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Contrato de Leasing ou Arrendamento Mercantil

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CONTRATO DE LEASING OU ARRENDAMENTO MERCANTIL
1. Noções introdutórias e Conceito
- É contrato de origem norte-americana
- Surgiu da necessidade de comerciantes ou industriais por certos equipamentos, que não estes não podiam ou não queriam adquirir. Assim, buscavam uma instituição financiadora que os comprasse e os alugasse por certo tempo, e, ao final do contrato, poderiam optar pela aquisição do bem, pagando um valor residual.
- Regulação:
 Lei nº 6.099 de 12 de setembro de 1974 e pela resolução nº 2309/96 do Banco Central. – Aspectos tributários
Lei 11649/08 – leasing de veículos automotivos
- Inicialmente o parágrafo único do art. 1º da lei nº 6.099/74 o contrato previa que apenas pessoas jurídicas podiam praticá-lo, mas com a popularização permitiu-se também a sua prática por pessoas físicas:
Considera-se arrendamento mercantil, para os efeitos desta Lei, o negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objeto o arrendamento de bens adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio desta.
- Ao final do contrato, o arrendatário pode adquirir o referido bem, mediante o pagamento residual, cujo valor poderá ser determinado anteriormente.
2. Natureza jurídica
- Em face das suas características complexas, há diversos posicionamentos doutrinários acerca da sua natureza jurídica, pois inclusive há o entendimento de que se trata somente de uma espécie de locação.
- Fran Martins, por sua vez, o considera como um negócio jurídico compreendendo:
* uma locação, pois há entrega de um bem, em contrapartida ao pagamento das prestações;
* uma promessa unilateral de venda, visto que há obrigação unilateral do arrendador no cumprimento posterior, em vender o bem pelo preço residual
* em alguns casos, um mandato,pois há responsabilidade do arrendador pelos atos praticados pelo arrendatário. (obs. Jurisprudência é contrária)
- Cabe salientar que nem toda locação com opção de compra ao final pode ser considerada leasing (pelo menos para efeitos tributários), devendo o contrato atender os requisitos legais. A própria lei faz esta advertência: 
Art. 11, §1º A aquisição pelo arrendatário de bens arrendados em desacordo com as disposições desta Lei, será considerada operação de compra e venda a prestação.
3. Partes envolvidas
- As partes são denominadas de arrendador e arrendatário. 
- O arrendador é aquele que arrenda o bem, deve necessariamente ser uma pessoa jurídica, conforme regulamentação do Banco Central por meio da Resolução nº 2309/96:
Art. 1º As operações de arrendamento mercantil com o tratamento tributário previsto na Lei nº. 6.099, de 12.09.74, alterada pela Lei nº. 7.132, de 26.10.83, somente podem ser realizadas por pessoas jurídicas que tenham como objeto principal de sua atividade a prática de operações de arrendamento mercantil, pelos bancos múltiplos com carteira de arrendamento mercantil e pelas instituições financeiras que, nos termos do art. 13 deste Regulamento, estejam autorizadas a contratar operações de arrendamento com o próprio vendedor do bem ou com pessoas jurídicas a ele coligadas ou interdependentes.
- O arrendatário é a pessoa física ou jurídica, que, em vez de comprar o bem que necessita, utilizará o leasing para suprir as suas necessidades, indicando as especificações do bem ao arrendador.
- Entretanto, além destes, há também o vendedor do bem. Conforme o conceito mencionado no parágrafo único da lei nº 6.099 /74, o arrendador irá adquirir bens. Desta forma, reconhece a participação deste, tendo em vista que o objeto contratual será obtido mediante contrato de compra e venda entre o vendedor do bem com o arrendador.
4. Obrigações das partes
São deveres do arrendador: a) adquirir de um terceiro o bem sob as indicações do arrendatário; b) entregar o direito de uso e gozo do bem ao arrendatário; c) concluído o prazo contratual, submeter-se à vontade do arrendatário, que decidirá pela compra do bem pelo preço residual, restituição do bem ou renovação do contrato.
São deveres do arrendatário: a) o pagamento das contraprestações, inclusive em caso da interrupção contratual de sua responsabilidade; b) zelar pela devida conservação do bem, e, se preciso, responder pelos prejuízos causados pelo seu descumprimento; c) devolver o bem ao arrendador, findo o contrato, caso não queira comprar o bem pelo preço residual ou renovar o contrato.
