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É a confirmação por testes e evidências objetivas de que os requisitos específicos para um determinado uso é preenchido. É o processo que estabelece, por estudos laboratoriais, que as características de desempenho do método cumpre com os requisitos para as aplicações analíticas pretendidas. Validação de método analítico: É a confirmação por testes e evidências objetivas de que os requisitos específicos para um determinado uso é preenchido. É o processo que estabelece, por estudos documentados laboratoriais de adequabilidade, que as características de desempenho do método compendial cumpre com os requisitos para as aplicações analíticas pretendidas. Verificação de método analítico: É a confirmação por testes e evidências objetivas de que os requisitos específicos para um determinado uso é preenchido. É o processo que estabelece, por estudos laboratoriais, que as características de desempenho de um método, previamente validado, cumpre com os requisitos para as aplicações analíticas pretendidas. Aplicado no caso da transferência de metodologias da matriz para suas subsidiárias no Brasil e/ou das empresas nacionais. Validação parcial: Método analítico padrão descrito em monografia oficial documentada em uma farmacopeia reconhecida (Ex. Farmacopeia Americana, Farmacopeia Europeia e Farmacopeia Brasileira). Método compendial: Capacidade de avaliar, de forma inequívoca, as substâncias em exame na presença de componentes que podem interferir com a sua determinação em uma amostra complexa. A especificidade avalia o grau de interferência de espécies como outro ingrediente ativo, excipientes, impurezas e produtos de degradação, bem como outros compostos de propriedades similares que possam estar, porventura, presentes. A especificidade garante que a resposta gerada seja exclusivamente do composto de interesse. Especificidade / Seletividade Especificidade / Seletividade Capacidade do método em fornecer resultados diretamente proporcionais à concentração da substância em exame, dentro de uma determinada faixa de aplicação. Linearidade: Intervalo entre o valor superior e inferior da substância em exame que atende aos requisitos de precisão e exatidão determinada para cada tipo de método. Faixa: Representa a dispersão de resultados entre ensaios independentes, repetidos de uma mesma amostra, amostras semelhantes ou padrões, sob condições definidas. Precisão: Representa o grau de concordância entre os resultados individuais encontrados em um determinado ensaio e um valor de referência aceito como verdadeiro. Exatidão: Representa a menor concentração da substância em exame que pode ser detectada, mas não necessariamente quantificada, utilizando um determinado procedimento experimental. . Limite de Detecção (LDD): Representa a menor concentração da substância em exame que pode ser medida, utilizando um determinado procedimento experimental. O LDQ é estabelecida por meio da análise de soluções contendo concentrações decrescentes do fármaco até o menor nível determinável com precisão e exatidão aceitáveis. . Limite de Quantificação (LDQ): Na Robustez são testadas variações em parâmetros da metodologia em validação, alterando-se parte das condições analíticas e avaliando seu impacto sobre os resultados. . Robustez: • Métodos analíticos não compendiais a serem implementados. • Em caso de mudanças importantes em métodos analíticos em uso. • Verificação de métodos analíticos compendiais a serem implementados. • Métodos analíticos previamente desenvolvidos e / ou validados por outros sites da Mylan. • Métodos analíticos previamente desenvolvidos e / ou validados por empresas contratadas. . A validação de um método analítico deve ser efetuada nas seguintes situações: • Status de qualificação e calibração dos instrumentos. • Reagentes com graus de qualidade adequados ao seu uso e devem ser estocados e manuseados de maneira correta. • Padrões de referência e padrões de impureza devem ser do lote vigente, quando pertinente, dentro da validade e armazenado em condições apropriadas. • Deve-se utilizar Substâncias Química de Referência Farmacopeica (SQF) oficializadas pela farmacopeia brasileira ou, na ausência destas, por outros códigos de referência reconhecidos pela Anvisa. Será admitido o uso de Substância Química de Referência Caracterizada (SQC), mediante a apresentação de relatório de caracterização conclusivo para o lote em