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UNIVERSIDADE PAULISTA PIM VI 2018

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR
GRUPO ATIVA
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM VI
SANTA CATARINA
2018
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM COMÉRCIO EXTERIOR
GRUPO ATIVA
PROJETO INTEGRADO MULTIDICIPLINAR – PIM VI
ALUNO: FABIANO BENEVENUTTO DE ANDRADE R.A. 1715836
Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM VI, apresentando como um dos pré-requisitos para aprovação do bimestre vigente, no Curso Superior de Tecnologia em Comércio Exterior.
Orientador: ?
SANTA CATARINA
2018
 RESUMO
O projeto Integrado Multidisciplinar (PIM) VI do curso Superior Tecnólogo em Comercio Exterior abordará o plano de negócios empresarial, abordaremos as licitações internacionais e entraremos na seara da ética e legislação, tanto empresarial como a trabalhista.
Palavra(s) Chaves(s): Plano, Negócios, Licitações, Internacional, Ética, Legislação, Empresarial, Trabalhista.
 SUMARIO
Introdução .........................................................................................................05
Desenvolvimento................................................................................................06
Capítulo 01.........................................................................................................06
Capítulo 02.........................................................................................................10
Capítulo 03.........................................................................................................21
Capitulo 04. .......................................................................................................23
Conclusão...........................................................................................................24
Referências Bibliográficas ................................................................................25
 INTRODUÇÃO
Pretende-se com esta argumentação mostrar como funciona e como é feito o Plano de negócios de uma empresa, demonstraremos as propriedades das Licitações Internacionais no âmbito mundial, e por fim discorreremos a respeito da Ética e Legislação tanto Empresarial como a Trabalhista nas empresas.
.
 DESENVOLVIMENTO 
 
 CAPÍTULO 01 – PLANO DE NEGÓCIO
O acesso ao mercado externo representa nova oportunidade de expansão dos negócios. Além disso, oferece outros desafios para quem já tem um empreendimento consolidado.
Se a ideia é investir na exportação, alguns estudos devem ser feitos em relação à região e ao público que se pretende conquistar no comércio internacional. Por diferenças históricas ou culturais, os clientes estrangeiros se diferem do perfil de consumidor que o empreendedor atende normalmente.
Mas empresas exportadoras podem contar com auxílio do governo, que busca compensar dificuldades e gerar competitividade para a economia brasileira no cenário internacional por meio da implementação de uma série de benefícios, como redução tributária (para empresas, impostos como IPI, PIS, Cofins e ICMS são desonerados na exportação), diversificação de riscos, preços mais rentáveis, melhoria na imagem doméstica do produto e da empresa.
Assim, ao optar pela exportação, o empresário não fica inteiramente condicionado ao ritmo de crescimento da economia nacional e a mudanças na política econômica.
A empresa exportadora também pode optar por destinar as vendas tanto ao mercado doméstico quanto ao internacional, diversificando assim riscos e tornando-se menos vulnerável a imprevistos em ambos os mercados.
A seguir, estão disponibilizadas mais informações e dicas sobre planejamento que vão ajudar você a superar dificuldades e reduzir riscos inerentes a esse processo.
PLANEJAMENTO
Para reduzir as incertezas, é importante que o empresário analise o macro ambiente atual e futuro, confrontando as perspectivas com a capacidade interna da empresa. Isso permite, ainda, criar um plano de ação viável. Ele deve sempre estar em sintonia com os objetivos estratégicos do negócio.
No planejamento, todas as informações necessárias para atuar em outros países devem ser pesquisadas com antecedência, ou seja, todos os aspectos devem ser avaliados para que as possibilidades de sucesso sejam efetivamente concretizadas.
Por falta dessa ferramenta administrativa, muitas empresas fracassam e acabam desistindo de atuar em mercados internacionais.
O plano de comércio exterior é um documento que, uma vez elaborado, converte-se na linha mestra em que os empresários, os executivos e todos aqueles que irão colocá-lo em prática devem se basear. Funciona como o plano de negócios.
Confira que tipos de informações são relevantes:
Perfil do mercado: aqui são descritos todos os dados históricos e econômicos que podem influenciar seu negócio. Essa atitude é fundamental para começar suas negociações e evitar deslizes ao oferecer seu produto. Informações sobre costumes, conflitos, situação financeira, terrorismo, entre outras, devem ser pesquisadas. Em caso de conflitos, por exemplo, sua mercadoria pode não chegar ao destino, causando prejuízo para o seu empreendimento.
Perfil do comércio exterior do país: para conhecer o mercado e seus concorrentes, é preciso analisar dados sobre exportações e importações. Isso vai ajudá-lo a decidir a viabilidade da exportação para o local.
