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18/06/2018 1 OBJETIVOS - Conhecer as principais reservas celulares; - Correlacionar a utilização de glicogênio a hiper e hipoglicemia; - Observar as correlações clinicas do metabolismo de glicogênio; - Conhecer como são sintetizadas e degradas as gorduras para formação de energia; - Reconhecer o papel dos aminoácidos no ciclo da uréia e no fornecimento de energia. 18/06/2018 2 Retomada 18/06/2018 3 18/06/2018 4 1. Definição É um homopolissacarideo. Molécula de reserva dos eucariotos, animal, constituída por unidades de glicose unidas na porção linear com ligações glicosídicas (14) e a cada 8 a 10 glicoses uma ramificação onde a ligação é (16). O peso molecular pode chegar a 100 milhões. Grânulos de glicogênio no fígado 2. Vias Metabólicas: Glicogênese – é a síntese do glicogênio. Glicogenólise – é a degradação do glicogênio. 3. Tecidos que metabolizam o glicogênio: Fígado 6% Normoglicemia • Hipoglicemia – Ativa a Glicogenólise • Hiperglicemia – Ativa a Glicogênese Músculos 0,7% • Fonte de energia - ATP. 18/06/2018 5 3. Glicogênese Região contendo ligações (14) • Formação da Glicose-1P - PRIMER • Formação do UDP-Glicose • Enzima: Glicogênio Sintetase i ou d – une glicoses a cadeias pré- existentes. Região de Ramificação ligações (16) • Pré-requisito: 10 resíduos de glicose unidas. • Enzima de Ramificação (Amilo(1-41,6)-transglicosilase) Na falta do primer: A síntese do glicogênio é iniciada a partir de 1 glicose ligada ao resíduo de tirosina da proteína Glicogenina. Glicogênese 18/06/2018 6 4. Glicogenólise Região contendo ligações (14) • Liberação de Glicose-1P – por fosforólise. • Formação da Dextrina limite • Enzima: Fosforilase a ou b (Cofator: Piridoxal – derivado da Vit. B6) Região de Ramificação ligações (16) • Ação das enzimas: Desramificação (Glicosil 4,4 transferase) (16)-Glicosidase (libera glicose livre). 18/06/2018 7 Glicogenólise 5. Regulação Enzimas que sofrem regulação: • Glicogênio Sintetase • Fosforilase Mecanismo de regulação: • Modulação Alostérica • Ação Hormonal • Modificação covalente Ação dos Hormônios: • Insulina: aumento da síntese de glicogênio. • Glucagon: aumento na degradação do glicogênio. 18/06/2018 8 5.1 Modulação Alostérica Glicogênio Glicose 1P Glicose 6P(-) ATP(-) Glicose(-) AMP(+) Ca+2 Glicose 6P(+) G li co g e n ó li se G lico g ên ese Fosforilase Sintetase 5.2 Ação Hormonal Adenilato ciclase Adenilato ciclase ATP AMPc Proteína quinase Fosforilase quinase Fosforilase quinase Fosforilase bFosforilase a Glicogênio sintase I Glicogênio sintase D Proteína quinase EPINEFRINA 18/06/2018 9 FIGADO ATIVA QUINASES FOSFORILASE b Inativa Mecanismo de Ação Hormonal ATP ADPFOSFORILASE a Ativa ATP ADP SINTETASE I Ativa P SINTETASE D InativaP GLICOGÊNIO GLICOSE 1P GLICOSESA NGUE GLICOSE 6P FOSFATASE glicogênio Glic-6P Glicose livre sangue 5.3 Modulação Alostérica MÚSCULO ATIVA QUINASES FOSFORILASE b Inativa Mecanismo de Ação Hormonal ATP ADPFOSFORILASE a Ativa ATP ADP SINTETASE I Ativa P SINTETASE D InativaP GLICOGÊNIO GLICOSE 6P GLICOLISE (ATP) glicogênio Glic-6P ác. lático sangue C.K.