estudo, incluindo as razões técnicas para escolha dos ensaios utilizados e os dados brutos pertinentes. Não é admitida a utilização de SQT para fins de validação de método analítico. • Reagentes ou amostras instáveis ou potencialmente perigosos devem ser devidamente identificados; condições de armazenamento e orientação para uso seguro devem ser especificadas no protocolo de validação, se aplicável. . Recursos ou pré-qualificação para validação e verificação de método analítico (1) Nos casos em que foi conduzida a reprodutibilidade, não é necessário conduzir a precisão intermediária. (2) Nos casos de ensaios de identificação, pode ser necessária a combinação de dois ou mais procedimentos analíticos para atingir o nível necessário de discriminação. (3) Pode ser necessário em alguns casos. Os testes submetidos a validação de método analítico são classificados segundo sua finalidade, conforme Tabela 1: Parâmetros Identificação Teste de Impurezas Doseamento: -Dissolução (quantificação) - Uniformidade de conteúdo -Potência Quantitativo Ensaio Limite Seletividade (2) Sim Sim Sim Sim Linearidade Não Sim Não Sim Intervalo (Faixa) Não Sim Não Sim Precisão de Sistema Não Sim Não Sim Precisão de Método Não Sim Não Sim Precisão Intermediária Não Sim (1) Não Sim (1) LDD Não Não (3) Sim Não LDQ Não Sim Não Não (3) Exatidão Não Sim Não Sim Robustez Não Sim Não Sim • ampliar / reduzir (Scale up / Scale dow): Apenas a apresentação de maior concentração deve ser considerada. • conforme semelhantes (For look a like): Especificidade de todas as concentrações e Precisão apenas para concentrações menores e maiores. • para pequenas mudanças: Especificidade de todas as concentrações e precisão apenas para concentrações menores e maiores. • Para grandes mudanças: Todas as concentrações. Se houver mais de uma concentração ou dosagem na mesma forma farmacêutica, a validação pode ser realizada da seguinte forma: Validação parcial e Verificação de método analítico: • Os métodos analíticos compendiais devem ter sua adequabilidade demonstrada ao uso pretendido, nas condições operacionais do laboratório, por meio da apresentação de um estudo de validação parcial. • A validação parcial pode ser realizada para avaliar, pelo menos, os testes de Seletividade, Precisão e Exatidão. • No caso de métodos analíticos destinados à quantificação de impurezas, a validação parcial deve incluir o limite de quantificação. • No caso de ensaio limite devem ser avaliados os parâmetros de seletividade e de limite de detecção. Os seguintes parâmetros devem ser verificados durante a validação do método (completa): • Adequação de sistema. • Especificidade/Seletividade (também com estudo de degradação forçada e compatibilidade de filtros). Estudo de degradação forçada é aplicável para teor e substâncias relacionadas apenas. Parâmetros específicos que podem ser realizados para métodos analíticos específicos. Estudo de compatibilidade de filtros deve ser realizado nos testes de teor e dissolução, se aplicável. • Precisão (precisão de sistema, precisão de método e precisão intermediária). • Estabilidade de solução analítica. Os seguintes parâmetros devem ser verificados durante a validação do método (completa): • Linearidade. • Exatidão.• Faixa. • Limite de detecção (para testes de impurezas em ensaios limites). • Limite de quantificação (para testes de impurezas e impurezas orgânicas voláteis). • Robustez. Nota: Caso as impurezas (Padrão) não estejam disponíveis então os respectivos Tempos de Retenção Relativos (TRR) ou Fatores de Retenção Relativos devem ser obtidos a partir de farmacopeias ou de outros documentos de referência (Drug Master File; Pacotes Técnicos do fornecedor de princípios ativos), quando possível. Para os métodos compendiais de princípios ativos (API) e produtos acabados (FP) os seguintes parâmetros, no mínimo, devem ser observados: • Seletividade. •Precisão. • Exatidão. Adequação de sistema: • Para garantir que o sistema analítico esteja apto para uso pretendido o teste de adequação de sistema deve ser realizado previamente a uma corrida analítica. Os parâmetros seguintes devem ser verificados com os critérios de aceitação: • Pratos teóricos (Eficiência da coluna): Não menos que 2000 (medida realizada na metade da largura do pico ou conforme método analítico específico). • Fator de cauda (USP Tailing Factor): Não mais que 2,0 (referência USP ou conforme método analítico específico). • Desvio Padrão Relativo (DPR): Não mais que 2,0 para teor (CLAE); Não mais que 5,0 a 10,0% para substâncias relacionadas e; Não mais que 10,0 a 15,0% para solventes residuais (ou conforme método analítico específico). • Resolução: Não menos que 1,5 entre dois picos eluídos (referência USP ou conforme método analítico específico). • Os parâmetros e seus limites descritos acima são indicativos e podem variar de produto a produto. Todos estes dados devem ser especificados no respectivo protocolo. • Seletividade é a capacidade de avaliar inequivocamente o analito na presença de componentes que podem estar presentes. Tipicamente, esses componentes podem incluir impurezas, produtos de decomposição e componentes da matriz. • Compatibilidade de filtro pode ser realizada, se aplicável, para produtos, validação de teor, uniformidade de conteúdo e dissolução. A compatibilidade de filtro pode ser realizada para teor e uniformidade de conteúdo considerando um conjunto de amostras enquanto que para dissolução pode ser realizada considerando três conjuntos de amostras e preparação placebo. Especificidade / Seletividade: • Seletividade: • Doseamento e testes de impurezas: Injeção dos componentes individualmente e em combinação (solução padrão de impurezas podem ser injetadas no nível equivalente a 100% da concentração especificada): O tempo de retenção para todos os componentes devem ser diferentes. Deve também injetar separadamente: diluente, placebo, amostra, placebo contaminado com respectivas impurezas e/ou amostras contaminadas com respectivas impurezas. Os picos observados na eluição dos diluentes e placebo não devem interferir nos picos de interesse, bem como, demonstrar que a matriz da amostra não interfere nos resultados. • Nos métodos de identificação: deve ser demonstrada sua capacidade de obter resultado positivo para amostra contendo o analito e resultado negativo para outras substâncias presentes na amostra. Especificidade / Seletividade: • Seletividade: • Para demonstrar a seletividade dos métodos de identificação, os ensaios devem ser aplicados a substâncias estruturalmente semelhantes ao analito, sendo o critério de aceitação a obtenção de resultado negativo. • Para atingir o nível necessário de seletividade, pode ser necessária a combinação de dois ou mais métodos analíticos de identificação. Especificidade / Seletividade: • Estudo de degradação forçada: Este estudo é realizado para saber se qualquer impureza ou produto de degradação que possa ser formado durante a estabilidade não irá interferir nos picos de interesse. Todos os picos de degradação observados devem estar bem separados dos picos de interesse. A degradação forçada pode ser realizada nas seguintes condições: Especificidade / Seletividade: • Condições ambientais secas: Luz solar, luz UV (254 e 365nm) e calor; • Condições químicas úmidas: Condições ácidas, alcalinas, neutras, oxidação (peróxido de hidrogênio) e de redução por íons metálicos (manter à temperatura ambiente por um período adequado para degradação). • Os testes devem promover: degradação superior a 10% (dez por cento) e inferior àquela que levaria à degradação completa da amostra, comprometendo o teste. • A análise do estudo de degradação: deve ser realizada comparando, preferencialmente por balanço de massa, os resultados das amostras degradadas e não degradadas. Especificidade / Seletividade: • Essas condições são indicativas e podem variar dependendo do princípio ativo ou produto. Todos esses dados devem ser especificados no respectivo protocolo. • As concentrações de amostra e padrão, como também as concentrações intermediárias variam de composto a composto e devem ser descritas no respectivo protocolo Para substâncias relacionadas (método de normalização de área ou método de padrão externo) a pureza do principal pico e todos os outros produtos de degradação em seus tempos de retenção relativos (método de normalização de área) devem ser registradas. Pureza do pico: Para o teor, a pureza deve ser verificada pelo pico principal. Para substâncias relacionadas a pureza deve ser verificada pelo pico principal e impurezas maiores que 0,05% (% de área). No relatório de validação a pureza do pico principal deve ser registrada. A pureza do pico deve ser determinada apenas quando aplicável, o que é descrito no respectivo protocolo. Especificidade / Seletividade: Precisão: A precisão de um método analítico é o grau de concordância entre resultados de testes individuais