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Semiologia Médica Profa. Jamille Hemétrio • Processamento eficiente dos líquidos e nutrientes ingeridos. • Eliminação dos resíduos não digeridos. • Especificar características e localização – Dor aguda? Localizada? Sensibilidade ao frio e calor? Acidos, doces? • Principal causa dor: dentes cariados • Outras causas: – abscessos - pus – lesões de mucosa – osteomaxilares – neurológica (ex: algia do glossofaríngeo) • Odor bucal desagradável (mau hálito) • Percebido por pessoas próximas • Requer avaliação cuidadosa do sistema digestivo, respiratório, pele, mucosas. • Higiene bucal deficiente • Uso de prótese • Tabagismo • Uso de alho, cebola e condimentos • Acúmulo de cáseum nas criptas tonsilares • Língua saburrosa • Lacerações na escovação • Processos inflamatórios • Tonsilites*** • Ulcerações • Infecções • Cetoacidose • Insuficiência hepática • Insuficiência renal • Jejum prolongado • DRGE • Divertículo esofágico • Lesões obstrutivas do esôfago • Bronquiectasias e abscesso pulmonar Halitose Halitose / disfagia/ regurgitação diver3culo de Zenker • Diver3culo faringoesofágico é uma herniação da mucosa da parede posterior do hipofaringe Triângulo/deiscência de Killian: área de fraqueza natural – local mais comum do DZ Exame físico da boca Examina-se a face de frente e de perfil Palpação das cadeias linfáticas - Doenças infecciosas – linfadenopatia Oroscopia Oroscopia Inspeciona e palpa-se a mucosa labial superior e inferior Observamos Dentes Gengiva (coloração e presença de lesões) Mucosas das bochechas Desconforto, dor Gongylonema pulchrum Inspeção da Cavidade Oral Oroscopia Exame da língua Procede-se na inspeção e palpação de suas faces: dorso, ventre e borda. Observa-se a presença das papilas Observar o frênulo lingual. Oroscopia Com a boca totalmente aberta e a língua abaixada, podemos observar os palatos duro e mole. Na linha mediana, logo abaixo do palato mole, encontramos a úvula que pode estar hipertrofiada. Caseum x amigdalite História clínica e análise dos sintomas são tão importantes que permitem estabelecer o provável diagnóstico em 80 % dos casos. Principais queixas: disfagia, odinofagia, pirose, dor esofágica e regurgitação. • Dificuldade à deglutição • Reflete uma dificuldade no transporte do bolo alimentar da faringe para o estômago. • Pode ocorrer no início da deglutição, ou seja, na transferência do alimento da boca para o esôfago (fase orofaríngea) ou na condução do bolo alimentar até o estômago (fase esofágica). • Disfagia orofaríngea (ou de transferência) • Disfagia esofagiana (ou de condução) • Há dificuldade em iniciar a deglutição, se engasga ao tentar deglutir (regurgitação nasal, aspiração traqueal seguida de tosse), tanto para sólidos quanto para líquidos. • O alimento permanece na cavidade bucal • Sensação de desconforto referido na garganta (disfagia cervical). • Outros sintomas comuns: sialorréia e disfonia • Etiologia – Distúrbios que afetam os músculos esqueléticos ou a porção do sistema nervoso necessária para o controle voluntário (fase oral) e involuntário (reflexo) da deglutição. • Distúrbios funcionais • Causas Neurológicas: esclerose múltipla, doença cerebrovascular, esclerose lateral amiotrófica, parkinsonismo. • Causas Musculares: miastenia gravis, dermatopolimiosite Dermatopolimiosite: Disfagia Transferência Sd Plummer Vinson ou Síndrome de Paterson Kelly ou disfagia sideropênica A síndrome de Plummer-Vinson é uma condição rara, caracterizada pelos achados de: anemia ferropriva, disfagia cervical e membranas esofágicas. Fundação Getúlio Vargas - 2015 Senhora de 58 anos, magra, pálida, com dedos em forma de colher, unhas quebradiças e