-CO2+H2O 18/06/2018 10 6. Doenças relacionadas ao Glicogênio A análise enzimática, para fins diagnósticos, em tecidos hepáticos ou musculares de todos os tipos de doenças do armazenamento do glicogênio, está atualmente concentrada no Duke medical Center (USA), Divisão de Genética. O diagnóstico pré-natal de três tipos de doenças de armazenamento do glicogênio (tipos II, III e IV) também é possível, sendo realizado através de culturas de células amnióticas neste laboratório. Moléstia de Von Gierke • Deficiência na glicose-6-fosfatase. • Acúmulo anormal de glicogênio • Afeta o fígado, rins e até o intestino. • Hipoglicemia severa no jejum, acidose láctica e hiperuricemia gotosa, hiperlipidemia e deficit no crescimento. •Farmacológico: Alopurinol para hiperuricemia, Bicarbonado para acidemia, Cálcio para Osteopenia. •Tratamento: •alimentação intragástrica contínua a noite, •transplante hepático, •transposição cirurgia de veia porta. 18/06/2018 11 Revista de Pediatria SOPERJ - v.10, no 1, p21-27, junho 2009 Tipo Ia é de herança genética autossômica recessiva, ou seja, têm um risco de ocorrência de 25% a cada gestação de pais heterozigotos, apresentando incidência de 1:100.000 nascidos vivos. Correlação entre as vias Glicose Glicose 6-fosfato Glicose 1-fosfato Frutose 6-fosfato 6-Fosfogluconato Piruvato Ribose 5-fosfatoGlicogênio 18/06/2018 12 É uma via alternativa de oxidação da glicose. •Características: •Utiliza o NADP NADPH. •Não tem finalidade de produzir energia ATP, nem utiliza energia para realização. •Libera CO2 e H2O. •Tecidos que necessitam de NADPH: Via das Pentoses ou RHM 18/06/2018 13 Via das Pentoses ou RHM 6 Glic6P + 12 NADP+ + 6H2O 6 Ribose5P + 6CO2 + 12 NADPH + 12 H + Além do glicogênio, quais as outras fontes de energia que o corpo pode utilizar? 18/06/2018 14 Lipídios Alifáticos Simples (C-H-O) Complexos (C-H-O-X) Cíclicos Esteróis Ác. graxos Triglicerídeos Cerídeos Fosfolipídios Glicolipídios Lipídeos - São classificados de acordo com a natureza química A maioria dos lipídios são derivados ou possuem em sua estrutura ácidos graxos (AG) Ácidos graxos Ácidos carboxílicos Mistura de AG Saturados e Insaturados Maior interação entre as moléculas +sólido Menor interação entre as moléculas + fluido AG Saturados 18/06/2018 15 SATURADOS MONOINSATURADOS POLIINSATURADOS CADEIA CURTA CADEIA LONGA Coco Babaçu Amêndoas Cacau Banha Dendê Sebo Ômega 9 Oliva Canola Girasol Ômega 6 (Linoléico) Milho Algodão Soja Girasol Ômega 3 (Linolênico) Linhaça Atum Salmão Arenque São ésteres de ácidos graxos (AG) com o álcool glicerol Triglicerídeos 18/06/2018 16 Excesso calórico na dieta (elevado conteúdo de glicídios ou proteínas) Síntese de ácidos graxos Triacilglicerol Momento Metabólico da Síntese de Ácidos Graxos 18/06/2018 17 Local da síntese de AG Ocorre no citosol de células hepáticas, adiposas e glândulas mamárias (lactação), renais e nervosas. Regulação da Biossíntese de Ácidos Graxos Glucagon Síntese de ácidos graxos Insulina Síntese de ácidos graxos Acetil-CoA Provém da mitocôndria e é formado a partir de: Piruvato (da glicose) Ácidos graxos (das gorduras) Alguns aminoácidos (das proteínas) Acetil-CoA NÃO sai da mitocôndria diretamente. Os átomos de Carbonos do Acetil-CoA são transportados para o citosol sob forma de CITRATO. A síntese de ácidos graxos tem Acetil-CoA e Malonil-CoA como doadores de carbonos, e NADPH -agente redutor. 