quando o método é aplicado repetidamente a amostragens múltiplas de uma amostra homogênea. É usualmente expressa como o desvio padrão ou desvio padrão relativo (coeficiente de variação) de uma série de medidas. Precisão: A precisão é dividida em 3 partes: • Precisão de sistema (Repetibilidade): A precisão do sistema é verificada pelo uso de substância química de referência para garantir que o sistema analítico está funcionando corretamente. O tempo de retenção e resposta (área) de 6 determinações são medidas e o desvio padrão relativo (%) é calculado. • Precisão de método (Repetibilidade – Precisão intra-corrida): Na precisão do método a amostra deve ser analisada 6 vezes ou, no mínimo, 9 determinações contemplando a faixa linear do método, ou seja, três concentrações (baixa, média e alta), com três réplicas cada. • Precisão intermediária (Precisão inter-corridas): A precisão intermediária deve ser realizada para garantir que os resultados analíticos permanecerão inalterados quando ocorrer mudanças nas condições ambientais (Ex: instrumentos, analistas, dias). Se qualquer variação for observada entre as precisões de método e intermediária, promova uma mudança de cada vez e repita a precisão intermediária. A série de precisão de método deve ser repetida com mudanças nas condições mencionadas e os resultados obtidos devem ser comparados com a série anterior de precisão de método. Precisão: Na precisão do método e na precisão intermediária para validação de teor do ativo: lote comercial ou piloto da amostra, homogênea, deve ser preparado conforme descrito no método proposto, em replicata (seis preparações), e submetido a análise para determinação do desvio padrão relativo (%). Na precisão do método e na precisão intermediária para Validação de Substância Relacionadas: Conforme descrito no item para substâncias acima do LDQ. No caso de impurezas conhecidas com resultados inferior a LDQ, a amostra e/ou placebo deverá ser contaminada com concentrações conhecidas do Padrão das impurezas a 100% (cem por cento) da concentração do teste individualmentepreparadas. Para impurezas desconhecidas: a amostra e/ou placebo deverá ser contaminada com concentrações conhecidas do Padrão do ativo do fármaco no nível da especificação para impureza desconhecida, desde que considere o mesmo fator resposta para impureza e o ativo. Na precisão do método e na precisão intermediária o número de séries de amostras a ser analisada ou número de injeções pode variar de acordo com os requisitos. Isto deverá ser mencionado no protocolo. Baseado em alguns requisitos, outros cálculos estatísticos (Ex. t-test; Diferença % da média etc.) podem ser realizados. Estabilidade da solução analítica: Avaliar a estabilidade da solução analítica pela injeção das soluções amostra e padrão em intervalos regulares. Se à solução encontra-se estável, mínimo acerca de 24 horas, para estabilidade da solução deve ser estabelecida. O procedimento para estabilidade de solução analítica pode variar e deverá ser abordado no respectivo protocolo. Linearidade: A linearidade de um método analítico é a capacidade de obter resultados por um tratamento matemático bem definido, que são diretamente proporcionais a concentração do analito nas amostras em uma determinada faixa. A linearidade para teor de princípio ativo deve ser estabelecida na faixa de 80 a 120% da concentração teórica de trabalho, para uniformidade de conteúdo na faixa de 50 a 150% da concentração teórica de trabalho e para teor de conservantes deve ser estabelecida na faixa de 20 a 200% da concentração teórica de trabalho. Linearidade: • Validação de testes de teor de princípio ativo e uniformidade de conteúdo devem ser realizadas com, no mínimo, 1 curva de linearidade. • A linearidade de substâncias relacionadas deve ser estabelecida próximo do menor nível detectável (LDQ) até 120% da concentração teórica de trabalho, ou pelo método de normalização de área, para determinação simultânea de teor e impurezas, a linearidade deve ser estabelecida a partir, aproximadamente do LDQ (aproximadamente) até, no mínimo, 120% da concentração esperada da substância ativa. • A linearidade para teste de dissolução: de -20% (menos vinte por cento) da menor concentração esperada a +20% (mais vinte por cento) da maior concentração esperada a partir do perfil de dissolução. Linearidade: • Para o estabelecimento da linearidade, deve-se utilizar, no mínimo, 5 (cinco) concentrações