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Constitucional G2
Controle de Constitucionalidade
Comparação entre essas normas e as exigências constitucionais, percebendo se os requisitos determinados pela Constituição foram observados naquele procedimento - seja na elaboração, seja no seu conteúdo -.  Isso acontece na medida em que a Constituição é o topo do ordenamento jurídico e funciona como o grande parâmetro. Nosso formato de Controle não é o único, há outros ao redor do mundo. Então, temos a possibilidade de primeiro lugar de esse controle ser feito por diferentes órgãos: 
 Político: Órgão que garante supremacia é diferente - Diz respeito aos ordenamentos jurídicos que esse controle é feito num tribunal fora do poder judiciário. Exs: URSS - Soviete supremo,que era o Parlamento da União Soviética, alterava a Constituição sem maiores formalidades; Experiência francesa, tinha um tribunal administrativo de contrle de constitucionalidade, toda vez que suscitava uma questão de constitucionalidade se encaminhava para esse órgão administrativo (pesquisar, não tem certeza); Inglaterra tinha como ultima instancia do seu poder judiciário feita dentro da Camara dos Lordes e desde 2010 eles contam com uma Suprema Corte.
Jurisdicional: Controle de constitucionalidade feita pelo poder judiciario. Esse controle jurisdicional foi produzido/elaborado também pelos juristas americanos,
 Misto: Tem a possibilidade de controle político e jurisdicional, conjuga essas duas possibilidades em momentos distintos.
Preventivo: O preventivo é feito antes daquele projeto de lei antes de ingressar no ordenamento jurídico. Executivo: Art 68 paragrafo 1 CF - P.L , e legislativo - CCJ (Comisão de Constituição e Justiça) - PEC
 Repressivo: (pelo PJ): Feito do processo legislativo em que aquele ato é elaborado.
- Difuso: 1803 - Madixonx Marbury
Exame de constitucionalidade não é alvo prinicipal
Art. 52, X, CF
Criado pelo proprio poder judiciário americano. A constitucionalidade de uma lei pode ser onferida por qualquer membro do judiciario - caracteristica do poder difuso. Agora, a constitucionalidade da lei nao é o alvo principal da ação, para resolver o caso o juiz vai ter que enfrentar esse tema - incidencia de uma determinada lei em um caso concreto -, logo, se ele entende que a lei é constitucional ele vai fazê-la incidir ela naquele caso, caso ao contrario, ira afastar. Incidencia ou não em um determinado caso concreto. É algo que qualquer membro do poder juiciario pode fazer. 
- Concentrado: Ações
 ADI genérica - Art. 103 CF; ADI por omissão - normas constitucionais de eficácia limitada; ADC: Objetivo - presunção relativa -> presunção absoluta; ADPF
Mutação Constitucional - Consiste em uma alteração do significado de determinada norma da Constituicao, sem observância do mecanismo constitucionalmente previsto para as emendas e, alem disso, sem que tenha havido qualquer modificação de seu texto. Esse novo sentido ou alcance do mandamento constitucional pode decorrer de uma mudança na realidade fática ou de uma nova percepção do Direito, uma releitura do que deve ser considerado ético ou justo
Rigidez: Imutável unidade X Estabilidade
Processo de mudança: acomoda as normas constitucionais à realidade
Formais: Revisão e reforma (pela via das emendas) - a via formal se manifesta por meio da reforma constitucional, procedimento previsto na própria Carta disciplinando o modo pelo qual de seve dar sua alteração. De tal circunstancia resulta a rigidez constitucional, já que tal procedimento se dará de forma mais complexa que a edição da legislação ordinária. 
Informais: Mutação constitucional – mecanismo permite a transformação do sentido e do alcance de normas da Constituição sem que se opere qualquer modificação do seu texto. 
 É um instituto importado do direito americano visto que os EUA possuem uma Constituição sintética que está há muito tempo em vigor, diante deste quadro, ela acaba não dando conta da realidade e precisa de atualização sem que isso signifique uma completa mudança do texto.
 Flexibilização das Constituições rígidas: É um mecanismo que se entende hoje em dia até mesmo das chamadas Constituições rígidas.
Sem procedimento formal, sem atingir “letra da lei”: É um instituto perigoso porque ao se flexibilizar essas constituições rígidas sem alteração da letra da lei, isso significa que é uma transformação do sentido da norma constitucional sem que o dispositivo normativo passe por essa transformação. Em outras palavras, podemos dizer que a mutação é uma alteração da norma constitucional sem que isso decorra de um procedimento formal no qual a gente altera a redação da norma.
Argumento da adaptação: Os juristas vão tentar criar alguns critérios para determinar quais são as mutações permitidas, o argumento que prepondera no tema é a necessidade de adaptação a realidade social que já não é mais a mesma da elaboração da constituição, por isso que é um instituto que a gente importa do direito americano porque lá é mais perceptível essa necessidade na medida que é uma Constituição sintética, que traça linhas gerais mas nada tem a ver em termos de organização o que as Constituições do século 20 trouxeram para os Estados.
Para ser aceita: Além disso, eles vão dizer que a mutação pode ser aceita sim desde que ela não seja um afronto ao texto constitucional. Então, a mutação não pode contrariar a Constituição, este é o sentido. Deve ter lastro democrático, corresponder a uma demanda social efetiva por parte da coletividade, estando respaldada pela soberania popular. 
 Fundamento, “poder constituinte difuso”, não cessa de agir: O fundamento para esse procedimento é o reconhecimento de um poder constituinte difuso porque ele esta organizado em um momento síntese de uma nova constituição, cabe portanto ao povo, que sempre tem a capacidade de pleitear essas adaptações. Ela seria reflexo desse poder constituinte difuso na qual todo cidadão acaba tendo uma parcela. Esse poder constituinte difuso nunca está encerrado, ele está em plena atividade e as mutações precisam ser reflexo dessa atividade.
Tipos: 
1. Atos de complementação constitucional: 
Atos do poder público para complementar as normas- São mecanismos que o poder público tem de concretizar as normas constitucionais, existem determinadas normas que por si só não conseguem, não dão conta de produzir plenamente seus efeitos.
Leis, atos do executivo, políticas públicas- Então, os atos do poder publico que dariam conta de produzir esses efeitos seriam considerados uma espécie de mutação. Pode ser pela via do legislador, um ato do poder executivo com objetivo de implementar uma política pública.
Validade: Expandem normas que precisam de integração. Ex. ART. 14, parágrafo 9, CF e art. 196 CF. Fato do próprio parágrafo 9 indicar que isso vira pela via da legislação, no caso a lei complementar. Não precisa ser só pela via da lei, um outro exemplo para ilustrar é o ART. 196 que está dentro do direito à saúde, o dispositivo é mais amplo e faz menção à atos do executivo para promoção da saúde. Se temos uma lei ou um ato do executivo que concretize esse dispositivo constitucional que precise de atos para concretizar sua eficácia, temos um ato de complementação.
Objetivo da integração: Colocar norma em funcionamento - Nesse sentido, as omissões do poder publico que não concretizam essas normas também poderiam ser identificadas como inconstitucionais.
2. Interpretação e construção constitucionais: 
Quanto a interpretação: 
Não pode ser incorreta, pois é inconstitucional. Modo de compreensão do objeto - objeto se transformou. Para que ela seja incorporada como uma mutação ela precisa ser válida, sempre é o critério de estar compatível  com a Constituição. O modo de compreensão do objeto pode ser alterado. O grande exemplo dessa técnica é justamente a constituição Americana que sobrevive na alteração no sentido da norma constitucional. Não é a toa que eles construíram com base na emenda igualdade, alterou o sentido de igualdade - como ela estava consagrada, passava a ser interpretada-. Exemplo brasileiro também recebe que é da União estável, no nosso dispositivo constitucional no ART. 226, parágrafo 3. Houve uma mudança nesse poder constituinte difuso, esse tipo de união era muito difícil de ser reconhecido. Há re-significação de um instituto já tutelado no ordenamento jurídico.
Quanto a construção:
Neste caso cria um novo instituto. Esse instituto de controle de constitucionalidade não existia na Constituição Americana positivado, para o direito americano quem cria é o Presidente da Suprema Corte; no Brasil há a criação da Doutrina Nacional do Habeas Corpus. O HC começou a ser utilizado no século 20, expandiu o uso e cria o mandato de segurança. Cria a partir do alargamento do H.C. É uma inovação do sistema brasileira, doutrina nacional do H.C criou e construiu um novo instituto de direito constitucional que enquanto não está positivado ele tem sua origem na mutação constitucional, hoje em dia já está incorporado.
3. Práticas convertidas em convenções constitucionais:
Precedentes pliticos que interferem no significado de preceitos constitucionais. Ex: Sistema inglês. Muitas vezes são afrontas diretas ao texto constitucional. São praticas políticos e sociais que vão, no sentido contrario do que a Constituição diz. Isso é próprio do sistema inglês devido a suas características (histórica, conjunto de práticas não sistematizadas).
Tipologias e Aplicabilidade das normas constitucionais
Eficácia: Obs. Sobre ausência de eficácia. 
Eficácia plena: 
- Constituição entra em vigor = produção de todos os efeitos jurídicos
- Doutrina clássica americana X Doutrina atual: eficácia plena e aplicabilidade imediata
- Regra geral de distinção: norma completa = contem elementos e requisitos; continham vedações; confiram isenções e imunidades; não indiquem processos especiais; não exijam elaboração de novas normas. Ex. Art. 15 (ate direitos políticos), Art. 44 p.u.; Art. 45; Art. 46 $1; Art. 60 $3 e Art. 76.
Eficácia contida:
- Boa parte = outras legislações
- Elementos de restrição diferentes da lei: ordem pública, segurança pública, integridade nacional, necessidade/utilidade pública, etc. 
- Regra geral distinções: intervenção do legislador para restringir eficácia; eficácia plena e aplicabilidade imediata; conceitos ético – jurídicos para limitar; outras normas constitucionais podem afastar. Ex. Art. 5, VIII XIII IV VI ; Art. 123 $1; Art. 15, IV; Art. 136 e Art. 142
Eficácia reduzida/limitada:
- Aplicabilidade reduzida/limitada
A)Normas de legislação: sem conteúdo ético/social, parte organizativa da Constituição e normas pragmáticas e de legislação (Art. 203, V)
B) Normas pragmáticas: princípios/ finalidades = declaração de princípios muitas vezes não há imposição ao legislador a tarefa de legislar. 
Interpretação das normas constitucionais
Fundamento: interpretar é atribuir sentido, aos mais variados enunciados.
Objeto da interpretação: é o enunciado normativo, ou dispositivo normativo. Ex. Incisos, caput e etc. Pode ser um dispositivo especificamente ou um conjunto.
 