mucosa oral atrofiada é levada ao consultório médico pela filha que morava no exterior e não a via há 8 anos. Ficou extremamente preocupada com seu aspecto, principalmente ao perceber que a mãe apresentava grande dificuldade para deglu]r. A paciente nega e]lismo ou tabagismo. Viúva há 12 anos, aposentada há 10, mora só e sempre se alimentou mal, mas desde a par]da de sua filha para o exterior perdeu completamente o interesse pela comida. A hipótese diagnós]ca mais provável é Síndrome: a) de Peutz-Jeghers; b) de Ogilve; c) de Plummer-Vinson; d) de Mallory-Weiss; e) Demencial. • A dificuldade está no transporte dos alimentos pelo esôfago até o estômago. • É relatada como uma sensação de interrupção e estagnação do bolo alimentar no esôfago - o paciente se sente “entalado”, embora não consiga definir exatamente o nível da obstrução. • Tanto para sólidos quanto para sólidos e líquidos • Evolução: intermitente ou progressiva; recente ou antiga • Somente sólidos sugere obstrução mecânica do esôfago (ex: estenose péptica, neoplasia ou impactação de alimentos). • Sólidos e líquidos = obstrução mecânica muito severa, ou distúrbio motor do esôfago, neurológico ou muscular (ex: acalásia, espasmo esofagiano difuso, esclerodermia). Acalásia – disfagia condução • Perda dos neurônios do plexo m i e n t é r i c o d o e s ô f a g o , principalmente inibitórios • T. cruzi – megaesôfago Chagásico Megaesôfago • Sensação de uma obstrução na garganta, corpo estranho, que não interfere com a deglutição e usualmente desaparece com ela. • Ocorre, pelo menos uma vez na vida, em cerca de 53% das mulheres e 35% dos homens. • Os exames complementares são normais. • Não é necessário tratamento, apenas orientação. • É difícil iniciar o ato de deglutição? A deglutição é dolorosa? A dor desaparece nos intervalos? • Existe refluxo de alimentos ou tosse pós alimentar? • O alimento para no trajeto para o estômago? Onde? • Após o alimento parar você o regurgita ou ele desce? • Existe dificuldade de deglutição para líquidos e sólidos? A dificuldade vem piorando? • Você tem a sensação de algo na garganta ao deglutir? • Deglutição dolorosa • Sensação de queimação, dor constritiva ou em cólica que ocorre durante a deglutição • Resulta do contato do alimento com uma lesão ou espasmo da musculatura • Isolada ou associar a disfagia. • Sensação de queimação, na região retroesternal, entre o apêndice xifóide e o manúbrio, de duração variável, podendo irradiar-se para o abdome superior, garganta, regiões ântero-laterais do tórax e, raramente, para a mandíbula e membros superiores. • Principal manifestação DRGE!!! • Devido ação nociva do ácido gástrico na mucosa e espasmo da musculatura – insuf. do mecanismo que impede refluxo • Excesso de álcool, café, cigarro, gorduras, OBESIDADE • Volta do alimento à cavidade oral • Não é precedida de náuseas • Pode ser amarga (conteúdo bilioso), ácida (conteúdo gástrico) e putrefeita (alimentos que permaneceram dias ou horas no esôfago – ACALASIA, p.e) • Ocorre quase sempre após as refeições; obs Zenker! • Decorrente da contração rápida e involuntária do diafragma. • Pode ser causado por inúmeras patologias de origem central, irritação do nervo frênico ou irritação direta do diafragma. • Ocorre no megaesôfago e hérnia hiatal • Retroesternal, constritiva (tipo anginosa). • Independe do ato de digerir muitas vezes • Resulta da distensão da parede do esôfago ou espasmo muscular ou mudanças no pH intraluminal. • DD com dor isquemicacardíaca EXAME FÍSICO - ESÔFAGO Normalmente é inacessível ao exame direto!! Exame físico geral pode fornecer dados úteis ao diagnóstico das doenças esofágicas. Ex: Estado nutricional Exame de pele e mucosas Alterações