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FLUXOGRAMA DO CAFÉ

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE RIO PRETO – FATEC
SILVIA REGINA AIRES CARDOSO
ORLANDO MARCELO 
LORRANE MONIQUE 
PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL I – FLUXOGRAMA 
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – SP
2013
INTRODUÇÃO 
O café é uma planta originária do continente africano, das regiões altas da Etiópia (Cafa e Enária), onde ocorre espontaneamente como planta de sub-bosque. A região de Cafa pode ser a responsável pelo nome café. Segundo uma das "lendas" da descoberta do cafeeiro, um pastor etíope foi quem percebeu que algumas de suas cabras mudaram seu comportamento após fazer uso de folhas da planta de café em sua alimentação, influenciando no comportamento de monges que o observaram.
Da Etiópia foi levado para a Arábia. Os árabes tentaram manter o privilégio, pois foram os primeiros a cultivar essa planta "milagrosa" que assumia grande importância social devido ao seu uso na medicina da época para a cura de diversos males. Da Arábia o café foi levado primeiramente para o Egito no século XVI e logo depois para Turquia. Na Europa, no século XVII, foi introduzido na Itália e na Inglaterra. O café era consumido por diversas classes sociais, inclusive por intelectuais. Logo depois passou a ser consumido em vários outros países europeus, chegando à França, Alemanha, Suíça, Dinamarca e Holanda.
Seguindo sua marcha de expansão pelo mundo, o café chegou nas Américas e nos Estados Unidos, atualmente o maior consumidor e importador mundial de café. Foram os holandeses que disseminaram o café pelo mundo. Inicialmente transformaram suas colônias nas Índias Orientais em grandes plantações de café e junto com franceses e portugueses transportaram o café para a América.
Na Guiana Holandesa (hoje Suriname), foram introduzidas mudas do Jardim Botânico de Amsterdã. Chegou à Guiana Francesa através do Governador de Caiena que conseguiu, de um francês chamado Morgues, algumas sementes semeando-as no pomar de sua residência. A partir desse plantio o Sargento Francisco de Mello Palheta transportou para o Brasil, para a cidade de Belém (Pará) em 1727, algumas sementes e plantas ainda pequenas. Em Belém, a cultura não foi muito difundida. Foi levada nos anos seguintes para o Maranhão, chegando à Bahia em 1770. No ano de 1774 o desembargador João Alberto Castelo Branco trouxe do Maranhão para o Rio de Janeiro algumas sementes que foram semeadas na chácara do Convento dos Frades Barbadinos. Então espalhou-se pela Serra do Mar, atingindo o Vale do Paraíba por volta de 1820. De São Paulo, foi para Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.
No Brasil, o desenvolvimento da cultura confunde-se com a própria história do País devido a sua grande importância econômica e social (o "Ciclo do Café").
1820: A partir dessa década, o Brasil passou a ser considerado exportador de café com exportações contínuas do produto, provenientes do Vale do Paraíba-SP, Araxá-MG e Goiás.
1845: O Brasil produz 45% do café mundial.
1857: Elevação dos preços internacionais devido à recuperação da economia européia e redução da oferta de café brasileiro, devido ao ataque do inseto "bicho mineiro" nas lavouras e pela limitação de mão-de-obra escrava (lei Eusébio de Queiroz). Os preços tiveram uma elevação de 50%, o que causou grande expansão da produção nos anos seguintes.
1865: Os preços caíram devido à diminuição das exportações para os Estados Unidos, que enfrentavam a Guerra de Secessão.
1906: O mercado sofre a primeira grande intervenção do governo motivada pelos preços baixos que mal cobriam os custos da colheita. O estoque já era grande em 1902 e a expectativa de grande colheita para 1906, com cerca de 17 milhões de sacas, quando o consumo mundial era de apenas 20 milhões, provocaram baixa nos preços. A intervenção ocorreu no dia 26 de fevereiro de 1906, quando os governantes de São Paulo e Minas Gerais assinaram o "Convênio de Taubaté". Fixou-se um preço mínimo do café e o plantio de novas lavouras foi proibido.
1918: Grande geada reduziu a produção brasileira causando elevação de preços.
1932: Queima de estoques devido à superprodução. Os estoques chegaram a 33,5 milhões de sacas e até 1944 foram incineradas mais de 78 milhões de sacas. Proibição de novos plantios de café.
1939 a 1945: A segunda guerra mundial causou queda nos preços internacionais do produto.
1945/54: Melhoria dos preços após a guerra incentivou novos plantios.
1955: Superprodução de 22 milhões de sacas.
1962/67: Erradicação de 2 bilhões de pés de café. Em 1964, a retenção de estoques chegou a 48 milhões de sacas, como tentativa de elevação dos preços que estavam muito baixos.
1969: Geada no Paraná destruiu cerca de 80% da safra seguinte causando elevação dos preços.
1970: O Governo Federal lança o plano de renovação dos cafezais. Oferece financiamento farto, estimulando principalmente os Estados do centro-sul (regiões Sul de Minas, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba), a aumentarem o parque cafeeiro.
1977: Preços altos devido à geada em 1975, que dizimou a cafeicultura no sul do País, com maiores efeitos no Paraná. Ocorrência da doença "ferrugem alaranjada do cafeeiro", que foi se agravando desde a sua introdução no Brasil em 1970. Nessa época os preços do café tiveram seus valores mais altos da história, cerca de 400 dólares por saca.
1986: Longo período de seca e esgotamento dos cafeeiros no centro-sul do país provoca forte elevação dos preços. Com esse aumento do preço, as cláusulas do Acordo Internacional do Café deixaram de funcionar. Começa a operar o mercado livre no exterior, resultando em queda do preço, após curto período de elevação.