Norma jurídica – fruto: A norma jurídica eh fruto da interpretação, surge dps de passar pela interpretação. Eh surgida através da atribuição de sentido. Não eh objeto, eh fruto da interpretação. A norma eh o resultado final desse trabalho. 
Tem processos mais simples e mais sofisticados que vão construir dados novos para o nosso direito. Em regra o trabalho do juiz eh um trabalho que está apoiado na técnica mais simples. As questões difíceis estão num momento posterior, não eh o tempo inteiro que o juiz julga casos difíceis. 
As formas clássicas de interpretação: Ha uma coletânea de formas de interpretação, que são as já consolidadas ha certo tempo. (Gramatical, histórica, sistemática e teleológica). São formas clássicas, pois já estão consagradas. 
Gramatical/ literal / semântica: 
- Conceitos contidos no enunciado: preocupação com o sentido dos termos, q são trazidos no dispositivo normativo. Conjuga os termos, tentando extrair assim o significado e dar sentido a eles. Eh a mais basilar. Não eh ultrapassada, ainda eh utilizada mesmo que o juiz não faça menção a ela. 
- Típica do sistema Romano- Germânico: Relacionada à técnica de subsunção = aplicar o fato a norma. Eh a forma mais direta de resolver o caso concreto. Metodologia usada na hermenêutica constitucional, típica do sistema romano germânico. A preocupação primordial do nosso sistema eh o direito material, na medida em que ele eh o perfeito espelho do que uma sociedade tem como justo. 
OBS. Comportamento do interprete não é restrito a abordagem conceitual: O intérprete não vai estar restrito somente a essa abordagem, somente a busca pelo significado. Na jurisprudência o que hj em dia se tem eh a conjugação dessas técnicas, eh difícil aparecer só 1 delas. São usadas duas pelo menos. Essa questão começa a ficar mais aparente qnd se tem o conceito de textura aberta, ou seja, não tem um significado objetivo apenas. Ex. Dignidade da pessoa humana, Moralidade, Capacidade contributiva = possibilidade que cada um tem para contribuir com a redistribuição de bens (Principio do imposto de renda).
- Possibilidades semânticas -> ponto de partida: Esses conceitos de textura aberta vão dar mais trabalho ao juiz, pois tem muitas possibilidades semânticas. Essas possibilidades são o ponto de partida para o intérprete, que deve criar critérios mais objetivos para que extraia um sentido só dentre essas possibilidades.
Histórica: 
- Common Law: Barroso diz que é característica própria do common law, pois no sistema romano germânico a vontade do legislador não importa tanto. (Mas a professora discorda, pq na verdade o sistema de common law é ignorante da vontade do parlamento, é uma briga entre o parlamento e poder judiciário. ) 
- Maior relevância: atribuição de sentido da vontade original. Essa interpretação consiste na observância do contexto econômico/ social, que estava ali presente na época da legislação, ou atual, que pode ser diferente da anterior. A tendência é olhar para o contexto da legislação, a razão de ser daquela norma. 
- R- G: trabalhos legislativos e intenção do legislador não seriam decisivos. Ex. questão da união estável homoafetivo = nao era a intenção de o constituinte originário reconhecer essa união, mas atualmente os ministros ja reconheceram, atualizaram, pois ha uma demanda social sobre esse tema. A legislação pode ser resignificada.
Sistemática: 
- Ordem jurídica: Se preocupa com o todo da ordem jurídica. Impede (ou deveria) o juiz de olhar um dispositivo normativo solto do ordenamento. Deve ter uma leitura integrada desses dispositivos. O ordenando jurídico vai ter como ponto de união a constituição, eh o fator comum. A constituição como um sistema normativo integrado que da unidade ao ordenamento jurídico. Todo o ordenamento deverá observar oq decorre da constituição. 
- Direito não suporta contradições / antinomias: precisa arrumar critérios para resolver essas aparentes contradições do sistema jurídico. 
Técnica sistemática é mt utilizada no controle de constitucionalidade, muitas vezes para impedir que uma lei saia do ordenamento jurídico. Se uma lei for lida de uma determinada maneira ela está integrada no ordenando jurídico. 
- Substituição de sistemas: Normas constitucionais anteriores, a constituição derruba o sistema antigo e aplica o novo. 
- Normas constitucionais incompatíveis: Se forem normas incompatíveis tudo está absolutamente revogado do ordenamento, e oq for compatível eh recepcionado. Mas tem novo fundamento. Ex. Cc 16, conviveu durante mt tempo c a const de 88. 
Teleológica: 
- Finalidade: É mt utilizada, juntamente com a sistemática. É a interpretação que busca o objetivo da legislação, a finalidade. Preocupa-se com o sentido específico que pode atribuir ao significado para que ele possa contribuir com a finalidade Ex Art 4 CF. 
 
 Princípios fundamentais: premissas conceituais/ metodológicas no processo do intérprete. Aquilo que deve mediar a aplicaçãodas técnicas de interpretação, aquilo que o intérprete deve considerar.
 
Supremacia da constituição: o intérprete que vai aplicar a norma constitucional precisa entender que no plano normativo brasileiro a constituição está no topo. Principio fundamental para nortear as técnicas de interpretação.
 
- Superioridade hierárquica: constituição no topo. 
- Refunda do Estado: todos os procedimentos vão dever obediência a constituição.
-Fiscalização judicial: poder judiciário é um dos guardiões da constituição, feita pelo poder judiciário.
 
Presunção de constitucionalidade das leis: como a constituição eh refundação do estado, não pode se presumir que os poderes públicos vão atuar sempre contra a constituição. Mas ao contrario, que tentam respeita - lá. Parte do pressuposto que o poder público e o processo legislativo vão observar o conteúdo das leis e comparar com a constituição, e observar as normas constitucionais para administrar a ordem pública. Poder público atua pautado pela constituição, fundada na:
 
-Legitimidade democrática do legislador = três poderes interpretam ( consultam a constituição) Atribuições são legítimas pois foi dada pelo poder constituinte originário.
 
-Presunção "juristantum": pode ser desconstituída. Não eh absoluta, se ficar constatado pode provar que houve inconstitucionalidade de uma lei ou ato de ordem pública. 
 
Inconstitucionalidade não deve ser declarada: o poder judiciário não pode sair retirando normas do ordenamento jurídico, pois o poder legislativo é muito democrático. A inconstitucionalidade é então uma exceção, interprete precisa ser convencido que a lei eh inconstitucional. Só vai retirar a lei se provar: 
 
1. Inconstitucionalidade não for inequívoca: se eh óbvia, se tenta impedir a livre manifestação, por exemplo. Precisa ser muito flagrante. 
 
2. Possibilidade de decisão por outro fundamento = de forma a evitar invalidação de ato de outro poder. Se o objeto daquela lide pode ser decidido por outras demandas que não havia na declaração de inconstitucionalidade o intérprete deve optar pela outra via. Forma menos gravosa eh preferível. 
 
3. Interpretação alternativa possível: se houver uma interpretação que torne a legislação constitucional deve usá-la, tentativa de o intérprete salvar a lei. 
- principio da interpretação conforme a constituição
- principio da razoabilidade e proporcionalidade = proteção aos direitos fundamentais. São usados como sinônimos, mesmo tendo origens diferentes. O principio da razoabilidade eh decorrente da common law, e a aplicação eh muito impactante para o judiciário brasileiro. Usa determinadas habilidades da razão humana para afastar ou aproximar um caso do outro. A proporcionalidade vem do sistema romano germânico, traz requisitos para serem observados. Preocupa-se diretamente com o resguardo dos direitos fundamentais. Critérios para medir o impacto das ações da administração pública. Requisitos esses para:
 
Invalidação de atos administrativos ou poder legislativo quando: 
 
a) Inadequação entre fim perseguido e o instrumento empregado: se um instrumento empregado para alcançar uma determinada finalidade, veio através de um meio inadequado , sera violado o principio da proporcionalidade. 
 
b) Existência de meio menos gravoso para mesmo resultado ( vedação excesso): Ex. Desapropriação desnecessária e sem medida. Esta prevista na lei, porém eh um meio muito gravoso. Existe uma forma de realizar obras de modo a nao desapropriar tantos moradores? Se tiver, deve ser utilizado. 
 
c) Se custos supram benefícios: se o que a sociedade civil lucra com isso, no fim das contas supera o impacto negativo. Ex. Escola perto do Maracanã que seria destruída, mas acabou sendo preservada, pois os frequentadores da escola perderiam muito. 
 
Principio da efetividade: 
-Aproximação entre dever ser e realidade social: plano normativo e realidade social. Ajuda a fundamentar a interpretação teleológica, pois se preocupa a atingir a finalidade da lei. 
-Compromisso com efetividade da constituição: do próprio texto constitucional. 
 