5. Objeto
- Bens móveis e imóveis de fabricação nacional
- Bens produzidos no exterior e autorizados pelo Conselho Monetário Nacional. (art. 10 da lei 6099/74)
6. Classificação
Em face das exposições acima, e em atendimento à classificação doutrinária sobre os tipos de contrato, nota-se que se trata de um contrato:
- consensual – para gerar direitos e obrigações é necessário apenas o consentimento das partes;
- bilateral – há obrigações para ambas as partes;
- oneroso – assim como os demais contratos mercantis, possui característica lucrativa;
- típico/atítpico – A lei nº 6.099/74 estabelece a denominação do contrato, assim como algumas de suas regras jurídicas. O entendimento não é unânime: alguns autores consideram atípico, visto que só trata dos aspectos tributários.
- formal – é necessário que seja de forma escrita, embora haja posicionamento doutrinário acerca da possibilidade de ser realizado verbalmente;
- por tempo determinado e de execução sucessiva – a execução do contrato ocorre sucessivamente, mediante o cumprimento das obrigações, por um prazo determinado;
- intuitu personae – há uma peculiaridade entre as partes, em face das suas características, cujas obrigações decorrentes do contrato não poderão ser cumpridas por outra pessoa senão a quem foi feito o contrato.
7. Modalidades
Leasing Financeiro 
- previsto na resolução 2309/96: 
Art. 5º Considera-se arrendamento mercantil financeiro a modalidade em que:
I - as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato, devidos pela 
arrendatária, sejam normalmente suficientes para que a arrendadora recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos;
II - as despesas de manutenção, assistência técnica e serviços correlatos à 
operacionalidade do bem arrendado sejam de responsabilidade da arrendatária;
III - o preço para o exercício da opção de compra seja livremente pactuado,podendo ser, inclusive, o valor de mercado do bem arrendado.
- Uma empresa dedica-se habitual e profissionalmente a adquirir bens produzidos por outros para arrendá-los, mediante retribuição. 
- Arrendadora não é produtora ou proprietária, ela 	apenas compra o bem escolhido pelo arrendatário, sendo este último, inclusive, que irá negociar o bem com o vendedor.
- A parcela corresponde, em parte, pelo arrendamento, em parte, pela opção de compra. Deve ser suficiente para que a arrendadora recupere o alto custo de aquisição do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha um retorno sobre os recursos investidos. 
- Ao final do contrato, o arrendatário poderá optar por renovar o contrato, devolver ou adquirir o bem, por um valor residual.
- Os custos de manutenção da coisa ficam por conta do arrendatário. 
- Enquanto a arrendatária não exerce sua opção de compra, a arrendadora tem a posição contratual de locadora e a situação jurídica de proprietária do bem.
- Em princípio, portanto, deveria responder por danos provenientes do uso da coisa de a propriedade. Mas, não obstante, a jurisprudência tem entendido que não se pode responsabilizá-la neste caso. A Súmula 492 do STF, referente à responsabilização dos locadores de veículos, não tem sido aplicada às sociedades operadoras de leasing.
 Súmula 492, STF - A empresa locadora de veículos responde, civil e solidariamente com o locatário, pelos danos por este causados a terceiro, no uso do carro locado.
- É uma operação de financiamento,sujeitando as empresas que a praticam às regras de operações bancárias.
Leasing Operacional
- Conforme a resolução 2309/96: 
Art. 6º Considera-se arrendamento mercantil operacional a modalidade em que:
I - as contraprestações a serem pagas pela arrendatária contemplem o custo de arrendamento do bem e os serviços inerentes a sua colocação à disposição da arrendatária, não podendo o valor presente dos pagamentos ultrapassar 90% (noventa por cento) do "custo do bem;
II - o prazo contratual seja inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do prazo de vida útil econômica do bem;
III - o preço para o exercício da opção de compra seja o valor de mercado do bem arrendado;
IV - não haja previsão de pagamento de valor residual garantido.
- Uma empresa, proprietária do bem, arrenda-o a outrem, mediante recebimento de prestações determinadas. Em regra, obrigam-se também a serviços de colocação e manutenção do bem, como assistência técnica, mas nada impede que esses custos sejam assumidos pela arrendatária:
Art. 6º, §3º A manutenção, a assistência técnica e os serviços correlatos à operacionalidade do bem arrendado podem ser de responsabilidade da arrendadora ou da arrendatária
- Nesse caso, não há custos de aquisição, visto que o bem já pertencia à arrendadora. Por esse motivo, as prestações do aluguel não podem exceder 75% do valor do bem, fazendo que o valor residual seja mais elevado que no leasing financeiro. 
