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* Strongyloides stercoralis Disc. Parasitologia Curso: Enfermagem/Nutrição Profª Msc. Áurea Welter * Duas espécies do Gênero Strongyloides são consideradas infectantes para os humanos: Strongyloides stercoralis Strongyloides fuelleborni - África e Ásia. Estrongiloidíase * Morfologia: Fêmea partenogenética: - corpo cilíndrico, 1,7 a 2,5 mm de comp., 30 a 40 ovos por dia e esses ovos já estão larvados, parasita o homem. 2) Fêmea de vida livre: -0,8 a 1,2 mm de comp., não parasita o homem. 3) Macho de vida livre: - 0,7mm de comp., não parasita o homem. * Morfologia: Fêmea partenogenética: - corpo cilíndrico, 1,7 a 2,5 mm de comp.; extremidade anterior é arredondada e a posterior afilada; 30 a 40 ovos/dia já estão larvados, parasita o homem. 2) Fêmea de vida livre: -0,8 a 1,2 mm de comp.; extremidade anterior arredondada e posterior afilada; não parasita o homem. 3) Macho de vida livre: - 0,7mm de comp.; extremidade anterior é arredondada e a posterior recurvada não parasita o homem. * Morfologia: 4) Ovos: são elípticos, parede fina e transparente -fêmea partenogenética: 0,05 x 0,03 mm. - fêmea de vida livre: 0,07 x 0,04 mm interior dos ovos: larva L1 eclode no intestino do homem liberando a larva que será eliminada junto com as fezes. Excepcionalmente, ovos podem ser observados nas fezes de indivíduos com diarréia ou após utilização de laxantes. * Morfologia: 5) Larvas rabditóides: 0,2 a 0,3 mm de comp,; apresentam vestíbulo bucal curto o que as diferencia das larvas de ancilostomídeo, que apresentam vestíbulo bucal alongado; possui cauda pontiaguda; eliminada junto com as fezes estágio de diagnóstico. * Morfologia: 6) Larvas filarióides: 0,35 a 0,5 mm de comprimento; apresentam vestíbulo bucal curto; porção anterior é ligeiramente afilada e a posterior afina-se gradualmente terminando em duas pontas, conhecida como cauda entalhada; estão presentes no meio externo , sendo a forma infectante (L3) para o homem. * Fêmea parasita partenogenética Fêmea de vida livre Macho de vida livre Larva rabditóide Larva filarióide Ovo larvado Ovo embrionado * Larva rabditóide * Ciclo de vida: monoxênico a) Ciclo direto ou partenogenético (fase no hospedeiro humano): larvas rabditóides (L1, sendo esta 3n) eliminadas junto com as fezes sofrem uma muda (L2) e posteriormente outra originado as larvas filarióides infectantes (L3). * b) Ciclo indireto ou de vida livre (fase no meio externo): larvas rabditódes (L1, sendo esta 1n- macho ou 2n- fêmea) eliminadas junto com as fezes sofrem quatro mudas larvárias e se diferenciam em formas adultas machos e fêmeas sexualmente maduros. após a fecundação a fêmea elimina os ovos e no interior destes se encontra larva rabditóide (L1, sendo esta 3n) que sofre duas mudas originando a larva filarióide infectante(L3). * Ciclos direto e indireto: se completam pela penetração ativa da larva filarióide (L3) na pele e/ou mucosa oral ou gástrica do homem. L3→ corrente circulatória ou linfática → pulmão: sofre nova muda (L4)→ L4 migra árvore brônquica faringe: expelida ou deglutida → intestino delgado → fêmea partenogenética→ oviposição: ovos larvados eclodem no intestino → larva rabditóide (L1, que pode ser 1n, 2n ou 3n) → eliminada junto com as fezes (estágio diagnóstico). * Ciclo biológico: monoxênico * Ciclo biológico 1n= macho 2n=fêmea 3n= larva filarióide 3n- viável por 4 semana 1n 2n 3n 15 a 25 dias após infecção: liberação ovos * Habitat:criptas da mucosa duodenal e porção superior do jejuno. Transmissão: Heteroinfecção: penetração larva filarióide (L3) na pele, mucosa da boca e esôfago + frequente. 