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Trabalho DPP III Ações autonomas de impugnação

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FACULDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS 
Curso Direito – 2018/1 
 
 
 
 
CRISTIANE CONTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO ALEGRE 
2018 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho visa analisar as chamadas ações autônomas de impugnação. 
Vale salientar, que as ações de impugnação não constituem recursos, senão ações autônomas, 
um novo processo com autos apartados. 
As ações autônomas de impugnação são cabíveis contra decisões sucedâneas e 
decisões com o trânsito em julgado da sentença. Já os recursos pressupõem o não trânsito em 
julgado da sentença. 
 
2 HABEAS CORPUS 
2.1 História 
Um dos remédios constitucionais, o habeas corpus foi introduzido no sistema jurídico 
brasileiro em 1832, no Código de Processo Criminal, a partir do modelo inglês. Previsto no 
artigo 340: “Todo cidadão que considere que ele ou outra pessoa sobre uma prisão ou 
constrangimento ilegal em sua liberdade tem o direito de solicitar uma ordem de habeas 
corpus”. 
Na Carta Magna de 1891, o HC foi consagrado um instrumento fundamental no 
processo para a proteção da liberdade de locomoção. Mantido desde então, em todas as 
Constituições. Inicialmente, existia somente o habeas corpus liberatório, mas a partir de 1871, 
com a alteração da Lei Processual, foi inserido o habeas corpus preventivo. 
Na atualidade, o remédio heroico habeas corpus está consagrado na Carta Magna, em 
seu artigo 5º, inciso LXVIII e nos artigos 647 a 667 do Código de Processo Penal, in virbis: 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder; 
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na 
iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, 
salvo nos casos de punição disciplinar. 
 
2.2 Conceito 
Impetrado para cessar a violência ou ameaça contra a liberdade de locomoção (direito 
de ir e vir) de pessoa inocente, praticada por autoridade competente, por meio de ilegalidade 
ou abuso de poder, conforme preceito dos artigos acima mencionados. 
Assevera Mirabete (2006, p. 739): 
“O habeas corpus é uma garantia individual, ou seja, um remédio jurídico 
destinado a tutelar a liberdade física do indivíduo, a liberdade de ir, ficar e 
vir. Pode ser conceituado, pois, como o remédio judicial que tem por 
finalidade evitar ou fazer cessar a violência ou a coação à liberdade de 
locomoção decorrente de ilegalidade ou abuso de poder. Com ele se pode 
impugnar atos administrativos ou judiciários, inclusive a coisa julgada, e de 
particulares” 
 
2.3 Natureza Jurídica 
 Considera-se o habeas corpus uma ação autônoma de impugnação, de natureza 
mandamental e com status constitucional, ou seja, está potenciado na Constituição Federal e 
obtém mandado por meio de sentença judicial. 
 Trata-se de uma ação de procedimento sumário, pois é limitada a cognição. 
 
2.4 Espécies 
a) Liberatório (corretivo ou repressivo): habeas corpus impetrado para ter 
restituída a liberdade de alguém que já esteja com seu direito violado; 
b) Preventivo: habeas corpus impetrado a fim de evitar que a coação se efetive, 
logo deverá ser expedido um salvo-conduto assinado pela autoridade competente. 
 
2.5 Cabimento 
Não há prazo para a impetração do habeas corpus, podendo ser utilizado a qualquer 
tempo, enquanto houver ameaça a liberdade de locomoção. O artigo 648 do CPP trás um rol 
exemplificativo das hipóteses de cabimento de impetração deste remédio constitucional. 
Vejamos: 
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal: 
I – quando não houver justa causa: trata-se da necessidade de um lastro probatório 
mínimo para a deflagração da persecução penal contra alguém ou sua própria prisão. 
 
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei: ultrapassado 
o lapso temporal torna-se ilegal a coação, cabendo à impetração do habeas corpus impondo a 
soltura do preso. 
 
