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Relatório da prática de Química Analítica Experimental II PRÁTICA 02 – 03: PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO DE NaOH e HCl ~0,1mol/L Nome: Isabela Bezerra de Lima Turma: Farmácia Noturno Professor: Marco Antonio Martins de Oliveira INTRODUÇÃO De acordo com Baccan et al., em uma análise volumétrica a quantidade de um constituinte de interesse é determinada através da reação desta espécie química com outra substância em solução, cuja sua concentração é extremamente conhecida. Nem todas as reações químicas podem servir de base para as determinações volumétricas, temos então alguns requisitos que devem ser estabelecidos para realizar uma titulação volumétrica, são eles: ser extremamente rápido, ser completa no ponto de equivalência do sistema químico, possuir uma reação química bem definida e que descreva bem o fenômeno ocorrido e por fim permitir o uso de meio satisfatórios para a detecção do ponto final do processo. Porém, para poder-se saber a concentração da amostra de interesse, precisamos de uma solução padrão, onde a mesma pode ser um padrão primário ou secundário. O padrão primário é uma substância pura que serve de material de referência para a volumetria, alguns requisitos são importantes para a caracterização de um padrão primário, são eles: alta pureza, custo baixo, estabilidade a atmosfera, ausência de água de hidratação, solubilidade razoável no meio e massa molar relativamente alta. E, por conseguinte, o padrão secundário é um composto cuja pureza pode ser estabelecida por análise química e que serve de material de referência para métodos titulométricos de análise, como por exemplo, titulação de uma solução de NaOH com um padrão primário (biftalato de potássio), e depois de conhecer sua concentração, titular uma solução de HCl contra essa solução padronizada de NaOH (VALE, D. ; BARBOZA, R.). Para termos ciência que uma titulação volumétrica chegou ao fim, temos que alcançar um fenômeno chamado ponto final. O ponto final é utilizado, pois não conseguimos determinar o ponto de equivalência entre o titulante e o titulado, pois é nele que as quantidades dessas soluções são quimicamente equivalente, podendo assim predizer a concentração do titulado. Esse ponto final é uma estimativa aproximada do ponto de equivalência pela observação de alguma mudança física (coloração) ou até química do meio (pH), podemos então dizer que o ponto final é quando as quantidades de titulante e titulado são equivalentes experimentalmente. Uma das maneiras mais utilizadas para detectar o ponto final de uma titulação é através do uso de indicadores visuais, que são espécies químicas que mudam de cor por alguma alteração química do meio. Como nessa prática foi utilizada a titulação ácido-base, onde em soluções aquosas, os íons hidrogênio hidratado, H3O+, são titulados com íons hidroxilas, OH-, ou vice-versa, utilizamos então o indicador fenolftaleína, que é um indicador ácido-base, a mesma tem uma coloração incolor quando a solução está acida e rosa quando a solução está básica. 2. PRÁTICA 02: PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO DE NaOH 0,1 M. OBJETIVO Preparar e padronizar uma solução padrão de Hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 mol/L com o uso do padrão primário Biftalato de Potássio (KHC8H4O4). MATERIAIS E MÉTODOS • Proveta de 1L • Proveta de 10mL • Bastão de vidro • Erlenmeyer de 250mL • Bureta de 25,00 mL • Suporte Universal • 1 frasco de plástico • Funil de líquidos • Pipeta volumétrica de 10,00mL Com o objetivo de preparar uma solução 0,1mol/L, agitou-se a de solução NaOH 50% e adicionou-se 4mL de solução em uma proveta de 1L, com auxilio de uma bureta previamente rinsada com a solução de NaOH. Em seguida adicionou-se água destilada até a marca de 500mL, observando o menisco, e