESTIMATIVA DO PESO CORPORAL % perda de peso = peso usual – peso atual peso usual PERCENTUAL DE PERDA DE PESO CLASSIFICAÇÃO DA PERDA DE PESO CORPORAL Intervalo de tempo Perda significativa de peso (%) Perda Grave de peso (%) 1semana 1-2 >2 1 mês 5 >5 3 meses 7,5 >7,5 6 meses 10 >10 ESTIMATIVA DE PESO CORPORAL EM PACIENTES COM EDEMA Edema Localização Excesso de peso hídrico(Kg) + tornozelo 1 ++ joelho 3 a 4 +++ base da coxa 5 a 6 ++++ anasarca 10 a 12 Martins, C. et al (2000) Peso Estimado = 1,92 (CB) + 1,44 (CP) + 0,25 (PSCE) – 39,97 ESTIMATIVA DE PESO CORPORAL ESTIMATIVA DA ESTATURA A PARTIR DA ALTURA DO JOELHO Onde: I = idade (anos) AJ = altura do joelho Chumlea et al (1985) Sexo Masculino Sexo feminino 64,19 – (0,04 x I) + (2,02 x AJ) 84,88 – (0,24 x I) + (1,83 x AJ) • Equação para estimar a estatura a partir da altura do joelho extraída de americanos brancos e negros de 60 a 80 anos. (Chumlea, 1992) Raça branca sexo masculino (2,08 x AJ) + 59,01 sexo feminino (1,91 x AJ) – (0,17 x I) + 75 Raça negra sexo masculino (1,37 x AJ) + 95,79 sexo feminino (1,96 x AJ) + 58,72 “ ARM SPAN” - Envergadura Consiste na distância entre os dedos mais longos de cada mão excluindo as unhas. Estima mais a estatura do adulto jovem do que no idoso, que está reduzida. ESTIMATIVA DA ESTATURA EM PACIENTES ACAMADOS ESTIMATIVA DA ESTATURA ESTIMATIVA DA ESTATURA ADIPOMETRO •Localizar o ponto a ser mensurado, e se for o caso, marcá-lo com caneta ou lápis dermográfico. •Com os dedos indicador e polegar em forma de pinça, apreender a maior quantidade possível de tecido, excetuando-se a musculatura. •O compasso deverá ser colocado perpendicularmente à dobra, aproximadamente a 1 cm dos dedos, solta-se a haste e realiza-se a leitura em no máximo 2 segundos, a fim de evitar a acomodação do tecido adiposo. •Todas as medidas são realizadas em qualquer lado do corpo. DOBRAS CUTÂNEAS - Exige intenso treinamento - Existe variação na consistência do tecido adiposo, elasticidade da pele e proporção de gordura interna e externa - Representatividade dos locais de aferição - Limitado na perda de peso recente e extremos de adiposidade LIMITAÇÕES DO USO DAS DOBRAS CUTÂNEAS PONTO MÉDIO ENTRE O ACRÔMIO E OLÉCRANO MENSURAÇÃO DAS DOBRAS CUTÂNEAS TRICIPTAL E BICIPTAL MENSURAÇÃO DA DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL MENSURAÇÃO DA DOBRA SUPRA-ILÍACA MENSURAÇÃO DA DOBRA CUTÂNEA SUB-ESCAPULAR MENSURAÇÃO DAS CIRCUNFERÊNCIAS OU PERIMETROS CORPORAIS CMB = CB – ( x DCT) CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR BRAQUIAL (CMB) É a medida de avaliação do compartimento proteico somático; Sua mensuração pode ser realizada diretamente através de raios X ou tomografia computadorizada; ou indiretamente através da associação entre a DCT e a CB, empregando a seguinte fórmula: Onde: = 3,14 CB expressa em cm DCT expressa em mm CÁLCULO DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR BRAQUIAL AMBc (cm2) = [CB (cm) - x PCT (mm) : 10]2 - 10 4 AMBc (cm2) = [CB (cm) - x PCT (mm) : 10]2 - 6,5 4 AGB (cm2) = CMB (cm) x [PCT (mm) : 10]2 - x [PCT (mm) : 10]2 2 4 ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA (AMBc) Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea, sendo obtida de acordo com o gênero, da seguinte maneira: Sexo masculino: Sexo feminino: ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO (AGB) Perímetro do pescoço Mensurado com o paciente em pé, com a cabeça posicionada no plano horizontal de Frankfurt, circundando o pescoço com fita métrica inelástica abaixo da proeminência laríngea e aplicada perpendicular ao longo do eixo do pescoço (Ben Noun et al. 2001). MENSURAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA MENSURAÇÃO DAS CIRCUNFERÊNCIAS OU PERÍMETROS CORPORAIS Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade Elevado Muito elevado Sexo masculino > 94 cm > 102 cm Sexo feminino > 80 > 88 cm CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA DE ACORDO COM O GÊNERO EM CAUCASIANOS RAZÃO CINTURA-QUADRIL AVALIAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL Inquéritos dietéticos VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS INQUÉRITOS ALIMENTARES RETROSPECTIVOS: VANTAGENS DESVANTAGENS Recordatório 24 horas Fácil e rápido de ser aplicado Depende da memória, pode ocorrer sub ou superestimação Baixo custo Requer treinamento do investigador para evitar indução Pode ser aplicado em grupos de baixa escolaridade O consumo prévio pode ser atípico e bebidas e lanches podem ser omitidos Pode estimar o valor energético total da dieta e a ingestão de macronutrientes Não fornece dados quantitativos precisos sobre a ingestão de nutrientes. Freqüência Alimentar Pode ser auto-administrado Não é possível saber sobre a hora ou circunstância em que o alimento foi consumido Baixo custo e rápido Listas compiladas para a população geral podem não ser úteis para grupos com diferentes padrões alimentares. Pode descrever padrões de ingestão alimentar A análise fica difícil sem o uso de computadores e programas especiais Pode ser utilizado para estudar a associação de alimentos ou nutrientes específicos com alguma doença Pode ocorrer subestimação, visto que nem todos os alimentos consumidos pelo indivíduo podem constar na lista VANTAGENS E DESVANTAGENS DO REGISTRO ALIMENTAR VANTAGENS DESVANTAGENS Registro Alimentar Estimado Não depende da memória Pode interferir no padrão alimentar Proporciona maior acurácia e precisão quantitativa Requer tempo Identifica tipos de alimentos e preparações consumidos e horários das refeições Exige que o indivíduo saiba ler e escrever, sendo a subestimação comum Exige alto nível de motivação e colaboração Registro Alimentar Pesado Aumenta a acurácia do tamanho das porções e do consumo de nutrientes Pode restringir a escolha dos alimentos Exige tempo e apresenta custo elevado O consumo pode ser alterado nos dias de registro É de difícil aceitabilidade na prática clínica RECORDATÓRIO DE 24 HORAS AVALIAÇÃO SEMI-QUANTITATIVA DA INGESTÃO DE ALIMENTOS Alimentos Quantidade Medida caseira 100% tudo 75% quase tudo 50% metade 25% quase nada 0% nada Desjejum Colação Almoço Lanche Jantar Ceia Grupo de alimentos Observa ções Quantid ade/vez Nunca Diá ria Sema nal Mens al Quant. (ml/g) 1. Leite e derivados Leite Iogurte Queijo 2. Carnes, ovos e embutidos Carne bovina Frango Peixe Fígado Linguiça Ovo 3. Leguminos as Feijão preto Lentilha Soja Ervilha seca QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA DE CONSUMO REFEIÇÕES REALIZADAS: Desjejum ColaçãoAlmoço Lanche Jantar Ceia REGISTRO ALIMENTAR Nome - Dia da semana - Refeição Alimento Quantidade (medida caseira) Quant. (g/ml) Glicídi os (g) Proteín as (g) Lipídio s (g) Desjejum Colação Almoço Lanche Jantar Classificação do sobrepeso e da obesidade quanto a gordura corporal (%) Classificação Homens Mulheres Gordura essencial 1 - 5% 3 - 8% Maioria dos atletas 5 - 13% 12 - 22% Saúde ótima 12 - 18% 16 - 25% Sobrepeso 18 - 30% 25 - 35% Obesidade > 30% > 35% (Adaptado de Foss e Keteyian, 2000) Compartimentos Métodos Massa adiposa Pesagem hidrostática Tomografia computadorizada Absortometria de raio X de dupla energia Dobras cutâneas Circunferências corporais MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL (Bartrina, 2004) Tomografia computadorizada (Monteiro e Filho, 2002; Mc Ardle et al., 1998; Déspres, 1991; Rossner et al., 1990; Lukaski, 1987) Tomografia computadorizada (Mc Ardle et al., 1999) Para mulheres: % gordura = (0,11077 x média circ. abdominal 1 e 2) – (0,17666 x estatura) + (0,l4354 x peso) + 51,03301 Para homens: % gordura = (0,31457 x média circ. abdominal 1 e 2) – (0,10969 x peso corporal) + 10,8336 Weltman et al. (1987 e 1988) Estimativa do percentual de gordura corporal Método simples e não invasivo Rápido, não causa desconforto Resulta em medida precisa e válida (Mc Ardle et al.,1999; Vaché et al., 1998; Valtueña et al, 1995; Lukaski et al., 1985) VANTAGENS DA BIOEMPEDÂNCIA Variação na hidratação corporal Variação na temperatura ambiental Alto custo, comparado as PC Limitado na fase inicial da dieta para perda de peso, na obesidade (Mc Ardle et al.,1999; Vaché et al., 1998; Valtueña et al, 1995; Lukaski et al., 1985) LIMITAÇÕES DA BIOEMPEDÂNCIA Tanita modelo TBF 310 Omron modelo HBF 300 (Monteiro e Filho, 2002) APARELHOS DE BIOEMPEDÂNCIA BIOIMPEDÂNCIA Exemplo de parecer nutricional Componentes do Parecer nutricional Discussão dos dados que refletem os diferentes compartimentos corporais, tais como: • Compartimento adiposo • Compartimento protéico somático Discutir as alterações observadas ao exame físico. Discutir os exames laboratoriais alterados, considerando sua as associações com o diagnóstico clínico e estado nutricional do paciente. Diagnóstico nutricional (OMS, 1998) Conduta dietética (energia, distribuição de macronutrientes energéticos, consistência, fracionamento) Exercício
Compartilhar