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- 2014 – MECÂNICA DOS SÓLIDOS I ENGENHARIA CIVIL MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 2 INTRODUÇÃO A MECÂNICA DOS SÓLIDOS (Resistência dos Materiais) visa capacita ao dimensionamento e verificação dos elementos estruturais, conhecidos os esforços solicitantes e as características físicas dos materiais. MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 3 1. EQUILÍBRIO DAS ESTRUTURAS Podemos considerar que uma estrutura ou está em movimento, ou está em equilíbrio. Na M.S. estudaremos principalmente as estruturas que estão em equilíbrio (estáticas). Para que uma estrutura esteja em equilíbrio estático, deve obedecer as “leis de equilíbrio da estática”: ∑Fh = 0 ∑Fv = 0 ∑Mf=0 ∑Mt = 0 Sejam as seguintes estruturas e suas condições de equilíbrio: FIG. 01 FIG. 02 FIG. 03 Porém, não podemos confundir equilíbrio com deformação. Uma estrutura em pode ter enormes deformações e permanecer em equilíbrio enquanto não sair do local. FIG. 04 2. ESFORÇOS NAS ESTRUTURAS Devido a forças de “ação” e “reação”, a estrutura está em equilíbrio, porém poderá até se romper se os efeitos dos esforços ativos (ações) e reativos (reações) levarem ao colapso do material. Isso poderá ocorrer se algumas partes constituintes da estrutura sofrerem valores extremos face aos esforços nelas atuantes. Sejam eles: MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 4 FIG. 04 Para determinarmos as tensões que pode levar uma estrutura ao colapso, ou não, deve haver um efeito intermediário, causado por esforços ativos ou reativos, que gerarão esforços internos solicitantes, que no final resultarão em tensões de tração, compressão, cisalhamento e torção. ESFORÇOS INTERNOS SOLICITANTES A. Forças Normais (axiais): tração e compressão B. Forças tangenciais: corte C. Momento Fletor: atua no plano que contém o eixo de uma barra em um vão. D. Momento torsor: está contido num plano ortogonal ao eixo da peça (Esta viga sofre flexão e torção) MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 5 Desta maneira os esforços internos solicitantes, gerados por esforços externos de ação e reação, causarão à estrutura tensões de compressão, tensões de tração, tensões de cisalhamento (corte) e tensões de torção. ESFORÇOS ATIVOS (forças e momentos fletores e de torção) ESFORÇOS REATIVOS ESFORÇOS INTERNOS SOLICITANTES (forças normais, tangenciais, momentos) ESFORÇOS INTERNOS RESISTENTES (tensões de tração, compressão, cisalhamento, torção e flexão) 1. Exemplos da atuação de esforços solicitantes e resistentes nas estruturas MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 6 MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 7 3. TENSÕES, COEFICIENTES DE SEGURANÇA E TENSÕES ADMISSÍVEIS Ex: Suspender um elemento por um cabo de aço cuja resistência média de ruptura é de 1.490 kgf/cm². Área necessária do cabo: 5,06 cm² Adotando esta bitola, estaremos atendendo ao projeto, porém: - com o tempo o cabo pode perder resistência; - a resistência média do cabo pode variar; - a carga pode ser superior aos 7550 kgf. COEFICIENTE DE SEGURANÇA capacidade adicional / reserva de carga Quando se aplica um coeficiente de segurança à resistência média (σlimite), tem-se a resistência (tensão) admissível. Desta forma, temos dois coeficientes de segurança: - um para o carregamento (ϒc): acrescenta-se a carga uma capacidade adicional - um para o material (ϒm): diminui-se uma parcela da resistência. Em resumo, os coeficientes de segurança são correlações realizadas nas solicitações (para mais) e nas resistências limites (para menos) dos materiais para prevenir incertezas destes dados. DIMENSIONAMENTO Existem dois tipos de dimensionamentos: - Estático: solicitações estáticas - Dinâmico: solicitações dinâmicas Determinados os esforços, conhecido os materiais e fixados os coeficientes de segurança, é possível dimensionar os elementos estruturais: Dimensionamento: determinação das dimensões do elemento estrutural, dados os esforços, tensões limites (σlimite) e coeficientes de segurança; Verificação: dada uma estrutura e conhecido seu material, fixado os coeficientes de segurança, verifica-se o máximo esforço que a estrutura suporta. Da mesma forma, dada as dimensões e carga imposta, determina-se a tensão atuante (σatuante) e compara-se com a limite (σlimite) do material. TENSÕES INTERNAS < TENSÕES INTERNAS LIMITES DOS MATERIAIS σatuante < σlimite MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 8 AÇÕES E TENSÕES Ação externa: TRAÇÃO Tensão interna: TRAÇÃO Ação externa: COMPRESSÃO Tensão interna: COMPRESSÃO Ação externa: FLEXÃO Tensão interna: FLEXÃO (tração/compressão) Ação externa: CISALHAMENTO Tensão interna: CISALHAMENTO MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 9 Ação externa: TORÇÃO Tensão interna: TORÇÃO CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS ENVOLVIDAS - Tração: σt = F/A ÁREA - Compressão: σc = F/A ÁREA - Flexão: σf = ƒ(I)= MY/I INÉRCIA - Cisalhamento: τ = Q/A ÁREA - Torção: σt = ƒ(Jp) INÉRCIA POLAR MOMENTOS DE INÉRCIA MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 1 0 EXEMPLOS NUMÉRICOS DE CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO 1. 2. 3. 4. EXEMPLO DA UTILIZAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g in a 1 1 EXERCÍCIOS Determinar as reações na viga 1. 2. Uma peça de 123.000 kgf apoia-se sobre quatro peças de aço. Determine as dimensões que as peças devem ter, levando em consideração a proporção para a seção de a x 5ª. σadmissível aço= 1000 kgf/cm² Um peso de 8,7 tf deverá ser sustentado por 04 pinos curtos redondos, de ferro fundido. Determine o diâmetro destes pinos σadmissível ferro = 300 kgf/cm² SISTEMA DE UNIDADES 1t 1000 kgf 10 kN 10.000 N 0.01 MN 1 kN 100 kgf GPa = 10⁹ N/m² MPa = 10⁶ N/m² KPa = 10³ N/m² MECÂNICA DOS SÓLIDOS I – Prof. MSc. Sílvio Maurício Beck URI SANTO ÂNGELO - 2014 P á g ina 1 2 4. ESFORÇOS AXIAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.BEER, F. P.; JOHSTON Jr, E. R. RESISTÊNIA DOS MATERIAIS, 3º ed. São Paulo. Makron Books, 2007. 2. BOTELHO, Manoel Henrique Campos. RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS: PARA ENTENDER E GOSTAR. 2º ed. São Paulo. Blucher, 2013.
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