homogeneizou-se com bastão de vidro. A solução foi armazenada em um recipiente de plástico limpo e rinsado com a solução A Padronização da Solução NaOH com Biftalato de Potássio foi feita adicionando 10,00 mL de solução de Biftalato de potássio em um erlenmeyer de 250ml e 3 gotas do indicador fenolftaleína. A bureta foi rinsada com a solução de NaOH preparada, e depois foi zerada de forma que não houvesse bolhas de ar na bureta. Com a mão esquerda, abriu-se a válvula da bureta, e a solução da bureta foi despejada lentamente no erlenmeyer em constante agitação até o aparecimento de um rosa claro na solução. Em seguida anotou-se o volume gasto de NaOH, observando o menisco. A titulação foi repetida até encontrar 2 valores concordantes, com no máximo 0,2mL de diferença, para cálculos posteriores. RESULTADOS E DISCUSSÕES Para a primeira parte da prática, realizamos o preparo da solução de NaOH de concentração aproximada à 0,1 M e sua padronização contra uma solução de padrão primário de Biftalato de Potássio através da titulação volumétrica. Para a preparo de 500mL da solução de NaOH 0,1M a partir de uma solução de NaOH 50%, temos os seguintes cálculos: • C NaOH 50% (mol/L) = m / MM x V (L) = 50g / 40g x 0,1 = 12,5 mol/L de NaOH • C NaOH 12,5mol/L x V NaOH 12,5mol/L = CNaOH 0,1mol/L x VNaOH 0,1mol/L 12,5 mol/ L x V NaOH 12,5mol/L = 0,1 M x 500 mL V NaOH 12,5M = 4 mL Em seguida, realizamos a titulação volumétrica com o auxílio do indicador ácido-base fenolftaleína para obtermos uma coloração rosa no ponto final, os resultados obtidos foram: Replicata V NaOH (mL) 1 11,70 mL 2 11,60 mL Não houve necessidade de realizar outra medição, pois os volumes obtidos teve um ∆< 0,2 mL. Assim, podemos prosseguir com os cálculos para conhecer a concentração da solução de NaOH recém titulada, os mesmos estão abaixo: • Concentração do padrão primário de Biftalato de Potássio: n = m / MM = 20,1331g / 204,22g/mol = 0,09858 mol • Concentração de NaOH ~0,1 M: C6H4COOK.COOH(aq) + NaOH(aq) → C6H4COOK.COONa(aq) + H2O(l) Como temos uma relação estequiométrica de 1:1, entre o NaOH e o Biftalato de potássio, temos que: Primeira replicata: C C6H4COOK.COOH x V C6H4COOK.COOH =C NaOH x V NaOH 0,09858 mol/ L x 10,00 mL = C NaOH x 11,70 mL C NaOH = 0,08426 mol/L Segunda replicata: C C6H4COOK.COOH x V C6H4COOK.COOH =C NaOH x V NaOH 0,09858 mol/ L x 10,00 mL = C NaOH x 11,60 mL C NaOH = 0,08498 mol/ L Média = 0,08498 + 0,08426 / 2 = 0,08462 mol/L de NaOH • Cálculo do fator de correção: Fc = Concentração experimental / Concentração Teórica = 0,08462 / 0,1 = 0,8462 • Erro relativo ER = (Xteorico -x experimental) / Xteorico x100 ER = [(0,1-0,08462 )/0,1] x100 = 15,4% Tendo em vista o ER encontrado, podemos dizer que foi relativamente pequeno, porém a ele pode ser atribuído diversos fatores que pode ter afastado a concentração de NaOH encontrada do valor teórico encontrado, como: erro ao preparar a solução, a não homogeneização correta da solução de NaOH, lavagem não eficaz do frasco reservatório do NaOH previamente preparado, além de que foi utilizado uma proveta para a preparação da solução de NaOH onde a mesma não é uma vidraria de alta precisão, concentração diferente de 50% da solução de origem do NaOH, erro de paralaxe do operador ao zerar a bureta. CONCLUSÃO A partir dos resultados apresentados podemos predizer que foi satisfatório já que atendemos aos objetivos da prática, porem tivemos um ER significativo, onde o mesmo pode ter sido alcançado pelos possíveis motivos apresentados na discussão. A técnica então utilizada é simples e ideal para determinar a concentração de um reagente conhecido. Após a sua padronização o NaOH passa a ser um padrão secundário e pode ser utilizado para determinar a concentração de substancias ácidas. PRÁTICA 03: PREPARO E PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÃO DE HCl 0,1 M. 3.1 OBJETIVOS Preparar e padronizar uma solução padrão de ácido Clorídrico 0,1 mol/L a partir de Hidróxido de sódio (NaOH). 