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DIREITO AMBIENTAL – PONTO 02

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DIREITO AMBIENTAL – PONTO 02
O Direito Ambiental como Direito Econômico. A natureza econômica das normas de Direito Ambiental. 
ATUALIZADO EM AGOSTO/2012 – ALEXEY S. PERE
A relevância atribuída à questão ambiental na Constituição Federal de 1988 foi inovadora, tendo em vista que o direito a uma vida saudável encontra-se vinculado ao próprio conceito de dignidade humana. Por se tratar de direito fundamental de terceira geração, a importância de sua preservação transcende o direito de cada Estado, passando a ocupar importante espaço nos compromissos firmados no âmbito internacional, dentre eles as Declarações de Estocolmo/1972 e do Rio de Janeiro/1992 e o Protocolo de Quioto.
 
O capítulo do meio ambiente é um dos mais importantes e avançados da Constituição de 1988, sendo considerado por princípio que é direito de todos e bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida. O art. 225, §4º, declara alguns ecossistemas (mata atlântica, mangues, etc ) como patrimônio nacional, não para torná-los estaticamente conservadas, por contrário, sua utilização econômica, inclusive quanto à utilização dos recursos naturais, é admissível, na forma da lei, dentro das condições que assegurem a preservação do meio ambiente. É, portanto, equivocada a idéia de preservação incondicional do meio ambiente; esta cautela deve estar situada no “meio termo” almejado pelo chamado desenvolvimento da economia ambientalmente sustentável para as gerações futuras. Este, talvez seja o mais importante postulado do direito ambiental.
O direito econômico, por sua vez, é a normatização da política econômica como meio de dirigir, implementar, organizar e coordenar práticas econômicas, tendo em vista uma finalidade ou várias e procurando compatibilizar fins conflituosos dentro de uma orientação macroeconômica. São princípios da constituição econômica formal, os relacionados no art. 170: soberania nacional, propriedade privada, função social da propriedade, livre concorrência, defesa do consumidor, redução das desigualdades regionais e sociais, busca do pleno emprego, tratamento favorecido para empresas nacionais de pequeno porte, e defesa do meio ambiente, sinalizando desde já a Constituição econômica pela necessidade de interação com a Constituição natureza, mesmo porque a base do desenvolvimento das relações produtivas está na natureza. A cogitada antítese se desfaz desde o seu nascedouro.
A CF “econômica” impõe desde o início (como princípio) a preservação ambiental, e o capítulo ambiental destaca a segurança da possibilidade de exploração econômica mesmo em detrimento do meio ambiente desde que ex vi legis, compreendendo que o meio ambiente é um valor preponderante ( mas, não intolerante ) que deve estar interligado ao desenvolvimento, cabendo à lei a importante função de ditar os parâmetros desta convivência.
O direito econômico não deve ser visto como o direito servidor da economia, ele não pode renunciar à realização da idéia de justiça, a produção econômica não é isolada da produção da vida social, é parte essencial de sua formação. 
Assentadas tais premissas, é possível afirmar que o direito ambiental econômico procura iluminar a relação entre produção econômica e conservação dos recursos naturais, compreendendo o direito ambiental e o direito econômico individualmente e cumprindo o objetivo básico de racionalização e democratização da atividade econômica, sendo certa a indissociabilidade destes ramos do direito . Após uma análise conjuntural da legislação nacional e estrangeira, é lícito se fazer a crítica de que, via de regra, a racionalização ( aspecto econômico ) se sobrepõe ao democrático (aspecto ambiental), e que as regras de direito ambiental se adequam às necessidades da economia, ou quando menos são flexibilizadas de forma a permitir a continuidade de um processo crescente de degradação ambiental, consagrando a impotência do direito ambiental para um eventual enfrentamento com as necessidades da economia ou com seu consectário que é o direito econômico. Esta realidade é observada, talvez em grau menor na realidade e ordenamento jurídico da União Européia tratado de Maastricht , pode-se dizer assim que é correto se negar um primado do sistema jurídico, sobre o movimento dos fatos, do mundo e da vida. Neste mesmo contexto é de se verificar que a tradicional e insistente expectativa de se resolver problemas contextuais da sociedade através de normas jurídicas, consistindo em depositar nas leis ou regulamentos o poder de influir por si só e de modo enérgico sobre o destino de um povo, é uma prática estéril.