III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo: um exemplo 
seria quando o Juiz de Direito decreta a prisão preventiva de um Deputado Estadual, sendo 
que apenas o Tribunal de Justiça poderia fazê-lo, tendo em vista a sua prerrogativa de função 
para ser julgado perante o referido Tribunal. 
 
IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação: inicialmente, havia 
indícios e materialidade da autoria, entretanto, no decorrer do processo o juiz percebera que o 
suporto autor não participou do crime. 
 
V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza: 
caso alguém seja impedido de prestar fiança, mesmo que a lei admita tal hipótese, o habeas 
corpus será a medida pertinente. 
 
VI - quando o processo for manifestamente nulo: caso o processo ocorra alguma 
nulidade, seja absoluta ou relativa, e mesmo assim segue o curso do processo, caberá habeas 
corpus. 
 
VII - quando extinta a punibilidade: constatado alguma casa extintiva de punibilidade, 
declarar-se-á de ofício e encerra-se o processo. Não fazendo, caberá habeas corpus. 
 
2.6 Competência 
 A competência para a postulação é sempre uma autoridade superior a aquela que é 
responsável ao constrangimento da liberdade. Devendo ser observados os princípios da 
territorialidade e ao princípio da hierarquia. 
Contudo, conforme estabelece o artigo 649 do CPP, in virbis: 
Art. 649. O juiz ou o tribunal, dentro dos limites da sua jurisdição, fará passar 
imediatamente a ordem impetrada, nos casos em que tenha cabimento, seja 
qual for a autoridade coatora. 
 
 Ou seja, havendo o erro do endereçamento da propositura do HC, a autoridade não 
poderá o denegará, e sim corrigir o endereçamento. 
Outro ponto a ser destacado é quanto ao STF. Este somente julga o habeas corpus nos 
casos de sua competência originária (prerrogativa de função) ou quando o ato coator emanar 
de um Tribunal Superior. 
Na dimensão dos Juizados Especiais Criminais, a situação sempre foi problemática. 
Quando o coator é o juiz atuante no juizado, o HC será julgado pela respectiva turma recursal. 
Contudo, a situação é diferente quando o ato coator emana de turma recursal (Juizado 
Especial Criminal), em que o tema suscita controvérsias. De um lado encontramos a Súmula 
690 do STF, a saber: 
SÚMULA 690: Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o 
julgamento de habeas corpus contra decisão de turma recursal de juizados 
especiais criminais. 
 
Entretanto, houve edição no entendimento da súmula acima citada: 
HC contra Ato de Turma Recursal e TJ: 
Aplicando a recente orientação firmada pelo Plenário no julgamento do HC 
86834/SP (j. em 23.8.2006, v. Informativo 437), no sentido de que compete 
aos tribunais de justiça processar e julgar habeas corpus impetrado contra ato 
de turma recursal de juizado especial criminal, a Turma, resolvendo questão 
de ordem, tornou sem efeito o início do julgamento e determinou a remessa 
dos autos ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios. Trata-se, na 
espécie, de writ impetrado contra decisão de turma recursal que mantivera a 
condenação do paciente pela prática do delito de porte ilegal de arma (Lei n. 
9.437/97, art. 10, caput), cuja pena-base fora majorada em razão da existência 
de inquéritos e ações penais em curso. HC 86.009 QO/DF, Rel. Min. Carlos 
Britto, j. 29/08/2006. 
 
2.7 Legitimidade 
O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu próprio benefício 
ou de terceiro. Também poderá fazê-lo o Ministério Público e, obviamente, o advogadodo 
paciente (não sendo necessária procuração). O HC é um atributo da personalidade, em que 
qualquer pessoa, independentemente de habilitação, capacidade política, civil, processual, 
sexo, idade, nacionalidade e, inclusive, estado mental, pode utilizar. 
Não se faz qualquer limitação, nem aquelas necessárias para atuar no processo em 
geral ou capacidade civil. 
Neste sentido, estabelece o artigo 654 do CPP: 
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu 
favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público. 
§ 1º A petição de habeas corpus conterá: 
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou 
coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça; 
b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples 
ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor; 
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou 
não puder escrever, e a designação das respectivas residências. 
§ 2º Os juízes e os tribunais têm competência para expedir de ofício ordem de 
habeas corpus, quando no curso de processo verificarem que alguém sofre ou 
está na iminência de sofrer coação ilegal. 
 