Novos paradigmas e categorias de interpretação
- tradicionalmente: ênfase na norma jurídica 
- contemporaneamente: olhar para o caso concreto, para o problema. A norma é o inicio da solução, para que se consiga atingir uma solução mais satisfatória deve-se perceber o impacto dessa norma no caso concreto. 
Atrações no paradigma 
Cultura jurídica pós-positivista no período do pôs 2 GM = Ganhou caráter de neo constitucionalismo, que defende uma importância dos princípios. Não necessariamente aplicação direta, mas ler à lei a luz dos princípios. Principio é o valor positivado.
Característica desse modelo pós positivista: 
- Direito e moral: não ha tanta diferenciação entre direito e moral 
- Direito e filosofia política: não ha mais uma separação entre direito e filosofia política 
- Direito e ciências sociais aplicadas: não ha mais uma distinção perfeita entre direito e ciências sociais aplicadas 
 
- ascensão do direito público e centralidade da constituição: ajuda a dinamizar mudança de paradigma. Estimula o intérprete a aplicar o direito a olhar para outras áreas do saber e extrair então valores que estão diluídos na sociedade e ajudar a interpretar o direito. Trazendo uma solução não só legal, mas justa. 
 
- casos difíceis: categorias para lidar com situações complexas. Casos que o ordenamento jurídico não consegue resolver de forma direta. Surgimento dos casos difíceis, o séc. XX aqueceu as trocas culturais e isso faz com que as pessoas circulem cada vez mais, e mais facilmente se tenha pluralidade de sociedades com valores distintos. Os problemas sociais passam a ser mais sofisticados. 
 
O que gera caso difícil? 
1. Ambiguidade da linguagem: princípios e conceitos indeterminados e vagos (eficácia/ solidariedade/ ou com plurisignificados. Ex. caso do tributo).
 
2. Desacordos morais razoáveis: razoáveis pq devem estar dentro do parâmetro do ordenamento brasileiro. São pensamentos distintos sobre um tema - sociedades plurais. 
Ex. Descriminalização de drogas, aborto, recusa de transfusão de transfusão de sangue 
 