- A responsabilidade pelos riscos da coisa é da arrendadora
- Nessa modalidade, o caráter de locação prevalece, podendo o contrato ser rescindido antecipadamente, mediante aviso prévio.
- Não contempla os mesmos benefícios tributários do leasing financeiro 
art. 2º da lei 6099/74 - Não terá o tratamento previsto nesta Lei o arrendamento de bens contratado entre pessoas jurídicas direta ou indiretamente coligadas ou interdependentes, assim como o contratado com o próprio fabricante.
Exemplo comum: maquinas de Xerox
Leasing de Retorno ou lease back
- Não foi previsto na lei brasileira
- A empresa, proprietária do bem, vende-o para outra empresa para que esta arrende-o à antiga proprietária. Ao final do contrato, a arrendatária poderá fazer uso da sua opção de compra.
- Atende empresas que tenham seu capital indisponível e precisem e capital de giro. 
- Com essa modalidade, podem adquirir o capital de que precisam e ainda utilizar-se do bem transacionado.
8. Prazo de Duração do Contrato de Leasing
- Prazo mínimo: (Resolução 2.309/96, BACEN, art. 8º)
Leasing Financeiro - Dois anos para bens com vida útil de até cinco anos e de três anos para os demais. Ex: veículos, o prazo mínimo é de 24 meses e outros equipamentos e imóveis, o prazo mínimo é de 36 meses (bens com vida útil superior a cinco anos). 
Leasing Operacional - 90 dias 
- Entende-se por “vida útil” o prazo de utilização econômica do bem. Esses prazos serão previstos pela Secretaria da Receita Federal. Até que sejam previstos, serão utilizadas as regras para taxa de depreciação do bem referentes ao imposto de renda. 
- Consequência direta da não observação do prazo: Art. 10, Resolução 2.309/96. A operação de arrendamento mercantil será considerada como de compra e venda a prestação se a opção de compra for exercida antes de decorrido o respectivo prazo mínimo estabelecido no art. 8º deste Regulamento.
- A devolução do bem somente pode dar-se ao final do contrato, caso o arrendatário não opte nem por adquiri-lo, nem por renovar o arrendamento. Nesses casos, a arrendadora pode:
Art. 14, Resolução 2.309/96. É permitido à entidade arrendadora, nas hipóteses de devolução ou recuperação dos bens arrendados:
I - conservar os bens em seu ativo imobilizado, pelo "prazo máximo de 2 (dois) anos;"
II - alienar ou arrendar a terceiros os referidos bens.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se também aos bens recebidos em dação em pagamento.
OBS. O Leasing goza de certas vantagens fiscais que são perdidas com a sua descaracterização. Entre elas: 
- Não incidência de IOF, apenas ISS
- Pode ser deduzido no imposto de renda (nos empréstimos, por exemplo, só os juros podem)
9. Tríplice Opção
- A principal característica desse instituto é a liberdade de opção ao final do contrato. Na celebração do contrato, o arrendatário há, apenas, uma promessa de venda por parte da arrendadora. 
- Ao final do contrato, o arrendatário pode fazer uso da opção tríplice:
A devolução do bem: No final do contrato o arrendador terá ficado com o bem e mais um montante superior ao valor do bem quando novo. O arrendatário terá feito uso do bem arrendado, da forma como lhe conveio. Essa situação se assemelha muito à locação.
Renovação do contrato por valor inferior ao primeiro período: Após ter pagado ao arrendatário valor superior ao valor do bem quando da sua compra, irá continuar pagando parcelas, dessa vez menores que as primeiras, uma vez que o bem desvalorizou, para com isso continuar na posse usufruindo esse bem.
Compra do bem, mediante o pagamento de uma quantia complementar (valor residual): caso o arrendatário escolha tornar-se proprietário do bem, o valor do bem arrendado fica representado pela soma das prestações pagas ao longo do contrato até seu termo final, somado ao valor residual, assim chamado por representar a complementação do bem (valor não depreciado, ou mantido pelo bem).
10. Considerações sobre a Cobrança Antecipadamente do Valor Residual
- É comum o valor residual garantido vir a ser cobrado antecipadamente nos contratos de leasing, visto que muitas vezes, o comprador, ao celebrar o contrato já tem a intenção de comprar o produto.