Endereçada sempre ao órgão superior àquele apontado como coator, a petição do 
habeas corpus deverá ser distribuída em três vias, uma original e duas e indicar claramente: 
• Paciente: quem sofre o ato coator ou está na iminência de sofrê-lo; 
• Impetrante: quando quem impetra o HC é outra pessoa que não o paciente; 
• Autoridade coatora: é a autoridade que determinou a prática do ato ilegal; 
• Impetrado(a): é a autoridade para a qual foi distribuído o HC, seja juiz ou tribunal; 
• Detentor: é a pessoa que detém o paciente, quando distinta da autoridade coatora, 
podendo ser o Diretor do Presídio ou estabelecimento prisional onde o paciente 
está preso. 
Quando o habeas corpus é de competência dos juízes de primeiro grau, o 
procedimento está previsto no artigo 656. 
 
2.8 Dos recursos em habeas corpus 
 Os recursos cabíveis das decisões (concessivas ou denegatórias) em habeas corpus 
estão previstos no Código de Processo Penal em sem artigo 581, X, quando denegar ou 
conceder o HC, e no artigo 574, I que prevê o reexame necessário. Na seara constitucional, 
através do Recurso Ordinário, na forma dos artigos 102, II “a” e 105, II, “a”. 
O prazo para a interposição do recurso é de 05 dias, devendo as razões acompanhar o 
recurso, na forma do regimento interno do STF. 
 
3 REVISÃO CRIMINAL 
3.1 Conceito 
 Conceitua-se como ação autônoma de impugnação para desconstituir-se a coisa 
julgada, em situações em que a sentença condenatória esteja eivada de grave erro judiciário. 
Somente caberá a impugnação por parte do condenado, não sendo possível quando houver 
absolvição baseada em grave erro judiciário. Daí a assertiva de que somente caberá revisão 
criminal pro reo, não sendo possível em favor da sociedade, por meio do Ministério Público. 
 
3.2 Cabimento 
 Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: A expressão processos findos 
deve ser interpretada no sentido de existência de uma sentença ou acórdão penal condenatório 
transitado em julgado. Vale salientar, que não cabe revisão criminal em sentença absolutória. 
 I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à 
evidência dos autos: significa uma contrariedade nas normas, seja material, processual, 
Constitucional ou qualquer outro ato normativo. Já em se tratando da dimensão da 
contrariedade entre a decisão condenatória e o contexto probatório, a reabertura da discussão 
situa-se na dimensão probatória, e não apenas jurídica, como no caso anterior. 
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou 
documentos comprovadamente falsos: a decisão acerca do caso penal está contaminada, pois 
se baseou em depoimentos, exames ou documentos falsos (portanto, o vício é de natureza 
penal, na medida em que essas falsidades constituem crimes autônomos). Essa prova 
penalmente viciada acaba por contaminar a sentença, que deve ser rescindida. 
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado 
ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena: são novas porque 
não haviam sido introduzidas no processo, sejam preexistentes ou supervenientes; também 
consideramos novas as provas as que tenham sido aduzidas, mas que tenha ficado de fora da 
decisão, como às vezes ocorre. 
 
3.3 Prazo 
A revisão criminal não possui prazo legal para a sua interposição, podendo ser 
proposta a qualquer tempo, mesmo que já exista decisão transitada em julgado ou pena 
extinta, na forma do art. 622, CPP. 
 
3.4 Legitimidade 
O artigo 623, CPP permite que o acusado, seu defensor ou, no caso de morte do réu, 
pelo seu cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, deixando claro que ela pode ser proposta 
ainda que a pena já tenha sido extinta pela morte do agente, na forma do art. 107, CP. Deve

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