Uma solução seria um processo de interação dialética entre o econômico e o jurídico, entre o econômico e o ambiental, pela regulação de um processo de convivência de princípios e normas antagônicas , através de cláusulas pétreas da Constituição ( como por hora se esboça ) ou pela via de um supradireito "comunitário" ( União Européia ) aplicado, por exemplo, no âmbito regional do Mercosul. 
A decantada oposição entre economia e proteção ambiental - por conseqüência - oposição entre os objetivos do direito econômico e do direito ambiental - deixa de existir plenamente, quando a política econômica adotada traz de volta o relacionamento da economia com a natureza de uma forma integrativa, e não por uma atuação de pilhagem. Natureza precisa ser entendida, economicamente: por que economia não poderia ser entendida em termos de reprodução da natureza.
O Direito Ambiental na qualidade de possuir em seu bojo natureza econômica interfere de modo significativo nesta ordem. Podem-se notar tanto no capítulo destinado à proteção do meio ambiente, como nas legislações infraconstitucionais essas interferências, que têm como objetivo comum alcançar o desenvolvimento de forma sustentável. Com isso, as normas ambientais são dotadas da capacidade de interferência na ordem econômica, e podemos citar algumas dessas intervenções, tais como: a) necessidade de planejamento ambiental, através do estudo prévio de impacto ambiental para evitar atividades potencialmente destruidoras (art. 225, § 1º, IV); b) a sanção imposta pelo princípio ambiental do Poluidor-Pagador, o qual impõe a responsabilidade àqueles que causam danos ambientais de arcarem com o custos de recuperação do ato lesivo (art. 225, § 3º); c) a necessidade do Plano Diretor como instrumento legal que possibilita o limite ao direito de propriedade mediante o zoneamento urbano, controlando assim, as atividades potencialmente degradantes (lei 6938/81, art. 2º, V); d) função social necessária ao direito de propriedade, retirando sua característica de direito soberano, em prol da transindividualidade (art. 170, II e III).
Sendo a síntese do entrelaçamento entre o Direito Ambiental e o Direito Econômico o princípio do desenvolvimento sustentável, faz-se necessário examiná-lo mais detidamente: 
O desenvolvimento é sustentável quando satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a habilidade das futuras gerações em satisfazer as suas próprias necessidades, ou seja, sem inviabilizar os recursos equivalentes de que farão uso no futuro outras gerações. Este princípio certamente é o que melhor sintetiza o espírito da Carta Fundamental, e bem assim o das mais modernas legislações do mundo.
O desenvolvimento sustentável, de acordo com Cristiane Derani, visa obter um desenvolvimento harmônico da economia e da ecologia, numa correlação máxima de valores, onde o máximo econômico reflita igualmente um máximo ecológico, impondo um limite de poluição ambiental, dentro do qual a economia deve se desenvolver, proporcionando, conseqüentemente, um aumento no bem-estar social. Portanto, a defesa do meio ambiente na ordem econômica expressa claramente o princípio do desenvolvimento sustentável, pois que estabelece um controle do Estado sobre as atividades econômicas que ultrapassem os limites razoáveis de exploração ambiental, obrigando uma harmonização entre esferas até pouco tempo considerada independentes,de modo a alcançar uma qualidade de vida saudável para todos, lembrando que a intensificação ou diminuição deste controle é um assunto político vinculado às prioridades de quem estiver no exercício do governo.
Tal princípio não deve ser compreendido como óbice ao desenvolvimento tecnológico ou econômico, mas como forma de gestão racional de recursos naturais apta a impedir uma devastação ambiental desenfreada, de modo que as necessidades atuais possam ser atendidas sem causar prejuízos irrecuperáveis às futuras gerações. 
O fato de que a defesa do meio ambiente foi elevada ao nível de princípio da ordem econômica, tem o efeito de condicionar a atividade produtiva ao respeito do meio ambiente e possibilita ao poder público interferir drasticamente, se necessário, para que a exploração econômica preserve a ecologia. 
Até pouco tempo, tinha-se por óbvio, de modo expresso ou implícito, que a função do direito ambiental não poderia seriamente influir no ritmo de expansão de uma sociedade assentada no crescimento, pois nesta idéia de expansão estaria o germe indiscutível da política econômica do Estado contemporâneo. Tal obstinação pela pregação da concepção de crescimento fez dele um mecanismo que se tornou totalitário, dogmático, sendo grandemente responsável pelo constante fracasso da aplicação de uma política ambiental toda vez que atinge, ou procura atingir, algum ponto central de posições sócio econômicas. Esta visão setorizada não deve prosperar , se se quer fazer efetivos os princípios da Constituição Federal, prescritos sobretudo nos artigos 170 e 225.