18/06/2018 18 Glicose (2) Gliceraldeido-3P PEP Piruvato Acetil-CoA Oxaloacetato Citrato Citrato Piruvato desidrogenase Piruvato Carboxilase Acetil-CoA Oxaloacetato ATP ADP + Pi Malato 2 NAD+ 2 NADH + H Malato desidrogenase NADP+NADPH Malonil-CoA CO2 Enz. Málica Ribose-5P NADP+ NADPH G-6PD AGS-Sintase 1 und 1 und 4 carbonos ATP e NADH + H ADP e Pi 4 ADP + 4Pi 4 ATP citrato liase Acetil-CoA Acetil-CoA carboxilaseMalonil-CoA Biotina Reação da Acetil-CoA Carboxilase: formação do Malonil-CoA 18/06/2018 19 O OOC-CH2- C-SCOA CH3-C-SCoA O O malonil-CoA fornece as unidades de 2 carbonos que são adicionadas à cadeia de ácido graxo em crescimento. A acetil-CoA é a doadora inicial de unidades de 2 carbonos para a síntese dos ácidos graxos. Os doadores de unidades de carbonos Sintase dos ácidos graxos HS - HS - Complexo multienzimático, composto de 2 homodímeros. Cada monômero possui 7 atividades enzimáticas, incluindo uma porção proteíca carreadora de grupo acil (ACP). A ACP possui uma fosfopantoteína com grupo sulfidrila A enzima b-cetoacil- ACP sintase possui uma cisteína O Complexo AGS-Ácido Graxo Sintase I 18/06/2018 20 Complexo AGS I (mamíferos) 1.Condensação 2.Redução 3.Desidratação 4.Redução da dupla ligação 5.Deslocamento do grupo para o KS 6.Entrada de outro Malonil 1ª Rodada 18/06/2018 21 Inicio da 2ª rodada Palmitoil-ACP vira Palmitato 18/06/2018 22 Triacilgliceróis dos Adipócitos Lipídios da Dieta Alimentar Biossíntese a partir de Glicose e Aminoácidos Fontes de Ácidos Graxos para a Oxidação 18/06/2018 23 Classificação quanto ao tamanho da cadeia Tipos de Ácidos Graxos Classe Nº de Carbonos Cadeia Curta <C6 Cadeia Média C6-C12 Cadeia Longa >C13-21 Cadeia Muito Longa >22 -Os carbonos dos ácidos graxos são convertidos em acetil-CoA; - Formação de NADH + H+ e FADH2 para a produção de ATP. Função da b-Oxidação de Ácidos Graxos 18/06/2018 24 Local da oxidação A b-oxidação de ácidos graxos de cadeia curta, média e longa ocorre na matriz mitocondrial Os ácidos graxos são oxidados durante: • O estado alimentado • O jejum alimentar • A inanição • O exercício físico • O diabete não tratado Momento Metabólico da Oxidação de Ácidos Graxos 18/06/2018 25 FASE 1 -ATIVAÇÃO e TRANSPORTE É a entrada dos ácidos graxos na mitocôndria sob a forma de ACIL-CoA. A enzima envolvida é a Acil-CoA sintetase (Tioquinase) (reticulo endoplasmático ou membrana externa da mitocôndria). Gasto de 2 ATP ou PPi (Pirofosfato). Ácido graxo + 2 ATP Ácido graxo -ADP + PPi Ácido graxo-ADP + CoA-SH Ácido graxo-SCoA + 2ADP Ácido graxo + CoA-SH + 2ATP Ácido graxo-SCoA + 2ADP +PPi b-Oxidação b-Oxidação Mitocondrial 1) Ativação dos Ácidos Graxos (AG >14C) 2 ATP CoASH CH3 - (CH2)14 - COO - (Ácido graxo) Acil-CoA graxo Acil-CoASintase 2 ADP + PPi Pirofosfatase 2 Pi β-oxidaçãoConversão em TG e fosfolipídeos 18/06/2018 26 Após ativado o ACIL-CoA é transportado para dentro da mitocôndria, por um carreador específico a Carnitina (Uma amina quaternária (3-hidroxi-4-N-trimetilamino-butirato), é sintetizada no organismo (fígado, rins e cérebro) a partir de dois aminoácidos essenciais: lisina e metionina, exigindo para sua síntese a presença de ferro, ácido ascórbico, niacina e vitamina B6). A transferência de radicais acila da CoA para a Carnitina é feita pela enzima Carnitina Acil Transferase I (CAT I) – ou Carnitina Palmitoil Transferase I (CPT1) . Do lado da matriz o ACIL-CoA