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unidade 10 - Morfologia solo2

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UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE FFEEDDEERRAALL DDEE MMAATTOO GGRROOSSSSOO 
FFAACCUULLDDAADDEE DDEE AAGGRROONNOOMMIIAA EE MMEEDDIICCIINNAA VVEETTEERRIINNÁÁRRIIAA 
DDEEPPAARRTTAAMMEENNTTOO DDEE SSOOLLOOSS EE EENNGGEENNHHAARRIIAA RRUURRAALL 
DDIISSCCIIPPLLIINNAA GGÊÊNNEESSEE EE MMOORRFFOOLLOOGGIIAA DDOO SSOOLLOO 
1. Visualizar as principais unidades de paisagens (pedoforma) do Brasil. 
2. Descrição de paisagem do planalto de Viçosa – MG. 
 
O campus da UFV está num local relativamente plano. Este é um terraço fluvial e foi depositado por 
um rio (talvez com maior volume d’água que o atual). Abaixo do terraço está o ribeirão correndo no leito 
menor (leito atual), mas na época das enchentes ocupa também o leito maior. O ponto mais baixo da 
paisagem, uma linha imaginária no fundo do leito atual é o talvegue. 
Subindo as elevações pode-se observar que a paisagem geral apresenta dois estratos principais: o 
fundo e as elevações. O primeiro é formado pelo terraço e o leito maior. As elevações apresentam 
concordância de topos e pedoformas de curvatura convexa e perfil convexo e curvatura côncava e perfil 
côncavo principalmente. 
A concordância dos topos das elevações e a ocorrência de alguns topos planos, relativamente 
extensos, sugerem a existência pretérita de um antigo chapadão. O profundo manto de intemperismo e a 
virtual ausência de afloramentos de rochas confirmam esta idéia. A área foi, e está sendo, dissecada pelo 
entalhamento da drenagem, vindo da parte costeira. As quedas d’água, ao longo do Rio Doce e seus 
afluentes, indicam que o processo de entalhamento ainda continua. 
A profundidade dos depósitos do terraço sugere que esta região foi recortada por “canyons”. Estes 
foram posteriormente colmatados pelo material dos terraços. Os morros em “meia laranja” que se formaram, 
estão sendo agora dissecados, através do processo de ravinamento. 
As ravinas, num símile de um sistema hidrográfico, são formadas de bacia de recepção, canaleta de 
condução e cone de dejeção. A concentração d’água, para início do processo de ravinamento, dá-se através 
da queda de uma árvore, escavações de animais, etc. 
A junção e/ou ampliação das ravinas forma as grotas que têm freqüentemente a forma de 
anfiteatros, afunilados no início do cone de dejeção. O fundo das grotas tem solos melhores, talvez mais por 
ter sido formado de um material menos pré-intemperizado do que por enriquecimento de material vindo de 
cima. 
As bordas das ravinas, com a sua ampliação, tendem a apresentar aspecto bastante íngreme. Estas 
áreas, pela instabilidade que oferecem deveriam ser mantidas com vegetação natural – seriam áreas de 
reserva biológica. 
As elevações convexo-convexo, com grande raio de curvatura, e praticamente sem ravinas, 
representam bem a pedoforma geral dos Latossolos. 
O manto de intemperismo, tipicamente, apresenta uma anomalia entre a espessura do solum 
(horizontes A e B) e o horizonte C. O horizonte B, em geral pouco espesso, tem coloração amarronzada, de 
certa uniformidade, e muda bruscamente para um horizonte C, muito espesso, de coloração rósea. 
O horizonte C, facilmente erodível, é siltoso e ainda apresenta a estrutura do gnaisse (lâminas). As 
áreas de maior concentração de feldspato, no gnaisse original, podem ser identificadas pela coloração 
esbranquiçada. A biotita dá origem a material caolinítico, colorido por óxidos de ferro. O horizonte C é mais 
resistente à erosão nas lâminas mais ricas em óxidos de Fe2O3. 
A espessura do horizonte B é muito sensível a modificações na pedoforma. A uma pedoforma mais 
energética (mais acidentada) corresponde um solum mais estreito. Com o entalhamento dos rios, a paisagem 
está se rejuvenescendo e, com ela, os solos estão se tornando mais rasos. 
 
ESBOÇO DA PEDOFORMA REGIONAL 
 
A região de Viçosa (MG) tem as seguintes unidades de paisagem: 
 
96 
 
FIGURA 1. Paisagem da região de Viçosa (Zona da Mata de Minas Gerais). 
 
A. Leito menor: ocupado pelo córrego ou rio, todo o tempo. 
B. Dique aluvial ou pestana: formado por depósitos grosseiros, que se sedimentam primeiro, quando 
as águas das enchentes ocupam o leito maior (B e C). 
C. Área rebaixada: fica após o dique aluvial (B), e juntamente com esta forma o leito maior (B+C). 
Nesta posição se acumulam os sedimentos mais finos. 
D. Terraço fluvial: já foi um leito maior, mas agora não é mais inundável. 
E. Elevações. 
 
O leito menor (A) se movimenta vertical e horizontalmente, mantendo as mesmas características 
relativas das porções B e C, daí tem-se a heterogeneidade vertical e horizontal dos depósitos aluviais. 
 
 
Exercícios de Fixação: 
 
 
Figura 2. Paisagem da região de Viçosa (Campus da UFV). 
 
1) Onde o solo seria mais pobre em nutrientes? 
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2) Em que posição estaria ocorrendo atualmente maior taxa de pedogênese? 
3) Onde você esperaria encontrar um solo sem horizonte B? 
4) Onde você esperaria um horizonte B muito argiloso? 
5) Em que posição você esperaria encontrar material adequado para cerâmica? 
6) Onde você esperaria maior teor de gibsita? 
7) Onde estaria o solo com maior heterogeneidade de composição mineralógica? 
8) Onde você esperaria maior teor de silte no horizonte B? 
9) Onde o solo apresenta horizonte B menos poroso? 
10) Onde estaria o solo com maior teor de minerais primários facilmente intemperizáveis? 
11) A infiltração d’água da chuva é maior num solo plano ou num solo mais acidentado? 
12) Se o chapadão permaneceu assim por muito tempo, que efeito isto poderia ter tido, até grande 
profundidade, no horizonte C? 
 
Fonte: DPS-UFV, Roteiro de aulas de Solos 100. Viçosa – MG, 1981.

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