Perfil da clientela: aqui você vai analisar qual público terá acesso ao seu produto e será o consumidor final. Isso é essencial para avaliar a viabilidade de sua empresa exportar e a necessidade de alterar ou não seu produto para atender a necessidades e expectativas dos clientes.
Barreiras tarifárias e não tarifárias: é preciso verificar também todo tipo de taxa ou barreira econômica que pode prejudicar o seu produto. Caso não atenda a um requisito ou tenha que pagar taxas muito elevadas para exportar, o negócio não terá retorno positivo, pois sua competitividade ficará comprometida.
Perfil da concorrência: nesse caso, você deve saber quais as chances de seu produto penetrar o mercado local, levantando informações sobre os seus concorrentes. Há outros empreendedores conterrâneos que já oferecem o mesmo serviço que o seu? Qual marca será seu principal concorrente? Com base nisso, o empreendedor perceberá se é muito arriscado exportar para aquele país ou região.
Estrutura de distribuição: por fim, avalie os canais disponíveis para a distribuição de seu produto. Quais estão disponíveis? Quais serão os seus distribuidores e fornecedores?
Pesquisa
Nas empresas de pequeno porte, a fase da pesquisa é mais difícil porque exige muito trabalho. Entretanto, esse passo é importante para você reunir o máximo de informações possíveis sobre o mercado, antes de exportar produtos ou serviços para fora do país.Há, em português, dois sites que podem ajudá-lo nessa tarefa, pois eles apresentam dados relevantes de diversos países. Um deles é o Autodiagnostico Sebrae e o outro é o da Apex Brasil.
Também vale a pena lançar mão de sites de busca, como o Google, para procurar portais governamentais locais do país para onde você deseja exportar ou outros sites de notícias ou fontes confiáveis que possam auxiliá-lo.
Participar de feiras e eventos com foco internacional é também uma boa saída para momentos de crise no mercado interno, ao possibilitar o contato com compradores de diversas partes do mundo, ampliando a rede de contatos e gerando networking, além de permitir um excelente aprendizado com consumidores e contatos com fornecedores estrangeiros.
AÇÃO:
Entrar em contato com os importadores;
RESPONSÁVEL:
DepartamentoComercial;
DATA: 
De 01 ano com contatos periódicos para estreitar os negócios;
RECUSROS:
Usar os recursos liberados pelo departamento financeiro;
SITUAÇÃO:
Em tramitação avançada com os importadores;
 CAPÍTULO 02 – LICITAÇÕES INTERNACIONAIS
Neste número, analisaremos o conceito de licitação internacional, o seu disciplinamento pela Lei nº 8.666/93, bem como as hipóteses em que se admite a não-incidência da Lei Brasileira de Licitações ao supracitado certame licitatório
1) Como pode ser conceituada a licitação internacional?
A licitação é internacional quando for divulgada no exterior. É equivocada a ideia de que a participação de empresas estrangeiras tornaria o certame internacional, pois numa licitação comum há, a mais das vezes, a presença de empresas alienígenas.
Lucas Rocha Furtado[1] discorre com maestria acerca do tema sob comentário, senão vejamos: “Cumpre observar que é considerada licitação internacional aquela em que a Administração promove sua divulgação no exterior, convocando empresas regidas e constituídas por leis de países estrangeiros para participar do certame. Lembramos que em uma licitação normal (que não seja internacional), para a aquisição pela Administração de determinados produtos, nada impede que empresas estrangeiras apresentem propostas. Somente quando a divulgação do certame for feita no exterior, será ela considerada internacional.”
2) Quais as modalidades de licitação cabíveis para o processamento do certame internacional?
Em regra, a concorrência é a modalidade de licitação cabível para o processamento da licitação internacional, ex vi do preceito contido no § 3º do art. 23 da Lei nº 8.666/93, verbis:
“§ 3º. A concorrência é a modalidade de licitação cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no art. 19, como nas concessões de de direito real de uso e nas licitações internacionais, admitindo-se, nesse último caso, observados os limites deste artigo, a tomada de preços, quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro internacional de fornecedores, ou o convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País.” 
Percebe-se, ainda, pelos termos da redação do supracitado § 3º do art. 23 da Lei nº 8.666/93, que são admitidas exceções à regra geral, uma vez que poderá ser eleita como modalidade cabível para o processamento da LI a tomada de preços, e até mesmo o convite.
Com efeito, a licitação internacional poderá ser processada na modalidade de tomada de preços quando o órgão ou entidade possuir cadastro internacional de fornecedores, cabendo, também, convite na hipótese de não haver fornecedor do bem ou serviço no País. Aliás, a respeito do convite internacional Carlos Pinto Coelho Motta[2] elogia o legislador, que, ao modificar o preceito em comento[3], possibilitou a utilização do convite como modalidade licitatória aplicável ao processamento da licitação internacional, pois considera o festejado doutrinador que tal possibilidade abre “uma excelente perspectiva para a agilização do procedimento licitatório.”.