diferentes da SQR para as soluções preparadas em, no mínimo, triplicata. • Os níveis de linearidade poderão variar baseados na natureza do produto, o que deverá ser mencionado no respectivo protocolo. • A Precisão nos níveis inferiores e superiores de concentração deve ser estabelecida: • Para substâncias relacionadas deverão ser utilizadas os níveis de LDQ e o de maior concentração para cálculo da precisão. • Para teor, dissolução e uniformidade de conteúdo a precisão deverá ser calculada nos níveis inferiores e superiores de concentração (aplicável para CLAE e CG). Linearidade: Para avaliação da linearidade, devem ser apresentados os seguintes dados: • Representação gráfica das respostas em função da concentração do analito. • Gráfico de dispersão dos resíduos, acompanhado de sua avaliação estatística. Deve demonstrar dados livre de tendências. • Equação da reta de regressão de y em x, estimada pelo método dos mínimos quadrados. • Avaliação da associação linear entre as variáveis por meio dos coeficientes de correlação (r) e de determinação (r²). O coeficiente de correlação deve estar acima de 0,990. • Avaliação da significância do coeficiente angular. O coeficiente angular deve ser significativamente diferente de zero. • A homocedasticidade dos dados deve ser investigada para a utilização do modelo adequado. • Nos testes estatísticos, deve ser utilizado um nível de significância de 5% (cinco por cento). Linearidade: Efeito matriz: • Aplicado nas validações com matrizes complexas. • O efeito matriz deve ser determinado por meio da comparação entre os coeficientes angulares das curvas de calibração construídas com a SQR do analito em solvente e com a amostra fortificada com a SQR do analito. • As curvas devem ser estabelecidas da mesma forma que na linearidade para os mesmos níveis de concentração, utilizando, no mínimo, 5 (cinco) concentrações diferentes em, no mínimo, triplicata. • Paralelismo das retas é indicativo de ausência de interferência dos constituintes da matriz e a sua demonstração deve ser realizada por meio de avaliação estatística adequada. • Deve ser adotado o nível de significância de 5% (cinco por cento) no teste de hipóteses. Limite de detecção (LDD): • O LDD é a menor quantidade do analito na amostra que pode ser detectado, mas não necessariamente, quantificado, dentro das condições experimentais estabelecidas, podendo ser determinado pela relação de sinal/ruído ou a partir da curva de linearidade. • O cálculo do LDD, a partir da curva de linearidade, é realizado com o uso da fórmula: LDD = 3,3 x DP residual Slope (Inclinação) • A relação sinal/ruído de 3:1 pode ser considerada aceitável para estimativa do LDD. • O DP Residual e a inclinação devem ser calculados a partir da curva de calibração. Para cálculo do LDD, deve-se utilizar, no mínimo, 5 níveis de concentração, incluindo o zero, a partir da curva de linearidade e garantir que o coeficiente de correlação não seja inferior a 0,99. • Os resultados de LDD e LDQ devem ser registrados com 3 casas decimais e em %. Limite de quantificação (LDQ): • O LOQ é a menor quantidade do analito na amostra que pode ser quantificada com exatidão e precisão aceitável, dentro das condições experimentais estabelecidas e pode ser determinado pela relação de sinal/ruído ou a partir da curva de linearidade. • O cálculo do limite de quantificação a partir da curva de linearidade é realizado com o uso da seguinte fórmula: LDQ =10 x DP residual Slope (Inclinação) • A relação sinal/ruído de 10:1 pode ser considerada aceitável para estimativa do LDQ. • O DP Residual e a inclinação devem ser calculados a partir da curva de calibração. Para cálculo do LDQ, deve-se utilizar, no mínimo, 5 níveis de concentração (incluindo o zero) a partir da curva de linearidade e garantir que o coeficiente de correlação não seja inferior a 0,99. • O DP pode ser obtido de 3 formas: a) o desvio padrão do intercepto com o eixo do Y de, no mínimo, 3 curvas de calibração construídas contendo concentrações do analito próximas ao suposto limite de quantificação; b) o desvio padrão residual da linha de regressão c) a partir da curva de calibração proveniente da análise de um apropriado número de amostras do branco. Exatidão: • A exatidão de um método analítico é a proximidade dos resultados dos testes obtidos, dos valores reais. A exatidão de um método analítico deve ser estabelecida por 9 determinações individuais, no mínimo, contemplando