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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA Vitor Vilela Santos Transições Térmicas em Polímeros LAVRAS 2017 2 Vitor Vilela Santos 201511406 Transições Térmicas em Polímeros Relatório de Aula Prática apresentado a disciplina de Materiais Poliméricos – GNE305 da Universidade Federal de Lavras Prof. Dr. Juliano Elvis Oliveira LAVRAS 2017 3 RESUMO Este trabalho visa analisar as transformações térmicas características do poli(tereftalato de etileno) ou PET, utilizado comercialmente, em sua maioria, para armazenar líquidos com fins alimentícios e produção têxtil, na Universidade Federal de Lavras, sul de Minas Gerais. Desta forma, busca-se uma melhor compreensão do comportamento do material mediante variação de temperatura, bem como o entendimento de como os polímeros são afetados pela presença de impurezas em sua constituição. Atualmente o Brasil apresenta um dos maiores índices mundiais de reciclagem mecânica deste polímero, correspondendo a um percentual de 53%. O sucesso deste na indústria de reciclagem deve-se à sua ampla diversidade de aplicações onde as embalagens recicladas grau alimentício poderão ser misturadas com a resina virgem em diversas proporções e reprocessadas para o uso. Como todo termoplástico seu processamento está associado a elevações na temperatura, alterando seu comportamento mecânico. No que concerne a aplicação aqui ilustrada, é de suma importância identifica a temperatura de transição vítrea e sua temperatura de fusão, uma vez que o material poderá sofrer diversas variações de temperatura desde o envasamento do líquido até a sua venda em um supermercado. Determinando-se a curva de transição térmica do poli(tereftalato de etileno) pode-se determinar se o material é viável ou não em uma determinada aplicação quanto a temperatura de trabalho e suas propriedades mecânicas nesta determinada faixa. Palavras-chave: Poli(tereftalato de etileno), termoplástico, transição térmica. 4 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO...................................................................Pág.: 5 2- REVISÃO DA LITERATURA ............................................Pág.: 6 2.1- Poli(tereftalato de etileno) ..........................................Pág.: 6 2.2- Transições Térmicas em Polímeros ..........................Pág.: 7 2.3- Termogravimetria .......................................................Pág.: 8 2.4- Calorimetria Diferencial Exploratória...........................Pág.: 10 2.5- Espectroscopia na Região do Infravermelho...............Pág.: 12 3- OBJETIVOS .......................................................................Pág.: 13 4- MATERIAIS E MÉTODOS .................................................Pág.: 14 4.1- MATERIAIS .................................................................Pág.:14 4.2- METODOLOGIA ..........................................................Pág.:14 5- RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................Pág.:15 6- CONCLUSÃO.....................................................................Pág.:19 7- REFERÊNCIAS ................................................................Pág.:20 5 1 INTRODUÇÃO As transições térmicas são fatores fundamentais para o processamento e entendimento do comportamento dos termoplásticos visto que os processos de conformação mecânicas e moldagem utilizados neste tipo de polímero são sob temperaturas elevadas (em relação a ambiente). Portanto faz-se importante conhecer com precisão as temperaturas de transição vítrea (Tg), temperatura de cristalização (Tc) e temperatura de fusão cristalina (Tm). Para tal existem diversas técnicas disponíveis, dentre elas estão a análise termogravimétrica (TGA), a calorimetria diferencial de varredura (DSC) e a espectroscopia na região do infravermelho (FTIR), que serão contempladas neste trabalho. A termogravimetria é utilizada para estudar a perda mássica em função do tempo e da temperatura de uma amostra ao ser aquecida, revelando alguns compostos presentes e a temperatura de degradação do polímero. Quanto à calorimetria diferencial de varredura será utilizada para identificar as temperaturas em que ocorrem os eventos térmicos (Tg, Tc e Tm), como mencionadas anteriormente neste trabalho. Por fim, através da espectroscopia na região do infravermelho, busca-se identificar os grupos presentes na cadeia polimérica e assim obter uma análise completa das características de interesse. Entender de forma plena o comportamento do PET em relação às suas transições térmicas é de extrema importância para aplicação nos mais vários campos e para conformação de garrafas, por exemplo, que é realizada em um conjunto de injeção, ao qual o polímero, com temperatura acima da temperatura de transição vítrea, é injetado em uma forma ao qual ganha uma pré-forma e, após, por sopro ao qual injeta ar quente no material para que chegue a uma forma final pré-determinada. 