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unidade 10 - Morfologia solo3

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FFAACCUULLDDAADDEE DDEE AAGGRROONNOOMMIIAA EE MMEEDDIICCIINNAA VVEETTEERRIINNÁÁRRIIAA 
DDEEPPAARRTTAAMMEENNTTOO DDEE SSOOLLOOSS EE EENNGGEENNHHAARRIIAA RRUURRAALL 
DDIISSCCIIPPLLIINNAA GGÊÊNNEESSEE EE MMOORRFFOOLLOOGGIIAA DDOO SSOOLLOO 
1. Familiarizar-se com algumas pedoformas brasileiras. 
2. Visualizar os principais traços da geografia de solos da América do Sul 
 
ROTEIRO: 
 
1. Estude as fotos ilustrando as pedoformas e leia as explicações. Procure observar as relações: solo-
paisagem, solo-rocha de origem, solo-vegetação. Só mude de cartela quando você realmente tiver 
percebido estas inter-relações e tiver uma resposta para as perguntas que normalmente acompanham 
cada foto. Se você não conseguir, discuta com os colegas do grupo e caso a dúvida persista, recorra ao 
professor. 
2. Algumas cartelas se referem à aspectos de vegetação e relevo no Brasil. Procure observar as 
características e distribuição das diversas formações vegetais e sítios geomorfológicos do Brasil. 
3. Examine o mapa hipsométrico da América do Sul. Este mapa em alto relevo mostra os Andes que se 
prolongam com outros nomes, através da América Central em direção às Montanhas Rochosas da costa 
oeste dos Estados Unidos e Canadá. 
Os Andes correspondem à área de contato entre placas tectônicas1. A placa em que o Brasil se 
encontra (Placa Sul Americana) está situada entre os Andes e o meio Atlântico (cadeia submarina do 
Atlântico – cordilheira Meso Atlântica). 
 
A crosta terrestre tem uma parte superior granítica, e uma inferior basáltica. Os continentes têm um 
embasamento granítico; os oceanos têm embasamento basáltico. Capeamentos sedimentares e 
metamórficos de várias idades estão sobre o embasamento geral granítico-gnaisse, no Brasil. As Bacias, 
Amazônicas, do São Francisco e Paraná, marcam em geral, grandes áreas de sedimentação. Existem 
outras. O Planalto do Alto Rio Grande, ao sul do Quadrilátero Ferrífero, se prolonga para noroeste, formando 
a Serra da Canastra, que se estende em direção a Brasília. Partindo do Quadrilátero, o Espinhaço forma 
como se fosse o lado leste deste “U” gigantesco, elevado, que tem na parte sul o Quadrilátero Ferrífero e o 
Planalto do Alto Rio Grande; a oeste a Canastra. No interior deste “U” está a chamada Depressão do São 
Francisco. O “U” é, na realidade, formado por planaltos. O Planalto da Canastra é a área divisora entre as 
Bacias Hidrográficas do São Francisco e o seu prolongamento em direção a Brasília, formando também os 
divisores com a Bacia Amazônica. 
Estes divisores são muito antigos. É uma área muito estável. Os solos são muito velhos. Aí, talvez, 
esteja a área nuclear inicial do cerrado. 
O Planalto de Viçosa liga o Planalto do Alto Rio Grande às elevações da Serra do Caparão. O 
planalto tem a forma de sela, e é limitado ao norte e ao sul pelas áreas rebaixadas dos Rios Pomba (áreas 
fumageiras e canavieiras) e ao norte pelas áreas rebaixadas do Rio Doce, a parte de Ponte Nova. 
As escarpas litorâneas do Brasil sudeste e sul constituem a Serra do Mar. Em São Paulo e Rio de 
Janeiro, o Rio Paraíba separa o bloco que forma a Serra do Mar do bloco bordejado pela Serra da 
Mantiqueira, mais para o interior. 
O Grupo Barreiras, de natureza caolinítica e de textura argilosa até arenosa, ocupa uma grande 
dimensão na Amazônia, prolongando-se, em pequena faixa, através do litoral até Campos do Goitacazes 
(RJ). Os solos destes materiais têm grande potencial, mas têm problemas de natureza física e química. 
A Bacia do Paraná além de outras rochas possui basalto e arenito. O primeiro dá origem ao 
Latossolo Roxo e a Terra Rocha Estruturada ou solos afins. 
A Bacia do São Francisco, que acreditava-se, se prolongava em direção à Bacia do Parnaíba (PI) é 
formada de calcário e rochas pelíticas. Há filamentos areníticos sobre estas rochas. 
 
1 Supõe-se que a crosta seja formada por placas tectônicas flutuantes no material subjacente. Em geral, a 
junção das placas é área de atividade vulcânica. 
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Os cerrados ocorrem no Planalto Central, acompanhando a largos traços, os planaltos elevados; as 
florestas tropical e equatorial fazem limite com eles ao norte. A Mata Atlântica está a sudeste e 
imediatamente ao sul das áreas sob cerrado. Matas subtropicais ocorrem nos estados sulinos. 
Áreas campestres ocorrem no extremo sul. A caatinga está nas áreas mais secas do nordeste até 
Minas Gerais. 
 
 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
1. Na Amazônia existem rios com águas amarelas (barrentas), verdes e escuras (pretas). Como você 
explica estas diferentes colorações das águas dos rios amazônicos? Que relação teria entre coloração 
das águas e piscosidade? 
2. Procure localizar no mapa hipsométrico a região conhecida como Pantanal do Mato Grosso. 
Comparando esta região com a região amazônica, qual delas apresenta maior riqueza em fauna? Por 
que? 
3. A grande bacia sedimentar conhecida como depressão do São Francisco apresenta extensas áreas de 
solos muito pobres. Qual seria a origem da pobreza química destes solos? 
4. Verifique no mapa hipsométrico onde estão os grandes divisores de água no Brasil. Que tipo de 
vegetação é mais comum nestas áreas? Quais seriam, em linhas gerais, os principais problemas 
referentes à utilização agrícola destas áreas? 
 
 
Fonte: DPS-UFV, Roteiro de aulas de Solos 100. Viçosa – MG, 1981.

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