3. Colisões de normas: colisões de direitos constitucionais e direitos fundamentais 
* ponderação - valoração no caso concreto: permite a tutela dos dois direitos e vai ser resolvido no plano do caso concreto. Juiz analisando as circunstâncias vai definir o que vai prevalecer naquele caso. 
Formas e sistemas de governo constitucional 
Formas de governo: diz respeito a estrutura de poder e as relações entre órgãos que exercem o poder. 
Tipologias clássicas: 
Aristóteles – tem uma divisao muito divulgada, de triparticao, dividade em tres possibilidades de gorverno. Nao sendo uma possibilidade melhor que a outra, mas permitem o desvio dessa forma de governo. Traz um criterio quantitativo, ou seja, depende do numero de governantes exercendo aquele cargo: Monarquia (tirania) diz respeito ao exercicio do poder sendo concentrado na mao de um individuo, em regra é um criterio hereditrario, concepcao de imperador surge quando ha uma ruptura com o criterio sanguineo. Nem toda monarquia vira tirania, mas quando se disvirtua, gera uma tirania, caracterizada pelo exercicio inadequado do poder por parte do governante. Quando ele nao cumpre as funcoes de um bom administrador. Essa administração dependera do tipo de sociedade. A Aristocracia (oligarquia) é como uma assembleia, um corpo que deve ter determinadas qualidades. O desvirtuamento da aristocracia é algo que a experiência brasileira já passou, com as oligarquias. Momento no qual a assembleia perde sua virtude, e deixa de fazer um bom governo, se pauta pura e simplesmente pelos seus próprios interesses, interesse pessoal daqueles que a compõe. E a Politeia (democracia) esse governo de toda cidadania, de um numero indeterminado de pessoas pode ter um lado virtuoso que é a politeia. A democracia é o descontrole completo, um governo das massas, sem qualquer lógica ou sentido. 
Maquiavel – entrandona era moderna, avalia duas possibilidades: Monarquia e Republica – exercicio do poder por um privilegiado, o cerne da questao é o predominio do interesse em relacao a coisa publica e nao uma confusao entre a pessoa do monarca e a extensao territorial e dos bens de todos (aristocrática e democrática – aposta na democracia, o poder é algo desejado por todos, entao quando se permite que todos partilhem desse poder a possibilidade de conflito diminui e isso garante uma auto gestao, uma facilidade maior de elaboracao do direito e do cumprimento das normas. Por isso que a democracia é muito defendida). 
Kelsen – Critica Aristóteles, pois ele se funda em elementos numericos, ao inves de observar o modo como Constituição regula produção do ordenamento jurídico. Pode ser de forma autônoma ( participação na producao daqueles que sofrem a incidencia desse ordenamento, seria a cidadania, regimes democráticos) ou heterônoma (autoritarismo, forma de producao que é imposta, de cima para baixo, nao tem nenhum vinculo com aqueles que vao sofrer as consequencias do ordenamento. O s cidadãos estao fora, a eles sao impostas as leis, apenas). Nao sao muito difundidas. 
Monarquia X Republica: (Maquiavel) forma de oposição mais sedimentada. A unica possibilidade de Monarquia seria a Parlamentarista. Essa relacao foi abalada, entao essa distincao que teoricamente é muito clara acaba ficando desestabilizada especialmente com as transformações. 
Transformações: 
Republica –“governo dos antigos”: Republica sempre foi atrelada ao governo dos antigos, assim como a democracia, pois a experiência conhecida era a da Grécia ou Roma. 
Republica na Constituição dos EUA -> Presidente: Quando o mundo moderno apresenta uma nova experiência de Republica, ha a Constituição dos EUA. Quem reinventa a democracia moderna, isso ja traz um impacto muito grande para o mundo moderno. Inventa também um novo instituto, que sera incorporado posteriormente em outros paises, o presidencialismo. A fundação desse presidencialismo se espelha no que era a Monarquia antes da imposição do Parlamento, mas essa figura é eleita, ou seja, posta no seu cargo de forma democrática. Afirmação da soberania popular. Olham para o regime monárquico e pensam num mecanismo de torna-lo uma democracia. O sujeito que é chefe de estado e de governo sera colocado no seu posto, com um prazo prévio/delimitado, no qual essa pessoa é destacada para o exercício dessa função. 
Monarquia – deslocamento de Poder: Rei –> Parlamento : Momento no qual o rei vai ter sua competência esvaziada em prol do parlamento, experiência inglesa. Começa então, um processo de democratização dessa Monarquia. A sobreposição se da no final do sec. XVII, e depois se perpetua pela Europa. 
Então: relação entre Poder de Governo e Parlamento (novo critério), a observação da Constituição. Essa separação demonstra como isso acaba polarizando o mundo ocidental. Vai sendo criada a distinção entre Presidencialismo e Parlamentarismo. 
 Presidencialismo: separação entre governo e elaboração de leis. Ação direta do Presidente da Republica (chefe de estado e chefe de governo – exerce a administração publica). No presidencialismo temos a separação entre a administração publica e a possibilidade da elaboração de leis (legislativo). Chefe de governo é quem exerce a administração publica. Essa figura vai ser diferente de quem elabora as leis.
Parlamentarismo: jogo de poderes recíprocos. Chefe de governo – eleição indireta. Chefe de Estado. No Parlamentarismo não ha uma separação abrupta entre as duas atividades, mas uma composição (jogo entre poderes, nos quais o chefe de governo vai gerir a coisa publica de fato). A questão do chefe de governo 'e que no parlamento ele é posto pela via indireta, o parlamente e eleito de forma direta, e este elege o chefe de governo. 
Formação Constitucional Brasileira
Republica no Brasil 
1 - Afirmação de concepção igualitária, incluindo os bens públicos: 
Art. 5, caput I, VIII, XXIII, XXVI, XXV, XXXVII, XLI, XXLII, LIII, etc. Art. 7o, XX, XXX, XXXIV, Art. 8, VII.
- Ética e Igualdade x "Discriminações odiosas": Igualdade na republica se dá em dois sentidos: entre aqueles que compõem o Estado e aqueles que possuem cidadania (não ha distinção, exceto em hipóteses de perda da cidadania ativa momentaneamente). Não ha tratamento diferenciado entre as pessoas que compõe o povo, e em relação ao uso dos bens públicos não ha diferenciação quanto ao seu uso. Bem publico 'e aquilo que 'e de todos e ao mesmo tempo não e de nenhum, não pode ser singularizado a um indivíduo. As discriminações odiosas precisam ser combatidas, não podem existir na republica. E aquela que se funda e que perpetua preconceitos que criam relações desvantajosas pra certos grupos minoritários. Ha também as discriminações positivas, que existem pra enfrentar as odiosas, que são as ações afirmativas, medidas compensatórias. 
Ordem Social e Ordem Econômica 
Art. 170 caput, incisos III, V, VII a IX
- Estado Laico e Isonomia: Art. 19, I CF. O Estado laico não privilegia nenhuma religião, sujeito pode exercer igualmente suas praticas religiosas desde que elas não firam a ordem constitucional. 
- Titularidade e destinação da coisa pública: ninguém 'e dono da coisa publica, ela é da cidadania, de todos, e algumas medidas são ação popular: Art. 5 LXXIIII, ação civil publica Art. 129, III CF e as associações, sindicatos e partidas -> Art 74 $ 2o CF.
2 - Distinção entre Patrimônio Público e Privado: 
- Art. 37 a 43 
- Concurso público (Art. 37, II a V e $ 2o) 
Licitação Art. 37, XXI, CF 
Dever de prestação de contas Art. 70 p.u. 
- preservação e devido o uso de coisa publica: autonomia do MP - tutela do bem publico (Arts 127 á 139) 
Principio republicano na constituição
1.Concepção igualitária de bem publico: bem publico é o que pertence a toda a cidadania de forma igualitária e ao mesmo tempo não pertence a ninguém. 
2.Distinção entre patrimônio publico e privado: tanto regimes republicanos quanto monarquias ha esse separação entre patrimônio publico e privado, ou seja, eles nao podem se confundir. O patrimônio público nao pode se confundir com o daqueles que exercem o cargos públicos, e deve ser observado o principio da impessoalidade. Ex As propostas enviadas nas licitações sempre sao desidentificadas pra evitar escolhas pessoais. 
3.Eletividade dos governantes e periodicidade de eleições/temporariedade de mandatos. Arts. 27, 28, 19, I e II, 32, $2 e 3, 45, 46,77: a eleição põe um ponto final nos mandatos, mostrando que os cargos estão à disposição de melhores propostas em relação a quem pode gerir a coisa publica. Concurso público é uma forma republicana de disputar os cargos públicos no Judiciário. No entanto, ha necessidade de eleições no Legislativo e Executivo. 
4. Responsabilidade politico-juridica de agentes públicos: consequências que podem ocorrer em caso de os servidores públicos não observarem os princípios republicanos.  Temos o impeachment, crimes de responsabilidade (são crimes que não são crimes, pois tem consequências político- administrativas, ex perda do mandato, etc, mas não são tipos penais, de modo que não ha consequência penal, exceto se estiverem previstos no Código Penal (somente poucos estão)). 
 Poder legislativo e possibilidade de destituição do cargo: art. 54 a 56 CF. Art. 55, II $1 a inobservância dos princípios republicanos pode gerar consequências. 
*O instituto do recall – voto destituinte: não está previsto no nosso ordenamento. É uma forma de a cidadania destituir alguém do seu cargo pelo voto. É um voto direto da cidadania, diferente do Impeachment que ocorre no Senado. 
*Impeachment: destituição e inabilitação de presidente e outras autoridades. Art. 52, I e II: não é só o presidente que pode sofrer impeachment. Art 52 - traz a atuação do Senado nesses casos. Falou em crime de responsabilidade, a competência ee do Senado, e inclusive Ministro do STF pode ser alvo desse procedimento de impeachment. ee entao uma medida extrema, que retira uma pessoa eleita doexercício de um cargo, por seer um cargo de muita influencia e poder causar danos gravíssimos a sociedade. Alem disso, esse processo se da para com pessoas que foram colocadas nos seus cargos por "decisão fundamental do poder constituinte", ou seja, entao ali porque estão permitidos pela Constituição.
Princípio Republicano é clausula pétrea? Art 60 prgf 4o -  não incluíram o principio republicano ai por causa do plebiscito de 93 que instauraria uma revisão constituição, no qual seria escolhido entre presidencialismo e parlamentarismo. Mas isso não quer dizer que ela não tenha a tutela de clausula pétrea, pois nos tutelamos a soberania popular, etc no Art. 5o, que é clausula pétrea. Íamos escolher entre monarquia e republica, e quando decidimos pela republica, ela seria alvo da tutela da clausula pétrea por isso, em função dessa decisão, desse plebiscito, abrimos essa exceção aa clausula pétrea. Sabemos que o prgfo 4o não exaure todos os institutos resguardados, e a republica e um exemplo disso. 
5. Formação Constitucional Brasileira: 
- Fase colonial: Ordenações Filipinas: No período colonial, o que imperava eram as ordenações filipinas, pois nos éramos colônia de Portugal, e la elas que imperavam. Nesse período não tinha Código nem na Europa. 
*capitanias hereditárias – descentralização: O território brasileiro era recortado em capitanias hereditárias. Essas capitanias foram distribuídas de acordo com proximidade, interesse da monarquia portuguesa pra permitir a exploração do território (sem se preocupar com o desenvolvimento do lugar - era colônia de exploração). E essas capitanias não interagem entre si, o que gerava uma descentralização profunda, não havia trocas internas na colonia, o que depois vai implicar na construção das oligarquias. Sem contar a falta de um órgão coordenador das capitanias e o caráter hostil da natureza para a ocupação colonizadora. 