É legítimo se concluir que não há essencialmente uma separação material entre economia e ecologia, porque a base do desenvolvimento das relações produtivas está na natureza, e a natureza só pode ser compreendida enquanto integrante das relações humanas - aqui inseridas, com todo o seu peso, as relações econômicas. Esta união visceral, necessariamente tem de se fazer sentir no interior do ordenamento jurídico. São estes os elementos que suportam a tese de que a realização do art. 225 da Constituição Federal passa pela efetivação do art. 170 e vice-versa.
O direito brasileiro não faculta a escolha entre princípios fundamentais como o da livre iniciativa / econômico e o do meio ambiente ecologicamente equilibrado / ambiental, quando são igualmente necessários para a consecução de uma finalidade essencial do texto constitucional : o da realização de uma existência digna.
Esta assertiva deve iluminar o espírito do julgador ao decidir sobre questões ambientais em seu confronto com o "desenvolvimento" , e se a coabitação não é possível, sem se ater a gestos inconseqüentes de poder, a iniciativa concreta e incapaz de comportar a hipótese de conciliação dos preceitos constitucionais, deve ser obstaculada, após se olvidar de todos os meios possíveis de conciliação entre o progresso econômico e o ecológico, outra conduta não será lícita ao membro da Magistratura, por exemplo, em defesa não do econômico ou do ambiental, mas da vontade suprema da Carta Magna, mãe de nossas leis, que ao criar gêmeos xipófagos, não quis contemplar qualquer possibilidade de dissociação, sendo certo que inexiste proteção constitucional à ordem econômica que sacrifique o meio ambiente.
Enfim, a natureza econômica do Direito Ambiental deve ser percebida como o simples fato de que a preservação e sustentabilidade da utilização racional dos recursos ambientais (que também são recursos econômicos, obviamente) deve ser encarada de forma a assegurar um padrão constante de elevação da qualidade de vida dos seres humanos que, sem dúvida alguma, necessitam da utilização dos diversos recursos ambientais para a garantia da própria vida humana.
Em última análise, sendo o Direito Econômico o ramo do Direito que trata, grosso modo, da intervenção do Estado na Economia, vê-se que a Legislação Ambiental, salvo normas específicas que objetivam tão somente a preservação de espécies animais e vegetais em extinção, ou que objetivam apenas a qualidade da vida humana, está voltada à regulação da atividade empresarial que se utiliza diretamente, ou expõem a risco o meio ambiente, impondo limites e formas de atuação específicas aos agentes econômicos, buscando atingir aquilo que se denominou de desenvolvimento sustentável, isto é, usar o meio ambiente sem esgotá-lo, destruí-lo ou inutilizá-lo.
É justamente a busca pela qualidade de vida o elemento que une os Direitos Econômico e Ambiental, uma vez que deve haver um equilíbrio entre o bem-estar econômico (aspecto quantitativo – ex: acumulação de bens materiais) e o bem-estar ambiental (aspecto qualitativo – ex: saúde física e psíquica). Neste sentido são as lições de André Ramos Tavares: 
A busca por uma boa qualidade de vida é objetivo último tanto do Direito econômico quanto do direito ambiental. Ocorre que, além da finalidade comum, também os meios de alcançá-la devem guardar correspondência entre si. É que, dada a escassez dos recursos naturais, ou, mais propriamente, sua quantidade finita, e tendo em vista as infinitas necessidades humanas, é preciso uma abordagem desenvolvimentista consciente com relação ao meio ambiente, sob pena de, invocando-se a busca de uma suposta melhoria da qualidade de vida, gerar efeitos exatamente opostos. (TAVARES, 2003, p. 199) 
É preciso entender que a natureza econômica do Direito Ambiental deve ser encarada como desenvolvimento, e não crescimento. Justamente; uma vez que o desenvolvimento congrega em sua acepção, a preocupação com a harmonia entre os elementos do meio ambiente, inserindo o ser humano como elemento participante desse sistema. Reside aí a influência do Direito Ambiental na órbita econômica. Rompendo com o Antropocentrismo que emana dos princípios econômicos, e de todo o sistema jurídico; apresenta o Direito de Desenvolvimento Sustentado, onde se reconhecem os direitos próprios da natureza, independentemente do valor que esta possa ter para o ser humano.
Finalmente, o Direito Ambiental insere-se no contexto econômico, com instrumentos próprios de intervenção, e regras de valor público; como fruto da luta dos cidadãos por uma nova forma e qualidade de vida.
BIBLIOGRAFIA: 
1. NOÇÕES ECONÔMICAS DE DIREITO AMBIENTAL - Alexandre Gazetta Simões http://www.botucatu.sp.gov.br/artigos/artigos/NO%C3%87%C3%95Es.pdf
2. O DIREITO AMBIENTAL COMO CATEGORIA DE DIREITO ECONÔMICO E SUA CONSEQUENTE INFLUÊNCIA NA ATIVIDADE EMPRESARIAL - http://www.evirt.com.br/monografias/juliocesar/cap01.htm
3. PALESTRA PROFERIDA PELO PROMOTOR DE JUSTIÇA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE ( DA CAPITAL) , NO CENTRO DE CONVENÇÕES DE PERNAMBUCO, POR OCASIÃO DO DIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
4. O princípio do desenvolvimento sustentável como limitação do poder econômico - Alexandre Sanson - http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2839/O-principio-do-desenvolvimento-sustentavel-como-limitacao-do-poder-economico
RIO + 20
O que é a Rio+20?
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, tem por objetivo “a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.”
A reunião oficial ocorre entre os dias 20 e 22 de junho e contará com a presença de chefes de estado e de governos dos países-membros das Nações Unidas. O principal objetivo é a adoção de um documento final que deverá nortear os rumos da governança verde em todo o mundo.
A Rio+20 tem potencial para ser o maior evento de política internacional dos próximos anos. Os debates buscam uma economia justa e devem abranger questões sociais, ambientais e econômicas.
As Nações Unidas definiram os seguintes temas para esta conferência:
Economia verde
No contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, os debates acerca deste tema devem repensar o desenvolvimento de forma que seja ambientalmente sustentável,socialmente igualitário e economicamente acessível.
Para a economia verde é preciso uma análise global e um entendimento geral dos fenômenos naturais para ações eficazes em todos os níveis. Referente a economia, trata-se de condições favoráveis a todas as gerações futuras e presentes. Além do fator ambiental e econômico há ainda as questões sociais a serem tratadas. O conceito de economia verde está focado na junção de ambiente com economia, questões apontadas na conferência Rio 92.
Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável
Possui como principal objetivo inserir o multilateralismo como instrumento para solução de problemas globais, além de pressionar as instituições internacionais para os problemas relacionados aos três pilares do evento: social, ambiental e econômico.
Foi elaborado um documento de contribuição brasileira à conferência da Rio+20 a partir dos trabalhos da Comissão Nacional para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, com base em extensas consultas à sociedade e a órgãos do Governo.
Por que o nome “RIO+20”?
O nome se refere aos 20 anos que se passaram desde a Eco 92.
O que foi a Eco 92?
A primeira conferência mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente foi realizada em Estocolmo, no ano de 1972. Após a apresentação de diversas pesquisas e o pronunciamento de diversos chefes de Estado, foi proposto um documento referente a preservação dos recursos ambientais. Foi a primeira vez que o mundo inteiro se voltou para o tema. Após vinte anos foi realizada, na cidade do Rio de Janeiro, juntamente com eventos paralelos pelo país, a Eco 92 ou Rio 92 que contou com a participação de delegados de 172 países e 108 chefes de Estado, além de mais de dez mil jornalistas e representantes de 1.400 ONGs. Ficou conhecida como a mais importante conferência sobre meio ambiente da história. Os temas dos debates foram: proteção aos solos, por meio do combate ao desmatamento, desertificação e seca; proteção da atmosfera, por meio do combate às mudanças climáticas; proteção das áreas oceânicas e marítimas; conservação da diversidade biológica, controle de biotecnologia, controle de dejetos químicos e tóxicos; erradicação de agentes patogênicos e proteção das condições de saúde. Neste evento, os principais avanços foram:
Convenção sobre Diversidade Biológica;
Conferência das Partes (COPs);
Declaração do Rio
Agenda 21
Declaração sobre princípios de floresta
Carta da Terra
Documento oficial da Rio+20 na íntegra em português
http://tvmeioambiente.com.br/tvrio20/documento-oficial-da-rio20-na-integra/
III. A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza
A política de economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza deve:
(A) ser consistente com o direito internacional; 
(B) respeitar a soberania nacional de cada país sobre seus recursos naturais tendo em conta as suas especificidades nacionais, objetivos, responsabilidades, prioridades e espaço político em relação às três dimensões do desenvolvimento sustentável; 
(C) ser apoiada por um ambiente favorável e bom funcionamento dos estabelecimentos de todos os níveis, com um papel de liderança para os governos e com a participação de todas as partes interessadas, incluindo a sociedade civil; 
(D) promover sustentado e inclusivo crescimento econômico, promover a inovação e oferecer oportunidades, benefícios e capacitação para todos eo respeito de todos os direitos humanos; 
(E) levar em conta as necessidades dos países em desenvolvimento, particularmente aquelas em situações especiais; 
(F) reforçar a cooperação internacional, incluindo a provisão de recursos financeiros, capacitação e transferência de tecnologia para países em desenvolvimento; 
(G) efetivamente evitar condicionalidades injustificadas; 
(H) não constituem um meio de discriminação arbitrária ou injustificável ou uma restrição disfarçada ao comércio internacional, evitando ações unilaterais para lidar com desafios ambientais fora da jurisdição do país importador, e assegurar que as medidas ambientais que abordam transfronteiriço ou os problemas ambientais globais, tanto quanto possível, baseiam-se em um consenso internacional; 
(I) contribuir para colmatar as lacunas de tecnologia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e reduzir a dependência tecnológica dos países em desenvolvimento, utilizando todas as medidas adequadas; 
(J) melhorar o bem-estar dos povos indígenas e suas comunidades, outras comunidades locais e tradicionais, e as minorias étnicas, reconhecendo e apoiando a sua identidade, cultura e interesses e evitar pôr em perigo a sua herança cultural, práticas e conhecimentos tradicionais, preservando e respeitando o mercado não abordagens que contribuem para a erradicação da pobreza; 
(K) melhorar o bem-estar das mulheres, crianças, jovens, pessoas com deficiência dos pequenos agricultores e agricultores de subsistência, pescadores e aqueles que trabalham em pequenas e médias empresas, e melhorar as condições de vida e capacitação dos grupos pobres e vulneráveis, em particular nos países em desenvolvimento; 
(L) mobilizar todo o potencial e assegurar a contribuição igual de homens e mulheres; 
(M) promover atividades produtivas nos países em desenvolvimento que contribuem para a erradicação da pobreza; 
(N) abordar a preocupação com as desigualdades e promover a inclusão social, incluindo os pisos de proteção social; 
(O) promover o consumo sustentável e os padrões de produção e prosseguir os esforços para se esforçam para, inclusive, o desenvolvimento eqüitativo aproxima-se para superar a pobreza e a desigualdade. 
IV. Quadro institucional para o desenvolvimento sustentável
O quadro institucional para o desenvolvimento sustentável inter alia:
(A) promover a integração equilibrada das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômico, social, ambiental); 
(B) basear-se numa abordagem de ação-e orientada para resultados tendo em devida conta todos os relevantes temas transversais com o objetivo de contribuir para a implementação do desenvolvimento sustentável; 
(C) ressaltam a importância das interligações entre os principais problemas e desafios e a necessidade de uma abordagem sistemática para eles em todos os níveis relevantes; 
(D) reforçar a coerência, a reduzir a fragmentação e sobreposição e aumentar a eficiência, eficácia e transparência, reforçando a coordenação e cooperação; 
(E) promover a participação plena e efetiva de todos os países em processos de decisão; 
(F) envolver os líderes políticos de alto nível, proporcionar orientação, bem como identificar ações específicas para promover a implementação eficaz de desenvolvimento sustentável, nomeadamente através da partilha voluntária de experiências e lições aprendidas; 
(G) promover a interface ciência-política através, inclusive, baseada em evidências e transparentes avaliações científicas, bem como o acesso a dados confiáveis, relevantes e oportunas em áreas relacionadas com as três dimensões do desenvolvimento sustentável, com base nos mecanismos existentes, conforme o caso; neste contexto, reforçar a participação de todos os países internacionais processos de desenvolvimento sustentável e capacitação principalmente para os países em desenvolvimento, inclusive na condução de seu próprio monitoramento e avaliação; 
(H) melhorar o envolvimento e participação efetiva da sociedade civil e outras partes interessadas em instâncias internacionais relevantes e, nesse sentido promover a transparência e a ampla participação do público e as parcerias para implementar o desenvolvimento sustentável;
(I) promover a revisão e balanço dos progressos realizados na implementação de todos os compromissos de desenvolvimento sustentável, incluindo compromissos relacionados com meios de implementação.

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