6 2 REVISÃO LITERÁRIA 2.1 Poli(tereftalato de etileno) Descrito pela primeira vez em 1941 por Whinfield & Dickson, o poli(tereftalato de etileno) ou PET foi, em seu primórdio, comercializado em forma de fibra têxtil com o nome de “terylene” . No processo comercial, o PET era preparado à partir de dimetiltereftalado e não do ácido tereftálico, devido à dificuldade de purificação deste. A partir de 1967, devido aos avanços do conhecimento e tecnologia, passou-se a produzir o polímero por meio do ácido tereftálico e do etileno glicol pelo processo de esterificação direta do ácido purificado (ATP) com o etileno glicol (EG) (figura 1). O termoplástico é processado por injeção, sopro, extrusão e termoformagem, e, por ser higroscópico, assim como outros poliésteres, necessita de secagem para evitar que, posteriormente, sofra degradação por hidrólise tendo redução do peso molecular, perda de viscosidade intrínseca e de propriedades físicas. Algumas das características do poli(tereftalato de etileno) são: inércia química, alta resistência ao impacto e excelentes propriedades de barreiras de gases e odores que lhe garante as mais diferentes aplicações como, por exemplo, tecidos, tubos, garrafas, malas, chapas, dentre outras. Figura 1: Esterificação direta do ácido tereftálico purificado com o etilenoglicol. Fonte: https://tudosobreplasticos.com 7 2.2 Transições Térmicas em Polímeros As transições térmicas nos materiais poliméricos variam sua intensidade conforme a massa molar, plastificantes, presença de fundentes, mobilidade da cadeia, entre outros. Contudo, os tipos de transições apresentadas dependem somente da morfologia do material, ou seja, se é um polímero semi-cristalino ou amorfo. Polímeros semi-cristalinos apresentam três faixas de temperaturas: Temperatura de fusão cristalina (Tm), temperatura de transição vítrea (Tg) e temperatura de cristalização (Tc). Enquanto polímeros amorfos exibem apenas temperatura de fusão (Tf) e a temperatura de transição vítrea, que, neste caso em específico, é chamada de temperatura de fluxo. A temperatura de fusão cristalina é uma transição primária, onde há energia térmica suficiente para vencer as forças secundárias que mantém o ordenamento das cadeias,isto implica que haverá a fusão da fase cristalina. Chama-se de temperatura de transição vítrea àquela em que a parte amorfa do material ganha mobilidade e pode assumir novas conformações, esta é uma transição secundária. Ao contrário do que foi dito até então, a temperatura de cristalização é atingida durante o resfriamento e encontra-se numa faixa entre Tg e Tm. Nesta temperatura, as cadeias que estavam em estado fundido começam a organizar-se a medida que diminui-se a energia térmica disponível, resultando na formação de cristais poliméricos. Por fim, a temperatura de fluxo nos materiais poliméricos amorfos pode ser descrita como a faixa onde o material ganha mobilidade e pode fluir com uma certa viscosidade, assim como a Tg para polímeros semi- cristalinos. 8 2.3 Termogravimetria A análise termogravimétrica (TGA) é definida como o estudo da variação da massa de uma amostra em função do tempo ou da temperatura. A partir desta variação, pode-se associar transformações físicas (evaporação, condensação) e /ou a transformações químicas (decomposição, oxidação). O tipo de termogravimetria mais utilizado é a dinâmica, em que uma amostra é aquecida em um ambiente (em sua maioria, de atmosfera nitrogenada como realizado neste trabalho) no qual a temperatura varie de forma pré-determinada, normalmente em velocidade linear. Ao utilizar tal processo, é obtido um gráfico característico do mesmo (gráfico 1) ao qual, ao ser analisado, obtém-se estabilidade térmica, composição da amostra original e composição de algum composto intermediário eventualmente formado e composição de resíduos, caso haja. Estas curvas são comumente chamadas: curva termólise, curva pirólise, termograma ou curvas termogravimétricas. Existem duas temperaturas de interesse, a temperatura inicial de decomposição Ti, na qual a variação de massa acumulada atinge a magnitude que a termobalança pode detectar, e a temperatura final de decomposição Tf onde a variação de massa acumulada atinge seu valor máximo, indicando o término da reação. O arranjo dos equipamentos consiste em um cadinho feito de material refratário (metálico ou cerâmico), um programador de temperatura do forno, um aparato para o controle de atmosfera, um computador para o processamento das informações geradas e uma termobalança (forno). A termobalança é parte mais importante do sistema, pois é ela quem efetua a medição contínua da massa da amostra em função da temperatura e/ou do tempo. Alguns fatores a se considerar, além da possibilidade de alteração da atmosfera do forno, são o isolamento térmico do forno, a balança deve possibilitar a calibração periódica conferindo maior precisão aos resultado, a faixa de temperaturas atingidas deve ser a mais larga possível e os efeitos físicos associados ao funcionamento do experimento, como correntes de convecção, não devem afetar a precisão da balança. 