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Microbiologia clínica Dágilla Cerioli e Samanda Ziani Corynebacterium diphtheriae UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE CURSO DE FARMÁCIA Difteria Difteria (ou crupe) é uma doença respiratória infectocontagiosa, causada pelo bacilo Corynebacterium diphtheriae que se instala nas amídalas, faringe, laringe, nariz e, em alguns casos, nas mucosas e na pele. Agente Etiológico Corynebacterium diphtheriae Hospedeiro/ reservatório Bactéria que produz toxina. Homem doente ou portador assintomático. • Toxina diftérica • O período de incubação costuma durar de um a seis dias. A enfermidade é mais prevalente na infância, em geral, se manifesta depois de resfriados e gripes nas crianças que não foram imunizadas Manifestações clinicas • Membrana grossa e acinzentada cobrindo a garganta e amígdalas • Mal-estar • Dor de garganta • Febre • Corrimento nasal • Manchas avermelhadas na pele Manifestações clinicas • Edema de pescoço • Toxemia • Prostração e asfixia sinais que sugerem o agravamento da infecção • A inflamação da epiglote que fecha no momento da deglutição Crianças com a epiglote inflamada ficam muito abatidas, com os lábios ligeiramente azulados, têm febre alta e, às vezes, dificuldade para deitar-se ou engolir saliva. Manifestações clinicas Os sintomas da difteria se agravam à noite. Sua respiração: a inspiração é marcada por um chiado estridente e a expiração, por tosse áspera. Miocardite (arritmia e insuficiência cardíaca), neuropatia (visão dupla, fala anasalada, dificuldade para engolir, paralisia) e insuficiência renal são complicações graves que podem ocorrer em qualquer fase da doença. Transmissão A transmissão ocorre pelo contato direto com a pessoa doente ou com portadores assintomáticos da bactéria, através de gotículas eliminadas pela tosse, pelo espirro e ao falar, ou pelo contato com as lesões cutâneas. Identificação da bactéria Microscopia – Coloração pelo Albert Laybourn e Gram. Fazer 04 esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Deixar secar ao ar. As amostras de secreção colhidas em lâminas devem ser enviadas em esfregaço dentro de frasco de citologia seco. Amostras Secreção de orofaringe, nasofaringe, lesões cutâneas Cultura A cultura confirma o achado da bacterioscopia através do cultivo do microrganismo em meios ágar sangue (ASCT) O diagnóstico definitivo de Corynebacterium diphtheriae é dado pela identificação bioquímica, baseada na fermentação de açúcares, hidrólise da uréia, redução do nitrato, oxidase e catalase. Tratamento Antitoxina, injetado em uma veia ou no músculo. O medicamento neutraliza a toxina da difteria que já circula no corpo Antibióticos, como a penicilina ou eritromicina. Bepebem, ciprofloxacino, doxiciclina A equipe médica também podem remover algumas das membranas que se formam na garganta, caso elas estejam obstruindo a respiração. O paciente deve ser afastado do convívio com outras pessoas acabou