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1 SISTEMAS ESTRUTURAIS EM MADEIRA Prof. Ralf Klein, M.Eng. Sistemas estruturais em madeira SUMÁRIO 1) Treliças de cobertura 2) Pórticos de um andar para galpões 3) Pórticos de vários andares para edifícios 4) Vigamentos para pisos 5) Pontes em madeira 6) Cimbramentos de madeira 7) Torres de observação e de transmissão 8) Arcos 9) Abóbadas 10) Referências Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n SISTEMAS ESTRUTURAIS EM MADEIRA � A madeira vem sendo utilizada na construção há muitos séculos. � Uma grande variedade de sistemas estruturais em madeira podem ser observados. � Os sistemas estruturais vem evoluindo em consequência da industrialização da construção. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n 2 Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA Treliças de cobertura em madeira (tesouras). Elementos componentes dos telhados com tesouras e telhas cerâmicas: � Tesouras Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n � Terças – Vigas entre as tesouras que se apóiam, em geral, nos nós das tesouras. � Caibros – Vigas inclinadas que se apóiam nas terças, espaçadas de 40 a 80 cm dependendo das dimensões das ripas. � Ripas – Peças nas quais se apóiam as telhas cerâmicas, com espaçamentos da ordem de 35 cm. � Obs.: as telhas metálicas e as de fibrocimento são apoiadas diretamente nas terças. Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA Treliças de cobertura em madeira (tesouras). � A inclinação do telhado depende, também, do tipo de telha utilizada (ver especificações dos fabricantes de telhas). � Valores mínimos aproximados para inclinações de telhados: � ≅ 50% para telhas cerâmicas. � ≅ 20% para telhas de fibrocimento. � ≅ 10% para telhas metálicas. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA Alguns tipos de treliças utilizados em coberturas de madeira. � A treliça Howe é a mais tradicional em estruturas de madeira. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas treliçados (Pfeil, 2007). 3 Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA Cargas em estruturas de cobertura. � Peso das telhas. � Peso dos elementos estruturais. � Cargas provenientes de instalações: climatização, energia, etc. � Sobrecarga. � Cargas de vento: � Sobrepressão, sucção, forças horizontais. � Telhas cerâmicas sem fixação – Somente ações de sobrepressão. � Telhas fixadas à estrutura – Ações de sobrepressão e sucção. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA Detalhes típicos de ligações entre as peças de uma treliça Howe sem inversão de esforços (pp + vento) (Pfeil, 2007). � As peças comprimidas podem ter suas ligações feitas por entalhe. � A ligação do pendural com o banzo inferior pode ser feita com talas metálicas parafusadas. � Observar vigamento de apoio das telhas cerâmicas: ripas, caibros, terças. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA � Detalhes construtivos. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n 4 Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA � Detalhes construtivos. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira TRELIÇAS DE COBERTURA Sistemas de contraventamento. � Para estabilidade do conjunto da cobertura. � Contraventamento vertical em X ou em mão francesa. � Contraventamento no plano de telhamento. � Ver, Moliterno (2011), para outros tipos de telhado. Sistemas de contraventamento (Pfeil, 2007). Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira PÓRTICOS DE 1 ANDAR Pórticos � Adotados como sistema portante principal de galpões, estádios de esportes, terminais de passageiros, etc. � Vãos livres variando de 20 a 80m. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Pórticos em madeira (Mello, 2007). 5 Sistemas estruturais em madeira PÓRTICOS DE 1 ANDAR Pórticos � Pórticos biarticulados. � Pórtico treliçado com peças de madeira serrada (figura a). � Pórtico de seção I com alma composta de tábuas (figura b). Pórticos biarticulados em madeira (Pfeil, 2007).Est ru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira PÓRTICOS DE 1 ANDAR Pórticos (continuação) � Pórticos triarticulados . � Facilidade e rapidez de montagem. � Estruturas isostáticas – não sofrem esforços devido à variação de temperatura, variação de umidade e recalques de apoio. � Pórtico de madeira laminada colada de seção retangular e hastes retilíneas (figura c). � Pórtico de madeira laminada colada de seção retangular e hastes curvas (figura d). Pórticos triarticulados em madeira (Pfeil, 2007).Est ru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira PÓRTICOS DE 1 ANDAR Pórticos (continuação) � Pórticos paralelos são ligados pelas terças e pelos contraventamentos. � Esforços de vento transversais são absorvidos pelos pórticos. � Contraventamento vertical. � Estabiliza a edificação longitudinalmente. � Transfere as cargas longitudinais para a fundação. � Contraventamento no plano do telhado. � Transfere as cargas de vento longitudinal para os pilares. � Impede a flambagem lateral dos pórticos. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Contraventamentos em pórticos de madeira (Pfeil, 2007). 6 Sistemas estruturais em madeira ESTRUTURAS APORTICADAS PARA EDIFICAÇÕES Sistemas estruturais para edificações. � Grelhas planas para pisos com suas vigas principais apoiadas em pilares e com estes formando um sistema de pórtico espacial. � As vigas secundárias do piso transmitem as cargas para as vigas principais e estas para os pilares. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistema estrutural para edificações (Pfeil, 2007). Sistemas estruturais em madeira ESTRUTURAS APORTICADAS PARA EDIFICAÇÕES Tipos de ligação viga-pilar. a) Ligação da viga com o pilar por contato, aplicável a edificações de 1 andar. b) Ligação de viga de seção simples com pilar de seção dupla por meio de pinos metálicos. c) Ligação viga de seção dupla com pilar de seção simples por meio de pinos metálicos. d) Ligação da viga através de um berço metálico fixado ao pilar. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Tipos de ligação viga-pilar em estruturas aporticadas (Pfeil, 2007). Sistemas estruturais em madeira ESTRUTURAS APORTICADAS PARA EDIFICAÇÕES Estabilidade da edificação tendo em vista as ações horizontais. � Se as ligações viga-pilar forem rígidas, as cargas horizontais são equilibradas pelos pórticos formados pelas vigas e pilares. � Se as ligações viga-pilar forem flexíveis, se aproximando do comportamento de uma rótula, a estabilidade da edificação às cargas horizontais depende de sistemas de contraventamento. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas de contraventamento vertical com paredesdiafragma e treliçados em X (Pfeil, 2007). 7 Sistemas estruturais em madeira VIGAMENTOS PARA PISOS Vigamentos para pisos. � Constituídos de vigas de seção retangular ou I. � Espaçamento das vigas ≅ 50cm. � Revestimento do piso com tábuas. � Dimensionamento das vigas: é usual considerar uma carga estática uniformemente distribuída. � ! Vibrações excessivas devido ao caminhar das pessoas. � NBR 7190 (1997) apresenta critério simplificado para a verificação do ELS de vibrações excessivas. Vigamento para piso (Pfeil, 2007). Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira PONTES EM MADEIRA Pontes em madeira. � Atenção especial deve ser dada à proteção da madeira nas pontes, para garantir a sua durabilidade . � Um recurso para manter a madeira seca, e assim aumentar a sua durabilidade, é prever um telhado na ponte. � A proteção da madeira também pode ser garantida com produtos preservativos da madeira, revestimentos impermeáveis do piso e detalhes construtivos adequados. Ponte de madeira em Blumenau.Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira PONTES EM MADEIRA Sistemas estruturais para pontes em madeira. � Pontes em viga reta. � Pontes em treliça. Pfeil (2007).Est ru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n 8 Sistemas estruturais em madeira PONTES EM MADEIRA Sistemas estruturais para pontes em madeira (cont.). � Pontes em arco. � Pontes em pórtico. Pfeil (2007).Est ru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira CIMBRAMENTOS DE MADEIRA Cimbramentos de madeira. � Os cimbramentos são estruturas provisórias destinadas a suportar o peso de uma estrutura em construção até que esta se torne autoportante. � Deformações excessivas no cimbramento de uma estrutura dão origem a imperfeições na execução da estrutura em construção. Esquema de um escoramento para a construção da superestrutura de uma ponte (Pfeil, 2007).Est ru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira CIMBRAMENTOS DE MADEIRA Cimbramentos de madeira (cont.) Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistema tradicional de fôrmas de madeira para vigas e lajes em concreto (Pfeil, 2007). 9 Sistemas estruturais em madeira TORRES Torres � Torre de observação em madeira com 25m de altura em Igaratá, SP. � Madeira: eucalipto citriodora. � Arquiteto Alfredo Kobbaz. � Eng.Civil Alan Dias (estrutura de madeira). Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira ARCOS Arcos Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n Sistemas estruturais em madeira REFERÊNCIAS � ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7190 - Projeto de estruturas de madeira. Rio de Janeiro, 1997. � MELLO, Roberto Lecomte de. Projetar em madeira: uma nova abordagem. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo - Área de tecnologia) - Universidade de Brasília, Brasília, 2007. � MOLITERNO, Antonio; BRASIL, Reyolando M. L. R. F. Caderno de projetos de telhados em estruturas de madeira.3.ed. São Paulo: Blücher, 2009. � PFEIL, Walter, PFEIL, Michele Schubert. Estruturas de madeira, 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2007. � ZENDRON, Décio. Madeira na construção civil. Notas de aula da disciplina de Estruturas de Madeira. Blumenau: Universidade Regional de Blumenau (FURB), 2008. Es tru tu ra s de m ad eir a - Pr o f. Ra lf K lei n
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