*1808: vinda da família real – capitanias -> províncias: A vinda da família Real, de D. Joao VI fugindo de Napoleão começa a trazer mudanças, pois precisamos ter certa estrutura pra receber a família, e o país ganha status de "unido" a Portugal (tem seu status elevado). A partir de 1808 as capitanias ganham a estrutura de províncias. Quando a família real chega ao Brasil, ve que os poderes locais vao ser uma afronta ao poder central (ministérios, tribunais, casa da moeda, banco do Brasil).
- Fase Monárquica 
*1814: Reino Unido- Brasil é elevado a reino unido de Portugal e Algarves, deixando oficialmente de ser colônia.
* Problema: organização burocrática não se reflete em todo o território - fruto de descentralização. Os poderes locais eram muito afastados do poder central, de modo que nao ha um controle do rei no território inteiro. 
*RJ e PE tinham uma elite intelectual que estudou na Europa, então rondavam ideias como liberalismo, parlamentarismo, federalismo, constitucionalismo, democracia e republica. 
*7/9/1822: independência - necessidade de resolver questão da unidade territorial, já que as elites não eram homogêneas politicamente e nem tinham um projeto claro de ordenamento para a nova nação. 
* Fim dos poderes locais: Os liberais se preocupam em fazer uma Constituição muito moderna, e importar logo todos os institutos pra nossa ordem. Haverá uma preocupação em sobrepor o poder central aos poderes locais. 
- Constitucionalismo: liberalismo, superação de poderes e direitos fundamentais 
*2/5/1823: era preciso organizar o novo Estado, fazendo leis e regulamentando a administração por meio de uma Const. Então, reuniu-se uma Assembleia Constituinte, que caminhava pra um modelo de monarquia que limitava os poderes do monarca e garantia direitos individuais.Estava incluso o poder Moderador. 
Liberais (monarca com poderes limitados) X conservadores (Partido Português): 
Constituição de 1824
Outorgada em 25/3/1824 = Como repressão a Const. Houve a Confederação do Equador que acontece em Pernambuco devido ao descontentamento político e as dificuldades econômicas (produtos de exportação da região estavam em crise) e os crescentes impostos. Frei Caneca: tem destaque nesse movimento de resistência da monarquia brasileira. Uma das manifestações mais importantes de não aceitação pacifica de uma constituição, tinha cunho separatista, republicano e urbano/popular. 
*Forma de Estado: Unitário – províncias e territórios: isso foi o fator de desentendimento do imperador com a Assembleia constituinte, pois já queria caminhar para um molde de federação e não foi aceito. 
*Forma de governo: Monarquia hereditária Art.3 
Estado Confessional- É oficializada a religião católica e subordinação da Igreja ao Estado. Fez com que o imperador tivesse muito poder em relação à igreja no Brasil. Interessante para propria igreja que tenha ruptura para que ela possua também uma autonomia. Unica possibilidade de outra religião era no âmbito privado, dentro das casas, pois no espaço publico era a católica. Período que ha muita perseguição as religiões de natureza africana, com os fechamentos de terreiros e etc. Era visto como uma pratica que feria a moral e os bons costumes da época, mesmo que fossem em espaços muito pequenos eram combatidos com violência. 
Organização dos poderes: PL, PE, PJ e Moderador – peculiaridade brasileira em importar a tripartição horizontal de poderes, porem incluiu o poder moderador que era exercido pelo Imperador. Era tido como a chave do equilíbrio entre os outros poderes, como se fosse o aparato que viabilizava o exercício e a relação entre esses poderes. Portanto a independência desses poderes é comprometida e o poder moderador garantia uma ampla possibilidade de intervenção do Imperador (Constitucionalismo + estrutura política do Antigo Regime). 
PL – Senado vitalício e camara dos deputados (4 anos de mandato): O poder legislativo é definido de forma dupla dividido entre senado e camara dos deputados. 
Declaração de direitos: Liberalismo – declaração que afirmava no seu corpo o hall tradicional do liberalismo político, então preserva as liberdades de caráter negativo, tutela a privacidade, a propriedade, o direito de ir e vir e etc. Um hall de direitos fundamentais, a estrutura dessa constituição sempre vai ser a abertura com a organização do estado e no final ha a carta de direitos fundamentais. 
Art. 178: Semirrígida – única constituição que vai afirmar um controle de constitucionalidade, uma ausência de rigidez constitucional. Dizia tradicionalmente que as normas que cuidam das organizações de poderes são alvo de um prestigio maior dentro da ordem constitucional e o restante poderia ser alterado como se fosse outra lei dentro do ordenamento jurídico. Imperador tinha um poder muito forte de alteração. 
Período republicano (Há a decadência do Segundo Reinado e o desgaste do regime imperial se deu pelo fim da escravidão, choques com a Igreja, avanço do movimento republicano e conflito com o exercito).
15/11/1889: Não veio de uma exigência das camadas populares, o responsável foi Marechal Deodoro da Fonseca. Tem-se uma característica de ter sido uma decisão tomada por pessoas que estavam inseridas no poder político. Havia movimento republicano no Brasil, mas a proclamação não se impõe pela revolução (Apoio dos cafeicultores paulistas foi decisivo + militares).
Forma federativa: Forma de estado passa a ser federativa que é afirmada assim que se proclama a republica. Essa forma se inspira na federação americana, da muita liberdade para os estados federados, em termos de competência. 
 Comissão dos cinco: Foi feita com base num anteprojeto, sendo instaurada em 3/12/1889. Rangel Pestana, Saldanha Marinho e Santos Werneck: responsáveis pelo projeto, redigiram o ante projeto no qual a constituinte iria trabalhar. Isso por um lado é bom, mas exigia uma organização dos trabalhos de constituinte divisão e etc, e foi difícil controlar portanto a constituinte acabou avançando em quase 2 anos de trabalho. Esse projeto norteia os trabalhos da assembleia constituinte. 
07/01/1890: Decreto 119 – A: Poe fim a relação do Estadoe Igreja, e amplia mais a liberdade religiosa no Brasil. Nao significa que praticas deixaram de ser perseguidas, mas o Estado não tem um compromisso oficial com uma determinada religião. É um facilitador substancial para se revir relação Estado e Igreja. 
22/06/1890: Publicação e anteprojeto e convocação de Assembleia Constituinte: para votar os dispositivos do anteprojeto e fazer as alterações que fossem necessárias. 
 Províncias -> Estado: quando afirmamos um pacto federaticio, a organização do espaço brasileiro deixa de ser em províncias e passa a ser em estados federados, que juntamente vão compor a federação. 
Independência e harmonia entre poderes Art. 15: garantia de harmonia entre os poderes, sistema de freios e contrapesos. Cai por terra o poder moderador, sai do ordenamento constitucional brasileiro com esse art. Divisão dos três poderes independentes entre si. 
Planalto central: Art. 3: deslocamento da capital para o planalto central. Forma de desenvolver esse espaço que era vazio, levar população para la e proteger a capital (sendo a maior opção de quem estava no poder no momento, evitar que a capital fosse tomada por poder estrangeiro). 
Sistema presidencialista: O sistema afirmado é o presidencialista, transportado do sistema americano como forma de organização do poder executivo. 
PL: continua sendo dividido em Senado (não é mais vitalício) e camara dos deputados. 
Garantias – munidades e incompatibilidade: Materiais dizem respeito a impossibilidade da responsabilização por ofensas, pelos seus discursos políticos. 
PE: eleição, sufrágio direto e maioria absoluta, 4 anos, sem releicao, impeachment– o voto nao era sigiloso. 
PJ: vitaliciedade e irredutibilidade salarial 
Direitos fundamentais, sem voto secreto: Importou determinados institutos muito soltos, consagrou o voto sem ser o voto secreto que acabou nao dando certo, ajudou a compreter a republica brasileira. Em termos de consequência desse texto houve: 
Constituição de 1934
Momento anterior: 
* Republica Velha – café: marcado pelo imobilismo, o presidente era ou paulista ou mineiro e os governadores dos estados sempre pertenciam as mesmas famílias ou grupos oligárquicos. 
Se aproveitando do sistema de eleição, da ausência de garantia do voto secreto para se mantivessem no poder.
* Estimulo a imigração de europeus: Há exaltação e estímulo a vinda de mão de obra europeia com argumento econômico que era preciso substituir o trabalho escravo e quantificamente foi observado que as condições precárias do trabalhador geravam menos custos que o sistema escravista, e por outro lado não é só uma política que diz respeito a questão econômica, é também um processo de tornar o Brasil um país menos negro. A vinda de mão de obra europeia, por outro lado, não foi sem turbulência porque os acordos eram profundamente violados, são pessoas que estão vivendo de uma Europa em crise e são muito politizadas e vai fazer ingressar no território brasileiro, por exemplo, o anarquismo, comunismo, socialismo, são ideias que vem com estes trabalhadores que começam a organizar o nosso movimento proletariado. Temos ao mesmo uma classe media que vai se formando, há uma crise no campo, deslocamento do campo p. cidades que vem sendo aquecido nestes primeiros anos do século XX, fazendo que haja uma ampliação das cidades (Anarquismo + Comunismo+ BOC + Classe media +Exercito). 
 Insatisfação com republica oligárquica -> Problemas eleitorais
1922, 1924, 1926: Revoltas tenentistas (Justiça, representação política); Os tenentes, camada media do poder militar, vão reivindicar condições mais adequadas p. exercício da função, fim do tratamento cruel que eles sofriam, então, vão pleitear justiça e representação política. Propunham moralização do país por meio do voto secreto e de maior centralização política eliminando o excessivo poder das oligarquias. Também defendiam o ensino obrigatório e se julgavam os homens certos para resolver os problemas do país (elitismo do movimento + centralização política). 
1924: Marchas Coluna Prestes – Luis Carlos Prestes tornou-se um herói nacional para os grupos contrários ao regime oligárquico.Conseguiu manter a coluna ativa, invencível e capaz de sobreviver as privações de uma campanha tão desgastante. 
 Plano Internacional: Revolução Camponesa - México; Vai desencadear em uma constituição que abraça os direitos sociais de forma formalizada p. acalmar os ânimos. Revolução Bolchevique. Queda do Império Alemão - Republica de Weiner, garante a concepção de direitos sociais para acalmar as revoltas. E Quebra da bolsa de NY (1929) que refletiu no Brasil, que sofreu queda brutal nas exportações cafeeiras. Os cafeicultores pedem auxilio do governo, comandado naquela época por Washington Luis, que nega qualquer tipo de auxilio causando insatisfação dessa classe que era a principal base de apoio (não defendem mais o governo de revolução ou golpe).
Ademais, Washington Luis escolhe outro paulista (Julio Prestes ao invés de Antonio Carlos – mineiro) e fere o principio da republica do Café com Leite. Isso causa insatisfação em MG que ajuda a formar a: 
