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ARTIGO PRONTO REGIONAL

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POSSIBILIDADES DO CONCEITO DE REGIÃO NA PESQUISA GEOGRÁFICA
Aline Jaqueline Braun[1: Acadêmica do quarto ano do curso de Geografia/Licenciatura pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) Campus de Marechal Cândido Rondon – PR.]
Introdução
Este estudo tem como objetivo trabalhar o conceito de região, tendo em vista que esse conceito é entendido como uma realidade social integrada ao espaço, e também fazer um comparativo amplo sobre as diversas correntes do pensamento geográfico.
Sendo assim as metodologias utilizadas são feitas a partir de pesquisas bibliográficas e apresentaremos as contribuições que a geografia vem trazendo para a sociedade que é resultada de intensas descrições, análises, discussões, debates, divergências e até mesmo profundos enfrentamentos teóricos e metodológicos. Os enfrentamentos vão marcar a revisão de seus paradigmas e conceitos, o que demonstra o dinamismo e as constantes críticas pelas quais passou e está passando.
Diversos conceitos de região
	
O conceito região está inteiramente ligado ao pensamento geográfico. Este conceito não vem de forma única, são múltiplas as abordagens conceituais, que partem a partir de paradigmas geográficos.
As diversas formulações e adaptações do conceito região estão inteiramente ligadas às mudanças teórico-metodológicas que a dinâmica espacial exige. Sendo assim, as diversas modificações conceituais, estão situadas no quadro histórico das mudanças sucedidas que acabam alterando a espacialização da sociedade e, por conseguinte, o conhecimento da realidade espacial.
Segundo Gomes (2000) a noção de região na Geografia, é um pouco mais complexo, pois ao tentarmos fazer dela um conceito científico, herdamos as indefinições e a força de seu uso na linguagem comum, e com isso as discussões epistemológicas somam o emprego mesmo que este conceito impõe.
Um dos conceitos que é destaque a região natural, ou seja, Determinismo Ambiental foi um conceito dominante no final do século XIX, Entendida como uma parte da superfície da terra, dimensionada segundo escalas territoriais diversificadas e caracterizadas pela uniformidade resultante da combinação ou interação em área dos elementos da natureza: o clima, a vegetação, o relevo, a geologia e outros.
Segundo Dantas e Morais (2008): 
As concepções [...] foram expandidas para o campo da política. Para ele, os grupos humanos são organismos que crescem e se multiplicam, tendendo a expandir- se; sendo natural que procurem alargar o seu território, ocupando áreas maiores ou fazendo-o à custa dos territórios vizinhos. (DANTAS; MORAIS, 2008 p.09).
Outro conceito é o possibilismo, onde o agente principal passa a ser o homem que domina o temário dos geógrafos possibilistas. O possibilismo considera a evolução das relações entre o homem e a natureza própria e peculiar a cada porção da superfície da terra.
Conforme Dantas e Morais (2008):
Deriva desses pressupostos o conceito de região humana ou geográfica, entendida como um espaço em que as características naturais (físicas) e culturais (humanas) se interpenetram como resultado de uma evolução histórica; em que conferem a um determinado espaço características de homogeneidade que o diferenciam de qualquer outro espaço contíguo. A região passou a ser vista como uma síntese entre o homem e o meio. Dessa forma, a ênfase das análises geográficas recaiu sobre essa síntese, resultante das relações humanas sobre o meio natural, e a região foi considerada o próprio objeto de estudo da Geografia. (DANTAS; MORAIS, 2008 p.14).
O método regional defendia a ideia de que as ciências se definiriam por métodos próprios, não por objetos singulares. Assim, a geografia teria uma individualidade e autoridade decorrentes de uma forma própria de analisar a realidade: o método especificamente geográfico. De acordo com Hartshorne (1978) A Geografia tem por objetivo proporcionar a descrição e a interpretação, de maneira precisa, ordenada e racional, do caráter variável da superfície da Terra. A Geografia é a disciplina que procura descrever e interpretar o caráter variável da terra, de lugar a lugar, como o mundo do homem e a Geografia é o estudo que busca proporcionar a descrição científica da terra como o mundo do homem.
Na nova Geografia a região é definida como um conjunto de lugares onde as diferenças internas entre esses lugares são menores que as existentes entre eles e qualquer elemento de outro conjunto de lugares. As diferenças ou similaridades entre os lugares são definidas através de uma mensuração na qual se utilizam técnicas estatísticas descritivas. A partir disso criaram-se diversos ramos dentro da nova Geografia:
A Região Homogênea que está baseada na integração do território a partir de características uniformes. Os padrões estabelecidos podem ser a estrutura produtiva, a disponibilidade de recursos naturais, os aspectos físicos, e outros. A Região Funcional não está relacionada a funcionalidade de uma área e sim à área de influência e um local sobre o outro, estabelecida através do nível de relacionamento existente (fluxo). Entre outros.
De acordo com Gomes (2000):
A região homogênea [...] parte da ideia de que ao selecionarmos variáveis verdadeiramente estruturantes do espaço, os intervalos nas frequências e na magnitude destas variáveis, estatisticamente mensurados, definem espaços mais ou menos homogêneos.
Quanto as regiões funcionais a estruturação do espaço não é vista sob o caráter da uniformidade espacial, mas sim das múltiplas relações que circulam e dão forma a um espaço que é internamente diferenciado. Grande parte dessa perspectiva surge com a valorização do papel da cidade como centro de organização espacial. Desta forma, as cidades organizam sua hinterlândia e organizam também outros centros urbanos de menor porte, em um verdadeiro sistema espacial. (GOMES, 2000, p.64,64).
Durante a década de setenta surgiu uma corrente crítica, que passou a dirigir seus enfoques para o conceito região.
De acordo com Gomes (2000):
...neste sentido, a região existe como um quadro de referencia na consciência das sociedades; o espaço ganha uma espessura, ou seja, ele é uma teia de significados de experiências, isto é, a região, define um código social comum que tem uma base territorial. Novamente a região passa a ser vista como um produto real, construído dentro de um quadro de solidariedade territorial. (GOMES, 2000, p.67).
Segundo Breitback (1988) existem dois modelos fundamentais de conceito região: as convencionais e avançadas:
As concepções convencionais caracteriza-se por fundamentar-se com base na abstração do sistema social que origina-se da formação regional e, com isso, formula leis de caráter universal, sem levar em conta o condicionamento histórico do objeto que pretende estudar. Essas teorias juntas chama-se ciência Regional, que foi dedicada para desenvolver modelos e técnicas quantitativos e a aplicá-los no que ocorre nas regiões, fazendo abstrações do contexto social onde se faz a análise, assim como do momento histórico, a atmosfera, a estrutura política e o grupo étnico de que se trate.
Já as concepções avançadas têm como característica por se opor ao primeiro modelo, por considerar como ponto de partida de suas formulações a existência de um sistema social com determinantes históricos. Esse grupo de concepções incorpora a noção de que o espaço não é um elemento neutro, não tomando em conta o tipo de sociedade inserida no meio. O sistema social, considerado em sua historicidade, está na origem das concepções avançadas de região, uma vez que o padrão de assentamento de um território está condicionado pelo tipo de relações sociais existentes no interior da comunidade humana que realiza esse assentamento.
Por fim, as regiões os resultado de uma divisão do espaço que é um principio que se submete geralmente nas mesmas variáveis, definindo-se através de um sistema espacial classificatório, ou as regiões são concebidas através de produtos relativos, fruto da aplicação de critérios particulares queoperam internamente na explicação daqueles que as propõem, pois, tem um caráter demonstrativo na comprovação do domínio de certas variáveis no interior de determinados fenômenos.
Considerações Finais
Percebe-se assim que a região assume diversos conceitos e passa a ser unívoco, pois, não é possível interpreta-lo unicamente. Apensar de não ter um único conceito acaba expressando movimentos em direção a uma realidade, que busca desvenda-la, diante sua ampla abrangência. Sendo assim, pesquisas devem ser estimuladas, com o intuito de ampliar para amparar as novas realidades existentes sobre o conceito região. 
Referências 
BREITBACK, Áurea C.M. Estudo sobre o conceito de região. Porto Alegre, Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, 1988.
DANTAS, Eugênia Maria; MORAIS, Ione R.D. Região e a Geografia tradicional. Rio Grande do Norte, 2008.
GOMES, Cesar C. G. O conceito de região e sua discussão. In: Geografia: Conceitos e temas. ORG.: CASTRO, Paulo C.C.G. et al. - 2ª Ed. - Rio de Janeiro; Bertrand Brasil, 2000.
HARTSHORNE, Richard. Propósitos e natureza da Geografia. 2 ed. São Paulo: Hucitec, 1978.

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