do SNC Anamnese fornece mais dados que o exame físico. Inicialmente é importante o relato espontâneo do paciente, depois perguntas que definam: duração exata, manifestações iniciais, características dos sintomas, caráter e irradiação de dor, mudanças de intensidade dos sintomas no tempo e com as refeições, repercussões sobre capacidade laborativa e disposição do paciente • Caracterizar adequadamente os sintomas. • Avaliar história familiar (ex: úlcera péptica, Ca gástrico) • Uso de medicamentos (ex: AINES) • Lembrar da possibilidade de sintomas psicogênicos. • Sintoma mais frequente. • Dor visceral típica, em região epigástrica, é a apresentada pela grande maioria dos pacientes com úlcera péptica • alivia com a ingestão de alimentos e piora nos períodos pós-prandiais tardios • Principal causa: UP – EPIGASTRICA, DESPERTA NOITE, ALIVIA COM ALIMENTOS • DISPEPSIA • Outras causas: – câncer gástrico, – gastrite aguda, – duodenite, – dispepsia funcional, – parasitoses (Strongyloides stercoralis) • Náuseas: desejo iminente de vomitar • Resultante de atividade motora desordenada do trato digestivo e antiperistalse do duodeno • Pode vir acompanhado de distúrbios da atividade autonômica: salivação, palidez, sudorese, hipotensão, bradicardia • Vômitos: expulsão violenta do conteúdo gástrico • Vômitos – podem causar alcalose metabólica, desidratação, ruptura esofágica (síndrome de Boerhaave) ou laceração linear da mucosa esofágica (Mallory- Weiss) • Causas: – obstruções (estenose de piloro, CA), metabólicas (cetoacidose, uremia), gravidez, bulimia, estase... 2008-Hospital Universitário Polydoro Ernani São Thiago A síndrome da perfuração espontânea do esôfago (Boerhaave) ocorre mais freqüentemente: a. ( X ) Nos 3-5 cm acima da junção esofagogástrica. b. ( ) No esôfago superior, abaixo do cricofaríngeo. c. ( ) No esôfago superior, acima do esnncter esofagiano superior. d. ( ) No esôfago médio, nas proximidades da bifurcação brônquica. e. ( ) No esôfago abdominal, abaixo do esnncter esofagiano inferior. 2016 – Fundação Hospitalar de Terezina – Cirurgia geral Paciente e]lista pesado crônico, após episódio de libação alcoólica apresentou diversos vômitos e depois apresentou subitamente dor torácica muito intensa. Foi de imediato à emergência e lá o plantonista, após descartar eventos isquêmicos cardíacos, decidiu solicitar TC de tórax para descartar um aneurisma dissecante de aorta. Este exame mostrou apenas um pneumomedias]no. Sua hipótesediagnós]ca principal seria: a) Síndrome de Mallory-Weiss. b) Pneumotórax hipertensivo. c) Síndrome de Boerhaave. d) Ruptura de varizes de esôfago. e) Trombose de veia supra-hepá]ca com embolia pulmonar. • Grego: Dys – mal Pepsia – digestão • Síndrome caracterizada por dor e/ou desconforto abdominal, persistente ou recorrente localizado no andar superior do abdome. • Tipo: a) desconforto pós-prandial » Saciedade precoce e plenitude pós prandial, piora com alimentação b) síndrome de dor epigástrica Tipo ulcerosa, melhora com alimentação • Sangramento proximal ao ângulo duodenojejunal (ligamento de Treitz) – Hematêmese: vômito com sangue – Melena: sangue digerido nas fezes (fezes escuras) – Hematoquezia ou enterorragia Hematêmese • Laceração esofágica? • Doença hepá]ca – coagulopa]a? Cirrose? Varizes esôfago? • Ulcera perfurada? • Neoplasias? • Uso de an]coagulantes? An]nflamatorios? • Hemop]se maciça – origem vias aéreas inferiores – diferenciar -- tosse Hematemese x hemop]se x melena EXAME FÍSICO ESTÔMAGO E DUODENO Inspeção: - Pode revelar tumores epigástricos (abaulamentos) - Peristaltismo visível – obstruções Palpação: Estase – vascolejo Dor Tensão
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