Aliança Liberal (Minas, Paraíba – Joao Pessoa, RS – Getulio Vargas): Proposta - Reforma eleitoral, judiciária e educacional, elaboração do Código do Trabalho, anistia aos revoltosos de 22, 24 e 26. Atraíram o apoio do eleitorado urbano, setores da burguesia ao proletariado, passando pela classe media, dos tenentes e do PD ( partido democrático). 
Luis Carlos Prestes: Nega convite para liderar da Aliança Liberal e a candidatura de Vargas, rompe com o tenentismo e assume a esquerda com ideias comunistas. 
Antonio Carlos (MG): Inserido no contexto de 1930 quando João Pessoa (Paraíba) é assassinado, antes da posse de Julio Prestes (SP), tal crime causou imensa comoção popular e serviu de estopim para o movimento revolucionário. Antonio Carlos em meio a agitação popular: "Façamos antes que o povo a faça"; ou colocava-se um freio na republica velha ou levaria a um processo revolucionário muito mais gravoso (ascensão do comunismo). 
Revolução sem povo: Getúlio Vargas como chefe do Governo provisório, centralizou os três poderes e dissolveu Congresso e Assembleia legislativa [11/11/1930]. E o governo que deveria ser provisório se eternizava. 
1932: Vargas percebendo a força do apelo constitucionalista decidiu acelerar o processo de redemocratização instituindo um Código eleitoral, que introduzia voto secreto e feminino e justiça eleitoral. 
Formação Constitucional Brasileira
Constituição de 1934:
Republica e Federação (Arts. 1o e 2º): A federação aqui é bem diferente da Republica velha, 1991 traz um pacto federativo mais frouxo, em 1934 a Federação afirmada é uma federação mais centralizada.
Competências da União – centralização. 
 PL - Camara dos Deputados
* Senado - coordenação e suspensão de leis declaradas inconstitucionais. O poder legislativo passa a ser composto por câmara dos deputados, que vai ter um grande prestigio, e o Senado vai ter a sua função mais mitigada. O tipo de competencia que o Senado vai ter e o seu peso dentro do CN é muito discutido na nossa historia constitucional. Aqui ele vai ficar restrito a afastar as leis consideradas inconstitucionais pelo STF no controle difuso. Quando o controle é concentrado, no caso das ADIs, a declaração o STF por si so já afasta, mas a que vem pelo controle difuso é e afastada so pelo Senado. O poder Legislativo, na CF de 34 é na realidade exercida pela Câmera dos Deputados. Isso é proposital, porque o Senado é casa de representação dos estados federados, e numa republica que pretende acabar com as oligarquias, faz sentido que o Senado tenha sua função reduzida.
PE: eleição sufrágio universal, direto, secreto, 4 anos. 
PJ: inamovibilidade - Justiça eleitoral constitucionalizada: Em termos de direito, ele adquire a inamovibilidade, que impede o deslocamento arbitrário do juiz pelo território do estado (sem nenhum critério). Temos também a criação da justiça eleitoral de 32, erecebe status constitucional.
Direitos individuais - propriedade desde que nao exercido contra interesses sociais, subsistência. A Const de 34 traz os direitos individuais, e vai alem, pois o direito de propriedade começa a sofrer uma restrição de coisas que vao contra ao interesse social, por ex se ela tivesse durado poderia ter dado origem a uma proibição aos latifúndios. Outro direito que entra como direito individual, é o direito a subsistência, como um direito de vida digna, de ter condições materiais mínimas pra viver. 
Direitos sociais - mínimo, jornada de 8 h, ferias, licença repouso, repouso, indenização por demissão sem justa causa. Traz também a inovação dos direitos sociais. O caminho dos direitos sociais começa a ser traçado oficialmente a partir de 1817 com a Constituição Mexicana, e em 19 eles ingressam na Constituição de Weimar, e em 34 ingressam no ordenamento brasileiro. Esses direitos sao de cunho trabalhista. Eles visam sustentar, viabilizar a realizacao plenas dos direitos individuais. 
Casamento religioso e civil: Passam a produzir os mesmos efeitos nessa constituição. 
Ordem Social e Econômica: Traz os capítulos da ordem social e da ordem econômica, que existem na nossa Constituição. 
Previsão de transferência da capital: Ha uma previsão da transferência da capital pro centro do pais, com uma preocupação de desenvolvimento dessa região,que era vazia. 
Anos 30: descrédito na democracia
Radicalização - direita- Ação Integralista; esquerda - Aliança Nacional Libertadora: Os anos 30 sao anos em que ha um descrédito na democracia e no sistema capitalista devido a crise de 29. A Europa caminha pra regimes radicais sejam de direita (nazismo Hitler/ fascismos) ou de esquerda (URSS) que permaneceu imune a crise de 29. 
AIB (aliança integralista brasileira, de cunho fascista e autoritário) X ANL ( aliança nacional libertadora, que era oposta ao fascismo e ao autoritarismo. Com ideais comunistas a frente – Luis Carlos Prestes).
Tenentes e comunistas perseguidos: Vargas coloca a ANL na ilegalidade e a partir desse momento a aliança passa a funcionar de forma clandestina controlada pelo PCB. A intentona comunista acaba fracassando, e o movimento de revolução virou pretexto para governo usar de violencia e repressão. O legislativo perdeu autonomia e as forcas policias ganharam poder, desse modo o presidente se fortalecia (democracia liberal e regime constitucional deixam de existir). 
Pacto com oligarquias -> diferenças trabalhistas: Apesar de ter acalmado a situação das oligarquias, há ao mesmo tampo um pacto com elas, porque os direitos sociais so vao alcançar os trabalhadores urbanos. O trabalhador rural so passa a ser equiparado em 1988.
Autogolpe: Vargas não queria deixar o poder, entao com o apoio principal do exercito planejou um golpe dado em nome do combate ao comunismo (garantiu o apoio dos integralistas e da classe media). Forjou-se entao o Plano Cohen, que seria um plano comunista para assumir o poder no Brasil. Tal plano serviu de pretexto para o autogolpe. "Estado Novo": Tem o fundamento de combater os comunistas que querem tomar o poder no pais, e instaura o Estado Novo.
1937; outorga da "Polaca" (Francisco Campos): A Const de 37 é outorgada, e é redigida por um conservador. É chamada de polaca, como a constituição polonesa, que era fascista. Vargas decretou o fechamento do Congresso, extinção dos partidos políticos, suspensão da campanha presidencial e da Const. 34. 
Constituição de 1937:
Republica e Federação - ditadura pessoal: Afirma a Republica e a Federação, mas é uma questão pro forma, pois a partir de 37 na pratica ha uma ditadura pessoal por parte de Vargas. Tínhamos também direitos individuais, e alguns direitos sociais (reduzidos, mas ainda consagrados). É uma etapa de muita perseguição política.
Centralização de Poderes (Art 16), proibição de símbolos e bandeiras em estados: Formalmente, existe os 3 Poderes, mas o PL pode ser fechado pelo Chefe do Executivo a qualquer momento, então ha uma centralização dos Poderes a ponto de não ter possibilidade de resistências locais (ha uma centralização da União no chefe do executivo). 
 Presidente: substitui PL - pode editar Decretos- Leis: O Presidente pode editar decretos leis, e passa por cima dos trabalhos do Legislativo, que está mitigado. O Legislativo era composto por uma Camara dos Deputados e nao mais pelo Senado, mas um orgao chamado "conselho federal", que era meramente consultivo. A constituição de 1937 deveria ter passado por uma consulta popular para entrar em vigor, mas isso nao ocorreu. Por isso dizem que é uma Const. que nunca foi.
Circunstancias anteriores a 1946:
Implementação de direitos trabalhistas escolas e Universidades publicas. 
A crise do Estado Novo: 
*2 Guerra Mundial - Na 2 GM Vargas inicialmente permanece numa posição indefinida de aliança. Em meio as vitorias da Alemanha, Vargas pronunciou um discurso violento saudando o sucesso nazista. Temerosos, os EUA iniciaram uma tentativa de aproximação com o Brasil nesse momento, e emprestaram certa quantia para construção da CSN, de modo a definir a aliança brasileira aos americanos na Guerra (FEB). Ao mesmo tempo em que ele manda Olga pra Hitler, ele se alia com os EUA. Isso gera uma: 
*Contradição: O apoio brasileiro ao lado dos Aliados na 2 GM criou uma situação de contradição, pois combatia-se a ditadur
a fascista na Europa enquanto, no país mantinha-se um regime ditatorial inspirado nesse mesmo modelo. 
Redemocratização: Vargas percebe que a redemocratização era inevitável e a faz ele mesmo, queria surgir como defensor de um sistema democrático. 
 "Queremismo": movimento que tinha como slogan “Queremos Getulio!” teve muita adesão ate do partido comunista, PCB e Prestes. Porem, temendo uma guinada esquerdista de Vargas o exercito desencadeou um golpe para derrubar o presidente e garantiram a realização de eleições sem a participação de Vargas. Fim do Estado Novo. 
28/02/1945 - eleições Presidência e Parlamento -> PCB e Prestes aderem a campanha. O PCB pode sair da clandestinidade e se alia ao Prestes. Constituintes: Carlos Marighela, Jorge Amado, Prestes. 
 Partidos dominantes na Assembleia Constituinte: PTB, PSD (+ UDN): PTB (mais popular) e PSD (mais burguês) sao criacoes de Getulio, e ele consegue assim garantir que a constituinte vai ser como ele quer. 
Eurico Dutra eleito: tinha cunho militar, muito ligado ao regime Varguista e pregava conciliação nacional num momento de transição. 
Constituição de 1946: 
Base: Retomava os princípios federativos da Carta de 81 e os liberais da Constituição de 1934. Era a mais democrática ate entao, definiu o voto como secreto e universal alem da existência dos 3 poderes com devida importância para o legislativo. Ao mesmo tempo analfabetos não poderiam votar, limitou-se o direito de greve e de reforma agrária. Houve a permanência do populismo (apelos ao eleitorado urbano). 
Economia: inicialmente adotou-se o modelo liberalista, de não intervenção do Estado na economia. Posteriormente (1947), com o diminuimento do crescimento da indústria mudou-se o modelo para intervencionista, que rendeu frutos a economia brasileira. 
Congresso Nacional - CD: 4 anos, direto, proporcional e Senado: 8 anos, majoritário
Periodo pos 1946 
Estados e municipios com simbolo proprio
PCB: Dutra coloca o partido na ilegalidade afirmando que não era brasileiro, apenas representava a URSS (Prestes principal figura do partido). Alem disso, iniciou intervenções nos sindicatos. 
Criacao da ESG (National War College): foi importante para o gole militar, era uma maquina de produzir torturadores, foi criada com o apoio dos EUA e tinha portanto atras dessa formacao a NWC. 
1950: retorno de Vargas: nao mais pela forca de uma revolucao, mas sim legitimado pelo povo, o povo gostava de Vargas por conta da melhora da qualidade de vida e da implementação de direitos sociais. Devido as grandes questões da luta entre liberalismo e nacionalismo houve:
Resistênciasa ele: Não era um liberal passava por cima das liberdades individuais, implementou limites ao capital e implementou direitos sociais para compensar. Era um nacionalista vigoroso (Petrobrás/ Eletrobrás) e começou a desagradar os interesses também internacionais, ha um conservadorismo brasileiro ligado às nações estrangeiras. O estopim foi o atentado ao jornalista Carlos Lacerda, que levou ao suicídio de Vargas. Seu ato provocou uma comoção popular enorme, que mobilizou a população a ir para rua, todos ficam armados, gera portanto, um clamor popular. Não ha um clima para um golpe militar (atrasa o golpe em 10 anos). 
 Juscelino Kubistshcek 1955 com Joao Goulart: sobe ao poder pela eleição, considerado um sucessor do que era Vargas, o vice era Joao Goulart mais de esquerda e isso era uma peculiaridade da Const de 46 que permitia aos brasileiros escolherem o presidente e o vice de chapas diferentes. 
