Buscar

Trabalho de Filosofia Referências do Teórico Metodológicos do Serviço Social

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
 
Anderson Alves Muniz - 2018183996 
Elen Rosa Alves Freitas - 2018182974 
 
 
 
 
 
 
Referenciais Teórico Metodológicos do Serviço Social 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado a disciplina 
 Filosofia Aplicada ao Serviço Social 
 como exigência de APS, ministrado pela 
 professora Vanessa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro, Jun de 2018. 
2 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................03 
1. NEOTOMISMO .................................................................................................................05 
1.1. O que é o Neotomismo ................................................................................................05 
1.2. O que é Tomismo .........................................................................................................05 
1.3. Principais ideias e propostas do Neotomismo .............................................................06 
1.4. Neotomismo no Serviço Social ...................................................................................06 
1.5. Serviço Social no Brasil ..............................................................................................07 
2. POSITIVISMO ...................................................................................................................09 
2.1. O que é o Positivismo ..................................................................................................09 
2.2. Principais ideias e proposta do Positivismo ................................................................09 
2.3. Positivismo no Serviço Social .....................................................................................10 
3. FUNCIONALISMO ...........................................................................................................12 
3.1. O que é o Funcionalismo .............................................................................................12 
3.2. Principais ideais e propostas do Funcionalismo ...........................................................12 
3.3. Funcionalismo no Serviço Social ................................................................................12 
4. FENOMENOLOGIA .........................................................................................................14 
4.1. O que é Fenomenologia ..............................................................................................14 
4.2. O que é Fenômeno ......................................................................................................14 
4.3. Principais ideais e propostas do Funcionalismo .........................................................14 
4.4. Fenomenologia no Serviço Social ..............................................................................15 
5. MARXISMO (MATERIALISMO, HISTÓRICO, DIALÉTICO) ....................................18 
5.1. Principais ideias e propostas do Marxismo ................................................................18 
5.2. Materialismo Dialético ...............................................................................................19 
5.3. Materialismo Histórico ...............................................................................................19 
5.4. Categorias e leis da Dialética ......................................................................................21 
5.5. Marxismo no Serviço Social .......................................................................................22 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................24 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................25 
 
3 
 
INTRODUÇÃO 
Criada através da união da classe burguesa, o estado e a igreja no século XIX na Europa 
devido ao surgimento da Questão Social, que é a contradição encontrada entre o capital e o 
trabalho, nasce o Serviço Social e, posteriormente a Assistência Social, que se caracterizava por 
uma forma não sistemática, sem teorização e baseada em justificativas religiosas de que a 
sociedade havia se distanciado de Deus, com a intenção de retorno dos fiéis. Os primeiros 
profissionais responsáveis surgem com características caritativas, as chamadas “moças 
boazinhas” ou “Damas da Caridade” que eram incumbidas de distribuir ajuda material e 
espiritual e a realizar trabalhos sócio educativos, entre outros, que contribuíam para o controle 
social. Assim nasceu a profissão conhecida atualmente como Serviço Social. 
De acordo com Iamamoto e Carvalho (1985) o Serviço Social se gestou e se desenvolveu 
como profissão reconhecida na Divisão Social e Técnica do Trabalho, tendo por pano de fundo 
o desenvolvimento capitalista e a expansão urbana; adquirindo ao longo dos anos novas 
características e ganhando cada vez mais espaço. 
O profissional Assistente Social atua nas demandas da Questão Social manifestada em 
suas múltiplas expressões, que é onde encontra seu objeto de trabalho, se revelando através das 
desigualdades sociais e econômicas, expostas nas condições de pobreza, violência, desemprego, 
entre outras. Para tal atuação o Assistente Social utiliza um Referencial Teórico Metodológico. 
O objetivo deste trabalho é descrever os principais referenciais teórico metodológicos 
do Serviço Social. Quais as características, seus idealizadores e a aplicação na realidade. Mas 
o que são referenciais teórico metodológicos? Nas palavras de Severino (2007, p. 131): 
(...) os referenciais teórico-metodológicos, ou seja, os instrumentos lógico-
categoriais nos quais se apoia para conduzir o trabalho investigativo e o raciocínio. 
Trata-se de esclarecer as várias categorias que serão utilizadas para dar conta dos 
fenômenos a serem abordados e explicados. Muitas vezes essas categorias integram 
algum paradigma teórico específico, de modo explícito. Outras vezes, trata-se de 
definir bem as categorias explicativas de que se precisa para analisar os fenômenos 
que são objeto de pesquisa. 
Na sua gênese o Serviço Social teve influência em sua formação profissional por cinco 
vertentes filosóficas: Neotomismo, Positivismo, Funcionalismo, Fenomenologia e o Marxismo. 
Utilizando-as esses profissionais trataram a Questão Social, mediante o teórico metodológico 
dessas correntes, influenciado no seu teórico operacional, no trato da Questão Social, que se 
expressa em nossa sociedade capitalista 
Buscando adequar o seu técnico operacional com a realidade vivenciada em nosso país, 
a profissão passou por um longo período de reconceituação, onde atualmente a profissão está 
4 
 
inserida na perspectiva do Marxismo para assim atuarem com maior efetividade no 
enfrentamento das Múltiplas Expressões da Questão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1. NEOTOMISMO 
1.1. O que é o Neotomismo 
Neotomismo é uma corrente filosófica que surgiu no século XIX, com objetivo de fazer 
renascer, atualizar e reviver o tomismo, uma filosofia teológica idealizada pelo dominicano 
Santo Tomás de Aquino no século XIII. A igreja percebe, no ressurgimento das ideias de Tomás 
de Aquino o caminho para resolver os problemas daquela época. Pois a crise que a Europa 
estava vivenciando, devido ao advento da industrialização e o desenvolvimento do modo de 
produção capitalista, que exercia uma dominação de exploração sobre os operários, levando-os 
a viver em condição de Pauperismo, leva a igreja a se posicionar, pois este momento era visto 
pela igreja como de decadênciada moral e do costume cristão. O movimento de retorno à 
filosofia Tomista da Idade Média, resgatada à luz de tendências intelectuais modernas, é 
retomada a partir de 1879, por influência do Papa Leão XIII, através da Encíclica "Aetemi 
Patris", em que propõe a restauração da filosofia Tomista. A Epístola leonina teve por objetivo 
reagir ao espírito laico provindo, sobretudo, do racionalismo iluminista e do materialismo 
positivista. Tais sistemas pareciam adentrar nas camadas católicas. Está encíclica gerou uma 
nova geração de pensadores católicos e conseguiu mais uma vez, levar a filosofia escolásticas 
para as catedrais universitárias. Um dos principais intérpretes do Neotomismo foi o filósofo 
francês Jaccques Maritain. Para o Neotomismo, toda filosofia moderna a partir de Descartes se 
constituiria em erros e equívocos, responsáveis pela crise do mundo moderno. Entendida como 
desvio metafísico e espiritual. Essa crise só poderia ser superada com retorno ao Tomismo. Na 
visão Neotomista é inaceitável privilegiar interesses de ideologias como, por exemplo, o 
neoliberalismo ou o comunismo. 
1.2. O que é Tomismo 
O tomismo é a doutrina filosófica cristã elaborada pelo dominicano italiano Santo 
Tomás de Aquino. Estudioso do filósofo grego Aristóteles, Tomás de Aquino, dedicou-se ao 
esclarecimento das relações entre a verdade revelada e a filosofia, isto é, entre a fé e a razão. 
Segundo sua interpretação, tais conceitos não se chocam, nem se confundem, mas são distintos 
e harmônicos. Segundo Aguiar (1982) Tomás de Aquino parte da reflexão feita por Aristóteles, 
e a reinterpreta à luz do cenário filosófico de sua época, marcado por questões: das relações 
entre Deus e o mundo, fé e ciência, teologia e filosofia, conhecimento e realidade. 
 