a faixa linear do método, ou seja, três concentrações (baixa, média e alta), com três réplicas cada. • Aplicar o método de adição de padrão, no qual quantidades conhecidas do ativo e/ou impurezas ou produtos de degradação são acrescidas à amostra ou uma mistura dos componentes do medicamento (placebo). • Para impurezas desconhecidas: a exatidão deve ser avaliada comparando-se a resposta da SQR do IFA ou de impureza conhecida, conforme o método proposto, em uma faixa de concentração que contemple a faixa de trabalho do método, desde que seja considerado o mesmo fator resposta. • Para Impurezas: o teste de recuperação no limite de quantificação deve ser realizado. Exatidão: • Para a determinação da exatidão, deve ser utilizada a abordagem mais adequada, de acordo com o método analítico em estudo: • Aplicar a metodologia proposta na análise de uma amostra, na qual quantidade conhecida de SQR será adicionada a amostra ou uma mistura dos componentesdo medicamento (placebo). • No caso de todos os componentes do medicamento não estarem disponíveis, aceita-se a análise pelo método de adição de padrão, no qual adiciona-se quantidades conhecidas do analito (SQR) ao produto (forma farmacêutica). Exatidão: • A exatidão deve ser expressa pela relação percentual de recuperação do analito de concentração conhecida adicionado à amostra ou pela relação entre a concentração média, determinada experimentalmente, e a concentração teórica correspondente, acrescida dos intervalos de confiança, dada pelas fórmulas abaixo: EXATIDÃO = Concentração Média Experimental X 100 Concentração Teórica Ou EXATIDÃO = CA (Amostra Adicionada) – CA (Amostra)X100 Concentração Teórica do Analito Onde: CA: Concentração Experimental do Analito Obtida Exatidão: • Devem ser calculados os percentuais desvios padrão relativo (%DPR) para as replicatas por nível de concentração. • Considerando-se a especificação adotada para o produto objeto de avaliação bem como a concentração do analito na amostra, pode ser necessária a utilização de número de replicatas superior. Caso necessário, a avaliação do número de replicatas deve ser realizada por meio da fórmula: N = (DPR Máximo Aceitável (%) X Z)2 ( I 100-LA I )2 Onde: N: Número mínimo de replicatas. LA: Limite superior ou inferior da especificação adotada para produto em análise. Z: Valor tabelado da distribuição normal padrão com valor igual 2,58. Exatidão: Faixa: • A faixa de um método analítico é o intervalo entre os níveis superior e inferior, incluindo-os, do analito que demonstra apresentar adequados a exatidão, precisão e linearidade. • A faixa de trabalho deve ser estabelecida a partir dos estudos de linearidade, juntamente com os resultados de precisão e exatidão, sendo dependente da aplicação pretendida. Robustez: • A robustez de um método analítico é a medida da sua capacidade de permanecer inalterado por variações pequenas, mas deliberadas nos parâmetros do método. A robustez fornece ainda uma indicação da confiabilidade do método durante a sua aplicação na rotina. • Para a determinação da robustez do método devem ser avaliados, no mínimo, os parâmetros descritos na Tabela 2 : Robustez: Tabela 2 : Preparo da amostra Estabilidade da solução analítica Tempo de extração Compatibilidade de filtros Espectrofotometria Variação do pH da solução Diferentes lotes ou fabricantes de solventes Cromatografia líquida Variação do pH da Fase móvel Variação na composição da Fase móvel Diferentes lotes e/ou fabricantes de colunas Temperatura do forno da coluna Fluxo da Fase móvel Cromatografia gasosa Diferentes lotes e/ou fabricantes de colunas Temperatura do forno da coluna Velocidade do gás de arraste Outras técnicas analíticas As variações a serem testadas deverão ser avaliadas criticamente e seus resultados apresentados Robustez: • Os seguintes parâmetros são usualmente verificados durante o estudo de robustez: • Mudança na taxa de fluxo: variações de ± 10% a ± 20% da taxa de fluxo original. • Mudança na proporção da fase móvel: até ± 5% de parte orgânica da fase móvel. • Mudança no pH da fase móvel ou do tampão: ± 0,2. • Mudança na temperatura da coluna: ± 5ºC. • Mudança no Comprimento de onda (λ): ± 2nm. • As condições acima são indicativas. • O impacto das variações propostas deverá ser avaliado pelos resultados obtidos em relação à exatidão do método e, quando aplicável, à avaliação de características inerentes à adequabilidade do método utilizado. Robustez: