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CENTRO UNIVERSITARIO DE RIO PRETO
-UNIRP
CURSO- AGRONÔMIA
KELVIN MURILO BARBOSA
RAFAEL BIANCHI
PRINCIPAIS DOENÇAS DO ABACAXI
(ETIOLOGIA,SINTOMAS E CONTROLE)
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2014
INTRODUÇÃO
O abacaxi é um fruto produzido em clima tropical e subtropical muito apreciado e consumido em todo o mundo, tanto ao natural quanto na forma de produtos industrializados, destacando-se o consumo sob a forma de compotas e sucos. O abacaxizeiro é uma planta monocotiledônea, herbácea e perene, da família Bromeliacea, onde todas as cultivares de interesse econômico pertencem à espécie Ananas comosus (L.) Merril. Seu fruto é múltiplo, do tipo sincarpo, formado pela coalescência de frutos individuais, das brácteas adjacentes e do eixo da inflorescência, e resultam do desenvolvimento de inflorescência composta por 100 a 200 flores individuais, arrumadas em espiral em volta do eixo.
O abacaxi já era cultivado pelos indígenas em extensas regiões do Novo Mundo, antes do descobrimento. Origina-se da América tropical e subtropical, ao que parece na região centro-sul do Brasil, nordeste da Argentina e o Paraguai. Contudo, estudos recentes a partir da coleta de germoplasmas no Brasil, Venezuela e Guiana Francesa, indicam um centro de origem ao norte do Rio Amazonas, desta maneira diversos pesquisadores tem proposto um centro de origem e domesticação dos abacaxis nas bacias do Rio Negro e Rio Orinoco.Em 4 de novembro de 1493, Colombo e seus marinheiros descobriram o abacaxizeiro em Guadalupe, nas Pequenas Antilhas, promovendo a partir deste momento sua disseminação pelo mundo, tornando-o uma das infrutescências mais apreciadas pelo globo.
O Brasil tem se destacado como produtor mundial de frutos do abacaxizeiro e é o terceiro maior produtor, sendo superado apenas pela Tailândia e as Filipinas . A abacaxi cultura brasileira é uma atividade promotora de reconhecido benefício socioeconômico, principalmente para as regiões Sudeste e Nordeste, onde a cultura está concentrada, dada a existência de condições climáticas ideais
O abacaxizeiro é cultivado em todos os estados brasileiros, sendo Pará,Paraíba e Minas Gerais,os principais estados produtores seguidos da Bahia,Rio Grande do Norte e São Paulo. As menores áreas cultivadas com essa fruteira no país encontram-se no Rio Grande do Sul, Alagoas e Sergipe. A distribuição por regiões fisiográficas mostra o Nordeste com a maior área cultivada, seguido do Norte e do Sudeste, as quais, em conjunto, participam com mais de 92% da área cultivada com essa frutífera no País. O Sudeste é a região maior consumidora de abacaxi do Brasil.
Nas diferentes regiões produtoras do mundo o abacaxizeiro é atacado por diversos patógenos, a exemplo fungos, bactérias, vírus.
PRINCIPAIS DOENÇAS DO ABACAXI
FUSARIOSE
A fusariose é a principal doença da cultura do abacaxi no Brasil. A estimativa de perdas situa-se em
30% para o caso de frutos e cerca de 20% para mudas. Atualmente, a doença ocorre praticamente em todas as regiões produtoras do Brasil e os dois principais cultivares, Pérola e Smooth Cayenne, são suscetíveis à doença.
Etiologia 
 
A fusariose é causada pelo fungo Fusarium subglutinans, classe Deuteromicetos, ordem
Moniliales e família Tuberculariaccae. 
O fungo F subglutinans apresenta elevado grau de especificidade fisiológica, mostrando-se
patogênico apenas para o abacaxi. Sua penetração dá-se, normalmente, através de ferimentos naturais
existentes na base das mudas, formados durante seu desenvolvimento, ou em ferimentos ocasionados por insetos e ácaros. A própria morfologia das folhas contribui para que os conídios eventualmente existentes na sua superfície sejam arrastados pela chuva para a base das plantas, onde o patógeno pode iniciar o processo de colonização em ferimentos originários do desenvolvimento lateral das gemas ou por danos mecânicos causados por razões de outra natureza. O principal sítio de infecção é, no entanto, constituído pelas inflorescências. A penetração do patógeno dá-se através do canal estilar e dutos nectários durante a antese.Os danos causados pela broca dos frutos contribuem também para a penetração do fungo.
A disseminação pode ocorrer naturalmente através do vento ou com a ajuda de vários insetos. A disseminação a longas distâncias dá-se principalmente por meio de mudas infectadas.
Sob condições de laboratório, o crescimento micelial e a esporulação de F subglutinans dá-se entre
10 e 30C (máximo a 25C). Abaixo de 90% de umidade relativa do ar a germinação dos conídios é
consideravelmente reduzida. Em condições de campo, tem-se verificado uma alta correlação entre a
incidência de chuva durante o florescimento e a severidade da doença.
Pelo fato de não produzir estrutura de resistência, isto é, clamidósporos, e apresentar baixa
capacidade competitiva, F subglutinans não sobrevive no solo por longos períodos. Mudas infectadas e
enterradas perdem a capacidade de servir como fonte de inóculo após 30 dias. Entretanto, tem-se
comprovado a eficiência do patógeno na forma epífita em folhas de abacaxi e de ervas daninhas.
Sintomas
O patógeno é capaz de infectar todas as partes da planta. Em frutos ainda verdes observa se
exsudação de goma na sua superfície. Há uma tendência de amarelecimento precoce. Este sintoma,
geralmente, distingue-se daqueles produzidos pela broca dos frutos, cuja exsudação gomosa dá-se, normalmente, entre os frutos verdes. Com a evolução da doença, as partes lesionadas internas dos frutos perdem a rigidez, encolhem-se, e os frutos tornam-se deformados. Frutos em estádios mais avançados de desenvolvimento e maturação, quando doentes, apresentam as áreas externas correspondentes aos tecidos infectados com coloração parda a marrom. No estádio final, podem ser parcial ou totalmente afetados, perdem a rigidez e se mumificam, podendo ocorrer um crescimento rosado do fungo nos tecidos mais externos.
No talo, as lesões normalmente restringem-se à parte basal, tanto em plantas adultas como em mudas
ainda aderidas à planta-mãe. No caso de plantas adultas, as lesões são sempre acompanhadas de podridão gomosa enquanto que, com mudas, a exsudação gomosa normalmente é menos pronunciada. As plantas originadas de mudas infectadas, ou que foram infectadas após o plantio, podem apresentar sintomas de encurtamento do talo, morte do ápice, enfezamento e clorose. Normalmente, os tecidos infectados do talo exalam odor característico de bagaço de cana em fermentação.
Controle
Nenhuma medida tem, isoladamente, dado resultado satisfatório no controle da doença.
Torna-se necessário, portanto, a combinação de várias técnicas. Essas técnicas visam, primordialmente, manter o inóculo em nível baixo. Entretanto, embora as medidas de controle devam ser empregadas sempre que necessárias e em vários estádios do ciclo da cultura, em duas fases são fundamentais: obtenção das mudas e florescimento.
Na obtenção das mudas preconiza-se os seguintes cuidados: a) seleção de plantas cujos frutos
produzidos nunca produziram sintomas da doença; b) aos 30 e aos 7 dias antes da colheita das mudas,
pulverizar com benomyl a 0,05%; e) corte do cacho e cura das mudas, na própria planta ou em local seco. A cura consiste em expor as mudas ao sol durante 2 a 3 semanas, logo após a sua colheita. Esta prática permite identificar e descartar grande parte das mudas eventualmente doentes. Alternativas adicionais que têm também sido empregadas com sucesso na obtenção de mudas sadias envolvem sua produção mediante separação do talo e tratamento das inflorescências com o ácido clorfluorenol-metil-éster (0,0112%).
Por ocasião da seleção das mudas recomenda-se que sejam padronizadas por tamanho e peso. Cerca
de 2 a 3 meses após o plantio, plantas com sintomas devem ser arrancadas e substituídas por sadias mantidas em viveiro. Posteriormente, qualquer planta eventualmente doente deve ser eliminada.
Para facilitar a proteção das inflorescências torna-se necessário proceder à sua uniformização.Para isso, pode ser usado carbureto de cálcio, solução de acetileno ou ethephon. O controle da doença deve ser iniciado a partir da fase de avermelhamento e estender-se até o fechamento das últimas flores, mediante o uso quinzenal de benomyl a 0,05%. Neste período, de cerca de 60 a 70 dias, torna-se necessário também o controle da broca dos frutos, uma vez que esta praga, além de importante economicamente, ocasiona ferimentos que facilitam a entrada do patógeno. Outras práticas que têm contribuído para o controle da doença envolvem a realização de uma pulverização de benomyl+inseticida na fase de avermelhamento, seguido de ensacamento dos frutos recém-emitidos, usando-se sacos de papel do tipo semi-kraft. O ensacamento não altera as qualidades originais do fruto. Além do ensacamento, a inibição da abertura das flores, mediante o uso de ácido cloroflurenol, tem contribuído para o controle da doença.
Produto Indicado
Iniciar aos 40 dias após a indução floral e repetir a cada 15 dias até o fechamento total das flores. São feitas normalmente três aplicações.
PODRIDÃO NEGRA
A podridão negra, também conhecida por podridão mole e podridão do fruto maduro, é, depois da
fusariose, a mais importante doença nas nossas condições. Seu agente causal é polífago, incidindo sobre diversas espécies vegetais, incluindo-se arroz, bananeira, cacaueiro, cana-de-açúcar, Crotalaria junceae, além de outras plantas. É uma doença que ocorre essencialmente durante o transporte e o armazenamento, com incidência, às vezes, de 70% dos embarques realizados
Etiologia 
O agente causal da podridão negra, Ceratocystis paradoxa (De Seynes) Moreau, é um
fungo ascomiceto, da ordem Microascales, família Ophiostomataceae. Corresponde, na fase anamórfica, ao fungo imperfeito Thielaviopsis paradoxa (De Seynes) Hoehn. T paradoxa, além de possuir grande número de plantas hospedeiras, também vive saprofiticamente, sem apresentar grandes dificuldades de sobrevivência de um ano para outro. O teleomorfo é difícil de ser encontrado na natureza.
O patógeno é, essencialmente, um parasita que necessita de ferimento para infectar, não causando
lesões em órgãos sadios, exceto quando os tecidos são muito novos ou quando expostos a condições de alta umidade. A seca e a insolação são condições desfavoráveis ao seu desenvolvimento. Esta doença pode se constituir no principal problema se os frutos colhidos forem mantidos a temperatura ambiente por período superior a três dias. O uso de refrigeração (8-9C) retarda a infecção de C. paradoxa, mas não evita seu desenvolvimento. A temperatura ótima para o desenvolvimento do fungo está em torno de 25C. Abaixo de 15 ou acima de 34C, o fungo tem o seu desenvolvimento retardado.
Sintomas
A doença manifesta-se quase que exclusivamente no fruto maduro, especialmente na região de inserção do pedúnculo e a base do fruto. Em frutos maduros, a doença é caracterizada pela decomposição total dos tecidos, que amolecem, liquefazem-se e adquirem uma coloração pardo-amarelada, deixando exalar um cheiro etéreo agradável, originário da fermentação da glicose. O fungo penetra sempre por ferimentos e pode colonizar todo o fruto, incluindo-se a casca e a parte basal das folhas. No estádio final de infecção, o fruto desagrega-se, torna-se esponjoso e a polpa, exposta ao ar, cobre-se de um revestimento negro, constituído pelos esporos do fungo.
O apodrecimento de mudas, a partir da extremidade que se encontra ferida, pode ocorrer esporadicamente. Além do forte escurecimento dos tecidos infectados, outra diferença entre a podridão negra e a fusariose, nas mudas, é a ausência de goma nas plantas infectadas.
Controle
O controle da podridão negra, nos frutos, deve ser preventivo. As seguintes medidas são
recomendadas: a) evitar qualquer tipo de ferimento nos frutos; b) não realizar a colheita em dias chuvosos; e) deixar um pedaço de pedúnculo no fruto durante a colheita; d) imergir os frutos em benomyl ou captan ou imergir o pedúnculo em triadimefon (0,03%) durante 1 minuto; d) tomar cuidado com a embalagem e o transporte, principalmente quando se visa o comércio externo; e) desinfestar os locais de embalagem e armazenamento dos frutos; f) frigorificar a temperaturas abaixo de lOC. Outros fungicidas que têm se mostrado altamente promissores, com eficiência superior ao benomyl, são o bitertanol, flusilazole, guazatine, myclobutanil, penconazole e propiconazole. Entretanto, nenhum destes produtos tem registro para a cultura do abacaxi no Brasil. Resultados promissores têm também sido obtidos com tratamento por radiação gama na faixa de 50 a 250 Gy, combinado com armazenamento entre 11 e 13C.
Produto Indicado
Orthocide 500 é um fungicida indicado para aplicação foliar no controle de doenças fúngicas nas culturas do abacaxi 
As aplicações devem ser preventivas a partir do plantio das mudas com intervalos de 10 dias com o número máximo de 4 pulverizações
PODRIDÃO DO OLHO
O fungo Phytophthora nicotianae é o agente causal da podridão-do-topo ou podridão-do-olho, que é uma importante doença da cultura do abacaxi. Este fungo causa o apodrecimento da região apical da planta, impossibilitando a frutificação. Quando o fungo ocorre nos estágios iniciais do desenvolvimento da planta, causa a morte das plantas infectadas, resultando em perdas significativas.
Etiologia 
A dispersão é feita principalmente pela água de irrigação e da chuva, tendo grande importância em culturas instaladas em terrenos sujeitos a encharcamento ou com drenagem insuficiente, como também em áreas com auto índice pluviométrico ou com irrigação mal manejada. 
As condições favoráveis para a ocorrência e crescimento do fungo são umidade relativa elevada e temperaturas em torno de 30 a 32 °C.
Sintomas
As folhas mais novas quando infectadas apresentam coloração amarelo-fosco a cinza, enquanto que nas demais folhas, com o desenvolvimento da doença, formam-se lesões translúcidas na porção basal, as quais aumentam rapidamente.
 A região de transição entre o tecido infectado e o sadio apresenta coloração marrom-escura.Quando o fungo ocorre logo após o plantio causa clorose, murcha e morte das plantas.
Se dá a partir da base das folhas até o fungo atingir a região apical do caule. Quando esta é retirada, permanece no local uma podridão mole, de odor desagradável, promovida pela invasão de microorganismos secundários.
Controle
A resistência varietal não é uma medida de utilização prática para o controle de P. nicotianae. A escolha de solos bem drenados, não sujeitos a encharcamento, é a primeira medida a ser adotada para controle desse fungo. Também se deve realizar o plantio em camalhões com cerca de 25 cm de altura, dar preferência a utilização de mudas tipo rebentões ou filhotes, que são menos susceptíveis à infecção do fungo que as mudas tipo coroa, e durante a capina deve-se evitar a colocação de plantas daninhas sobre as plantas de abacaxi, para evitar a contaminação da base das folhas do abacaxizeiro por meio do solo contaminado presente nas raízes
Produto Indicado
Tratar as mudas (metade de coroa) por imersão durante 2 a 3 minutos numa calda de ALIETTE de 1g de p.c./1 litro de água. Fazer 3 pulverizações foliares iniciando a 1ª 15 dias após o plantio, e as outras duas a cada 15 dias, usando 2,5 g do p.c./1 litro de água. (600-1000 L de calda/ha).
PODRIDÃO DAS RAIZES
Phytophthora cinnamomi está presente em quase todas as regiões produtoras de abacaxi do Brasil, possuindo ampla gama de hospedeiras.O fungo causa principalmente a podridão do topo e das raízes.
Etiologia 
A podridão do topo e a podridão de raízes são ocasionadas principalmente por Phytophthora
cinnamomi Rands e P parasitica.
 O fungo pode sobreviver por muito tempo como saprófito. No solo, sem a presença de plantas hospedeiras, Phytophthora cinnamomi sobrevive por períodos de até oito anos na forma de clamidósporo. Nas raízes, essa sobrevivência aumenta, chegando a 15 anos. 
Os zoósporosproduzidos sobre os tecidos doentes necessitam de água livre para se locomover e infectar a planta. Portanto, umidade elevada do solo, assim como temperatura entre 21 e 30 °C são fatores que favorecem o desenvolvimento da doença.
Sintomas
As plantas de abacaxizeiro com a podridão-de-raízes apresentam inicialmente alterações na coloração verde das folhas, que passa a amarela. Com o progresso da doença, as folhas perdem a turgescência, os bordos enrolam-se e as extremidades curvam-se para baixo, mostrando uma sintomatologia semelhante à da murcha. As plantas com estes sintomas apresentam o sistema radicular completamente apodrecido, sendo facilmente arrancadas do solo. Em alguns casos o fungo P. cinnamomi pode passar das raízes para o caule e provocar a podridão-do-olho .
A doença pode ocorrer em qualquer fase de desenvolvimento do abacaxizeiro. Sendo um habitante do solo e requerendo água para esporular, o patógeno tem sua incidência em plantios de abacaxi favorecida pela alta precipitação pluviométrica, má drenagem e reação alcalina do solo. Baixas temperaturas, entre 19 e 25º C, também são favoráveis à infecção e ao desenvolvimento da doença.
Controle
Sendo uma doença cuja incidência está diretamente relacionada com o teor de umidade do solo, são muito importantes as práticas culturais, principalmente em relação à escolha do terreno para plantio das mudas, devendo-se preferir solos leves, bem drenados, com boa aeração e não sujeitos a encharcamento.