3.2 MATERIAIS E MÉTODOS • Solução padrão de NaOH 0,1 mol/ L (f=0,8462) • Proveta de 1L • Proveta de 10mL • Bastão de vidro • Erlenmeyer de 250mL • Bureta de 25,00 mL • Suporte Universal • 1 frasco de vidro • Funil de líquidos • Pipeta volumétrica de 10,00mL Com o objetivo de preparar uma solução 0,1mol/L de HCl , transferiu-se aproximadamente 4,20mL de HCl PA, com auxilio de uma proveta para outra uma proveta de 1L. Em seguida adicionou-se água destilada até a marca de 500mL, observando o menisco, e homogeneizou-se com bastão de vidro. A solução foi armazenada em um recipiente de vidro limpo e rinsado com a solução. A Padronização da Solução de HCl com solução padrão de NaOH , foi feita adicionando 10,00mL de solução de HCl em um erlenmeyer de 250ml e 3 gotas do indicador fenolftaleína. A bureta foi rinsada com a solução de NaOH 0,1 mol/ L (f=0,8462), e depois foi zerada de forma que não houvesse bolhas de ar na bureta. Com a mão esquerda, abriu-se a válvula da bureta, e a solução da bureta foi despejada lentamente no erlenmeyer em constante agitação até o aparecimento de um rosa claro na solução. Em seguida anotou-se o volume gasto de NaOH, observando o menisco. A titulação foi repetida até encontrar 2 valores concordantes, com no máximo 0,2mL de diferença, para cálculos posteriores. 3.3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Para a primeira parte da prática, realizamos o preparo da solução de HCl de concentração aproximada à 0,1 mol/ L e sua padronização contra uma solução de padrão secundária de NaOH. Para a preparo de 500mL da solução de HCl ~0,1mol/ L a partir de uma solução de HCl 37% m/m, temos os seguintes cálculos: • mHCl= 10 x d x %m/m = 10 x 1,19 g/cm3 x 37% = 440,3 g de HCl na solução • C HCl (mol/L) = m / MM x V (L) = 440,3 / 36,5 x 1 = 12,06 mol/ L • C HCl 12,06mol/L x V HCl 12,06mol/L = CHCl 0,1mol/L x VHCl 0,1mol/L 12,06 M x V HCl 12,06mol/L = 0,1 M x 500 mL V HCl 12,06mol/L ≈ 4,20mL Em seguida, realizamos a titulação volumétrica com o auxílio do indicador ácido-base fenolftaleína para obtermos uma coloração rosa no ponto final, os resultados obtidos foram: Replicata V NaOH (mL) 1 11,00 mL 2 11,15 mL Não houve necessidade de realizar outra medição, pois os volumes obtidos teve um ∆< 0,2 mL. Assim, podemos prosseguir com os cálculos para conhecer a concentração da solução de HCl recém titulada, os mesmos estão abaixo: • Concentração de HCl ~0,1 M: HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O(l) Como temos uma relação estequiométrica de 1:1, entre o NaOH e o HCl, temos que: Primeira replicata: CNaOH x f NaOH x VNaOH = C HCl x V HCl 0,1x 0,8462 M x 11,00 mL= C HCl x 10,00 mL C HCl = 0,09308mol/L de HCl Segunda replicata: CNaOH x f NaOH x VNaOH = C HCl x V HCl 0,1x 0,8462 M x 11,15 mL= C HCl x 10,00 mL C HCl = 0,09435mol/L de HCl Média = 0,09308 + 0,09435 / 2 = 0,09372 mol/L de HCl • Cálculo do fator de correção: Fc = Concentração experimental / Concentração Teórica = 0,09372 / 0,1 = 0,9372 • Erro relativo ER = (Xteorico -x experimental) / Xteorico x100 ER = [(0,1-0,09372 )/0,1] x100 = 6,3% 3.4 CONCLUSÃO Portanto, a técnica então utilizada é simples e ideal para determinar a concentração de um reagente conhecido pois a partir dos resultados obtidos podemos dizer que a prática foi satisfatória e o seu objetivo foi atendido já que o ER da prática foi consideravelmente baixo, o que nos mostra um bom aproveitamento durante a titulação. 4. REFERÊNCIAS - BACCAN, N. Química analítica quantitativa elementar. 3. ed. rev.,ampl. e reest. São Paulo: E. Blucher, 2005. 308p. - VALE, D. BARBOZA, R. Apostila de Química Analítica Farmacêutica Experimental II – IQA 234 – Noturno. Versão 2.
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