é regenerado pela Carnitina Acil Transferase II (CAT II) ou Carnitina Palmitoil Transferase II (CPTII) . FASE 2 -TRANSPORTE 2) Transporte para a Matriz Mitocondrial Carnitina-Acilcarnitina-translocase 18/06/2018 27 FASE 3 - b-OXIDAÇÃO DOS ÁCIDOS GRAXOS Consiste na quebra do ácido graxo no seu carbono b, agora 2 carbonos mais curto Cada volta na oxidação libera: 1 NADH + H+ 1 FADH2 1 Acetil - CoA – última volta libera 2 (PAR) 4 enzimas – uma para cada etapa: Desidrogenação, Hidratação, Desidrogenação e Tiólise. 18/06/2018 28 FADH2 H2O NADH + H+ Acetil-CoA FASE 4 - RESPIRAÇÃO CELULAR É a síntese de ATP acoplada a b-oxidação - NADH + H+ e FADH2 vão para o C.K., C.R. e FO. Ex.: A oxidação de um ácido graxo de 16 carbonos produz quantos ATP? 8 Acetil –CoA (10x8) 80 ATPs 7 NADH + H+ (7x2,5) 17,5 ATPs 7 FADH2 (7x1,5) 10,5 ATP____ Total 108 ATPs 18/06/2018 29 Estágios de oxidação de ácidos graxos Quantas voltas são dadas para a oxidação total do palmitato? Quantos acetil-CoA são formadas no total? Quantos FADH2 e NADH? Quanto ATPs são formados? Qual o ganho liquido do palmitoil-CoA? C 16 18/06/2018 30 Oxidação - ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS Obedece 2 passos para ação enzimática: Conversão do isômero “cis” em “trans” e ação de enzimas adicionais. Oxidação - ÁCIDOS GRAXOS COM NÚMERO IMPAR Formação de um resíduo de PROPIONIL-CoA, que por reações e gasto de energia é convertido em SUCINIL-CoA, que entra no C.K. para ser oxidado. Qual o mais energético o AG de 16 ou 17 carbonos? Regulação Hormonal da b-oxidação Jejum, inanição [glucagon] [insulina] Oxidação de AG Diabetis não tratada Insulina Oxidação de AG REGULAÇÃO ALOSTÉRICA Ocorre na CAT I – inibida por Malonil-CoA (aumenta quando tem carboidrato disponível e é precursor da biossíntese de ácidos graxos), NADH + H+, Acetil-CoA, AMP. 18/06/2018 31 Metabolismo de Corpos Cetônicos Formação de corpos cetônicos Acetil CoA Acetoacetato Acetoacetato descarboxilase Acetona b-hidroxibutirato CO2 b-hidroxibutirato desidrogenase NADH + H + NAD+ Matriz mitocondrial Expiração: hálito cetônico Tecidos extra-hepáticos 18/06/2018 32 1. CONCEITO: É a via de formação dos corpos cetônicos. 2. LOCAL: Mitocôndria hepática. 3. CONDIÇÃO METABÓLICA: Ciclo de krebs deficiente (Falta de Oxaloacetato). Ex.: JEJUM – baixa concentração de oxaloacetato + baixa concentração de Acetil- CoA no CK. 4. CORPOS CETÔNICOS: Acetoacetado, b-hidroxidobutirato e Acetona. Cetogênese 5. CONDIÇÕES METABÓLICAS: Jejum prolongado, Diabetes, Alimentação rica em gorduras, Exercícios prolongados. 6. FORMAÇÃO DO ACETACETATO: Ocorre com a formação de Acetoacetato que: por descarboxilação = Acetona por desidrogenação. =b-hidroxidobutirato 18/06/2018 33 7. NO DIABETES E DURANTE O JEJUM: Fatores: infarto do miocárdio, infecção, trauma ou omissão de insulina. Diabético não-tratado: insulina os tecidos extra hepáticos não captam glicose, ativando a neoglicogênese. Os níveis de Malonil diminuem e ativa a b- oxidação (fígado e mm) ACUMULO ACETIL-CoA produção de Corpos Cetônicos. os CC no sangue baixam o pH = Acidose (extrema: coma e morte) os CC na urina e sangue de diabéticos não tratados se elevam =Cetose Cetoacidose Diabética Grave. Tratamento: líquidos, insulina e potássio.
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