6 
 
1.3. Principais ideias e propostas do Neotomismo 
Resgatar a filosofia Tomista à luz das tendências intelectuais e modernas, retomada do 
foco filosófico na metafísica. A primeira realidade a ser explicada deve ser Deus, que é a fonte 
de todos os seres. Após analisar a existência de Deus, analisa o ser humano, entendendo que a 
pessoa humana é composta de duas substâncias incompletas: alma e corpo. É da transformação 
destas duas substâncias em uma única substância que resulta o ser humano, distinto de qualquer 
outro ser. Este ser dotado de razão é capaz de escolher, de saber, de vontade. Por ser inteligente, 
afirma Santo Tomás de Aquino, a pessoa humana significa o que há de mais perfeito em todo 
universo (AGUIAR,1982, p.42). Esta perfeição se apresenta no aspecto físico e espiritual. O 
corpo humano é o mais perfeito, o mais funcional e o mais complexo, e a pessoa humana tem 
também uma perfeição espiritual que se manifesta através da racionalidade. Esta racionalidade 
produz o princípio da consciência em si e da liberdade, que o distingue dos outros seres. 
Portanto, a liberdade e a capacidade de escolha são também manifestações da inteligência do 
homem. Mas o homem também é dotado de vontade, o que lhe permite a escolha dos caminhos 
a percorrer na busca da virtude, do bem e no alcance do fim último, que é Deus. O homem 
também é um ser social, em decorrência da própria natureza humana. 
Aristóteles e Tomás de Aquino afirmam que o homem é naturalmente um animal social 
e para desenvolver-se necessita viver em sociedade. A sociedade é a união dos homens com o 
propósito de efetuar algo comum (COOK apud AGUIAR,1982, p.43). Toda forma de governo, 
desde que garanta os direitos e o bem-estar da comunidade é boa, e o Estado deve respeitar a 
igreja, assim não existe conflito entre a fé e a razão. Toda forma de autoridade deriva de Deus, 
respeitá-la é respeitar a Deus. (SCIACCA apud AGUIAR,1982, p.43). O objetivo é de moldar 
o homem, integrá-lo a sociedade, aos valores, a moral e aos costumes de uma sociedade cristã, 
a fim de que alcançassem a perfectibilidade. A sociedade garante a sobrevivência física do 
homem e atende a solicitude da alma (o fim atemporal), é também a instância na qual o homem 
pode completar-se e realizar-se como pessoa humana. 
1.4. Neotomismo no Serviço Social 
O Neotomismo foi o primeiro referencial teórico metodológico utilizado pelos primeiros 
Assistente Sociais que através dessa perspectiva idealizaram um projeto social com o propósito 
de reeducação de valores morais e obediência a princípios cristãos. No entanto uma situação 
não resolvida implica na utilização do Neotomismo, pois os Assistente Sociais, criticam o 
liberalismo e sua ideia individual, o que cria uma situação de conflito, já que esta corrente 
7 
 
filosófica eleva a condição de pessoa humana. 
1.5. Serviço Social no Brasil 
O serviço social surge relacionado com as transformações sociais, econômicas e 
políticas do Brasil nas décadas de 1930 e 1940. Quando Vargas assumiu o governo, deu-se 
início ao processo de industrialização no país, passando a mudar a forma de produção, que 
outrora era a agro exportação cafeeira, passando a industrial urbano. Com esse fato, o 
capitalismo chega ao Brasil, e junto com ele também as mazelas, que estão relacionadas a esse 
modo de produção, que é excludente e explorador. 
A profissão surge de uma demanda posta pelo capital, institucionalizando-se e 
legitimando-se como um dos recursos mobilizados pelo Estado e pelo empresariado, mas com 
um suporte de uma prática cristã ligada à Igreja Católica. Conforme afirma Yazbek (2000, p. 
92): terá particular destaque na estruturação do perfil da emergente profissão no país a Igreja 
Católica, responsável pelo ideário, pelos conteúdos e pelo processo de formação dos primeiros 
assistentes sociais brasileiros. Cabe ainda assinalar, que nesse momento, a Questão Social é 
vista a partir de forte influência do pensamento social da igreja, que trata como questão moral, 
um conjunto de problemas sob a responsabilidade individual dos sujeitos que os vivenciam, 
embora situados dentro de relações capitalista. Trata-se de um enfoque individualista, 
psicologizante e moralizador da questão, que necessita para seu enfrentamento de uma 
pedagogia psicossocial, que encontrará no Serviço Social afetivas possibilidades de 
desenvolvimento. 
A partir de 1932 ocorre uma grande diversificação e ampliação do aparato do 
movimento católico laico. A intelectualidade Católica procurou a adaptação à realidade 
nacional do espírito das Encíclicas Sociais Rerum Novarum (Em 15 de maio de 1891, o Papa 
Leão XIII, publicou, apresentando ao mundo Católico os fundamentos e as diretrizes da 
Doutrina Social da Igreja) e Quadragésimo Ano (Foi redigido pelo Papa Pio XI, publicada no 
dia 15 de maio de 1931, em comemoração aos quarentas anos da Rerum Novarum). É formado 
em 1932 o Centro de Estudo e Ação social (CEAS) que tem como condensação da necessidade 
sentida pela ação social e pela ação católica, dar efetividade às iniciativas e obras promovidas 
pela filantropia da classe dominante sob patrocínio da Igreja. Tem por objetivo central 
"promover a formação" de seus membros pelo estudo da doutrina da Igreja e fundamentar sua 
ação nessa formação doutrinária e no conhecimento aprofundado dos problemas sociais; tornar 
mais eficiente a atuação das trabalhadoras sociais. 
8 
 
