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A intervenção do Estado no fator social tendo como fundamento a implantação da BPC - Base de Policia Comunitária. PELIS, Robério¹, SANTOS; Jessyka Aparecida Nunes²; SANTOS, Tatiane³. Discente do curso de Direito da Faculdade Independente do nordeste – FAINOR e-mail: pelisdr@hotmail.com Discente do curso de Direito da Faculdade Independente do nordeste – FAINOR e-mail: jessicanunes_@hotmail.com Discente do curso de Direito da Faculdade Independente do nordeste – f FAINOR e-mail: taty__santos@hotmail.com Palavras-chave: Intervenção Estatal, Segurança, Sociedade e Comunidade. O presente trabalho apresenta resultados de pesquisa feitos no bairro Nova cidade, Vitória da Conquista - BA, sobre a implantação da base comunitária como forma de intervenção do Estado na sociedade. Durante as entrevistas, dos dias 07 e 14 de março de 2014, realizadas com os moradores, observamos que com essa nova metodologia o Estado inicialmente tem conseguido melhorar a visão da comunidade local, no entanto, há de se colocar que essa intervenção vem sendo feita através de força policial na forma ostensiva, deixando claro e objetivado o combate ao crime, que é apenas um dos fatores sociais propulsor da violência. Aos olhos claros da visão social e filosófica, tem-se que levar em conta que a criminalidade alimenta-se pela ausência do estado nas suas funções básicas onde a segurança é apenas um dos fatores relevantes, não mais importantes do que a educação, a saúde e o saneamento básico. O melhor investimento nestas áreas gera estabilidade social duradoura enquanto que a primeira apenas estabilidade momentânea ou sensação de segurança. Em entrevista, o Capitão da PM. Hilderim, responsável pela base, nos detalhou ser este sistema já utilizado no Japão e na Inglaterra, o mesmo adotado na Bahia tendo como plano piloto o bairro do Nordeste da Amaralina na capital baiana, estendendo-se para a comunidade do bairro Nova Cidade. Segundo o capitão, a falta de estrutura social é um dos obstáculos para o sucesso deste projeto, pois a polícia pode e deve ser utilizada, sendo preparada e estruturada para tanto, fazendo um serviço mais voltado para o cumprimento dos objetivos sociais do que apenas para o combate a violência. Neste quesito, podemos enunciar que a preparação do policial para este tipo de atividade tem sido a mesma do policial convencional. Em suma, podemos averiguar que o sistema comunitário de policia não terá eficácia plena se não houver uma mudança social e cultural dentro das forças de segurança, pois não cabe mais tratar a criminalidade como causa e sim, como conseqüência. O Estado precisa se desprender do retrato histórico onde a opressão serviu como controle social e se fortalecer como um Estado voltado para o fator de desenvolvimento social.
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