9 Figura 2: Curva termogravimétrica do [ZN(BDC)(H2O)2]n Fonte: Quím. Nova vol.34 no.3. São Paulo,2011. Figura 3: Montagem Experimental para Termogravimetria. Fonte: Análise térmicas de materiais - Mothé C. G. 10 2.4 Calorimetria Diferencial Exploratório A calorimetria diferencial exploratória (DSC) é um tipo de análise térmica na qual uma amostra e uma referência são aquecidas por uma única fonte e a temperatura de ambas é medida por termopares em contato com cada uma delas individualmente que mede as temperaturas e o fluxo de calor associado às transições térmicas dos materiais em função da temperatura e do tempo, fornecendo dados quantitativos e qualitativas sobre processos endotérmicos, exotérmicos, ou mudanças na capacidade calorífica entre esses materiais, independente do calor específico, condutividade térmica e outras variáveis da amostra. Desta forma, de uma análise DSC pode-se obter informações quanto as temperaturas de transições dos materiais poliméricos, bem como de eventos morfológicos como a presença de uma ou mais fases cristalinas, aditivos e plastificantes. Ao processar o material neste equipamento, é formado uma curva calorimétrica que é apresentada como a diferença entre a temperatura da amostra e da referência (figura 4). Os picos com formatos para cima presentes nas curvas implicam em eventos endotérmicos, indiciando que possivelmente o material está passando por uma cristalização. Os picos com formato para baixa representam a ocorrência de um evento exotérmico, como a fusão cristalina. Uma mudança na linha de base da curva sugere uma mudança de fase, especialmente para polímeros indicará a transição vítrea. A análise térmica por DSC possui um curto tempo de processamento, fácil preparo da amostra, é empregada para sólidos e líquidos, fornece medidas quantitativas e funciona em uma larga faixa de temperatura. Porém, é difícil analisar algumas transições complexas como a temperatura de transição vítrea (TG) e a necessidade de elevar razões de aquecimento para aumentar a sensibilidade, reduzindo assim a resolução conseguida. 11 Figura 4: Exemplo de curva DSC Fonte: https://analisestermicas.com.br Figura 5: Funcionamento do DSC Fonte: http://solidoscondutores.com 12 2.5 Espectroscopia na Região do Infravermelho A Espectroscopia na região do infravermelho, ou FTIR, é um tipo de espectroscopia de absorção, em que a energia absorvida se encontra na região do infravermelho do espectro eletromagnético. Como as demais técnicas espectroscópicas, ela pode ser usada para identificar um composto ou investigar a composição de uma amostra. Seu funcionamento é bem simples, um feixe é incidido em direção ao material e, logo após, o remanescente desta luz é absorvida em comprimentos de ondas específicos, determinados pelas vibrações dos átomos que dependem da forma da superfície de energia potencial da molécula, da geometria molecular, das massas dos átomos e eventualmente do acoplamento vibrônico. Assim é possível atribuir a cada material um padrão único de absorção na região do infravermelho, possibilitando identificar os constituintes de amostras desconhecidas através dos picos de absorção dos grupos presentes. Figura 6: FTIR do dimetilsulfóxido. Fonte: Wikipedia 13 3 OBJETIVOS Objetivo Geral O presente trabalho tem como objetivo o estudo das transições térmicas observadas no poli(etileno tereftalato). Objetivos Específicos Como pontos específicos deste relatório destacam-se: o Identificar a estrutura química do poli(etileno tereftalato) através da técnica de espectroscopia na região do infravermelho (FTIR); o Detalhar os eventos térmicos durante a degradação do poli(etileno tereftalato) observados em atmosfera de nitrogênio e de ar sintético (TGA e DTGA). o Detalhar os eventos térmicos que ocorrem antes da degradação do poli(etileno tereftalato) observados em atmosfera de nitrogênio (DSC). 14 4 MATERIAIS E MÉTODOS METODOLOGIA – FTIR Espectros de infravermelho foram obtidos com auxílio de um espectrômetro FTIR IRAffinity-1 operando em modo de transmissão. O espectrômetro FTIR foi purgado continuamente durante toda a análise com nitrogênio. Para todas as amostras foram coletados um total de 64 varreduras com uma resolução de 2 cm-1 para cada espectro. Os espectros em modo de transmissão foram coletados a partir de amostras do polímero com auxílio de um acessório de ATR (Pike GladiATR – Varian). METODOLOGIA – TGA Experimentos de termogravimetria(TGA) foram realizados em um equipamento DTG-60AH Shimadzu em atmosfera de nitrogênio a um fluxo de 50 mL.min-1. A amostra (aproximadamente 7mg) de PET foi aquecida a partir da temperatura ambiente até 800oC a uma taxa de aquecimento de 10oC/minuto. METODOLOGIA – DSC As análises de DSC foram efetuadas utilizando-se o equipamento DSC-60A Shimadzu em atmosfera de nitrogênio. Estes ensaios foram efetuados a uma taxa de 20oC/minuto e foram efetuadas duas corridas para a amostra de PET (aproximadamente 5mg). Os dois ciclos de aquecimento foram de 10oC a 300oC. 15 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Realizada a análise do poli(tereftalato de etileno) no ATR, com os dados obtidos e auxílio do programa OriginPRO 8, plotou-se a seguinte curva: Gráfico 1: curva ATR experimental para o PET Ao analisar o gráfico obtido experimentalmente com o teórico (gráfico 2) percebe-se grande semelhança quanto à resposta do material em determinado comprimento de onda, porém, há uma grande mudança quanto a transmitância entre os dois. 16 Gráfico 2: Curva ATR teórica para o PET Fonte: NICODOM Ltd. Com a análise termogravimétrica do Poli(tereftalato de etileno) e obtenção de dados, pode-se plotar, também no programa OriginPRO 8, um gráfico da perda de massa do material conforme o aumento da temperatura (gráfico 3): Gráfico 3: Curva TGA experimental para o PET 17 Plotado o gráfico, pode-se perceber que a degradação do material teve início em, aproximadamente, 405,27ºC e que sua massa foi reduzida a 0 mg em 765,34ºC, após 74,55 minutos à uma taxa de aumento da temperatura de 10 ºC/min, porém, em 2,18 minutos, há 32,55 ºC, também houve uma leve perda de massa que pode estar associado à impurezas que estavam no material. Esta etapa do experimento foi realizada inteiramente em atmosfera nitrogenada para que não ocorresse uma possível oxirredução assim como seria caso o experimento não tivesse uma atmosfera controlada. Por fim, plotou-se, pelo OriginPRO 8, uma curva com os dados obtidos no primeiro e segundo ciclo da análise DSC (gráfico 4 e 5): Gráfico 4: Curva DSC experimental para o PET no 1º ciclo 18 Gráfico 5: Curva DSC experimental para o PET no 2º ciclo Analisando os gráficos obtidos, percebe-se uma grande diferença do primeiro e segundo ciclo do PET. Enquanto no primeiro ciclo podemos apenas distinguir a temperatura de fusão cristalina (Tm) sendo 254,17ºC a uma taxa de aquecimento de 20,00ºC/min e atmosfera nitrogenada, no segundo ciclo, devido a uma reinicialização estrutural do material, consegue obter a temperatura de transição vítrea (Tg), a temperatura de cristalização (Tc) e a temperatura de fusão cristalina (Tm), sendo, respectivamente, 79,09ºC; 145,39ºC e 249,01ºC em atmosfera nitrogenada e taxa de aquecimento de 10,00ºC /min. Percebe-se também que Tg é um processo exotérmico enquanto a Tc é endotérmico devido a variação de entalpia destes. 19 6 CONCLUSÃO Realiza as devidas análises do PET, percebe-se, por método TGA que o material tem uma temperatura de degradação de 405,27ºC em um ambiente nitrogenado e com uma taxa de 10,00 ºC/min até chegar em uma massa nula após 74,55 minutos em uma temperatura de 765,34ºC. Quanto ao método DSC, é perceptível a grande diferença entre o primeiro e segundo ciclo do material. Isso ocorre devido as condições que o poli(tereftalato de etileno) foi exposto antes da realização dos testes e, que após chegar a temperatura de fusão cristalina (254,17ºC) e ser resfriado novamente até a temperatura inicial, o mesmo retoma suas características iniciais antes das exposições podendo ser observado sua temperatura de transição vítrea, temperatura de cristalização e temperatura de fusão cristalina, sendo, respectivamente, 79,09ºC; 145,39ºC e 249,01ºC em atmosfera nitrogenada e taxa de aquecimento de 10,00ºC /min. Por fim, quanto ao FTIR, conclui-se que o termoplástico apresenta os mesmo valores de comprimento de onda do que o teórico, podendo afirmar que o material é realmente feito de meros de tereftalato de etileno. 20 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REINAS, José. Poli(tereftalato de etileno). Educação e Tecnologia. Guarda – Portugal, Julho de 1988, v. 3, p. 131-133. ROMÃO, Wanderson; SPINACÉ, Márcia; DE PAOLI, Marco. Poli(Tereftalato de Etileno), PET: Uma Revisão Sobre os Processos de Síntese, Mecanismos de Degradação e sua Reciclagem. Campinas, 2009. Artigo de revisão. Instituto de Química, UNICAMP. LIANG, C.; KRIMM, S. Infrared Spectra of High Polymers Part IX. Polyethylene Terephthalate. Michigan – EUA, 1959. Artigo. Laboratory of Physics, University of Michigan.
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