JK: politica desenvolvimentista “50 anos em 5” – Tranquilidade política e prosperudade econômica. Tinha cunho desenvolvimentista, proposta de fazer o pais atingir um grau de desenvolvimento grande (Plano de Metas). Foi responsável por concretizar as diretrizes que ja havia na Constituicao, como a centralização do poder na capital de Brasilia com o objetivo de desenvolver também aquela região (investimento arquitetonico fantastico para criar uma atracao para aquela regiao foi um contexto do plano de fundo). Como criticas houve o aumento da divida externa do país, sem contar o investimento demasiado em rodovias. 
1960: eleito – Janio Quadros por conta de suspeita de corrupção no governo JK. Vice: Joao Goulart – Jango é novamente vice e ha uma esquizofrenia, pois ele era de esquerda e Janio de direita. Tinham origens muito distintas em termos de proposta. Adotava como símbolo a vassoura, com a qual supostamente varreria a corrupção do país. Não estabeleceu vínculos sólidos com nenhum partido, não era nem nacionalista e nem liberal. Não tinha proposta para o governo e não mantinha relações saudáveis com o Congresso. 
Renuncia de Janio - renuncia Janio foi aceita, mesmo ele achando que haveria uma aclamação do povo por sua volta. Ha um tentativa de impedir que João Goulart assumisse como presidente, pois era de esquerda (militares se opõem). Quando Janio pede a renuncia, Jango estava na China o que causou uma imagem comunista que assustava as classes econômicas do pais. 
 UNE, comando geral dos trabalhadores e Leonel Brizola: Para que Jango pudesse subir ao poder houve a campanha da legalidade, fazendo com que a Const de 46 fosse cumprida ja que na renuncia do presidente quem toma posse é o vice (Jango), queriam impedir que esta fosse rasgada pelos militares. Esses personagens (UNE, comando geral dos trabalhadores e Brizola) são atores fundamentais para que Jango consiga assumir o cargo de presidente (com destaque para Brizola). Momento em que quase houve uma guerra civil. 
Posse Jango: 7/9/1961 – Essa campanha consegue admitir a posse de Jango, mas através do:
EC4: Parlamentarismo – 2/9/1961 – instaura o parlamentarismo através da emenda constitucional, significando que o chefe do executivo tinha uma atuação amarrada ao congresso nacional. Era a forma de controlar uma provável radicalização da administração brasileira com a subida do Jango ao poder. 
*Período de intensa democracia X grupos dominantes se organizava com EUA – IPES e IBAD, com mobilização de recursos para campanhas: a classe econômica se alia a política dos EUA. Esses institutos mandavam relatórios brasileiros para os EUA, as atuações, noticias e etc. a fim de controlar. O golpe não foi puro e simplesmente militar, eles tomaram a frente, mas foi um golpe econômico também. É um acordo das classes e da elite econômica com os militares. 
1963: homicídio de Jk sobe Johnson- conservador:deu apoio aos golpes na AL, por ser conservador. 
*1963: por consulta popular, devido ao fracasso do modelo parlamentarista, conseguiu estabelecer o presidencialismo. Voltou a ter força de chefe de executivo forte, tendo mais poder e capacidade de implementar políticas publicas. 
Jango+Darcy Ribeiro: reformas de base – produzem as reformas de base tentando promover desenvolvimento na área social e econômica. Porem duas dessas reformas incomodam:
*Decreto regulava intensidade da remessa de lucros 13/3/64: Colocou limites no envio de dinheiro do Brasil para fora do pais, em parte de empresas também, colocando imposto e etc. Isso desagrada a elite econômica, as empresas estrangeiras e do pais e alem disso ha o comício da central do brasil. Nesse comício Jango toca na ferida brasileira, a questão da:
Reforma agrária: 31/3/ 64: a proposta era de cobrar do Congresso Nacional que fizesse a reforma agrária e que pudesse ser indenizada com títulos da divida publica e nao por dinheiro, para terras produtivas e latifúndios. Dias depois ha o golpe militar, militares instauram a ditadura brasileira que durou 24 anos e que é um golpe tido como preventivo, acham que não da pra esperar ate 1966, pois a esquerda se consolidaria no poder. Com o apoio do regime americano ha então ha instauração da ditadura no brasil. 
Os anos de chumbo
Atos Institucionais: desmantelamento da Const de 46 
*AI sem numero: alterações na Const. 1946 eleições para Presidente e Vice para 2 anos, pelo Congresso, votação aberta. Promove profundas alteracoes na Const de 46 , colocando votacao indireta promovida pelo CN e com voto nominal, ou seja, os congressistas deveriam declarar seu voto. Caminho de endurecimento desse regime, no inicio os próprios militares acharam que o golpe seria num período mais curto, havia uma expectativa de que ele dure apenas 3 anos, porem acaba ultrapassando. Ha uma virada nesse apoio, inclusive das classes medias que passam a perder seus filhos nesse período. E assim, cada vez mais se tornava mais duro esse regime. 
*Presidente: apresenta EC e se nao avaliada em 30 dias pelo CN – aprovada: tinha competência de apresentar a emenda a constituição, caso essa emenda ficasse parada em 30 dias, automaticamente o presidente alterava o texto da Const. Ha uma grande flexibilizacao. 
*Suspensão de vitaliciedade e estabilidade de servidores civis e militares: alguns militares também resistem ao golpe, então sao criadas medidas para conter. 
*Comandantes: podem suspender direitos politicos e cassar mandatos – ha entao regimes que caminham para um endurecimento, momento no qual é outorgada a penúltima constituicao.
Castelo Branco: eleito com mandato até 1966, que foi prorrogado. Nesse periodo os direitos políticos e mandatos de pessoas de esquerda são cassados, Prestes mais do que nunca esta na ilegalidade. E há o alinhamento da economia brasileira com interesse americano: Quanto a economia, isso era um pressuposto do golpe militar. 
AI-2: Civis podem ser julgados por justiça militar em crimes contra segurança nacional. Então, a justiça militar tem como competência o julgamento de militares. Mas, nesse momento essa competência é ampliada e passa a poder julgar civil também. 
 Extinção de partidos políticos: Nas manifestações de junho eventualmente alguns muito exacerbados que gritavam "sem partido" = extinção de partidos políticos porque democracia = pluripartidarismo.  Presidente pode fechar Congresso, Assembleia Legislativa e Câmaras. 
Justiça Federal: causas de interesse do governo com juízes indicados por Presidente. A composição da justiça federal vai ser por indicação do Presidente.
AI -3 - eleições indiretas para Estado, governadores nomeiam prefeitos. Então, tem a completa extinção do instituto da eleição (sufrágio universal), da ordem jurídica. 
AI-4: Convoca reunião de Congresso para discutir e votar a Constituição. No decorrer do prazo eles deviam debater o texto e a Comissão Mista teria 72hs para elaborar um parecer.  Se até 21/01/67 votações não se encerrassem -> aprovação por decurso de prazo. 
Constituição de 1967 
Organização do Estado X Federação: Formalmente temos Federação, mas não é na pratica. O poder dos Estados é absolutamenteesmagado, para desmobilizar o poder local que pode eventualmente se organização e resistir a União. Então, há uma ampliação das competências. 
Competências União (art. 8)
Intervenção federal (art. 10): Também são muito ampliadas, sao promovidas sem consentimento do Congresso Nacional. 
 Organização de Poderes: PL - bicameral. O legislativo continua sendo bicamaral, as funcoes estao complementamente esmagados ate pq os mandatos podem ser cassados em qualquer tempo. PE - eleito pré colegio eleitoral:  Em relação ao colegio eleitoral ele e formado pelo CN e delegados que as assembleias legislativas enviavam. As assembleias podiam ser fechadas então obviamente nenhuma AL vai fazer oposição ao poder central. PE - apresentava projeto de lei aprovados por decurso de prazo - 45 dias. O PE tem a possibilidade de apresentar projeto de lei. PJ -  competência para JM julgar civis. O poder judiciário perde todas suas garantias.
Direitos individuais: Traz uma carta de direitos individuais que vai garantir os direitos clássicos do liberalismo, mas sempre tem uma ressalva porque a qualquer momento o STF poderia suspender os direitos políticos daqueles que  exagerassem na liberdade de expressão, por exemplo. Era um liberalismo afirmado no texto constitucional, mas com muitas ressalvas desses direitos. 
 AI5: Virada, e endurecimento mais radical dentro desse contexto. Temos o AI-5 afirmando a possibilidade de o presidente poder fechar o CN de vez, pode suspender direitos políticos, cassar mandatos. Suspensão de HC para crimes políticos: A peculiaridade do AI-5 é a impossibilidade de impetrar habeas corpus para preso político. Então, os presos comuns continuam sendo sujeitos a HC, mas o preso político nao podia mais impetrar habeas corpus e era julgado pela Justiça Militar. 
 Geração que se forma em Democracia não aceita ditadura 
 Revolução de costumes: retomada do movimento feminista, a militância do movimento negro, pacifista e etc. Na america latina é tomado conhecimento desses movimentos mas não participa, pois sofre consequencias de um regime autoritário. A esquerda brasileira se revolta para combater o regime ditatorial, começa a cunhar outros caminhos por conta desses movimentos minoritários. 
Ambiente repressivo: contexto repressivo é a primeira luta passa a ser para que os direitos pessoais sejam resguardados. É uma luta fundamental pelos principios basicos de direito. Ha uma geracao que se constitui em 1946, numa constituição democrática e que nao vao aceitar se submeter a uma experiência ditatorial, ha uma resistência que vai ser de diversas formas, seja pacifica ou pela luta armada a partir do endurecimento do regime. 
 Morte de Edson Luis: alguns episódios dentro da historia brasileira fizeram com que houvessem fatores de forca para as mobilizações populares, como a morte do estudante da UFRJ Edson Luis que começa uma mobilização inocente pela ma qualidade da comida da bandejão. A morte dele é a gota d` agua para a passeata dos 100 mil, que ocorre um pouco antes do AI5 (acaba com o direito ao habeas corpus para presos políticos e pessoas que sao perseguidas por crimes contra a segurança nacional). Ha uma virada para um sistema absolutamente fechado nesse momento. 
 AIJ Emenda Constitucional n 1 (outubro de 1969): Editada por junta militar – A emenda constitucional numero 1 é feita a menos de um ano do AI5, vai acabar com a maquiagem democrática que o texto de 67 trazia. Revoga uma serie de dispositivos da const de 67 e escrevia de forma mais autoritária. O golpe começa com o respaldo da classe media e da igreja católica (percebeu a falta de proteção mínima aos indivíduos), mas é nessa virada que ha uma ruptura desse apoio, devido as fortes perseguições. A igreja é um espaço de resistência muito efetivo, pois era o mesmo que brigar com o Vaticano. 
 Médici: governou com grande violência, tendo a repressão e a tortura como extremos nesse período, alem da censura aos meios de comunicação. É a fase de milagre econômico , da copa do mundo no qual o brasil é campeao e etc. Ha uma certa anestesia da população, os setores médios estão mais estabilizados mas os filhos deles ainda estão sendo perseguidos. 
 Geisel (1974): “transição lenta, gradual e segura” – segura por que era pra evitar que haja um momento revolucionário no qual ha uma virada no sistema econômico brasileiro, que haja um resultado que nao se perca, nao permitir que os setores conservadores percam espaco. A transicao foi de fato lenta, durou 14 anos e foi gradual pois foi aos poucos. 