Em 1936 é fundada a Escola de Serviço Social de São Paulo, a primeira a existir no 
Brasil. Já em 1937 no Rio de Janeiro surge o Instituto de Educação Familiar e Social. Composto 
das Escolas de Serviço Social (Instituto Social) e Educação Familiar por iniciativa do grupo de 
Ação Social (GAS). Surge em 1938 a Escola Técnica de Serviço Social (Juízo de Menores). 
Em 1940 o curso de preparação em Trabalho Social (Escola de Enfermagem Ana Nery). E em 
1944 a Escola de Serviço Social, como desdobramento Masculino do Instituto Social(PUC). 
Estas iniciativas se articularam a uma demanda real e potencial existente por parte do Estado, 
que assimilaria a formação técnica especializada e formação doutrinária do apostolado social. 
Sua formação se dividia em quatro aspectos: científica, técnica, moral e doutrinária. Portanto a 
formação profissional dos primeiros assistentes sociais brasileiros deu-se a partir da influência 
europeia, por meio do modelo franco-belga que, tendo como base princípios messiânicos 
(Tomistas) de salvar o corpo e a alma, e fundamentou-se no propósito de "servir ao outro" como 
afirma Silva (1995, p. 40). 
O assistente social, naquela época, vai trabalhar pela perspectiva caritativa, enfrentar 
com subjetividade, a realidade social. Exemplos dessa articulação, na prática, podem ser vistos 
através das atividades das assistentes sociais subindo os morros das favelas para levar as pessoas 
a regularizarem suas relações de casal por uma certidão de casamento ou certidão de nascimento 
dos filhos e a evitar relações consideradas promíscuas ou perigosas: era a ordem moral e social 
para harmonizar classes sociais e edificar a "boa família", o "bom operário", o "homem e a 
mulher sadia" (FALEIROS, 2005,p. 13). A partir dessa análise, considerando o contexto sócio 
econômico, político e cultural, o objetivo de intervenção da profissão se configurava a partir da 
moral, da higiene e da boa conduta, numa perspectiva de manter a ordem advinda das pressões 
da sociedade que se encontrava em situação de miserabilidade devido a diversos fatores, 
advindos do capitalismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2. POSITIVISMO 
2.1. O que é o Positivismo 
O positivismo é uma corrente filosófica surgida na primeira metade do século XIX, foi 
fundada por Augusto Comte. Para Comte o positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica 
e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do iluminismo, da crise social e moral do 
fim da Idade Média, em contraposição às ideias que nortearam a revolução francesa no século 
XVIII e suas raízes podem ser encontradas na Antiguidade. O positivismo parte do pressuposto 
de que a sociedade humana é regulada por leis naturais invariáveis, que independem da vontade 
e da ação humana. Para o positivismo, a filosófia baseada nos dados da experiência é a única 
verdadeira. O conhecimento se firma em uma verdade comprovada, sendo assim considerando 
o método experimental o caminho para um pensamento científico, e jamais questionado. Assim 
sendo, desconsiderando todas as outras formas do conhecimento humano que não possam ser 
comprovadas cientificamente. 
2.2. Principais ideias e proposta do Positivismo 
A filosofia positivista defende a ideia da exaltação da observação aos fatos, porém, para 
ligar os fatos, existe a necessidade de uma teoria, sem a qual é impossível que os fatos sejam 
percebidos. Desde Bacon se repete que são reais os conhecimentos que repousam sobre os fatos 
observados, mas para entregar-se a observação nosso espírito precisa de uma teoria 
(TRIVIÑOS, 1987, p. 34). O único objetivo da ciência, na visão positivista, portanto, são os 
fatos que podem ser observados. Consiste em descobrir as relações entre as coisas. 
A busca cientifica não está a serviço das necessidades humanas para resolver problemas 
práticos, e sim investigar, estudar os fatos, e estabelecer relações entre eles, pela própria ciência. 
Para o positivismo, não interessa as causas dos fenômenos, isso não é tarefa da ciência, isso é 
metafísico. Um dos traços mais característicos do positivismo é sua rejeição ao conhecimento 
da metafísica. O positivismo proclama como função essencial da ciência sua capacidade de 
prever. "O verdadeiro espírito positivo consiste em ver para prever." (TRIVIÑOS, 1987, p. 35). 
Analisa a sociedade pelo método científico das ciências naturais, associando a natureza com 
vida social, ou seja, faz-se a naturalização, ou coisificação, da sociedade. A imaginação 
subordina-se a observação e busca apenas pelo observável e concreto. Considerar a realidade 
como formada por partes isoladas, de fatos anatômicos. 
10 
 
Segundo Comte, o estudo das ciências possui algo muito mais elevado que o de atender 
os interesses da indústria, que é o de "satisfazer a necessidade fundamental sentida por nossa 
inteligência, de conhecer as leis dos fenômenos", prescindindo de toda consideração prática 
(TRIVIÑOS, 1987, p. 35). O positivismo se caracteriza por três preocupações principais: uma 
filosofia da história na qual encontramos as bases de sua filosofia positiva e sua célebre "lei dos 
três estados", que marcariam as fases da evolução do pensar humano (teológico, metafísico e 
positivo); uma fundamentação e classificação das ciências (matemática, astronomia, física, 
química, fisiologia e sociologia) e a elaboração para estudar os fatos sociais. A sociologia que, 
em um primeiro momento, Comte denominou física social (TRIVIÑOS, 1987, p. 33). Para os 
positivistas o progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços 
científicos, único meio capaz de transformar a sociedade e o planeta Terra no paraíso que as 
gerações anteriores colocavam no mundo além-túmulo. 
2.3. Positivismo no Serviço Social 
A presença do positivismo no serviço social pode ser percebida quando a profissão passa 
a dar ênfase a instrumentalização técnica, ou seja, quando se soma a preocupação do "o que" 
fazer a preocupação de "como" fazer, embora esta preocupação tenha feito com que o serviço 
social caísse muitas vezes no metodismo. 
O Positivismo chega no Brasil através da influência do serviço social norte-americano, 
trazida na década de 1940, pelos assistentes sociais brasileiros que foram estudar nos Estados 
Unidos. Esta influência marca o serviço social em nosso país. 
Inicialmente temos a importação das técnicas norte-americanas para aplicação na 
realidade brasileira. Não é preciso dizer que isto causou alguns problemas, pois, segundo Aguiar 
(1984), a fundamentação do método e das técnicas não era analisada e traduzida para a nossa 
realidade, era tão somente transplantada. As propostas brasileiras de trabalho foram permeadas 
pelo caráter conservador da teoria social positivista. Esta reorientação da profissão, que exige 
a qualificação e sistematização de seu espaço sócio ocupacional, tem como objetivo atender as 
novas configurações do desenvolvimento capitalista e, consequentemente, as requisições de um 
Estado que começa a implantar políticas sociais. Desse modo, a matriz positivista terá um 
importante papel na legitimação do serviço social brasileiro, na medida em que amplia os 
referenciais técnicos para a profissão. Iamamoto (1998) chama esse processo de "arranjo 
teórico-doutrinário", que se caracteriza pela junção do discurso humanista-cristão, vindo do 
Neotomismo com o suporte científico na teoria social positivista. A ação profissional tem por 
objetivo, orientada pela matriz positivista, eliminar os " desajustes sociais" por meio de uma 
11 
 
intervenção moralizadora de caráter individualizado e psicologizante, revelando uma ideia e 
imagem falsas de reforma social. O conservadorismo continua presente no universo ideológico 
da profissão e passa a conceber uma política técnico-burocrática a partir desse período, é como 
expressa Barroco (2003, p. 96). 
O serviço social traduz sua ação profissional por meio, de uma ética vinculada a moral 
conservadora e dogmática segundo a base ideológica Neotomista: os " problemas sociais" são 
concebidos como um conjunto de "disfunções sociais" julgados moralmente segundo uma 
concepção de "normalidade" dada pelo valor cristão. A tendência ao “ajustamento social", a 
psicologização da Questão Social, transforma as demandas por direitossociais em "patologias"; 
com isso o serviço social deixa de viabilizar o que eticamente é de sua responsabilidade: atender 
as necessidades dos usuários, realizar objetivamente os seus direitos. (BARROCO, 2003. p.94). 
A abordagem individualizada, com a predominância de uma ação psicologizada, ainda era a 
mais utilizada pelo serviço social, caracterizada pela perspectiva de responsabilização do 
indivíduo com o seu destino social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
3. FUNCIONALISMO 
3.1. O que é o Funcionalismo? 
O Funcionalismo é uma teoria adaptada para diferentes campos de conhecimento como 
a filosofia, a psicologia a antropologia. Seu principal objetivo é explicar a sociedade, as ações 
coletivas e individuais, a partir de causalidades, ou seja, de funções. Desta forma a sociedade, 
ou o que se observa a partir desta teoria, é compreendida como um organismo, composto por 
órgãos relacionados e com funções especificas. Para o teórico cada instituição exerce uma 
função específica na sociedade e o seu mau funcionamento significa desregramento da própria 
sociedade. O Funcionalismo foi uma das primeiras teorias antropológicas do século XX, até ser 
superado pela analise estruturo-funcional ou estrutural funcionalismo. 
3.2. Principais ideais e propostas do Funcionalismos 
Fundador desta teoria foi Emile Durkheim um dos fundadores também, da sociologia. 
Seu interesse era compreender quais são os fatores que definem uma sociedade, ou seja, o que 
faz com que a sociedade não seja apenas uma coleção de indivíduos. Por isso ele estudou as 
estruturas que compõem uma sociedade, especialmente em nível macro. Outros autores que 
contribuíram para a teoria Funcionalista foram Herbert Spencer, Talcott Parsons e Robert 
Mertom. Esses teóricos funcionalistas compreendem a sociedade como cada parte de acordo 
com sua função para estabilidade da sociedade como de um todo. Esta visão é por tanto 
sistêmica, observando quais os fatores que unem as diferentes partes que compõem a sociedade 
formando um grande sistema, como uma máquina e suas diferentes peças e engrenagens. Nesta 
visão de acordo com Durkheim o que de fato faz com que todas as partes exerçam sua função 
é o consenso, ele é quem garante a estabilidade social. 
3.3. Funcionalismo no Serviço Social 
De acordo com Yazbeck (1984, p. 71), essa orientação funcionalista foi absorvida pelo 
Serviço Social, configurando para a profissão uma proposta de trabalho ajustadora e 
manipuladora, que se volta para aperfeiçoar instrumentos e técnicas para a intervenção na 
sociedade. Na perspectiva de Faleiros (1960) do ponto de vista funcionalista do serviço social, 
a integração significa ajustamento, treinamento, adaptação, submissão, e não integração 
politicamente construída nas relações sociais, culturais e econômico- familiares. 
13 
 
Esse método inspirava uma visão camuflada da realidade, não revelando as contradições 
existentes entre as classes sociais e interpelando os indivíduos como responsáveis pelos 
problemas sociais, tanto isoladamente como em grupo. 
Na análise de Carvalho e Iamamoto (1988.238): 
a predisposição à apreensão moralizante de categorias abstratas e subjetivas 
dos problemas sociais, o capitalismo visto como uma natura, as situações conflitivas 
e a luta de classes aparecerão como desvios. Desvios que tem seu aprofundamento na 
secularização da sociedade, no paganismo, no laicismo das instituições, no 
socialismo. A miséria, o pauperismo do proletariado urbano, aparecera como situação 
patológica, como uma anomia, cuja origem é encontrada na crise de formação desse 
mesmo proletariado. 
O método funcionalista de Durkheim foi utilizado por antropólogos e sociólogos que o 
aperfeiçoaram e complementaram, usando os conceitos de processo, estrutura e função para a 
compreensão da vida social. O funcionalismo transposto para o serviço social busca a 
integração do homem ao meio social em que vive, pois, o indivíduo não ajustado corresponde 
a uma disfunção no sistema social. 
Devido ao estreitamento das relações entre os EUA, o Serviço Social no Brasil sofreu 
influência do Método Funcionalista através de intercâmbios de assistentes sociais brasileiros 
que iam em busca de ampliação dos seus estudos. Incorporando o Funcionalismo no Brasil 
devido ao grande resultado da metodologia nos Estados Unidos. O modelo inserido em nosso 
país sustentava uma interpretação de que o desenvolvimento individual era resultado de suas 
capacidades e cultura, considerando uma visão de harmonia da sociedade, concentrando seus 
estudos somente nos comportamentos individuais, ignorando quaisquer influências externas 
tendo o empirismo como ferramenta predominante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
4. FENOMENOLOGIA 
4.1. O que é Fenomenologia 
Fenomenologia é uma ciência que trata da descrição e classificação dos fenômenos. O 
principal idealizador dessa teoria é Husserl (1859-1938), que teve grande influência na filosofia 
contemporânea. Fenomenologia significa estudo dos fenômenos, ciência dos fenômenos. 
Husserl em seu trabalho, aborda a ciência da consciência e de seus fenômenos e considera que 
não se trata de ciência destinada a dar explicações sobre o mundo e as coisas, ou de teoria 
explicativa que venha a acrescentar às anteriores. A fenomenologia de Husserl germinou 
durante a crise do subjetivismo e do irracionalismo, no final do século XIX, e no início do 
século XX. A fenomenologia se propôs a ser uma meditação acerca do conhecimento, um 
conhecimento do conhecimento, e para tal propõe o que conhecemos como "por entre 
parêntesis", ou seja, dispensa a cultura, a história e refaz o saber. É uma corrente de pensamento 
que não está interessada em colocar a historicidade dos fenômenos. Não introduz 
transformações a realidade, ou seja, mantém-se conservadora, apenas estuda a realidade com o 
desejo de descrevê-la ou apresentá-la tal como ela é, sem mudanças. Exalta a interpretação do 
mundo que surge intencionalmente a nossa consciência, sem abordar conflitos de classes e nem 
mudanças estruturais. (TRIVIÑOS, 1987. p.47-48). 
4.2. O que é Fenômeno 
Fenômeno deriva da palavra grega Phaenomenon que significa iluminar, mostrar-se ou 
parecer. Portanto tudo que se mostra ou aparece, o que se torna visível. A filosofia considera 
que o fenômeno é tudo que se mostra ou aparece para uma consciência. Podemos dizer então 
que fenômeno é tudo aquilo de que podemos ter consciência. São considerados fenômenos não 
só os objetos dos quais podemos ter consciência, mas também os atos da consciência. Os dados 
imediatos da consciência se constituem, portanto, no ponto de partida da fenomenologia. 
4.3. Principais ideias e propostas da Fenomenologia 
A fenomenologia visa mostrar e descrever o fenômeno tais como foram vividos, tais 
como se apresentam, mostrando, explicando, aclarando, desvelando as estruturas da experiência 
vivida e deixando transparecer na descrição da experiência as estruturas universais. Portanto, a 
fenomenologia busca nessa descrição encontrar o núcleo fundamental do fenômeno, ou seja, a 
sua essência, que Husserl chama de eidética. Atingir este núcleo é o que possibilitaria encontrar 
um significado invariante que teria o status de universal. Isto supõe que todo fenômeno tem 
uma essência e não pode ser reduzido então a uma única dimensão de fato. Outra ideia 
15 
 
importante para compreender a fenomenologia de Husserl é o conceito de intencionalidade. 
Esta intencionalidade é da consciência que sempre está dirigida a um objeto. Isto tende a 
reconhecer o princípio que não existe objeto sem sujeito. O termo intencionalidade, primordialno sistema filosófico de Husserl é a característica que se apresenta a consciência de estar 
orientada para um objeto. Não é possível nenhum tipo de conhecimento se o entendimento não 
se sente atraído por algo, concretamente por um objeto (TRIVIÑOS, 198. p. 45). Para Husserl, 
a intencionalidade é algo "puramente descritivo, uma peculiaridade íntima de algumas 
vivências". Desta maneira, a intencionalidade característica da vivência, determinava que a 
vivência era consciência de algo (TRIVIÑOS,1 987. p. 45). 
O estudo das essências, e todos os problemas, segundo a fenomenologia, tornam a 
definir essência (a essência da percepção, a essência da consciência). Mas também a 
fenomenologia é uma filosofia que substitui a essência na existência, e não pensa que se possa 
compreender o homem e o mundo de outra forma senão a partir dos seus fatos. Suspende as 
afirmações para poder compreendê-las. Compreende o homem através do mundo que ele vive 
(TRIVIÑOS, 1987. p. 43). A fenomenologia descreve os fatos, não explica e nem analisa. Seu 
principal objeto é o mundo vivido, ou seja, os sujeitos de forma isolada. Considera a imersão 
no cotidiano e a familiaridade com as coisas tangíveis. Para Husserl o exame do conhecimento 
deve ter um método, sendo este o da fenomenologia, que é "a doutrina universal das ciências, 
em que se integra a ciência da essência do conhecimento" (TRIVIÑOS, 1987, p. 44). 
4.4. Fenomenologia no Serviço Social 
Em meados de 1960, surge um movimento importante no desenvolvimento do Serviço 
Social como profissão. É a primeira crise ideológica em algumas escolas de serviço social, com 
aparecimento, na América Latina, da proposta de transformação da sociedade, em substituição 
a desenvolvimentista adotada até o momento. Nessa década, o mundo passa por grandes 
transformações, especialmente na América Latina, com a Revolução Cubana que, criticando as 
estruturas capitalistas, mostra-se ao continente como alternativa de desenvolvimento, 
libertando-se dos Estados Unidos. É grande o inconformismo popular com o modelo de 
desenvolvimento industrial urbano dominante. Essa crise não poderia deixar de atingir as 
Universidades e, especialmente, o Serviço Social que começa a questionar sua ação, conforme 
apresenta Netto (2001, p.128): 
trata-se de um cenário, em primeiro lugar, completamente distinto daqueles 
em que se moveu a profissão até meados dos anos sessenta. Sem entrar na complexa 
causalidade que subjazia ao Brasil, até a primeira metade da década de sessenta, não 
apresentava polêmicas de relevo, mostrava uma relativa homogeneidade nas suas 
16 
 
projeções interventivas, sugeria uma grande unidade nas suas propostas profissionais, 
sinalizava uma formal assepsia de participação político-partidária, carecia de uma 
elaboração teórica significativa e plasmava-se numa categoria profissional onde 
parecia imperar, sem disputas de vulto, uma consensual direção interventiva e cívica: 
 Assim o serviço social começa a perceber a dimensão política de sua prática, e o modelo 
vigente baseado na visão funcionalista do indivíduo e com funções integradoras não é mais de 
interesse da realidade latino-americana que passava por transformações sociais, políticas e 
econômicas. 
O modelo importado de serviço social torna-se inoperante e tem início um processo de 
ruptura teórico-metodológico, prático e ideológico. "A ruptura com o serviço social tradicional 
se inscreve na dinâmica de rompimento das amarras imperialistas, de luta pela libertação 
nacional e de transformações da estrutura capitalista excludente, concentradora, exploradora" 
(FALEIROS,1987, p. 51). Assim, em plena vigência da Ditadura Militar, instaurada no País 
desde os anos de 1964, é que o Serviço Social vai passar por processo de renovação amplo que 
mudará de forma significativa sua base teórico-conceitual. Netto (2001, p. 151-164) apresenta 
três vertentes que se fizeram presentes no processo de renovação do serviço social no Brasil e 
instauraram o ecletismo ou pluralismo profissional: a tendência modernizadora, a reatualização 
do conservadorismo e a intenção de ruptura. E foi na década de 1970, no bojo do movimento 
de reconceituação, que ganha espaço no Serviço Social brasileiro a presença da fenomenologia. 
A partir da década 1970 a fenomenologia passa a exercer influência no Serviço Social 
brasileiro, principalmente a partir da Pontifica Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, 
com reflexões da Assistente Social Ana Augusta de Almeida. E em 1978, com o III Seminário 
de Teorização do Serviço Social brasileiro, que resultou no Documento de Sumaré, em que é 
explicitada pela primeira vez a presença da fenomenologia no Serviço Social brasileiro. 
A vertente da reatualização do conservadorismo (ou fenomenológica) buscou 
desenvolver procedimentos diferenciados para a ação profissional, a partir do que seus teóricos 
conceberam como referencial fenomenológico. Esta vertente recupera o que há de mais 
conservador na herança profissional, com um enfoque psicologizante das relações sociais e 
distante do verdadeiro legado fenomenológico de Husserl. Segundo BARROCO (2003, p. 138): 
A fenomenologia se apresenta como um método de ajuda psicossocial fundado na valorização 
do diálogo e do relacionamento; a perspectiva psicologizante da origem da profissão.[...] e o 
marco referencial teórico dessa metodologia é constituído por três grandes conceitos: diálogo, 
pessoa e transformação social. Na perspectiva do teórico metodológico da fenomenologia o 
Serviço Social se realiza através da intervenção social ou tratamento social. Trata-se de um 
17 
 
procedimento sistemático onde se desenvolve um processo de ajuda psicossocial, o qual é 
realizado através de um diálogo que deve levar mudanças, partindo das experiências da pessoa, 
grupo e comunidade (BRANDÃO, 2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
5. MARXISMO (MATERIALISMO, HISTÓRICO, DIALÉTICO) 
O marxismo é uma corrente filosófica que surgiu no século XIX e fundada por Karl 
Marx. Um intelectual e revolucionário alemão, que atuou como economista, filosofo, 
historiador, teórico político e jornalista. Ao fundar a doutrina comunista moderna, Marx 
revolucionou o pensamento filosófico. Nessa década a Europa passava por grandes 
transformações, devido ao advento do capitalismo que surgiu como uma nova forma de 
produção econômica, política e social, e vinha se desenvolvendo, estabelecendo assim, um novo 
modelo de governo. Onde era determinada e estabelecida as relações sociais. Marx analisou 
esta sociedade, com objetivo de desvelar a sua estrutura e a sua dinâmica. 
O Marxismo compreende três aspectos principais: materialismo dialético, materialismo 
histórico e a economia política. A teoria marxista é, essencialmente, uma crítica radical das 
sociedades capitalistas. Mas é uma crítica que não se limita a teoria em si. O filosofo Engels 
teve uma grande contribuição, ao se ajuntar a Marx. Engels juntamente com Marx elaboraram 
o pensamento ideológico "Manifesto Comunista", Engels também foi coautor de diversas obras 
de Marx. Karl Marx utilizou-se de várias ideias de Hegel, fundamentais para o Marxismo, como 
por exemplo: o conceito de alienação e de maneira essencial, seu ponto de vista dialético da 
compreensão da realidade. Desenvolveu-se dentro de sua concepção materialista do mundo, ao 
invés de vinculá-las ao espírito absoluto hegeliano (TRIVIÑOS, 1987, p. 50). Marx substitui o 
idealismo hegeliano por um realismo materialista: a matéria é o princípio e a consciência, 
produto da matéria. São as relações de produção que formam a estrutura econômica da 
sociedade,base sobre a qual se ergue a superestrutura jurídica, política, religiosa, etc. 
5.1. Principais ideias e propostas do Marxismo 
Marx e Engels vão analisar a realidade social em que viviam, e irão perceber que ela era 
dinâmica e contraditória. Enquanto o avanço técnico permitia o domínio crescente do ser 
humano sobre a natureza, gerando o processo e o enriquecimento de alguns, a classe operária 
era cada vez mais explorada, empobrecida e afastada dos bens materiais de que necessitava para 
sobreviver. Portanto, era fundamental estudar os fatores materiais (econômicos e técnicos) e a 
forma pela qual os bens eram produzidos, para então compreender a sociedade e explicar seu 
desenvolvimento. Então Marx vai desenvolver o método que permite uma interpretação 
materialista da história através do método dialético. 
 
19 
 
5.2. Materialismo Dialético 
É a base filosófica do marxismo que tenta buscar explicações coerentes, lógicas e 
racionais para os fenômenos da natureza, da sociedade e do pensamento. Baseia-se numa 
interpretação dialética do mundo; constitui uma concepção cientifica da realidade, enriquecida 
com a prática social da humanidade. Além de ter como base de seus princípios a matéria, a 
dialética e a prática social. O materialismo dialético também aspira ser a teoria orientada da 
revolução do proletariado. Este pensar filosófico tem como propósito fundamental o estudo das 
leis gerais que regem a natureza, a sociedade e o pensamento. Isto leva ao estudo da teoria do 
conhecimento e a elaboração da lógica. 
Através do enfoque dialético da realidade, o materialismo dialético mostra como se 
transforma a matéria e como se realiza a passagem das formas inferiores às superiores. O 
método dialético é aquele que penetra no mundo dos fenômenos através de sua ação recíproca, 
da contradição inerente ao fenômeno e das mudanças dialéticas que ocorrem na matéria e na 
sociedade. O pesquisador que aplica o método dialético compreende a realidade, valoriza a 
contradição dinâmica do fato observado e a atividade criadora do sujeito que está sempre a 
caminho, em formação, inacabado, aberto para novas alternativas (CORDEIRO, 1999, p. 50); 
as definições da dialética materialista dos clássicos dos marxismo ressaltam os aspectos que se 
referem ás formas do movimento universais e as conexões que se observam entre elas. Engels 
a define como a ciência "das leis do movimento e desenvolvimento da natureza, da sociedade 
humana e do pensamento". E Lênin a define como "a doutrina do desenvolvimento na sua forma 
mais completa, mais profunda e mais isenta da unilateralidade, a doutrina da relatividade do 
conhecimento humano, que nos dá um reflexo da matéria em eterno desenvolvimento" 
(TRIVIÑOS, 1987, p. 53). Umas das ideias mais originais do materialismo dialético foi ressaltar 
a importância da prática social como critério de verdade. Assim, as verdades científicas, em 
geral, significam graus de conhecimento, limitados pela história. Portanto o pesquisador que 
seguir essa linha teórica deve ter presente em seu estudo uma concepção dialética da realidade 
natural, social e do pensamento, a materialidade dos fenômenos e que estes são possíveis de 
conhecer (TRIVIÑOS, 1987, p. 73). 
5.3. Materialismo Histórico 
É a ciência filosófica do marxismo que estuda as leis sociológicas que caracterizam a 
vida da sociedade, de sua evolução histórica e da prática social dos homens, no 
desenvolvimento da humanidade. O materialismo histórico significou uma mudança 
20 
 
fundamental na interpretação dos fenômenos sociais, pois até o nascimento do marxismo, se 
apoiava em concepções idealistas da sociedade humana. Marx e Engels colocaram pela primeira 
vez, em sua obra; "a ideologia alemã (1845-46), as bases do materialismo histórico" 
(TRIVIÑOS, 1987, p. 51). O materialismo histórico ressalta a força das ideias, capaz de 
introduzir mudanças nas bases econômicas que as originou. Por isso, destaca a ação dos partidos 
políticos, dos agrupamentos humanos, etc. Essa ação pode produzir transformações importantes 
nos fundamentos materiais dos grupos sociais. É a ciência filosófica que esclarece vários 
conceitos como: ser social (são relações materiais dos homens com a natureza e entre si que 
existem em forma objetiva, independente da consciência); consciência social (são as ideias 
políticas, jurídicas, filosóficas, estéticas, religiosas, etc.); meios de produção (tudo que os 
homens empregam para originar bens materiais, como, máquinas, ferramentas, energia, 
matérias químicas, etc.); forças produtivas (são os meios de produção, os homens, sua 
experiência de produção, seus hábitos de trabalho.); relações de produção (podem ser de 
cooperação, de submissão ou de um tipo de relações que signifique transição entre as formas 
assinaladas.); modos de produção (da comunidade primitiva, escravista, feudalista, capitalista 
e comunista.). 
De maneira muito geral, pode-se dizer que a concepção materialista apresenta três 
características importantes. A primeira delas é a materialidade do mundo, onde todos os 
fenômenos, objetos e processos que realizam a realidade são materiais. Segundo (TRIVIÑOS, 
1987, p. 56): Lênin, numa de suas obras, define a matéria como " uma categoria filosófica para 
designar a realidade objetiva que é dada ao homem nas suas sensações, que é copiada, 
fotografada, refletida pelas nossas ações, existindo independentemente delas". A segunda 
peculiaridade ressalta a consciência, como uma propriedade da matéria. A grande propriedade 
da consciência é a de refletir a realidade objetiva; assim surgem as sensações, as percepções, 
representações, conceitos e juízos. É fundamental estabelecer que o cérebro por si só não pensa; 
a consciência está unida à realidade material. Esta influi sobre os órgãos dos sentidos que 
transmitem as mensagens aceitas pelos canais nervosos ao córtex dos grandes hemisférios 
cerebelosos (TRIVIÑOS, 1987, p. 62). 
A última é a prática social, onde a prática é toda atividade material, orientada para 
transformar a natureza e a vida social. A prática social se desenvolve e enriquece através da 
atividade prática e teórica dos diferentes indivíduos e coletividades. 
 
21 
 
5.4. Categorias e leis da Dialética 
Para o marxismo, as categorias se formaram no desenvolvimento histórico do 
conhecimento e na prática social. Significa que o sistema de categorias surgiu como resultado 
da unidade do histórico e do lógico. São entendidas como "formas de conscientização dos 
conceitos dos modos universais da relação do homem com o mundo, que refletem as 
propriedades e leis mais gerais e essências da natureza, da sociedade e do pensamento". 
Entende-se por lei "uma ligação necessária geral, iterativa ou estável" (TRIVIÑOS, 1987, p 
.54). Tanto as categorias como as leis "refletem as leis universais do ser, as ligações e os 
aspectos universais da realidade objetiva". A dialética materialista compõe-se de leis básicas 
que conduzem o desenvolvimento do mundo e do pensamento do homem na realidade concreta 
em que vive. 
As três leis básicas da dialética: a lei da unidade e dos contrários: o princípio básico 
desta lei é que os contrários estão inseparavelmente ligados e constituem um único processo 
contraditório, são interdependentes, isto é, um só existe porque o outro existe. O fato, portanto, 
de estarem ao mesmo tempo ligados entre si formando uma unidade e repelindo-se mutuamente 
resulta na luta desses contrários. Nesse sentido, o papel principal é desempenhado não pela 
unidade, mas pela luta dos contrários, assim, a unidade é relativa, temporária e transitória; 
enquanto a luta é absoluta, como é o movimento. 
A lei da negação da negação: o princípio básico desta lei é quecada fase superior nega 
ou até mesmo elimina a fase anterior. Implica a passagem de um fenômeno para uma nova fase, 
num processo contínuo de superação a partir da negação. 
A lei da transição das mudanças quantitativas em qualitativas: o princípio básico desta 
lei é que as mudanças quantitativas que podem parecer pequenas e imperceptíveis, inicialmente, 
vão se acumulando e atingem uma fase em que se tornam mudanças qualitativas. A mudança 
quantitativa pode ser lenta, mas quando dá o salto para uma nova qualidade é brusca e 
transformadora, revolucionária. Esta transformação não é possível sem o acúmulo de pequenas 
e sucessivas mudanças quantitativas. A teoria marxista nos oferece um caminho com bons 
propósitos. Seque uma linha comprometida com um projeto de transformação da realidade 
social, sua intervenção oferece toda uma preocupação com a análise dialética da realidade; além 
disso, procura buscar explicações coerentes, lógicas e racionais, sem deixar de ressaltar a prática 
social como critério de verdade. 
22 
 
5.5. Marxismo no Serviço Social 
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social, iniciado na década de 1960, 
representou uma tomada de consciência crítica e política dos assistentes sociais em toda 
América Latina, não obstante, no Brasil as condições políticas em que ele ocorreu trouxe 
elementos muito diversos dos traçados em outros países. As restrições da Ditadura Militar, 
principalmente depois do Ato Institucional nº 5 (BARROS, 1997, p. 42), trouxeram elementos 
importantes nos rumos tomados pelo Serviço Social em seu processo de renovação. Esses 
profissionais, mediante o reconhecimento de intensas contradições ocorridas no exercício 
profissional, questionavam seu papel na sociedade, buscando levar a profissão a romper com a 
alienação ideológica a que se submetera. Suas expectativas e desejos voltavam-se para a busca 
da identidade profissional do Serviço Social e sua legitimação no mundo capitalista. Para isso, 
uma nova proposta teórico-ideológica deveria alicerçar o ensino da profissão, originando uma 
prática não assistencialista, mas transformadora, comprometida com as classes populares. 
Assim como afirma José Filho (2002, p. 57), que o Serviço Social, no decorrer das últimas 
décadas, evoluiu no processo de pensar a si mesmo e a sociedade, produzindo novas concepções 
e autorrepresentação como "técnica social", "ação social modernizante" e posteriormente 
"processo político transformador". Atualmente põe ênfase nas problematizações da cidadania, 
das políticas sociais em geral e, particularmente, na Assistência Social. A vertente do 
movimento de reconceituação nos anos 1980 foi a marxista, denominada de intenção de ruptura 
com o Serviço Social tradicional (NETTO, 2001, p. 247). Quando o modelo filosófico 
elaborado por Karl Marx, passou a embasar o referencial teórico-metodológico do Serviço 
Social, o chamado materialismo Histórico Dialético. Segundo Netto (2001, p. 148), é no marco 
desse movimento que o Serviço Social, abertamente, apropria-se da tradição marxista e o 
pensamento de raiz marxiana deixou de ser estranho no universo profissional. Fundamentadas 
nessa nova perspectiva, especialmente no que se refere a dimensão político-ideológica, 
explicitam o caráter contraditório de sua prática e vinculam sua ação profissional a 
transformação social. 
A intervenção profissional do assistente social pode ser caracterizada pelo atendimento 
ás demandas e necessidades sociais de seus usuários, que podem produzir resultados concretos, 
tanto nas dimensões materiais, quanto nas dimensões sociais, políticas e culturais da vida da 
população, viabilizando seu acesso as políticas sociais. (YASBEK,2009). Como profissional 
inserido na divisão sócio técnica do trabalho, o assistente social é demandado a desenvolver 
ações como gestor e executor de políticas sociais, programas, projetos, serviços, recursos e bens 
23 
 
no âmbito das organizações públicas e privadas, operando sob diversas perspectivas, como no 
planejamento e gestão social de serviços e políticas sociais, na prestação de serviço e na ação 
socioeducativa (YASBEK, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O conteúdo deste trabalho é de extrema relevância para o conhecimento dos 
Referenciais Teórico Metodológicos do qual o Assistente social dispõe como ferramenta 
cientifica de trabalho. 
Atualmente no Brasil a metodologia utilizada é a Marxista que propõe uma análise da 
sociedade capitalista e, como esta, influência no desenvolvimento da vida do usuário. Lançando 
mão dos demais referenciais que tratam o indivíduo de forma isolada desconsiderando a 
influência da sociedade capitalista, considerando a mesma harmônica. 
É essencial conhecer os referenciais, suas histórias, aplicações e implicações na vida do 
indivíduo e da sociedade, para entender e intervir de forma efetiva, sempre em busca de um 
equilíbrio entre as classes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AGUIAR, A. G. O Serviço Social e filosofia: das origens a Araxá. São Paulo: Cortez; 
Unimep, 1982. 
_______, A. G. A Filosofia no currículo de Serviço Social. Revista Serviço Social e 
Sociedade. São Paulo, v.15, p. 05-19, ago. 1984. 
BARROCO, M. L. S. Ética e Serviço Social: Fundamentos ontológicos. 2ª ed. São Paulo: 
Cortez, 2003. 
BARROS, E. L. Os governos militares. 5ª ed. São Paulo: Contexto, 1997. 
BRANDÃO, R. C. C. O Serviço Social no Brasil: a reinstrumentalização necessária. 2006. 
166f. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Faculdade de História, Direito e Serviço Social, 
UNESP, Franca, 2006. 
CORDEIRO, DARCY. Ciência, pesquisa e trabalho científico: uma abordagem 
metodológica. 2ª ed. Goiânia: Ed. UCG. 1999. 
FALEIROS, V. P. Confrontos teóricos do movimento de reconceituação do Serviço Social 
na América Latina. Serviço Social & Sociedade. São Paulo, ano 8, n. 24, 1987. 
_________, V. P. Reconceituação do Serviço Social no Brasil: uma questão em 
movimento? Serviço Social & Sociedade. São Paulo, ano 26, n. 84, nov. 2005. 
IAMAMOTO, M. V.; CARVALHO, R. Relações sociais e Serviço Social no Brasil. 4. ed. 
São Paulo: CELATS; Cortez, 1985. 
___________, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e informação 
profissional. São Paulo: Cortez, 1998. 
___________, M. V. Ensino e Pesquisa no Serviço Social: desafios na construção de um 
projeto de formação. Cadernos Abes, n. 6, São Paulo: Cortez, 1998. 
JOSÉ FILHO, Pe. M. A Família como espaço privilegiado para a construção da cidadania. 
Franca: Unesp- FHDSS, 2002. 
NETTO, J. P. Notas sobre marxismo e serviço social, suas relações no Brasil e a questão 
do ensino. Cadernos ABESS, São Paulo, v. 4, p. 76-95, jul. 1995. 
______, J. P. O serviço social e a tradição marxista. Revista Serviço Social e Sociedade, São 
Paulo, v. 30, p. 89-102, abr. 1989. 
______, J. P. Ditadura e Serviço Social: uma análise do serviço social no Brasil, pós-64. 5ª 
ed. São Paulo: Cortez, 2001. 
______, J. P. Cinco notas a propósito da " questão social". In: Temporalis. Ano 2, n. 03 
(jan/jul/ 2001). Brasília: ABEPSS, Grafline, 2001. 
PAULA. J. A. A. O Marxismo e seus rebatimentos no serviço social. Cadernos ABESS, São 
Paulo, v. 4, p. 64-75, jul. 1995. 
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23ª ed. São Paulo: 
Cortez, 2007. 
SILVA, M. O. S. Formação profissional do assistente social. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1995. 
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução a pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em 
educação. SãoPaulo: Atlas, 1987. 
26 
 
YAZBECK, M. C. Projeto de revisão curricular da Faculdade de serviço Social da 
PUC/SP. In Serviço Social e Sociedade nº 14. São Paulo, Cortez, 1984 
_______, M. C. Os fundamentos do serviço social na contemporaneidade. In: Capacitação 
em Serviço Social e Política Social. O trabalho do assistente social e as políticas sociais. 
Brasília, DF: UnB, Centro de Educação Aberta, Continuada a Distância, módulo 4, 2000b. 
_______, M. C. O significado sócio histórico da profissão. In: CFESS/ABEPSS. Serviço 
Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009.

Outros materiais