1987: Renovação do Acordo Internacional do Café e, apesar dos preços em baixa, houve tendência de estabilização (120 a 140 cents de dólar por libra peso).
1989: Término do Acordo Internacional do café.
1991/93: Fase de preços muito baixos, chegando a menos de 40 dólares em determinados períodos. Houve grande erradicação de lavouras no centro-sul do Brasil e o abandono das lavouras por grande parte daqueles que permaneceram na atividade.
1994: Ocorrência de duas fortes geadas que atingiram grandes áreas produtoras no Brasil. Praticamente todo o Estado do Paraná, boa parte do Estado de São Paulo e áreas consideráveis do Sul de Minas Gerais tiveram suas lavouras seriamente atingidas. Um longo período de seca após as geadas atrasa ainda mais a recuperação das lavouras. Os preços sofreram altas históricas, chegando a ultrapassar 200 dólares/saca.
1995: Grande redução da produção brasileira (cerca de 12 milhões de sacas), resultado das geadas em 1994. O preço cai um pouco, estabilizando entre 150 e 180 dólares/saca em razão dos compradores internacionais operarem com estoques mínimos.
1996: O Governo Federal cria o Conselho Deliberativo de Política Cafeeira (CDPC), constituído por doze membros, dos quais seis representam o governo e seis o setor privado: CNC (02), CNA (01), FEBEC (01), ABIC (01) e ABICS (01).
2001: O preço do café atinge menos de $35/saca, um dos preços mais baixos da historia.
2011: O preço do café mais do que dobra entre 2010 e 2011, alcançando $350/saca em março de 2011, um recorde de mais de 30 anos. Esse aumento se deve principalmente à forte redução do estoque dos países consumidores e problemas na safra de alguns dos principais países produtores como a Colômbia. O fato de 2011 ser o ano de baixa da safra brasileira, devido à bianualidade da produção, ajuda na alta dos preços.
Tipos de Café
Existem dois tipos de planta de café: Arábica e Robusta (Conilon). Os "melhores" cafés são do tipo Arábica, possuem aroma e doçura intensos com muitas variações de acidez, corpo e sabor. Os cafés especiais e gourmet são 100% Arábica. O Arábica tem 50% menos cafeína que o Robusta. Cada variedade da planta do café arábica possui atributos específicos de aroma, corpo, acidez e doçura. As combinações, ou Blends, são desenvolvidas para balancear ou acentuar as melhores qualidades de cada variedade de café arábica.
Variedades de Café
Existem muitas variedades da planta de café Arábica.As mais comuns nas melhores regiões produtoras brasileiras são: Bourbon, Catuaí, Acaiá e Mundo Novo. E, dentre essas variedades, existem também várias subvariedades: Bourbon Amarelo e Vermelho, Catuaí Amarelo e Vermelho, variedades de Mundo Novo, etc. Abaixo as características de algumas das principais variedades.
Bourbon
Características de sabor: É considerada uma das melhores variedades para produção de cafés gourmet. Seu aroma intenso, suavidade, textura achocolatada e sabor adocicado conferem características únicas. Porém, vale lembrar que solo, clima, altitude e processos de secagem são fundamentais para maximizar todas essas características.
Características da variedade: As plantas atingem até 3 metros de altura apresentando um formato cilíndrico. Os frutos têm o mesmo formato do café comum, porém, com um tamanho reduzido. Sua produtividade é inferior quando comparadas às demais variedades comerciais. É muito susceptível a pragas e doenças.
Catuaí
Características de sabor: É um café leve e suave com acidez média. Um dos poucos que se pode tomar sem açúcar. Plantado em altitudes mais altas proporcionam um sabor mais acentuado, permitindo ao grão de café absorver com maior intensidade os açúcares naturais durante seu processo de maturação. Por isso, plantações em altitude acima de 1.000 metros apresentam os melhores sabores. O Catuaí amarelo é menos encorpado do que o vermelho. Portanto, dependendo do sabor almejado um blend que inclua ambos pode ser mais satisfatório.
Características da Variedade
Os cultivos de café Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo têm sido os preferidos dos produtores brasileiros, ocupando uma grande parte do parque cafeeiro da maioria das regiões produtoras. Elas apresentam as vantagens do porte baixo da planta, o que facilita os tratos e a colheita. Também apresentam menores prejuízos pelo ataque de ferrugem, um fungo bastante comum em plantas de café arábica. O Catuaí, que significa "muito bom", faz jus ao nome, por ser bem rústico. Adapta-se muito bem em temperaturas médias, na faixa de 18 - 22º C, encontradas em terras elevadas acima de 800 m de altitude. 
Mundo novo
Os frutos apresentam boa uniformidade de maturação em razão das 3 floradas. Com a primeira produzindo 10%, a segunda 80% e a última 10%. Isso propicia um café de ótima qualidade, devido ao baixo porcentual de grãos verdes obtidos na colheita.
 
Classificação Oficial Brasileira (COB)
A COB compreende 7 tipos de café arábica, que variam de 2 a 8, resultantes da quantidade de defeitos averiguada em uma amostra de 300 gramas de grão de café verde.  Quanto maior for o número do tipo COB menor será a qualidade do café gourmet, pois maior o COB maior o número de defeitos averiguados nas amostras.  O COB tipo 3 tem até 12 defeitos e è considerado o grão de café de melhor qualidade para exportação.  O COB tipo 2 tem até 4 defeitos e o tipo 8 até 360 defeitos por amostra.  São considerados defeitos: grão de café preto, ardido, pedra, pau.
REF BIB. 
Clube do Café. Sua Loja de Café on-line. Disponível em:< http://www.clubecafe.net.br/>. Acesso em 06 de set. De 2013.

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