Para o controle de Phytophthora cinnamomi recomenda-se evitar o adensamento e os ferimentos nas plantas. Os pomares devem estar localizados em áreas de boa drenagem e sempre utilizar mudas de boa qualidade e isentas do patógeno. Os restos de cultura e plantas doentes devem ser eliminados . Não possui nenhum produto registrado na Agrofit para o controle de P. cinnamomi.
MANCHA AMARELA
A mancha-amarela é uma doença de etiologia viral que pode infectar o fruto e a planta do abacaxizeiro. De maneira geral, esta doença não apresenta ameaça para a cultura do abacaxi devido à implementação de medidas eficientes de controle
Etiologia 
A mancha-amarela é causada pelo Tomato spotted wiltvírus, o agente causal da mancha-amarela tem como vetores algumas espécies de Trips, dentre as quais destacam-se Trips tabaci, Frankliniella schultzei,Frankliniella fusca e Frankliniella occidentalis. Outra característica importante desta doença é a ocorrência de níveis variáveis de suscetibilidade entre os diferentes materiais propagativos, sendo as coroas mais suscetíveis que os rebentões, enquanto os filhotes apresentam suscetibilidade intermediária.
Sintomas
Os sintomas começam com o aparecimento de manchas pequenas, arredondadas e de coloração amarelada na parte clorofilada da folha. Com o progresso da doença, as lesões alongam-se em direção à base, coalescem e necrosam o tecido.Da base da folha infectada o vírus passa, por contato, para as folhas mais novas. Em estádio mais avançado de desenvolvimento, as folhas apresentam-se necrosadas e com coloração marrom-escura. Em estádio final, o vírus pode atingir o meristema apical, resultando na morte da planta. A infecção nos frutos ocorre durante a floração, causando a formação de áreas necróticas e cavidades de profundidade variável na polpa. O fruto pode ser também infectado através da coroa.
Controle
O controle da mancha-amarela fundamenta-se na integração de práticas culturais, iniciando com a escolha do material propagativo, devendo-se evitar a utilização de coroas para instalação dos novos plantios. Considerando-se que plantas de tomate, berinjela, batata, petúnia e fumo são hospedeiros do patógeno, deve-se evitar o plantio de abacaxi próximo a áreas plantadas com essas culturas e também não utilizá-las como culturas intercalares, ou mesmo em rotação com o abacaxizeiro. Estes cuidados são fundamentados nos resultados experimentais de transmissão mecânica de um isolado do vírus-do-vira-cabeça-do-tomateiro (tospovirus) para mudas de abacaxizeiro, causando manchas cloróticas. Durante o ciclo vegetativo do abacaxizeiro, devem-se controlar as ervas daninhas, hospedeiras do patógeno.
CONCLUSÃO
Uma vez implantada a cultura, justifica-se um manejo adequado da mesma durante as fases pré e pós-colheita, visando reduzir incidência de pragas e doenças que possam ocorrer durante os ciclos vegetativo e reprodutivo, através de um conjunto de práticas tecnicamente viáveis e ecologicamente corretas.
O controle químico constitui-se, sem dúvida, na etapa mais complicada do controle de pragas e doenças que incidem sobre a cultura do abacaxi. Ao contrário de outras culturas, a indústria agroquímica tem investido relativamente poucos esforços na pesquisa e desenvolvimento de produtos visando o controle dos problemas fitossanitários que afetam a cultura do abacaxi. Tal fato é traduzido pelo pequeno número de defensivos registrados no Ministério da Agricultura, oferecendo poucas opções para os abacaxicultores.
O conhecimento dos mecanismos de resistência genética também é um importante componente no manejo das práticas de controle integrado, proporcionando uma alternativa para o controle das doenças que reduzem os custos de produção, além de evitar o uso de produtos químicos. Tendo em vista a possível variabilidade dos patógenos e as diferentes condições climáticas das regiões produtoras de abacaxi, torna-se importante investigar o comportamento dos novos genótipos, submetendo-os a testes de validação em diferentes agroecossistemas, nas condições de campo em propriedades agrícolas 
REFERENCIAS
 < http://agrofit.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons > acesso em : 01. novembro. 2014
H. Kimati /L. Amorim/ A. Bergamin Filho/L.E.A. Camargo/J.A.M. Rezende.Manual de Fitopatologia.Volume 2, Capítulo 2, paginas 18-22.
<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Abacaxi/SistemaProducaoAbacaxiExtremoSulBahia/pragas.htm > acesso em : 01. novembro. 2014
< http://fitopatologia1.blogspot.com.br/2010/12/revisao-bibliografica-do-abacaxi-ananas.html > acesso em : 03. novembro. 2014

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