2) Auto infecção externa: larvas rabditóides → região perianal transformam-se L3→ penetram a pele da região perianal completando o ciclo direto crianças, idosos, pacientes internados que defecam na fralda, roupa ou indivíduos que por deficiência de higiene, deixam pemanecer restos fecais na região perianal. * Transmissão: 3) Auto infecção interna: larvas rabditóides → luz intestinal transformam-se L3 → penetram na mucosa intestinal completando o ciclo direto indivíduos com constipação intestinal, em que se observa um retardo da eliminação do material fecal. * Patogenia e manifestações clínicas: Cutânea: inflamação no local da penetração das larvas ou devido a migração das larvas filarióides no tecido subcutâneo determinando um aspecto serpiginoso com prurido, lesão caracterizada como larva currens, avançando de 5 a 15 cm por hora. b) Pulmonar (larvas): tosse e dispnéia, quadros mais graves, de pneumonia, edema pulmonar e insuficiência respiratória. * c)Intestinal (fêmeas partenogenéticas, ovos e larvas): Enterite catarral: - parasito localizado nas criptas glandulares - inflamação leve produção de muco. 2) Enterite edematosa: - parasitos localizados nas túnicas da parede intestinal - reação inflamatória com edema síndrome de má-absorção - desaparecimento do relevo mucoso * 3) Enterite ulcerosa: - inflamação, ulceração → conseqüência: formação de tecido fibrótico: rigidez da mucosa intestinal e alteração do peristaltismo: íleo paralítico (irreversível). invasão bacteriana septicemia. -Sintomas: - diarreia - desidratação - náusea - emagrecimento - vômito - esteatorreia - choque hipovolêmico que associado às outras condições, pode ser fatal. * d)Disseminada: neoplasias malignas, e imunocomprometidos, íleo paralítico ou constipação intestinal que favorecem auto-infecção, com grande produção de larvas filarióides e rabditóides no intestino, as quais alcançam a circulação e atingem múltiplos órgãos. Locais: além do intestino e pulmões, são encontradas nos rins, fígado, vesícula biliar, coração, cérebro, pâncreas, próstata, glândulas mamárias e linfonodos. Sintomas: dor abdominal, diarréia intensa, pneumonia hemorrágica, insuficiência respiratória culminando com óbito. * Sintomatologia da estrongiloidíase crônica - anemia diarreia fraqueza emagrecimento irritabilidade insônia dor no hipocôndrio direito, simulando uma úlcera gástrica * Epidemiologia distribuição em área de clima tropical e temperado, com maior freqüência nas regiões quentes e úmidas. nos países desenvolvidos, a infecção prevalece em trabalhadores rurais e agricultores. nos países tropicais, a infecção prevalece em crianças. fatores epidemiológicos: - contaminação do solo com fezes - temperatura entre 25 a 35°C - solo arenoso, úmido, rico em matéria orgânica e com ausência de luz direta. * Profilaxia: -usar calçados -lavar adequadamente os alimentos consumidos crus -melhorar os hábitos de higiene pessoal -tratar indivíduos infectados -saneamento básico -educação sanitária * Diagnóstico:larvas de S. stercoralis podem ser pesquisadas em: Fezes (larvas rabditóides): utilizar o método de Baerman-Moraes. Secreção pulmonar (larvas filarióides): pesquisa das larvas através de exame direto do escarro ou lavado broncoalveolar. Métodos imunológicos: ELISA, Imunofluorescência Indireta detecção de anticorpos. * Tratamento: Tiabendazol: 50 mg/Kg/dia, durante 3 dias. Albendazol: 400mg/dia, durante 3 dias. - Ivermectina: 200 g/Kg, dose única.
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