- Assim, a arrendadora antecipa o pagamento desse valor residual diluindo-o nas parcelas. Funcionaria como uma garantia, caso o arrendatário não opte por comprar o bem. Após a venda do bem a um terceiro, a arrendadora pagaria a diferença entre esse Valor Residual Garantido (VRG) e o valor de venda ao arrendatário.
- Discutiu-se, na doutrina, a legalidade dessa antecipação. As maiores críticas dizem respeito ao desaparecimento da principal característica do leasing: a liberdade de opção. Tornar-se-ia uma compra e venda disfarçada.
- Até 2003 o STJ orientava-se pela Súmula 263, que considerava descaracterizados os contratos de leasing que previssem a cobrança antecipada. Em 2003, houve uma mudança de orientação nessa Corte resultando no cancelamento da súmula, motivada pela insatisfação das empresas arrendadoras com a perda dos benefícios fiscais. 
- O presente entendimento, inclusive sumulado (Sumula 293), do STJ é de que a cobrança antecipada do VRG não descaracteriza o contrato de arrendamento mercantil.
11. Leasing Automotivo
- Lei 11649/08
Art. 1o Nos contratos de arrendamento mercantil de veículos automotivos, após a quitação de todas as parcelas vencidas e vincendas, das obrigações pecuniárias previstas em contrato, e do envio ao arrendador de comprovante de pagamento dos IPVAs e dos DPVATs, bem como das multas pagas nas esferas Federal, Estaduais e Municipais, documentos esses acompanhados de carta na qual a arrendatária manifesta formalmente sua opção pela compra do bem, exigida pela Lei no 6.099, de 12 de setembro de 1974, a sociedade de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendadora, deverá, no prazo de até trinta dias úteis, após recebimento destes documentos, remeter ao arrendatário:
I - o documento único de transferência (DUT) do veículo devidamente assinado pela arrendadora, a fim de possibilitar que o arrendatário providencie a respectiva transferência de propriedade do veículo junto ao departamento de trânsito do Estado;
II - a nota promissória vinculada ao contrato e emitida pelo arrendatário, se houver, com o devido carimbo de "liquidada" ou "sem efeito", bem como o termo de quitação do respectivo contrato de arrendamento mercantil (leasing).
Parágrafo único. Considerar-se-á como nula de pleno direito qualquer cláusula contratual relativa à operação de arrendamento mercantil de veículo automotivo quedisponha de modo contrário ao disposto neste artigo.
Art. 2o O descumprimento do disposto no art. 1o sujeitará a parte infratora, sociedade de arrendamento mercantil ou arrendatário, ao pagamento de multa equivalente a dois por cento do valor da venda do bem, podendo a parte credora cobrá-la por meio de processo de execução.
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos após decorridos sessenta dias.
12. Principais causas de extinção do Leasing
a) Expiração do prazo
 – momento que o arrendatário fará uso da tríplice opção
b) Inadimplemento das partes 
- Se o inadimplemento for da arrendatária, o credor pode ingressar em juízo para postular a resolução do contrato e devolução da coisa.
- A ação cabível é a reintegração de posse. Cabe lembrar que o arrendatário ainda não é dono do bem. Essa opção ele só fará ao final do contrato. Como bem pertence à arrendadora, a falta de pagamento torna a posse do arrendatário ilícita, justificando a ação.
- Discussão doutrinária e jurisprudencial diz respeito à possibilidade de cobrança das parcelas vincendas. Muitas vezes o estado do bem tomado não permite que sua venda seja suficiente para cobrir os prejuízos causados por culpa do arrendatário. 
- Como alternativa a esse impasse, tem-se optado por permitir a reintegração de posse, somada à cobrança das parcelas vencidas até a reintegração e mais indenização por danos decorrentes do uso anormal do bem acrescida das penalidades contratualmente estabelecidas.
OBS. Cláusula resolutiva expressa
- O contrato de leasing pode conter cláusula resolutiva expressa, prevendo sua rescisão na falta de cumprimento de qualquer das obrigações das partes, principalmente o não-pagamento dos valores estipulados, a título de pagamento pelo arrendamento, a cargo do arrendatário.
Súmula 369, STJ - No contrato de arrendamento mercantil (leasing), ainda que haja cláusula resolutiva expressa, é necessária a notificação prévia do arrendatário para constituí-lo em mora.

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