 Processo de abertura:
*OAB – destaque: intensifica suas atividades no resgate de um estado democrático de direito. 
*Culto ecumênico Vladimir Herzog (1975): Cardeal Paulo Evarista Arms , Rabino Sobel e Pastor James Wright – gera muita comoção e promove o culto ecumênico, liderado por esses 3 chefes de grandes religiões. Um evangelico, judeu e um catolico. Quando ve de fato as religiões, e começa a se mobilizar contra ajuda a fragilizar a ditadura brasileira. 
 11/8/1977: “Carta aos Brasileiros” – publicação / divulgação das cartas aos brasileiros é um convite para que haja uma forca do povo no intuito de derrubar a ditadura. O texto subescrito por diversos juristas, mas produzido por Godofredo Telles Jr. 
 MDB – vitorias eleitorais: consegue apesar de por eleições indiretas, mais espaço no Congresso e nas Assembleias. MDB: concentra toda a esquerda brasileira, ou seja, todos aqueles que eram contra o regime ditatorial/ contra o governo. 
ABC paulista (78,79,80): greves do ABC paulista, que era o setor industrial brasileiro em SP. Foram muito importantes em termos de resistência ao governo. 
13/10/1978: Geisel revoga AI5, alem de anistiar os exilados políticos e a lei de segurança do regime foi modificada e abrandada. 
Figueiredo 1979: Posse Figueiredo que mantém o modelo de aberto com o retorno de exilados e recuperação de direitos políticos: não só de pessoas que tinham sido exiladas, mas também do povo brasileiro. 
1984: “Diretas ja”, mas maioria no Congresso impede (Sarney) : eleição direta do presidente da Republica ja na abertura política, essa campanha tem muita forca entre o povo, mas ela não vinga por que o congresso nao vai aprovar as eleições diretas para o presidente da republica. 
Chapa Tancredo – Sarney: vence em (15/11/1985) feita pelo colégio eleitoral, Tancredo seria presidente e Sarney seu vice, porem morre antes de tomar posse e quem vai comandar de fato a abertura e os trabalhos da constituinte (Ulysses Guimarães), é o Sarney. 
18/9/1956: Comissão Afonso Arinos integra anteprojeto: envia o anteprojeto de constituição p Sarney, para pautar os projetos da constituinte, mas sai do controle, pois sai mais democrático do que o Sarney queria. Foi então engavetado. 
15/11/1986: eleições constituintes
1/2/1987: instalada a Assembleia: tem prazo de menos de um ano para fazer os trabalhos e acaba ultrapassando muito esses prazos, pois a AC preferiu não se apoiar no anteprojeto e sim produzir um novo texto. Conta da pluralidade política que AC vivia nesse período. 
Eram 8 comissões, 24 subcomissões: os trabalhos foram divididos em 8 comissões temáticas (Ex. direitos do homem e da mulher que hoje é o Art.5 da CF). Essas comissões se subdividiram em 24 subcomissões temáticas, e esses primeiros trabalhos começaram nessas subcomissões. Cada uma delas teria um prazo para se abrir para sociedade civil, ouvir representantes da sociedade civil e etc. É uma redação que começa de baixo e vai subindo as instancias. Período de muito envolvimento, cerca de 10 mil pessoas andando por dia no CN. Houve uma comoção do povo em torno da AC, é o texto mais democrático e plural que temos na historia constitucional. Observa as experiências de redemocratização de países europeus, como Espanha e Portugal. A const. de 88 foge do controle conservador, ha tentativas de golpes, mas o texto continua sendo o mais democrático. 
Do preâmbulo e dos princípios constitucionais:
1.O preâmbulo da Constituição de 1988 e do valor seu valor normativo(?): não tem forca normativa, mas tem forca axiologica, ou seja, serve pra nortear a interpretacao. Tem uma especie de compromisso nos rumos da interpretacao constitucional. Os topicos que sao abordados na Constituição se perpetuam no proprio texto constitucional, entao a forca normativa esta nesse texto. 
2.Os princípios fundamentais da Constituição: sao o piso, o que da fundamento ao Estado Brasileiro
Princípios fundamentais: definição e caracterização da coletividade politica e juridica do Estado. E numeração das principais opções politico – constitucional. São as principais diretrizes que aparecem no texto constitucional. I – Republica Federativa do Brasil: se erradia por todo texto constitucional. II – Divisao do Poder. III- Estado Democrático de Direito. 
I – Federação – desde Republica: uniao de coletividades regionais autonomas : esta firmada no estado brasileiro desde que virou Republica. Afirmou-se o pacto federativo, adota uma forma mais ou menos centralizada, regimes de carater autoritario optam por formas mais centralizadas. 
Uniao: união das partes, pessoa jurídica de direito publico interno, ou seja, responde juridicamente. No campo externo: Exerce prerrogativas da soberania, estados – membros: autonomia, são PJ de direito publico interno. As coletividades vao ter auto gestão, mas diferentemente da soberania (tributo do estado brasileiro – povo) e quem exerce é a União, é o agente da soberania no ambito externo. Os estados membros sao pessoas de direito publico interno, vao ter autonomia, mesmo nao tendo soberania. 
Republica: do povo e para o povo – isso é um significado de Republica, como a republica se infiltra no texto constitucional. 
*Forma republicana: legitimidade popular de governantes (Arts. 28,29,I e II e 71) – necessidade de legitimidade dos governantes. Assembleias e Camara (Arts. 27,29, I, 44,45, 46) – elegendo os membros da assembleia e da câmara. Eleições periódicas, tempo limitado e prestação de contas (daquele que lida com o dinheiro publico) (Art. 30, III, 31,34 VII, d, 35 II, 70, 75). 
II – Poder e divisao de poderes Art. 2 CF
Caracteriza as democracias modernas, que eh a questao de distribuicao de funcoes. Que serve para desconcentrar e torna aqueles que excercem essas atribuicoes mais viaveis e a sofrer maior controle por parte do povo. 
Expressao das funcoes, conforme discriminacao do titulo de Organizacao dos Poderes: (poderes legislativo, executivo e judiciario – ha separacao de funcoes e nao propriamente de poderes)
Governo: conjunto de orgaos para formular vontade do Estado – funcoes exercidas por um orgao concentracao. Serve para manisfestar a vontade do Estado, quando cria um titulo que organiza os poderes, esta organizando como o governo vai ser exercido. Quando o estado moderno surge o governo esta concentrado nas maos de um so, por um unico orgao, que levou a caracteristicas fundamentais do estado absolutista. Veio depois ser combatido pelo estado liberal que tem objetivo de limitar as atuacoes desse governo, pra nao deixar esse unico orgao com um poder muito maior em relacao aos seus suditos. 
Divisao: especializacao funcional e independencia organica – o primeiro argumento que ajuda a fundamentar isso eh a independencia organica, ou seja, as funcoes nao vao exigir que a outra funcao opine sobre o exercicio de uma determinada funcao para que funcione bem, eh preciso que cada uma tenha autonomia nos seus trabalhos formais. As funcoes sao desmembradas e o poder do estado eh menos concentrado e menos autoritario. O segundo eh o da utilidade dessa separacao de poderes, que eh a especializacao funcional, surge com forca no sec. XIX pois vai se entender que a especializacao eh fundamental para o bom andamento dessas funcoes. Vao exercer os cargos as pessoas que exercam bem essa funcao, que tenham compentencia, de modo a ser melhor exercida. Quando se especializam ha um estado mais competente, que funciona melhor. Na medida em que tira das maos de um so e desmembra, as pessoas vao se especializar nessas funcoes de forma mais competente. 
Pressupostos:
1.investidura e permanencia nos cargos dos orgaos nao dependem dos outros; em regra ha como exigencia que essas situacoes nao dependam dos outros orgaos ou funcoes. Mas ha excecoes, como nos tribunais de justica e etc. 
2.exercicio de atribuicoes proprias nao consultam os demais; nao vao depender dos outros orgaos, entao se nao houvesse essa separacao de funcoes o titulo da separacao de poderes estaria vazio, eh preciso ter autonomia e nao depender da autorizacao dos outros orgaos para exercer funcoes tipicas. 
3.na organizacao dos servicos eles sao livres, observando disposicoes legais / constitucionais; sao livres para se organizarem na medida em que cumprem a constituicao, mas tambem independente em regra de uma avaliacao de qualquer outra funcao. 
Obs. Divisao e independencia nao sao absolutas – O fato do Art. 2 dizer que sao independentes e harmonicos (mecanismo de freios e contrapesos), significa que ha um poder interferindo no outro, mas sem que viole as atribuicoes normais das suas funcoes. Nao pode ser deixado completamente independente, os outros poderem devem ter algum tipo de participacao a fim de manter o controle de constitucionalidade. Qualquer membro do judiciario pode se manifestar contra a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei. Mas as leis sao presumidamente constitucionais. 
Ex. Art. 52 III a , Art. 64, Art. 66 CF
III – Estado democratico de direito
Nossa constituicao vai consagrar como principio e vai desmemebrar os dipositivos normativos que concretizam esses principios. 
Superacao liberalismo – o estado liberal tinha como ideologia uma neutralidade. 
*Estado Social: “neutralidade” – injustica: significava nao se posicionar ou nao tomar partido, nao ter projetos ou valores, que se limita a garantir a seguranca ou os direitos fundamentais da primeira geracao, classicos. Esse esatdo se esgota no sec. XIX, pois a neutralidade cai por terra, na verdade protege determinada classe economica, entao nao tem nada de neutro, tutela injusticas, precisa ser revertidas pois no maximo permite a concretizacao da igualdade formal, mas nao permite a concretizacao da igualdade material. Estado social vem implementar projeto politico e economico. 
*Estado democratico: participacao popular na coisa publica – vai se aprimorando na modernidade, com mecanismos de participacao direta. No nosso ordenamento constitucional temos toda a parte de direitos sociais, fundamentais, como direito a saude, dos trabalhadores, mas tambem temos dispositivos que vao tratar do princpio de democracia (formas de acesso aos cargos eletivos).
*Legalidades: fundamental – 
Federação: 
Federacao significa descentralizacao de carater administrativo, principalmente. Art. 18 CF: organizacao politco- administrativa de Republica Federativa do Brasil. No caput do art. 1 CF ha a consagracao do principio federativo, e tem algumas figuras que compoem a figura federativa do Brasil tambem. 
Compoem a R.F.B. – uniao, estados, municipios e D.F: todos sao autonomos nos termos da Consituicao. 
Posicao de Brasilia e territorios: $1 Art. 18 CF Brasilia: capital federal e sede do governo do DF – consagrado que brasilia eh a capital federal, ou seja, capital da republica federativa do brasil e que eh sede do governo do DF, que tem uma posicao que nao eh municipio e nem estado. Tem funcoes que agregam tantas funcoes de estado como de municipio. Nao eh municipio e nem estado, nao se encaixa no conceito de cidades, pois nao eh sede de municipio nenhum. 
Territorios: nao compoem federacao, descentralizacao adminitrativo – territorial da Uniao. Por que nao contavam com autonomia, que eh dado fundalmental das unidades constitutivas da federacao. Diziam respeito a mecanismos de descentralizacao para promover melhor administracao. Art. 18 $2, Pode haver figura do territorio, mas por enquanto nao ha, a constituicao vai trazer que os territorios integram a uniao, mas nao tem autonomia propria. Art. 14 ADCT.

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