Do exposto, conclui-se que o processamento da licitação internacional dar-se-á, em regra, por meio de concorrência, admitindo-se a adoção da tomada de preços e do convite quando ocorrerem as especiais hipóteses de cabimento previstas no § 3º do art. 23 da Lei nº 8.666/93.
3) Qual o dispositivo da Lei nº 8.666/93 que regula a licitação internacional?
É o art. 42, caput, e seus § § 1º a 6º, verbis:
“Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes.
§ 1º. Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o licitante brasileiro.
§ 2º. O pagamento feito ao licitante brasileiro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior à data do efetivo pagamento.
§ 3º. As garantias de pagamento ao licitante brasileiro serão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro.
§ 4º. Para fins de julgamento da licitação, as propostas apresentadas por licitantes estrangeiros serão acrescidas dos gravames conseqüentes dos mesmos tributos que oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à operação final de venda.
§ 5º. Para a realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na respectiva licitação, as condições decorrentes de acordos, protocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedimentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração, o qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de avaliação, desde que por elas exigidos para a obtenção do financiamento ou da doação, e que também não conflitem com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de despacho motivado do órgão executor do contrato, despacho esse ratificado pela autoridade imediatamente superior.
§ 6º. As cotações de todos os licitantes serão para entrega no mesmo local de destino.”
No decorrer das respostas aos próximos questionamentos analisaremos o significado e alcance de todos os preceitos em questão.
4) O art. 42, caput, da Lei nº 8.666/93 determina que na concorrência internacional o edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos competentes. E mais: o § 1º do referido artigo estabelece que na hipótese de ser permitido ao licitante estrangeiro cotar sua proposta de preços em moeda estrangeira, o licitante brasileiro também poderá cotar o seu preço com base na moeda alienígena. Pergunta-se: o que objetivam tais disposições?
Antes de passarmos à resposta da presente indagação, cumpre-nos fazer uma observação prévia: o caput do art. 42 refere-se à concorrência internacional, mas é óbvio que uma vez adotada a tomada de preços ou o convite em face da ocorrência das especiais hipóteses previstas no § 3º do art. 23 analisadas acima, as regras fixadas pelo art. 42 serão igualmente válidas para as sobreditas modalidades de licitação.
No que concerne ao comando fixado pelo art. 42, caput, obtempere-se, inicialmente, que a prescrição normativa que dele exsurge constitui tradição em nosso direito positivo, pois o Decreto-Lei nº 2.300/86[4] possuía disposição idêntica.
Passemos à análise do conteúdo do caput do art. 42 propriamente dito. O edital deverá ajustar-se às diretrizes do comércio exterior. Isso porque a legislação pátria muitas vezes proíbe a importação de determinados bens e serviços. Logo, o objeto da contratação pretendido pela Administração – cuja descrição é obrigatória em todo e qualquer edital – não poderá contemplar bem ou serviço cuja importação seja vedada pela lei. Se do edital constar a importação de determinado bem que seja proibida pela legislação , a norma editalíssima será inválida, nula de pleno direito, por se encontrar em absoluto desacordo com normas de ordem pública – legislação aduaneira. É o edital que deverá adaptar-se à legislação, e não o contrário. Eis a razão por que o caput do art. 42 faz menção expressa no sentido do edital ajustar-se às diretrizes de comércio exterior.
Um outro aspecto merece ser salientado: é muito comum, no âmbito das licitações internacionais, que se permita a cotação das propostas de preços em moeda estrangeira, uma vez que o licitante alienígena pode não se interessar em contratar com a Administração Pública brasileira caso o edital preveja a cotação de tais propostas de preços em moeda nacional. Por essa razão, caso o edital preveja a cotação das propostas de preçosem moeda estrangeira (dólar, por exemplo), os órgãos competentes deverão ser consultados acerca da disponibilidade de recursos em moeda estrangeira. Isso quer dizer que não se verificará, apenas, a previsão de recursos orçamentários, mas o saldo disponível de numerário em moeda estrangeira, pois deve ser caracterizada a possibilidade, sob o ponto de vista monetário, de arcar com a contratação visada. Em outras palavras, há que se compatibilizar o contrato objetivado pela Administração com o controle monetário exercido pelos órgãos competentes. Daí por que motivo o art. 42,caput, determina que o “edital deverá ajustar às diretrizes da política monetária.”
Por seu turno, o § 1º do art. 42 estatuiu norma no sentido de que, em sendo permitido ao licitante estrangeiro cotar proposta de preços em moeda estrangeira, ao competidor brasileiro assegurar-se-á idêntica prerrogativa. Trata-se de preceito que visa garantir a isonomia entre licitantes nacionais e estrangeiros. Há outras disposições constantes dos demais parágrafos do supracitado art. 42 que reforçam o tratamento isonômico a ser dispensado aos licitantes nacionais e estrangeiros. Tais preceitos serão analisados por ocasião da resposta à indagação seguinte.
5) Excluído o § 1º do art. 42 há no referido artigo da Lei nº 8.666/93 outras normas que asseguram a isonomia entre licitantes nacionais e estrangeiros, no âmbito da licitação internacional?
Sim. Comecemos pelo § 3º do art. 42 da Lei nº 8.666/93. Este dispositivo estabelece a equivalência entre as garantias prestadas pelos licitantes brasileiros e competidores estrangeiros. A Lei nº 8.666/93 objetiva, como bem apontado por Marçal Justen Filho[5], que não haverá discriminação em detrimento do licitante estrangeiro, como igualmente proíbe-se tratamento menos favorável ao competidor nacional.
O § 4º do art. 42 da Lei nº 8.666/93 também assegura a isonomia entre licitantes nacionais e estrangeiros. A respeito do supracitado preceito, Jessé Torres Pereira Júnior[6] obtempera que dito dispositivo visa “acrescer ao preço da proposta formulada por estrangeiro os mesmos encargos com que a lei tributária brasileira onera a compra e venda ajustada entre nacionais, com o fito de propiciar equanimidade entre os preços.”
Do exposto, resulta que a finalidade dos aludidos comandos normativos é no sentido de promover a plena isonomia entre os competidores nacionais e estrangeiros, pelo que se encontram em harmonia com a Constituição da República e reafirmam a norma estatuída no art. 3º, caput, da própria Lei nº 8.666/93, que define os objetivos da licitação, dentre os quais figura o princípio da isonomia.[7]. Além do que, o § 1º do inciso II deste art. 3º é enfático quando veda aos agentes públicos “estabelecer tratamento diferenciado de natureza comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer outra, entre empresas brasileiras e estrangeiras.” Portanto, os § § 3º e 4º asseguram o cumprimento dos supracitados dispositivos do art. 3º.
6) O licitante brasileiro que venceu a licitação, celebrou o contrato administrativo e apresentou, no transcorrer do certame, a cotação de sua proposta de preços em moeda estrangeira, receberá a sua remuneração em moeda alienígena ou nacional?
Conforme vimos acima, o § 1º do sobredito art. 42 assegura ao licitante brasileiro a prerrogativa de cotar a sua proposta de preços em moeda alienígena quando o competidor estrangeiro estiver autorizado pelo edital do certame licitatório a efetuar cotação do seu preço em moeda estrangeira. Nada mais natural, portanto, do que os valores da proposta serem pagos ao brasileiro vencedor da licitação, em moeda nacional, com base na “taxa de câmbio vigente no último dia imediatamente anterior à data do efetivo pagamento” ex vido preceito contido no § 2º do art. 42 da Lei nº 8.666/93. Nesse ato, transcrevemos, em sua integralidade, o aludido § 2º:
“§ 2º. O pagamento feito ao licitante brasileiro eventualmente contratado em virtude da licitação de que trata o parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior à data do efetivo pagamento.”
Marçal Justen Filho[8] perfaz judicioso comentário a respeito do tema, verbis: “Mesmo que as propostas sejam formuladas em moeda estrangeira, o contratante estabelecido no Brasil receberá pagamento em moeda nacional. A lei determina que a contratação será efetuada em moeda nacional, mas os reajustes se farão segundo a variação cambial. Ou seja, os valores da proposta, formulados em moeda estrangeira, serão convertidos para moeda nacional, segundo o câmbio vigente no último dia anterior (alteração introduzida pela Lei nº 8.883).”
7) A realização da licitação internacional com recursos provenientes do estrangeiro afasta, automaticamente, a aplicação da Lei nº 8.666/93 ao procedimento licitatório em questão?
Em princípio, poderá ser afastada a aplicação da Lei Brasileira de Licitações à concorrência internacional a ser realizada com recursos advindos do estrangeiro, mas a não-incidência da referida norma legal não é automática, pois é necessário o preenchimento de determinados pressupostos. É o que preceitua o § 5º do art. 42 da Lei nº 8.666/93.
Saliente-se, em caráter preliminar, um aspecto importante: o afastamento das normas da Lei nº 8.666/93, com base no supracitado § 5º, desde que configurados os pressupostos necessários à não incidência da Lei Brasileira de Licitações – pressupostos esses que serão analisados a seguir -, valem para a licitação internacional nas diferentes modalidades em que poderá ser processada – concorrência, tomada de preços e convite -, e não apenas para a concorrência internacional.
Frise-se que a não-incidência da Lei nº 8.666/93 à tomada de preços e ao convite internacional afigura-se, em nosso sentir, perfeitamente lógico, porque modalidades licitatórias são espécies do gênero licitação. O fato do § 5º fazer referência expressa apenas à concorrência internacional não invalida a aplicação desse dispositivo aos supracitados ritos licitatórios.
Passemos, neste ponto, à análise do conteúdo do § 5º do art. 42, propriamente dito.
Os pressupostos indispensáveis à não-aplicação da Lei nº 8.666/93, em sede de licitação internacional, são os seguintes: 1) a contratação futura será bancada com recursos oriundos do estrangeiro, desembolsados por agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que Brasil faça parte, e deverá consistir em uma situação de vantagem para o País; 2) que a não-incidência da Lei nº 8.666/93 seja uma condição essencial imposta pela agência de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral.
No que concerne ao primeiro pressuposto, esclareça-se que a vantagem a ser obtida pelo Brasil consiste na transferência gratuita ou onerosa de recursos estrangeiros, que custearão empreendimentos em nosso País. Um exemplo de transferência gratuita de recursos financeiros é a doação efetuada por uma agência oficial de cooperação estrangeira. Já um empréstimo que o Brasil obtenha junto ao Banco Mundial para a conclusão da Ferrovia Norte-Sul constitui outro exemplo de transferência de recursos, desta feita de transferência onerosa.
Ainda em reforço ao que foi dito no tocante ao primeiro pressuposto, invoque-se o magistério de Marçal Justen Filho[9], que perfaz comentário no sentido de que a Lei nº 8.666/93 será aplicada à LI se os recursos para a realização da futura contratação forem de origem nacional. Ou seja, se os recursos não são estrangeiros, e sim nacionais, é óbvio que a Lei nº 8.666/93 será aplicada.
A respeito do segundo pressuposto, frise-se que o afastamento da Lei nº 8.666/93 dar-se-á em razão da incompatibilidade entre os preceitos desta normal legal com normas próprias e distintas pertencentes aos organismos que transferem os recursos financeiros necessários à contratação que se objetiva. Poderá, ainda, haver incompatibilidade entre a Lei nº 8.666/93 e as disposições constantes de acordos, protocolos, convenções e tratados internacionais aprovadospelo Congresso Nacional.
Em síntese: toda vez que for objetivada uma futura contratação para realização de obras, prestação de serviços ou aquisição de bens, e desde que esta futura contratação seja bancada com recursos estrangeiros, desembolsados por agência oficial de cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral de que o Brasil seja parte; e, ainda, esteja presente uma situação de incompatibilidade entre os preceitos da Lei nº 8.666/93 e as disposições constantes de acordos, protocolos, convenções e tratados internacionais aprovados pelo Congresso Nacional, bem como de normas e procedimentos das supracitadas entidades que transferirão os recursos financeiros, estarão presentes os pressupostos indispensáveis ao afastamento da Lei nº 8.666/93 à licitação internacional.
Advirta-se, também, que a existência dos aludidos pressupostos deverá ser comprovada. A última parte do § 5º do art. 42 da Lei nº 8.666/93 exige que o órgão executor do contrato emita despacho fundamentado que conclua pelo afastamento da Lei nº 8.666/93, despacho este que será ratificado pela autoridade imediatamente superior. Mas não basta a mera afirmação nesse sentido por meio de despacho, ainda que ratificado. Por isso, dito despacho deverá estar amparado em prova documental conclusiva. Aliás, no tocante a esta particularidade, Marçal Justen Filho[10] emite judicioso comentário, que merece integral reprodução. Ei-lo: “Por outro lado, não bastará à Administração Pública afirmar que a contratação se fará com recursos oriundos do estrangeiro. É imperioso demonstrar a presença dos dois pressupostos acima indicados. No tocante ao segundo, é inafastável a comprovação documental de que a operação de transferência de recursos para o Brasil foi condicionada à observância de regras incompatíveis com a Lei nº 8.666. Se não existir manifestação formal da entidade nesse sentido, terá de comprovar-se a obrigatoriedade da adoção de procedimentos ou regras incompatíveis com a Lei Brasileira. Insista-se em afirmar a insuficiência da mera afirmação de que o recurso provém do estrangeiro. Isso não é suficiente para afastar a aplicação da Lei nº 8.666.”
Ressalte-se, ainda, no tocante ao primeiro pressuposto (recebimento de recursos provenientes do estrangeiro) que o seu preenchimento igualmente impõe a produção de prova documental, que deverá constar do processo administrativo da licitação internacional, ou seja, desde a fase interna do certame já deveria estar provado que os recursos para a contratação objetivada pelo certame internacional serão estrangeiros, advindos de agência oficial estrangeira ou de organismo financeiro multilateral. E assim é porque o despacho do órgão executor do contrato será, sempre, fundamentado.
Registre-se, contudo, que o simples preenchimento dos pressupostos aqui tratados não tem o condão de promover um automático afastamento da Lei nº 8.666/93 à licitação internacional, uma vez que há limites a não-incidência da Lei Brasileira de Licitações. Tais limites serão objeto de minudente análise na resposta à próxima indagação.
8) O preenchimento dos pressupostos elencados no § 5º do art. 42 da Lei nº 8.666/93 implica em automática não-incidência da Lei nº 8.666/93?
Não, porque há limites claros e precisos, que não podem ser ultrapassados. Segundo lição doutrinária amplamente difundida, a Lei nº 8.666/93 não terá sua aplicabilidade afastada quando a adoção das normas emanadas de acordos, protocolos, convenções ou acordos internacionais, celebrados pelo Brasil, bem como dos preceitos e procedimentos próprios das entidades estrangeiras responsáveis pela liberação dos recursos implicar em violação:
a) da soberania nacional, que possui matriz constitucional do mais alto significado e está insculpido no art. 1º, I, da Carta Magna;
b) da indisponibilidade do interesse público – princípio dos princípios que inspira toda a atividade administrativa;
c) do princípio da isonomia, sendo que este último é, também, um princípio constitucional da Administração Pública, constante do art. 37, caput, da Constituição Federal. Além do que o inciso XXI do sobredito art. 37 consagra o princípio da isonomia na seara das licitações públicas;
d) do princípio do julgamento objetivo, que se constitui em princípio específico da licitação e figura, expressamente, no art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/93, além de encontrar-se presente na redação do § 5º do art. 42 da mesma norma legal para deixar claro que a mera possibilidade de sua violação torna impossível a não-incidência da Lei nº 8.666/93 à licitação internacional.
Impõe-se, ainda, um breve comentário a respeito do princípio do julgamento objetivo e como poderá ficar caracterizada a possibilidade de sua violação caso a Lei nº 8.666/93 não seja aplicada à licitação internacional.
Julgamento objetivo, em sede de licitações, possui o seguinte significado: o critério de julgamento, igualmente denominado tipo de licitação, que regulará o certame licitatório deverá ser escolhido dentre aqueles previstos em lei e será aprioristicamente definido no edital. Quanto aos critérios de desempate, serão aplicados, apenas, os que se encontram taxativamente elencados em lei. Assim, no âmbito do julgamento do certame licitatório a legislação não confere qualquer margem de discricionariedade para o administrador público, ao qual é vedado, verbi gratia, substituir o critério de julgamento previsto em lei e divulgado no edital por outro que entenda mais conveniente.
Logo, o que a parte final do § 5º do art. 42 estabeleceu foi regra no sentido de que a norma estrangeira a ser adotada no certame internacional preveja, aprioristicamente, o tipo de licitação que será utilizado, bem como os respectivos critérios de desempate, e que tal tipo de licitação, assim como os critérios de desempate, sejam reproduzidos no edital da licitação, tal como ocorre quando é aplicada a Lei nº 8.666/93. Portanto, em caso de inexistirem previsões nesse sentido, o princípio do julgamento objetivo será certamente violado, o que impedirá a aplicação da norma estrangeira e o consequente afastamento da Lei nº 8.666/93.
Em suma: violação ao princípio do julgamento objetivo não se admite. Caso a aplicação da norma estrangeira importe em afronta a tal princípio, esta não será aplicada e a Lei nº 8.666/93 continuará a incidir sobre a licitação internacional.
Consigne-se que o Tribunal de Contas da União perfilha do mesmo entendimento esposado pela doutrina especializada no que concerne à essa matéria. Com efeito, o TCU enfrentou tão tormentosa questão ao prolatar o acórdão nº 135/03[11], e determinou ao Comando da Marinha que, “nas licitações internacionais, com utilização de recursos provenientes de operações de crédito externo originários de agência oficial de cooperação estrangeira, de organismo multilateral de que o Brasil seja parte ou de instituição financeira estrangeira, não admita a vedação à participação de empresas nacionais, tendo em vista que tal medida não encontra amparo no Estatuto das Licitações e caracteriza afronta ao artigo 37, XXI, da Constituição Federal.”
Saliente-se que o TCU adotou, no susomencionado julgado, a tese do Ministério Público oficiante naquela Corte de Contas e deixou claro que, se o administrador público constatar que a simples possibilidade de não-incidência da Lei nº 8.666/93 e a consequente adoção de outras normas não-nacionais, implicarão em violação da soberania nacional, do interesse público, do princípio constitucional da isonomia entre os licitantes, ou do princípio do julgamento objetivo, o gestor público terá o dever de não-afastar a Lei Brasileira de Licitações.
Saliente-se que andou muito bem o TCU em não admitir a exclusão de empresas nacionais em toda e qualquer licitação internacional. Tal exclusão, aliás, configura medida odiosa, que afronta a Constituição da República e a Lei nº 8.666/93.
Para concluir: seria impensável permitir a exclusão de empresas brasileiras da licitação internacional, pois os dispositivos consagrados no caput e parágrafosdo art. 42 da Lei nº 8.666/93 têm por finalidade assegurar a isonomia entre empresas nacionais e estrangeiras no âmbito do certame licitatório internacional. Seria a consagração de um absurdo, de um paradoxo, de uma contradição insanável, admitir referida exclusão. Está, portanto, de parabéns o TCU e o Acórdão nº 135/03 constitui-se, hoje, em julgado paradigmático e de observância obrigatória por nossos administradores públicos.
9) No tocante às constantes contratações firmadas pelo Brasil com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, que implicam em desembolso de recursos nacionais em favor do sobredito órgão da ONU, as respectivas licitações internacionais serão realizadas com base na Lei nº 8.666/93?
Sim. Nos comentários acima, destacamos que licitação internacional bancada com recursos nacionais será realizada com base nos preceitos da Lei nº 8.666/93. O que importa aqui é a origem dos recursos e não as partes que figuram na transferência onerosa ou gratuita dos mesmos. Pelo exposto, mesmo que ocorra de entidade internacional administrar recursos desembolsados pelo Brasil, tal fato não terá o condão de afastar a incidência da Lei nº 8.666/93.
Caso típico de transferência de recursos efetuada pelo Brasil a organismo internacional é o relativo aos contratos firmados com o PNUD.
Com efeito, constitui fato comum, no âmbito da Administração Pública, a referida contratação com o PNUD em projetos diversos, que são do mais alto interesse para o País. Daí por que motivo fizemos questão de repisar e melhor detalhar, em questionamento à parte, a celebração de contratos com o referido órgão da ONU, que constitui exemplo cabal de recursos brasileiros administrados por entidade internacional.
Nesse ponto, passamos a palavra ao Professor Marçal Justen Filho[12], que perfaz interessante comentário a respeito do tema, indicando, inclusive, importante precedente do Tribunal de Contas da União[13]: “Lembre-se, de todo o modo, que o art. 42 se relaciona com contratações realizadas com recursos provenientes do estrangeiro. Não há cabimento em afastar o regime da Lei nº 8.666 quando se trata de recursos nacionais administrados por entidade internacional. A asserção envolve, claramente, contratações realizadas por meio do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), que dão destino a recursos provenientes do governo brasileiro. O TCU emitiu a Decisão nº 178/01 (Rel. Min. Guilherme Palmeira), no sentido de que “a faculdade prevista no art. 42, § 5º, da Lei nº 8.666/93 não se aplica às despesas realizadas, em sede de acordo ou projeto de cooperação, com recursos próprios nacionais, ainda que tais recursos sejam previamente repassados às agências oficiais estrangeiras ou organismos financeiros multilaterais.”
 CAPÍTULO 03 – ÉTICA E LEGISLAÇÃO: EMPRESARIAL E TRABALHISTA
A atividade econômica é uma prática social e não uma ação realizada por indivíduos isolados. Por isso, a cultura empresarial deve ser social, reconhecendo o lugar das pessoas na empresa, aceitando a ideia de ética e tendo valores partilhados. As organizações não desempenham somente uma função comercial ou financeira, mas também uma função ética. Isso é admitido pelos empresários competitivos que têm bom senso e que buscam estratégias sustentáveis de desenvolvimento.
A palavra "ética" vem do grego ethos e significa costume, índole; sendo a parte da filosofia onde se reflete sobre os princípios que fundamentam a vida moral. Ou seja, ela analisa as escolhas feitas pelos agentes em situações reais, observando se as decisões estão de acordo com os padrões sociais. A ética, contudo, não busca meramente o conhecimento da verdade, mas também a sua aplicação.
A Administração assimilou os princípios éticos gradualmente. Ética empresarial é um conceito recente e significa o estudo da aplicação das normas morais pessoais aos objetivos e às atividades da empresa. Em síntese, é o estudo de como o contexto organizacional apresenta problemas morais à pessoa que atua como administrador.
No mercado atual os gestores percebem os elevados custos advindos de escândalos nas organizações e, por isso, compreendem que altos padrões de conduta configuram-se em um ativo tão importante quanto o ponto comercial ou a clientela, por exemplo. Surge uma nova definição de boa empresa: aquela que possui lucro e oferece um ambiente moralmente gratificante, onde as pessoas desenvolvem tanto seus conhecimentos especializados quanto suas virtudes.
Assim, a ética empresarial pode trazer muitos benefícios para a companhia, como a fidelidade de seus clientes, fornecedores e funcionários. Os ganhos no marketing também são significativos. Mas é um engano achar que a ética possa ser usada como mera vitrine, pois seus resultados não são de curtíssimo prazo. Os benefícios resultam apenas da verdadeira ética, ou seja, da escolha constante do bem.
Além disso, as empresas são redes de interação com diversos participantes, chamados de stakeholders, como as comunidades em que estão localizadas, meio ambiente, clientes, fornecedores, concorrentes e empregados. Tais contrapartes dispõem de poder para retaliar instituições que desrespeitem normas básicas de relacionamento com o público. Diante disso, as organizações assumem cada vez mais responsabilidade social.
A responsabilidade social de uma empresa se refere à cidadania e não é um problema adicional, mas parte das preocupações principais. Em relação ao ambiente externo fala-se em respeito ao meio ambiente, trabalho voluntário, enfim, tudo o que constitui uma empresa cidadã. Por outro lado, considerando-se o público mais próximo, como colaboradores e acionistas, busca-se criar um sistema que garanta o modo ético de operar, que siga a filosofia da organização e os princípios do Direito. Exemplo disso é o respeito aos portadores de necessidades especiais e às diferenças de etnias, gêneros, orientação sexual, religião etc.
É verdade que ainda existem pessoas para as quais o ambiente empresarial é um mundo selvagem onde não há espaço para a ética. Tal pensamento, porém, é limitado e não se sustenta no longo prazo. A crise econômica mundial surgida no final de 2008 coloca em evidência as consequências nefastas da falta da ética nos negócios. Essa turbulência financeira não foi provocada por guerras, nem por problemas nas safras agrícolas, mas sim por problemas no campo ético.
Verificaram-se flagrantes da falta de ética empresarial nesse episódio, como gestores de investimento agindo de modo temerário com o dinheiro dos investidores, aplicando-o em produtos financeiros inadequados, com a anuência das agências de rating, as quais eram pagas pelas empresas a serem avaliadas. A esperança neste início de ano é que tais fatos intensifiquem a demanda por uma liderança mais ética, com foco na sustentabilidade e na responsabilidade social.
Afinal, a reflexão ética permite a legitimação das decisões e a credibilidade de uma instituição reflete a prática de valores como honestidade, integridade, qualidade do produto, transparência, respeito ao consumidor, eficácia, entre outros. E o apoio dos administradores é fundamental para a formação da cultura organizacional que influencie o comportamento ético na empresa.
 CAPITULO 04 – TRABALHO ESCRAVO 
De acordo com o artigo 149 do Código Penal brasileiro, são elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo: condições degradantes de trabalho (incompatíveis com a dignidade humana, caracterizadas pela violação de direitos fundamentais coloquem em risco a saúde e a vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a pessoa no serviço através de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). Os elementos podem vir juntos ou isoladamente.
O termo “trabalho análogo aode escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi abolido pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma pessoa por outra não mais reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.
Não é apenas a ausência de liberdade que faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Todo ser humano nasce igual em direito à mesma dignidade. E, portanto, nascemos todos com os mesmos direitos fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos transformam em coisas, instrumentos descartáveis de trabalho. Quando um trabalhador mantém sua liberdade, mas é excluído de condições mínimas de dignidade, temos também caracterizado trabalho escravo.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, através de sua relatora para formas contemporâneas de escravidão, apoiam o conceito utilizado no Brasil.
 CONCLUSÃO
Podemos mostrar nesse trabalho o sentido do plano de negócios para quaisquer maneiras de negócios, dando um sentido aos objetivos empresarias para que a empresa tenha uma solidez e caminhe a passos firmes ao longo da sua trajetória.
Com relação as licitações internacionais podemos apreciar como são as regras de negócios internacionais, haja vista que se percorre um tramite jurídico firme para que ao logo das rodadas de negócios, as tratativas não emperrem por falta do remédio jurídico.
A ética e legislação empresarial e trabalhista preenchem as lacunas de forma objetiva, afim de não ter brechas para um sistema paralelo que prejudique e trave as rodadas de negócios.
No tocante ao trabalho escravo, percebemos um grande avanço nas leis que protegem o trabalhador, pois, se não tivermos leis rígidas para combater esta atitude, os trabalhadores serão os maiores prejudicados juntamente com a sociedade mais carente, haja, vista que serão explorados.
 
 
 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Site para referência bibliográficas:
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/saiba-sobre-planejamento-para-acessar-mercados-internacionais
http://www.franciscodamasceno.com.br/licitacao-internacional/
http://www.rh.com.br/Portal/Relacao_Trabalhista/Artigo/5844/tica-empresarial-esperanca-em-meio-a-crise.html
http://reporterbrasil.org.br/trabalho-escravo/

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