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APOSTILA APARELHO DIGESTIVO

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2009/02
APARELHO DIGESTIVO
SÍNDROME CÓLICA
95% dos problemas digestivos. A maioria dos problemas vem acompanhado da sintomatologia de cólica. Interpretar sinais, saber o que fazer e principalmente saber como evitar. 80% dos problemas podem ser evitados, pois estão vinculados a erros de manejo. Cavalos a campo não tem cólica, é muito raro. Examinar o cavalo tentar descobrir o que ele tem, resolver cirurgicamente ou não e orientar pessoas. O confinamento é um fator predisponente. Perda anual de 2%, hoje a cirurgia melhorou e diminuiu esse índice. Primeiramente, boca, problemas dentários. Esôfago, obstruções, paradas alimentares (obstipações), raramente ingere corpo estranho, mastiga antes de engolir, mas pode ingerir cenouras em rodelas que podem trancar a passagem. Estômago, considerado relativamente pequeno comparado a capacidade que nós queremos que ele coma, porque na verdade não é pequeno. Duodeno, intestino delgado que mede entre 20-25m, é extremamente comprido da raiz mesenterial se espalha por qualquer lugar, pode entrar em buracos e formar hérnias, torções e voltas, o seu tamanho é propício para isso principalmente quando existem partes preenchidas e partes vazias, o normal é se apresentar todo preenchido com pouca quantidade. Ceco, bastante grande com entrada e saída bem perto uma da outra, capacidade grande, acúmulo de gás. Cólon maior (120 litros), flexura esternal, flexura pélvica, flexura diafragmática. Cólon menor, cólon transverso, reto. Ligamento nefro-esplênico.
CAUSAS DE PROBLEMAS NO APARELHO DIGESTIVO 
A principal causa é a alimentação, mas na nossa região a maior causa é água, ou melhor, a falta dela. Porque as pessoas não proporcionam água à vontade, e sem água ocorre problemas de passagens do alimento no trato. Usam cocho com um pouco de água e não repõem. Um cavalo precisa de 50-60 litros de água por dia e no verão com calor e trabalho aumenta para 80 litros diários. Se for fornecido em baldes, o animal fica sempre recebendo sub-doses crônicas podendo levar à obstipação. Os dentes também representam causas de problemas digestivos, mastigam mal, engolem fibra muito grossa. Outra causa: comem poucas vezes e em grandes quantidades, normalmente cavalos encocheirados. O cavalo deveria comer 2 de fibra e 1 de grãos. Mas normalmente comem 2 de grãos e 1 de fibra. Se conseguirmos fazer 1 : 1 o cavalo consegue viver relativamente bem. Um animal atleta come por volta de 25.000 calorias. Um cavalo parado de 18-20.000 calorias e atleta 25-32 (?). Um saco de ração boa tem 3.000 calorias. Importante não deixar que proprietário leve a comida para o cavalo no pensionato. Pois há roubo de ração, troca de alimentação, etc. 
Excesso de alimentação, rações mofadas, rações alteradas, milho mal conservado que fermenta muito rápido ocasionando cólica gasosa, má conservação doa alimentos que ficam em depósitos sujos, úmidos, quentes onde comida fica mofada ou alterada levando à cólica. Existe uma associação entre a comida e problemas digestivos no cavalo. Mudanças na alimentação, se come algo que não está acostumado pode ocorrer uma torção de delgado, a troca tem que ser lenta não drástica. Se deixar muita comida na cocheira durante a noite ele passa a noite comendo podendo até romper o estômago em alguns casos. O cavalo é extremamente seletivo e não costuma comer objetos estranhos, mas algumas coisas que não tem gosto como o barbante do saco de comida o plástico do saco ele pode ingerir, não vai provocar diretamente uma cólica mas fica armazenado no cólon maior e acaba se formando em volta desse objeto cristais de estruvita e vivavita formando um enterólito, normalmente formado por barbantes, é comum porque são coisas sem sabor. Cavalos encocheirados perdem um pouco a capacidade de seleção, a campo ele tem mais oportunidade e capacidade de comer o que ele precisa. Os enterólitos acontecem por um desregular alimentar, que se reume numa falta de motilidade intestinal, uma boa motilidade é muito dependente de feno mantendo o intestino cheio e sendo ativado a motilidade constante. Portanto o ideal é que o intestino se mantenha cheio e com motilidade constante. A atividade física melhora a motilidade, cavalos que não saem da cocheira tendem a ter menor motilidade, o ideal é que mesmo doente se possa caminhar com o cavalo evitando sempre deixá-lo totalmente parado. Existem outros fatores podem ser causadores de problemas digestivos e que a gente não tem como resolver ou intervir como o stress causado por alterações ambientais, a reação vagal está ligada ao stress, por exemplo quando está calor e esfria muito rápido nesses casos é muito comum os cavalos apresentares cólicas espasmóticas. Mudanças de lugar, viagens, primeiras provas, ficam nervosos, animais jovens, também podem levar às cólicas espasmóticas que podem ser causadoras de problemas secundários. Outras causas como tumores intestinais, são bastante raros. Aderências, o cavalo tem uma tendência muito grande para formar, ele libera muita fibrina, pequenas feridas ou pequenos extravasamentos levam a um aumento de liquido e esse líquido é rico em fibrina e acaba formando aderência, eram muito comuns nos primeiros anos que se operavam cólicas um tempo depois o cavalo apresentava outra cólica por conta da aderência. Qualquer patologia que cause extravasamento de líquido para fora do intestino leva ao aumento de fibrina e formação de aderência, como nos casos de enterites, gastrenterites ou até mesmo uma pancada no abdômen, começa a apresentar cólica e quando se abre se encontra aderências lá dentro. Outra coisa que pode acontecer é a formação de lipomas que podem se enrolar no intestino estrangula e formando quase que uma hérnia. Existe uma grande quantidade de hérnias possíveis em cavalos porque existem muitos buracos onde o intestino delgado pode entrar e ele pode ir a qualquer lugar dentro da cavidade, se ocorrer um aumento de motilidade propicia ao aparecimento de hérnias. Em alguns garanhões a monta propicia o aparecimento de hérnia inguinal. Outras causas como abcessos por rodoccocus ou streptococus no mesentério ou na parede do intestino podem causar problemas. Hemorragias podem causar aderências. Hoje o processo cirúrgico melhorou bastante e há bem menor risco de aderências pelo uso do DMSO, quando colocado diluído diretamente dentro da cavidade impede a formação de fibrina (ele descoagula o sangue). Outro fator são locais bastante arenosos, como praias porque cavalo gosta do pasto curto e quando puxa o pasto vem com raízes cheias de areia e ele acaba comendo essa areia e com o tempo essa areia acaba se acumulando no cólon, e por falta de fibras na alimentação e conseqüentemente por falta de motilidade se deposita na parte de baixo e alimento vai passando por cima e pode levar à cólica e obstipação pelo excesso de areia podendo ficar o cólon maior tão pesado dificultando até a sua retirada de dentro da cavidade. Importante lembrar-se da grande quantidade de comida e trato muito vazio e o problema da falta d’água ou água de má qualidade. Outra causa são cavalos que comem cama, cavalos criados em serragem provavelmente quando for colocado em casca de arroz queria comer por é fibra, uma das razões para ele comer a cama é porque falta fibra na alimentação. Pode ser que não cause problema, depende do animal, e da quantidade que comeu, alguns animais podem comer exageradamente demais um fardo inteiro de alfafa e não acontecer nada outro por um pouco a mais de alimento podem apresentar problema. Mas o que normalmente acontece são cavalos passando fome com a quantidade não preenchendo o intestino. Um vício é a coprofagia, excesso de coprofagia podem levar a obstipações, geralmente cavalos magros, barrigudos e fedem pela boca, pois precisam gastar energia digerindo algo que não tem nutrientes, pode causar verminoses por estrongilus parascaris, gasterofilus, mas hoje com o uso da ivermectina diminuiu a ocorrência, é comum em cavalos encocheirados pelo ambiente sujo com fezes possibilitando a recontaminação, importante desverminar a cada60 dias. Outro vício é a aerofagia que é o ato de engolir ar podendo levar à cólica gasosa, cavalo sempre magro e sempre estressado, no momento da troca de dente de lente apresenta grande tendência a engolir ar porque coça e dói e ele acaba aprendendo a engolir ar, ou seja, ele aprende quando jovem e pode se tornar um vício que ele vai levar para o resto da vida, acontece em animais jovens em inicio de trabalho pode-se fazer uso de coleiras ou cirurgia. Ulceras, refeições muito espaçadas alimentação só a cada 10 horas o cavalo fica com estômago vazio podendo levar ao aparecimento de gastrites e úlceras gástricas principalmente em potros confinados, ideal é sempre ter um pouco de comida no estômago.
CÓLICA – APRESENTAÇÃO - SINTOMATOLOGIA – DOR - EXAME 
Somos chamados para atender cavalo com dor. Apresentação, entra na cocheira e encontra cavalo cheio de serragem pelo corpo é um indício que cavalo se rolou, ou quando chega vê cavalo no famoso sobe e desce, deita e levanta por diversas vezes, outras posições como de cão sentado, outra posição é a de querer urinar e não conseguir é chamada dor de urina, não se sabe se ele não urina porque não tem nada para urinar apenas está sentindo uma dor abdominal ou porque quando urina sente dor. O que é cólica? É um conjunto de sintomas com dor e sudorese o qual nos instiga a fazer um diagnóstico diferencial. Cólica não é abdômen agudo, normalmente é chamada de abdômen agudo mas pode se manifestar por outras razões que não abdominais como por exemplo linfangites e pneumonias levam a sinais de cólica. Formigas subindo nas patas dos cavalos podem gerar uma sintomatologia confundindo com sinais de cólica, em dias de chuva alaga os ninhos e elas adentram nas cocheiras. Cavalos que podem se enrolar em cercas elétricas, podem adotar comportamento de cavar durante horas e ficam irritados isso pode ser confundido com cólica. Problemas urinários levam à cólicas, problemas reprodutivos, orquites, depois do parto éguas sentem dor, torção de útero, tumor da granulosa causa muito peso no ligamento causando cólica, éguas na fase transicional podem ter obstipação param de comer e de beber água levando à cólicas. Dor abdominal, origem, receptores que percebem hipóxia e levam informação ao cérebro. Excesso de distensão de vísceras ou torção causam hipóxia, receptores são ativados e enviam informação de dor ao cérebro. Dores espasmóticas, excesso de contração. Dor inflamatória, infecção por bactérias. Dores de torções, clara dor de hipóxia localizada, o cavalo pode ter uma torção de intestino e dor momentânea que pode até diminuir um pouco, relativa à torção localizada, depois de um tempo a dor vai piorando decorrente do restante das alças que normalmente tem alimento dentro que vai fermentando causando distensão da alça aumentando a dor. As torções são tão dolorosas porque envolve o ponto de torção, a necrose da alça e a distensão da alça, somado ainda ao aumento de volume da região anterior à torção onde não ocorre mais a passagem, que dependendo pode ir até o estômago. O cárdia do cavalo não abre, portanto ele não pode regurgitar, então pode haver um estômago cheio de conteúdo fermentado e se houver uma alça muito cheia pode acontecer uma reação contrária refluindo conteúdo intestinal para dentro do estômago. A primeira reação a algum impedimento é aumentar a motilidade, por isso é normal defecar durante o período inicial da cólica, e muitas pessoas utilizam esse aspecto para dizer que o cavalo na verdade não está com cólica e sim dor de urina, pois acham que o fato de defecar exclui a possibilidade de cólica o que não é verdade, cavalo com cólica defeca porque há aumento e motilidade. O ato de defecar na fase inicial é completamente normal na tentativa de liberar, há um esvaziamento da parte posterior à lesão e parte anterior irá aumentar de volume por isso a torção é tão dolorosa e nenhuma medicação faz efeito nos casos mais graves, pois ocorre ainda a distensão abdominal pressão contra o diafragma e contra a parede abdominal que também começam a doer, até porque o abdômen do cavalo não tem muita capacidade de distensão em comparação com outras espécies, essa é outra razão para torção doer bastante. Portanto essa situação deve ser considerada muito importante e ser tratada como uma emergência. 
EXAME
Quando chegar perto do cavalo primeiramente deve-se saber se irá conseguir examinar o cavalo, para isso primeiro se dá um analgésico para ele, dipirona flunixim meglumine e esperar alguns minutos caminhas com ele se possível esperar fazer o efeito para que se possa examinar o cavalo, caso o animal não pare pode dar um pouco de xilasina e pode acontecer até dele melhorar total. Existe um procedimento chamado diagnóstico terapêutico, por exemplo, quando se dá buscopan e ele melhora o diagnóstico definitivo acaba sendo cólica espasmotica. Normalmente o diagnóstico de cólica espasmótica é devido a ele ter melhorado depois de tomar um antiespsmotico. Depois de dar a xilasina deve-se olhar rapidamente mucosas, tempo de reenchimento, hidratação, ver distensão abdominal, ver se não está em choque, extremidades geladas, suor frio. Chama-se hora zero o momento em que ele começa a apresenta sinais. Perguntar qual a última vez que viu o cavalo o que ele comeu, a maioria dos casos não é cirúrgico, o cavalo toma dipirona e passeia um pouco e fica bom. A segunda maior causa de cólicas é sobrecarga gástrica primária, em primeiro vem cólicas espasmóticas. A sobrecarga primária acontece porque comeu demais, nesses casos deve-se colocar a sonda, entra no estomago ás vezes acontece de jorrar uma massa azeda fermentada, outras vezes é preciso lavar porque está muito compactado, cuidar para nunca colocar água com mangueira correndo o risco de romper o estômago. O fato de não vir nada não quer dizer que não tem nada no estômago pode ser que esteja compactado, colocar água de pouquinhos, caso não tenha mesmo nada no estômago água volta limpa, mas é difícil não ter nada ele demora 6 horas para esvaziar. O conteúdo do estômago é azedo, ácido é fácil diferenciar de refluxo que é básico e tem odor de podre. Se ocorrer conteúdo sanguinolento no estômago pode ser úlcera, quando refluxo secundário vier avermelhado é uma inflamação duodeno jejunite. O procedimento aconselhável é colocar a sonda, amarrá-la e retirá-la apenas depois que cavalo já se recuperou para evitar o excesso de manipulação de tirar e recolocar a sonda várias vezes. Depois de passar a sonda o cavalo se sente aliviado, alivia a dor só aí pode auscultar o cavalo. Quando não volta nada pela sonda é interessante fazer coleta de liquido peritoneal. pois pode-se desconfiar de ruptura do estômago, se líquido vier com conteúdo alimentar é porque rompeu, cuidar para não puncionar alça intestinal e nesse caso deve-se sacrificar o cavalo. Auscultar é importante, mas na cólica há um aumento de motilidade normal pessoas acham que cavalo com cólica tem que estar parado, mas com o passar do tempo fibra cansa e perde capacidade de se contrair quanto mais o tempo passa mais parado ficar o intestino.
PALPAÇÃO RETAL
Em alguns casos a palpação retal irá nos dar o diagnóstico definitivo, em outros não nos dirá nada, e em outros nos dará dados que serão apenas indicativos merecendo observação da evolução. Enterólito de colon menor é claramente palpável o diagnóstico pode ser feito por palpação retal. Delgado aumentado de volume pode ser palpado, é um indicativo de várias coisas como hérnias torções, inflamações, é importante e deve ser acompanhado podendo ser um problema de passagem. Impactação de cólon (maior) ou obstipação onde existe uma massa alimentar compactada no colon maior, é bastante fácil de palpar, mas é importante diferenciar de uma impactação causada por enterólito e nesse caso a impactação não é tão dura quanto a impactação primária. Na palpação também se pode observar a mais conhecida das hérnias que é a passagem do colon maior por cima do ligamento nefro-espelênico, baço vai estar mais pra baixo. Na palpação também sediagnostica torção de cólon maior. Outro aspecto importante é a coleta de líquido peritoneal principalmente depois de algumas horas que começou a patologia. A cor normal do líquido é amarelo claro, quando vai ficando um amarelo mais forte é sinal que já tem hemácias dentro indicando um leve sofrimento de alças, amarelo sujo, é sinal que há um sofrimento maior, róseo ou avermelhado é sinal de uma torção ou inflamação. Pus é raro, o fato de não sair líquido é sinal de que errou o lugar da punção, sempre deve vir líquido. Em cavalos muito gordos o que pode ocorre é que a agulha não ultrapassa a camada de gordura. Sangue vivo sem que ele tenha sofrido algum acidente, é possível que tenha acertado algum vaso.
PATOLOGIAS NÃO CIRÚRGICAS
Patologias de esôfago, de estomago, inflamações, cólicas espasmóticas (é do dia a dia), cólicas gasosas primárias, obstipações. Cirúrgicas: hérnias, nós, torções, retroflexões, intussussepções, algumas obstipaçoes que não tiveram uma resolução clínica porque as pessoas esperaram muito tempo para chamar veterinário, mas a maioria consegue se solucionar sem cirurgia. Grande maioria de entrólitos, fecalomas. Quando decidimos fazer cirurgia? Quando pela palpação retal é diagnosticada claramente uma patologia de resolução cirúrgica, como um enterólito, uma torção. Mas às vezes temos apenas uma suspeita clínica e decidimos porque animal mesmo com passagem de sonda ele não melhora, porque animal está com muita dor, há pioras nos parâmetros gerais, desidratado, o líquido peritoneal começa aparecer com sangue. Devemos ter muito cuidado com as alterações de palpação retal, e não confundi-las com patologias de resolução não cirúrgica, não é apenas ver que cavalo não está melhorando e colocá-lo na mesa cirúrgica, pois dados da palpação retal podem nos mostrar aumento de volume no intestino delgado e tratar-se de uma duodeno jejunite e nesse caso não se deve operar, pois existe uma perda de líquido para dentro do lúmen e para fora da cavidade. Animais a mais de 24h com cólica muitas vezes é caso cirúrgico, a não ser que seja alguma obstipação de colon maior, que pode ter uma resolução de 4-6 dias sem maiores problemas e pode ser claramente detectada pela palpação retal. Ausência de motilidade, ílio paralítico é alto indicativo para cirurgia, ás vezes é melhor abrir o cavalo mesmo que não encontre nada do que esperar o cavalo estar desidratado, com líquido peritoneal sanguinolento podendo já estar toxêmico, ou podendo até mesmo apresentar toxemia após a cirurgia. Portanto é melhor fazer uma laparotomia exploratória do que esperar muito tempo e o cavalo entrar num estado que ele não recupera mais. O sucesso cirúrgico da resolução de cólica depende totalmente da rapidez e da qualidade do atendimento inicial em decidir quando realmente é necessário fazer a cirurgia. Se paciente por pra mesa sem condições de sobrevivência é bem provável que não haja sucesso. Dificilmente um cavalo morre por peritonite em decorrência de falta de higiene no momento da cirurgia, a peritonite se instala pela endotoxemia e pela passagem de bactérias para fora do lúmen, por isso não se deve esperar muito tempo e não se deve operar cavalo em mau estado porque se chega a morrer a culpa é do cirurgião que decidiu fazer a cirurgia, mas o cavalo quando foi aberto já estava com peritonite. Portanto a decisão deve ser rápida. A alta taxa de peritonite é em cavalos que tem duodeno-jejunite, inflamação intestinal, cavalos com duodeno jejunite que é uma patologia de resolução um pouco mais difícil acabam indo pra cirurgia e esse é um caso não cirúrgico, não se deve abrir para não contaminar pois o intestino está inflamado. Porém num caso de uma retroflexão de colon maior com duodeno-jejunite nesse caso abre. Cólicas espasmóticas não resolvidas fazem com que cavalo role, e quando gira o corpo torce o intestino. Quando cavalo apresentar cólica tirar da cocheira fazer caminhar e dar analgésico. Ás vezes só o fato de se distrair e comer algo passa a cólica, o importante é não deixar animal com dor dentro da cocheira permitindo que ele role e cause uma torção.
PATOLOGIAS DE ESÔFAGO
Em potros impactação de esôfago, recém desmamados que não estão acostumados a comer e de uma hora para outra recebem uma alimentação de manha e outra de tarde e acabam comendo muito rápido pois estão com muita fome, esse alimento acaba ficando trancado no esôfago, é chato de resolver, colocar sonda porém não pode colocar muita água pois vai voltar, portanto colocar 100 - 200 ml e levantar a cabeça para que água desça pelo pescoço e depois baixar bem a cabeça para que água saia pela sonda e não faça falsa via e morrer. Não usar mangueira, usar jarra para medir quantidade, às vezes se seda o animal, lavar até desmanchar pode levar 1 hora. Em adultos não é comum, mas o uso de bornal no exército ou nos cavalos de pólo fazia com que cavalo comesse muito rápido e só depois tomavam água levando a obstipação do esôfago. Outra possibilidade não rara é em animais mais velhos que é causada por megaesôfago por problemas de muscular acaba acumulando comida e normalmente repetem o quadro. Esse processo poderia não acontecer se tivesse totalmente a pasto, mas isso seria inviável. Pode-se fazer massagem no esôfago que adianta. Estenoses ou hérnias próximas ao coração podem causar o problema, cavalos operados, cirurgias no esôfago causam diminuição do lúmen e pode levar à impactação, portanto alterações de esôfago não devem ser operadas. Corpos estranhos, não comem, não tem tendência a comer laranjas e limões, podem comer beterrabas desidratadas e se expandem dentro do esôfago, cenouras em rodelas. A cenoura não é nutritiva e é de difícil digestão, quando estão com sobrecarga gástrica é um entrave para a retirada do alimento do estômago. Pode dar a cenoura para agradar e não como alimento. Se quiser dar cenoura então dar inteira para ele roer, não oferecem em fatias ou rodelas, pode dar maçã, açúcar, pão velho, abacate, goiaba, casca de frutas, pão inteiro de alfafa para ir tirando os pedacinhos. Inflamações, esofagites 90% somos nós que provocamos com a passagem de sonda nasogástrica, quando fica 5-6 dias, mas se está tomando antibiótico antiiflamatório e não causa problemas, muitas vezes com a retirada da sonda não volta a se alimentar pode ser uma inflamação, quando palpar o esôfago irá sentir dor. Sonda por mais de 24h pode causar esofagites, mas mesmo assim é melhor deixar lá dentro do que retirar e colocar várias vezes.
PATOLOGIAS DO ESTÔMAGO
A patologia mais comum é a ulcera gástrica. Alguns autores dizem que a incidência entre jovens é de 80-90% outros dizem que acomete 40 % dos potros. O que acontece é que dependendo da profundidade da lesão ela pode ser considerada ou não uma úlcera. Autores que consideram úlcera lesões mais superficiais são os que encontraram o problema em 90% dos potros, se for consideradas apenas lesões mais profundas estarão em 40% de potros. Animais jovens que foram tirados do local onde cresceram e foram confinados quase sempre vão apresentar úlceras, stress em animais adultos, competições, alterações na alimentação, viagens, muito medicados, uso excessivo de antiinflamatórios. No tratamento pode ser usado omeprazol. O tratamento consiste em diminuir os fatores de stress no confinamento, melhorar manejo, fazer manejo diferente, colocar janela na baia, colocá-lo no piquete etc. No RS não tem gastroscopia para fazer diagnóstico em cavalos adultos, o que se tem é uma suspeita como sinais de bocejo, mexer a boca, pequenas cólicas, incômodos, cuidar porque pode ser um enterólito pois eles não causam grande dor, e tem esses sinais, porém cólicas repetitivas pode ser que seja enterólito, sempre levemente obstipado no cólon maior, se ele estiver muito lá na frente não tem como palpar, mas as vezes se sente o enterólito, os de colon menor e transverso. Enterólitos de colon maior é raro palpar principalmente em cavalos compridos o braço não alcança o que se percebe é o colon maior cheio. Tratamento omeprazol, cimetidina,melhorar manejo, cuidar com sondas que ficam muito tempo.
SOBRECARGA GÁSTRICA PRIMÁRIA
No nosso meio a causa mais comum de cólicas é a cólica espasmótica e a segunda é a sobrecarga gástrica primária, mas existem lugares em que a sobrecarga gástrica primária é a mais comum. A principal causa são problemas de fornecimento de água, recebem pouca água, podendo levar a obstipação, refeições muito abundantes, grãos de má qualidade que fermentam muito rápido. O que acontece é que o alimento leva de seis a oito horas para sair do estômago e antes que isso aconteça uma nova refeição abundante é oferecida. Ideal seria dar o tempo necessário pra esvaziar estômago ou diminuir intervalos entre refeições, mas oferecendo uma menor quantidade. Acontece mais no verão, cavalos ficam ofegantes com narinas abertas, mucosas alteradas porque comprime diafragma e interfere na respiração e circulação, se atiram pouco, pois sentem mais dor ao se rolarem, portanto batem mais a mão do que se atiram. Palpação retal inclusiva, alças intestinais aumentadas depois de um tempo pode ter parada total da motilidade, faz parte da rotina colocar sonda, no momento que entra com a sonda comida pode sair rapidamente, quando o conteúdo está fermentado, se não acontecer pode colocar um pouco de água pois pode estar compactado é o caso de sobrecarga por alfafa, pode demorar horas. Para saber que se trata de sobrecarga gástrica primária é quando o conteúdo tem odor ácido e azedo, e normalmente o cavalo depois que termina de lavar ele fica bem querendo comer, mas não se deve dar comida, colocar para pastar num piquete. Se não der nada de analgésico antes é interessante dar um analgésico depois da sondagem, pois colon e alças podem demorar pra recuperar apesar de o cavalo se demonstrar recuperado, analgésico e levar para passear ajuda na recuperação pois não pensam na dor. Não se deve dar ração logo depois, de preferência não dar nada ou pasto ralo só pra se distrair, não queremos que ele encha a barriga novamente. Em épocas muito quentes não precisa dar almoço para o cavalo. O cárdia de cavalo não abre, mas pode até acontecer de abrir e refluir alimento pelas narinas.
CÓLICA ESPASMÓTICA
É a mais inofensiva, ocorre espasmo de delgado, ocorre um momento de espasmo e de relaxamento, dor forte e depois pára e repete depois e assim sucessivamente. Ele mostra muito a dor, rola, deita e levanta. O diagnóstico é feito pelo uso do buscopan, se fizer efeito se tratava de cólica espasmotica. No nosso meio é a cólica mais comum. Características, não há aumento do volume abdominal, aumenta a defecação, sonda apenas resquícios de alimento, palpação totalmente negativa, não tem desidratação. O analgésico às vezes já é suficiente. Essa cólica é vinculada ao stress, antes de competições, provas, feiras, quando ficam nervosos a tendência é aumentar a motilidade, mudanças bruscas de temperatura e de alimentação.
GASTRENTERITES, ENTERITES, COLITES
É pouco afetado por gastrenterites e diarréias, o que se destaca são as enterites proximais duodeno jejunite, e colite X, essas duas são inflamações graves e animal pode vir a óbito, gastrenterites comuns e diarréias são raras e não graves se alimentação equilibrada. Quando animal defeca mole na maioria das vezes é por conta de rações alteradas ou desequilíbrio alimentar.
CAUSAS DE DIARRÉIAS - GASTRENTERITES
O cavalo pode apresentar as fezes moles, parecido com fezes de vaca, uma meleca com cheiro forte, devido a muito carboidrato, o bolo não se forma, tem passagem rápida, é mal digerido por falta de fibra, o cavalo é magro. Diarréia do cio do potro é devido à procura por ele por outros tipos de alimentação ele come fezes da mãe dele e pode apresentar diarréia coincidindo com o cio da égua e é normal. Fazer soro para não desidratar e melhora. Stress é uma causa, quando muda o ambiente ou alimentação, sai de um lugar e vai para uma cocheira confinado pode apresentar gastrenterite. Uma diarréia não curada pode levar a síndrome de má absorção, alterações na mucosa, fibroses na mucosa. Quando animal se apresenta muito estressado levar de volta pra casa e pensar numa forma de adaptação como uma janela na cocheira, colocá-lo perto de amigo que ele conheça bolas dentro da cocheira, frangos de plástico pendurados para ele morder etc. Diarréias acontecem por mudanças na flora intestinal.
DUODENO JEJUNITE – ENTERITE PROXIMAL
Alterações no meio bacteriano por motivos de stress, mudanças na alimentação, mudanças de ambiente, viagens, provas, salmonella em potros. Ocorre uma inflamação bastante grave no intestino delgado com muitas alterações de parede, mas não tem alterações posteriores, com a inflamação o que ocorre é uma parada intestinal e refluxo para dentro do estômago. Se colocar água pela veia ela chega ao lúmen e não é absorvida pela lesão na mucosa extravasa liquido do lúmen. Como tem inflamação de parede apresenta muita desidratação, toxemia e refluxo constante, pode ser sanguinolento. Se o cavalo não for atendido pode morrer por desidratação toxemia ou ruptura de estômago. Normalmente o cavalo apresenta cólica, febre, inflamação, material do estômago básico. Reagem bem a qualquer analgésico porque a dor não é uma dor de torção é uma dor de inflamação não tão forte. Se atendido logo na palpação observa-se alças de delgado aumentadas e espessamento de parede das alças é o que diferencia das outras patologias de delgado que cursam também com aumento de alças e refluxo. Desidratação muito rápida e febre também são diferenciais. Quando se diagnostica duodeno jejunite muitas vezes o cavalo tem que ser sacrificado, pois se for para a cirurgia pode ocorrer o extravasamento de líquido para fora da cavidade causando peritonite. Nos casos em que se tem retroflexão de colon maior mais a duodeno jejunite abrir se torna necessário. Deve-se sondar o cavalo, esvaziar o estomago e aplicar soro. Nas primeiras 24 horas soro + banamine + gentamicina. Fazer hematócrito, normal do cavalo é 32-38, sangue quente é maior PSI 39, e sangue frio de tração é menor. Nos casos de duodeno jejunite estará com hematócrito alto 50 pois estará desidratado por isso dar bastante soro até baixar hematócrito. Existem duas maneiras de tratar, mantê-lo constantemente no soro aqui é difícil, lá fora colocam 2 bombonas de 30 litros uma de cada lado. No Brasil é mais difícil porque temos soro de meio litro e tem que repor toda hora é bastante trabalhoso e caro. Um cavalo de 600 kg já precisou tomar 120 litros de soro. Em 24 horas começa a melhorar. Pode acontecer duodeno jejunite pós cirúrgico, nesses casos nas primeiras 24 horas se dá só soro. Na rotina se faz o sistema 321, 3L de ringer lactato, 2L de solução fisiológica e 1L de glicose. No segundo dia se dá lidocaína que tem ação na abertura de válvulas posteriores, age pouco na motilidade, 20 ml a cada 3-4 horas se der a cada hora podem ocorrer alterações cardíacas, o grande suporte é o soro. 
COLITE – INLAMAÇÃO COLON MAIOR E CECO
Antes chamada de coliteX, é causada por rotavirus levando a inflamação do cólon maior e ceco, abrange uma grande área de inflamação, causando uma endotoxemia mais rápida devida a essa grande extensão de inflamação, podem sobreviver a colite mas desenvolver quadros de laminite devido a grande endotoxemia, morte é mais rápida, mostram dor apenas no final, agentes são rotavirus ou samonella quase sempre acompanhados com stress. Fazer soro intensivo.
TIMPANISMO DE CECO - CÓLICA GASOSA
Para ser chamada de cólica gasosa é preciso ter certeza de que a formação de gás não é secundária a outras patologias como torções hérnias, retroflexões etc. É importante saber se não há nenhum impedimento para que se possa aumentar a motilidade e eliminar gás. A dor não é tão grave, há dispnéia pois aumenta pressão contra diafragma altera parâmetros devido estase por essa pressão na parede abdominal, aumento de volume abdominal. Ocorre aumento de gás devido à fermentação. É chamado coliga gasosa é decorrente de gás primário sem que haja outrofator que influencie. Causas: alimentos que fermentam muito rápido, milho, com muita proteína azevém, rico em proteína porque alfafa é cara. Outra causa clara é a aerofagia. Passar sonda, dar antiinflamatório, nos casos de alças muito dilatadas elas não conseguem mais contrair, sonda alivia o estômago e delgado mas muito pouco alivia o ceco pouco faz reversão. O que se faz é a punção de ceco, no momento que tira o gás do ceco ele diminuir e contrai de novo, volta a motilidade. Esse é o único caso em que se usa medicação para provocar a motilidade por isso deve-se ter certeza de que se trata de cólica gasosa, usa-se sorbitol, prostigmine para aumentar a motilidade, começa com dose baixa. Colocar a sonda e deixar até sair todo gás. Tem alteração e parâmetros mas não tem tanta toxemia, não está tão desidratado não tem tanta alteração de parede, só nos casos de muita distensão. Em casos de emergência pode-se furar ceco com uma agulha isso pode provocar peritonite localizada ou aderências, ter certeza que vai puncionar gás e não líquido.
IMPACTAÇÕES E OBSTIPAÇÕES
De preferência devem ser de resolução não cirúrgica, mas em alguns casos podem ser de resolução cirúrgica principalmente nos casos em que já está a muito tempo, está muito compactado, demoram muito pra levar ao veterinário e há dificuldade de desmanchar a massa. Locais de impacatação: delgado, estomago sobrecarga primaria, ceco, por feno + falta de água, de colon maior, de colon menor o que se tem são fecalomas e enterólitos. De delgado, ceco e colon maior a principal causa é a falta d’água, principalmente no fim do ano, trabalham forte desidratam e não repõem água suficiente. Nas festas de fim de ano os tratadores querem ir logo pra casa e pioram manejo dão muita comida no dia 31 e passam o fim de semana sem aparecer e sem dar água, cavalo come cama, dá duas refeições uma em cima da outra. Qualidade do feno, fibras muito duras e velhas, feno amarelado com muita lignina, vai impactando inteiro. Dentes, pontas de dentes, ganchos mastiga mal engole fibra inteira e vai se acumulando lá dentro. Água, fibra de má qualidade e problemas dentários são as principais causas de impactações. Gramíneas são propensas a problemas de motilidade. Amitraz diminui a motilidade causando obtipação de colon maior (triatox – contra moscas e carrapatos). Amitraz na cocheira para tratar pulgas. 
Impactações de delgado 
Acontecem normalmente perto da válvula ceco-cólica, ocorrem por estenoses prévias como cicatrizes estrangulamentos que podem propiciar a parada de alimento, enterectomias podem causar parada. Nos casos de impactação de delgado deve-se agir mais rápido pois em 21-48 h pode haver necrose. Ocorre refluxo secundário, é difícil levar algum produto via oral nesses casos, delgado parado e conteúdo refluindo para dentro do estomago, a sintomatologia é parecida com duodeno jejunite, muitas vezes duodeno jejunites são impactações de delgado, a duodeno jejunite real é muito mais grave. Palpação, não haverá alteração de parede, não se consegue palpar o local exato da obstipação o que se sente é o aumento de alças de delgado à frente, e isso pode ocorrer nas hérnias. Fazer hiperidratação, soro tem que entrar no lúmen e desmanchar 50-60 litros, se não desmanchar fazer laparotimia. Aconselha-se fazer uma massagem externa no delgado e desmanchar, não abrir, se for bem na entrada do ceco não consegue expor essa parte do delgado então se tenta trazer essa massa de volta e desmanchar. Quando sondar o cavalo e sair todo o refluxo, ele se apresentar bem e querendo mais alimento significa que melhorou, saiu todo o conteúdo. 
Obstipação de ceco 
São bastante desagradáveis, possuem duas válvulas uma de entrada e outra de saída, espaço para passar é pequeno, se aumentar demais de volume e não tiver saída não dá pra desmanchar tem que operar. A cirurgia é complicada porque somente a cabeça do ceco sai de dentro da cavidade, então se abre e vai lavando e tirando todo o conteúdo. No pós cirúrgico não volta a movimentar, o uso da eritromicina retal faz voltar a motilidade da parte posterior do intestino. Depois da cirurgia o ceco sempre para de funcionar e a volta é difícil e complicada, pode demorar. Usa-se soro ou óleo de rícino, porém este pode atrapalhar na lavagem do ceco. Usar sempre água via oral e endovenosa para desmanchar, não usar tanto soro pois é caro. Sintomatologia intermediária, dor nas primeiras 24 horas.
OBSTIPAÇÃO DE CÓLON MAIOR
Ficar tranqüilos, o que observamos é ausência de fezes na baia, pode não ter dor, as vezes prostrado, quando começa a rolar pode ser que já tenha se passado uns 4 dias obstipado. O cólon maior não é muito propenso a rupturas por isso temos bastante tempo para fazer uma boa terapia e tentar diluir, não é uma emergência. Terapia só de água via sonda funcionam muito bem, via endovenosa pode não ser necessário. 50-60 litros diários e ir acompanhando pela palpação, a flexura pélvica apresenta uma massa dura e conforme vai desmanchando ela vai desaparecendo, podem ter um pouco de dor pela distensão da massa obstipada mais a água. Dar um analgésico, antigamente se usava óleos para desmanchar, mas hoje somente água é necessário. O que acontece muitas vezes é o cavalo apresentar episódios repetitivos de dor, hoje sente dor dá um analgésico e amanha volta a dor pode se tratar de obstipação de colon maior. A causa pode ser um aumento de motilidade causado por uma cólica espasmótica levando uma grande quantidade de conteúdo para o cólon maior que não consegue ser eliminado causando obstipação. Se for uma caso em que não se consegue diluir faz-se cirurgia mas ter cuidado no momento de retirar o colon lá de dentro pois pode rasgar, são 120 quilos. A incisão é grande pode causar hérnias, o melhor é não operar, pois a recuperação leva mais tempo, existe risco de peritonite, hérnias, e o custo é elevado. O valor comercial do cavalo não muda a não ser que tenha hérnias. Uma cirurgia de cólica sempre tem o risco de aderências.
PATOLOGIAS CIRÚRGICAS
ENTERÓLITOS – ENTEROLITIASES – FECALOMAS (obstipação localizada, enterólito não formado)
É muito comum no nosso meio a formação de enterólito no cólon maior. Enterólitos verdadeiros são aqueles que não possuem uma base inicial, ou seja são totalmente de estruvita e vivavita que é o mesmo material das pedras nos rins. Os nossos enterólitos possuem uma base, um pedacinho de plástico ou barbante no centro. A causa é a falta de higiente deixam plásticos e barbantes no meio da ração. Como são materiais sem gosto são ingeridos quando encocheirados deixam de ser seletivos. Trabalhos dizem que a alfafa seria um fator predisponente, pelo excesso de magnésio, mas no nosso meio comem apenas meio pão porque é caro, para isso teriam que comer 6-8 kg. Outra teoria diz que quando mais ácido o colon maior menor probabilidade de formação de enterólitos, grãos acidificam, mas hoje se sabe que existe excesso de grãos e eles continuam se formando. A falta de fibra propicia a formação de enterólitos, porque a fibra estimula a motilidade do intestino facilitando a eliminação do enterólito, intestino deve estar sempre preenchido com uma pouca quantidade de alimento para manter a motilidade constante. Se intestino ficar muito vazio os enterólitos acabam se depositando no fundo, se ingere fibras elas vão preenchendo o intestino e empurrando o enterólito até ser eliminado, portanto fenos e fibras aumentam a motilidade e evitam a formação de enterólitos. Excesso de grãos dá problemas de digestibilidade e sobrecarga gástrica. Se tiver boa alimentação 95% dos problemas digestivos são evitados. Cavalos que comem cama é por falta de fibras isso causa obstipação. Enterólitos nada mais dão que erros de manejo. Todos são formados no cólon maior e podem ali permanecer, ou vão para o colon menor. Se passarem de 1,5 kg não conseguem passar para o colon menor e se passarem para o colon menor podem ficar ou ser eleminados, no colon menor são enterólitos ou fecalomas. Podem defecar enterólitos relativamentegrandes, outras vezes se ficar muito tempo podem lesar a parede e causar peritonite. Enterólitos de colon maior tem que se trazer de volta para conseguir tirar para fora da cavidade, tem que ir empurrando. Existem problemas de diagnóstico de enterólito de cólon maior porque não se consegue palpar, o que se palpa é a obstipação no colon maior, a de enterólito não é tão rígida, porque ele pára mas continua passando água e gás. Nas obstipações primárias não passa água e gás. Nos casos de enterólito de cólon maior apresentam cólicas repetitivas e um pouco de obstipação. De cólon menor mostram mais cólica e podem ser palpados principalmente perto da saída. O pós operatório é tranqüilo, se palpar vai para cirurgia e não tem maiores problemas.
DECISÃO DE FAZER CIRURGIA – PRÉ CIRURGICO – PÓS CIRURGICO
As patologias de resolução só cirúrgica não passam de 5% dos casos atendidos, na sua grande maioria são emergências. Algumas permitem esperar um pouco mais de tempo outras devem ser de resolução cirúrgica o mais rápido possível 4-5h. Em decorrência de longas distancias ou problemas de transporte as toxemias, necroses podem se agravar sendo necessária cirurgia. O maior problema está nos casos em que não se tem absoluta certeza de que se trata de uma patologia cirúrgica o que apenas se sente é um aumento de volume de delgado, de colon maior e não se sabe se tem necessidade de cirurgia ou não, e nesses casos os padrões gerais são muito importantes, mucosa em bom estado, alguma motilidade, não desidratar muito rápido, não tiver muita dor pode-se esperar um pouco. Fazer exame a cada duas ou três horas, repetir palpação, auscultação, sonda, refluxo, se tiver refluxo secundário constante é uma razão para se optar por cirurgia. Muitas vezes se tem o diagnóstico e o proprietário não quer fazer cirurgia, e se demorar muito tempo até ele decidir fazer o proprietário vai dizer que sabia que não precisava. Então no caso de enterólito tem que fazer rápido, não esperar ficar mal, não protelar. Coleta de liquido peritoneal principalmente nos casos que se esperou horas ou até dias, é importante para avaliar o sofrimento de alças e ver se estômago já está rompido, nesse caso não adianta fazer cirurgia. Pode-se fazer uma laparotomia exploratória no caso de dúvida mas a recuperação é demorada e tem custos, não vale apena, porém é melhor do que ficar esperando muito tempo até cavalo ficar mal. Laparoscopia também pode ser feita para avaliar antes de abrir.
PRÉ-CIRURGICO
Cavalo pode estar desidratado, toxêmico, fazer soro, corticóide dexametasona para diminuir toxemia. Cavalo com mucosa roxa e TRC 6 não pode ser operado ele precisa estar em bom estado, senão pode morrer na mesa ou no pós operatório. Uma laparotomia exploratória pode mostrar que dano é irreversível. Uma torção de colon maior a toxemia fica localizada no ponto da torção, quando distorcer a toxemia de difunde na corrente sangüínea, quando torcida alça fica pálida, ao distorcer entra o sangue e leva a toxemia para circulação e fica em pior estado. Em casos de torção de delgado ou cólon maior ao abrir se vê que não tem como recuperar e tem que sacrificar, a cirurgia não é cobrada.
CIRURGICO
Existem dois métodos, um é o acesso ventral pela linha Alba e o outro é pela lateral, principalmente em enterolitos em final de colon menor ou fecalomas, pois é mais fácil expor essa alça nessa posição, o cavalo fica em pé, funciona bem em enterólitos posteriores, a desvantagem é que atravessa várias camadas musculares porém tem menor chance de ocorrer hérnias. O acesso ventral alcança quase tudo é o método utilizado para a maioria das cirurgias, podem ocorrer hérnias. Existe uma rotina de como se explora a cavidade, mas pode não ser seguida. A maioria dos casos cirúrgicos são enterólitos depois vêm as de colon maior e depois as de delgado. Quanto melhor as pessoas vão alimentando os cavalos as patologias de colon maior e de sobrecarga começam a desaparecer. Se uma parte do cólon maior com ar estiver por baixo e outra parte cheia de alimento em cima pode acontecer de girar facilmente, pois a parte de cima pesa e gira por cima da parte com gás, por isso manter intestino cheio constantemente. Ceco, delgado, raiz mesenterial, colon maior, colon menor, bexiga, hérnia epiploica, baço hérnia, duodeno, forame epiploico o delgado entra dentro dessa região. Dificilmente abre o cavalo e não encontra nada, exames e suspeita clara, encontra sempre algo. Não se sabe a intensidade do problema. Quando há abertura de alças deve-se proceder com lavagem da parede da alça com iodopovidona, para evitar aderências se utiliza DMSO com soro diretamente dentro da cavidade, pois DMSO tem capacidade de destruir hemácias e fibrina. Se não abrir a alça não há lavagem. Em torção de colon maior precisa-se fazer enterotomia para a retirada da comida, pois depois de desfazer a torção diminui a motilidade. Em casos de enterólito retirar a comida anterior ao enterólito, lavar com mangueira para tentar reverter o enterólito, empurrando com a mão. Alça fica suja e tem que lavar com solução fisiológica e iodopovidina e no final DMSO com soro. Antigamente se fazia cirurgia e apresentava cólicas um tempo depois isso era em decorrência de aderências. Suturas: de preferência um numero menor de camadas e número menor de pontos para evitar aderências e inflamações, podem apresentar hérnias. Cavalos com hérnias são em função de problemas no pos cirúrgico de má cicatrização. Cavalos grandes em que incisão é muito grande podem ocorrer, quanto menor a abertura melhor a cicatrização e menor possibilidade de ocorrer hérnias. Quando há a abertura de alça se utiliza metronidazol, quando não há pode-se utilizar penicilina. 
PÓS CIRURGICO
Após cirurgia é comum parar a motilidade. É importante certificar-se de que ele está deglutindo bem antes de dar alimentação as pessoas tem a ansiedade de fazer voltar logo a motilidade dando comida, mas isso é desaconselhável, o melhor é inicialmente não dar nada e depois começar com um pasto, fenos e gramíneas. Algumas patologias não exigem muita manipulação e volta mais rápido a motilidade. Quando tem alterações maiores a parada é maior e a alimentação pode ser feita com mingau via sonda, nos casos de inflamações. A motilidade pode demorar 2-3 dias para voltar e isso é normal não ter pressa em dar alimento. O importante é ter mucosa normal, estar completamente alerta, deglutindo e com vontade de comer para iniciar alimentação. O pós cirúrgico mais fácil é nos casos de enterólito, na enterectomia é complicado, pois o animal tem que ficar em jejum, soro, alimentação líquida via sonda aos poucos. A região cortada entra em atonia e pode levar de 2-3 meses para voltar a trabalhar o cavalo.
HERNIAS
Hérnia mesenterial: A raiz mesenterial se rompe e delgado passa por dentro, na palpação nota-se um aumento de volume de alças. É um buraco no mesentério, possibilitando a entrada do delgado. Hérnias Inguinais e escrotais: é bastante desagradável, estrangulamento forte, necrose rápida, bastante dor, qualquer macho inteiro deve-se palpar a região dos testículos quando estiver com cólica, podem ocorrer durante ou após a cobertura ou no arranque. É um problema hereditário e deve ser retirado da reprodução, deve ser castrado, fechado o anel inguinal e não deve ser preservado o outro testículo evitando transmitir aos seus filhos. A cirurgia deve ser feita rápido e se alça estiver muito comprometida fazer enterectomia. As hérnias inguinais podem também ser conseqüência de castrações. Lipomas podem formar algo parecido com hérnias. Hérnia do forame epiplóico: sintomatologia parecida com escrotal. Hérnia Umbilical: não se viu estrangular. Hérnias por coice devido ruptura muscular. Hérnias diafragmáticas. Hérnia do colon maior sobre o ligamento nefro-esplênico: em cavalos de hipismo.
HÉRNIA DO CÓLON MAIOR SOBRE O LIGAMENTO NEFROESPLÊNICO
O cólon maior se posiciona por cima do baço, pode ocorrer de duas maneiras. Na primeira se coloca por cima na outra ele torce umpouco mais. A causa se diz que é deitar e rolar. À medida que colon vai enchendo de alimento vai pesando cada vez mais por cima do ligamento aumentando a dor. Na cirurgia se recoloca cólon no lugar e se estiver muito cheio de alimento se retira a flexura pélvica e esvazia. Afeta cavalos de hipismo pois o movimento de descer de obstáculo e subir, mais o impacto propiciam o aparecimento do problema. Não existe um estrangulamento total, por isso no início se percebe um desconforto que vai aumentando á medida que vai enchendo de alimento, até sentir muita dor. Os parâmetros não se alteram muito pois não há um sofrimento de alça. A palpação é clara, o diagnóstico pela palpação é fácil. A cirurgia tem bastante sucesso, mas alguns casos recidivam, pode se fazer uma sutura para prender cólon, mas é complicado. Existe um tratamento de descer lombas íngremes, mas cuidar para não subir a lomba que agrava. A cirurgia é fácil e a recuperação é boa.
DESLOCAMENTOS
De cólon maior e de ceco, cabeça causando desconforto. De ceco se houver esvaziamento pode voltar sozinho senão há necessidade de abrir e recolocar no lugar. Deslocamento de cólon: Não há uma torção e sim um deslocamento, tem aumento de volume ele pode mudar totalmente de lugar e com o tempo pode causar algum tipo de necrose, mas é mais demorado porque durante um bom tempo continua passando água e gás, mas é cirúrgica porque não volta sozinho para o lugar. No momento que palpar e não achar a flexura pélvica a suspeita é deslocamento de colon maior. Abrir e recolocar no lugar em 24h não é uma emergência, numa torção não dá para esperar tanto tempo que vem a óbito. Pode ocorrer por cólica espasmótica. No momento que palpar um deslocamento deve ir para cirurgia porque ele não volta para o lugar sozinho.
TORÇÕES
Torção de colon maior: pode girar 90-180-360 graus, toda vez que torcer ele rege e na reação pode tentar desfazer a torção ou torce mais ainda. Não é raro de acontecer, a causa são poucas refeições em grandes quantidades e mantém dentro do intestino uma massa desigual. Em algum momento tem a parte de baixo preenchida com gás e a parte de cima preenchida com alimento pesando, assim ele gira e na tentativa de resolver o problema gira mais ainda. Importante o local onde torce, quanto mais envolver o colon maior massa de colon necrosada e pior prognóstico. No primeiro caso pode-se fazer enterectomia tem pouco envolvimento do cólon, no segundo envolve um pouco mais e no terceiro tem um grande envolvimento do colon e não tem o que fazer é irreversível e não vai sobreviver. A dor é muito forte não reage a analgésicos, mucosas alteram rápido, volume abdominal muito grande palpação retal quase não consegue entrar o braço e tanta fermentação. É um caso cirúrgico e muitas vezes se faz eutanásia, ao retirar a parte torcida aumenta a endotoxemia, pois o sangue chega no local e difunde a toxemia.
TORÇÕES SIMPLES – DELGADO
Envolvem o mesentério, gira e torce, não tem nó. Dói, não necrosa tão rápido, terá acúmulo anterior a torção, a dor não é tão grave, refluxo secundário assim como todas as patologias de delgado.
NÓ – DELGADO
Área dentro do nó é a parte mais afetada, ver a extensão, mais ou menos grave. O nó tende a apertar cada vez mais, é bastante dolorido, pouco reagente a medicações, acaba cedendo um pouco e depois dor forte, ela melhora e começa a doer de novo, quando for na entrada do ceco é quase impossível desmanchar porque não tem como expor. Para desfazer o nó só se for muito recente.
TORÇÃO DE DELGADO
Gira e torce sobre todo ele na altura da raiz mesenterial e acaba reagindo conta a essa torção girando cada vez mais. É muito grave, talvez mais grave que a de colon maior, não tem tanta toxemia, mas alterações de parede são piores. Diagnóstico na palpação retal é aumento de volume de alças mas para diferenciar de duodeno jejunite é que a dor é insuportável. Maior causa de sacrifícios de cavalos na mesa são torções de delgado e de cólon. Deve ser muito rápido em 4-6h deve ir para cirurgia. É conseqüência de cólicas espasmóticas uma área de muita violência de espasmo, áreas tensas e não tensas propiciam esse problema, quando apresentar cólica espasmótica não se deve ignorar, deve se tratar não deixar rolar, tem que dar analgésico levar para passear pois se não fizer nada pode acontecer uma torção ou nó. Nos casos de sobrecarga gástrica sentam para aliviar pressão do estômado, se a dor for posterior podem ajoelhar e de nefroesplenico podem ficar de barriga para cima para aliviar a tensão.
INTUSSUSCEPÇÕES
Podem acontecer em qualquer lugar, íleo-ceco, ceco-ceco, ceco-colon, colon-colon. Cólica não muito grave, um pouco de incômodo, cólon aumentado de volume. Normalmente permitem passagem de alimento, líquidos, gases, edema, lúmen cada vez menor, vai passando água e gás e comida vai ficando, dor começa a aumentar quando alças da frente começam a aumentar.
Menor comprometimento de alça – menor dor
Maior comprometimento de alça – maior dor – torções – hérnias estranguladas
Cólica espasmótica – pressão contra a alça – dor forte e por isso pode acontecer de ir para a cirurgia 
Deslocamentos – intussuscepções - menor dor
Alterações de parâmetros – quanto mais necrose – maiores alterações 
1sobrecarca gástrica primaria 2cólica espasmótica 3obstipações 4enterolito 5deslocamentos 6torções 7intusse 8 neoplasias
DENTES
Os três maiores problemas são: 1) mudas 2) Pontas 3) Ganchos. As pontas e ganchos têm mais ou menos as mesmas causas e são problemas comuns Pulpites, gengivites, cáries, são bem mais raras. Os dentes dos cavalos são extremamente fortes com cemento muito consistente, na verdade é um misto de esmalte e cemento. Mesmo depois de adultos os dentes à medida que vão gastando vão crescendo, um animal com 20-25 anos possui todos os dentes na boca ao contrário de bovinos que com essa idade já não tem mais dentes. Mastigação do cavalo: apreende alimento com os incisivos, empurra pra trás, faz movimento de giro (circular) para triturar alimento. Pontas vão impedir o triturar do alimento e começa a comer alimento inteiro ou dependendo do grau começa a cuspir o alimento e acaba emagrecendo. Possui 4 molares e 3 pré-molares, o terceiro pré-molar é o dente de lobo. O cavalo nasce com os pré-molares de leite, os incisivos começam a aparecer com 7-10 dias, com 2-3 meses já tem todos os incisivos, com 1,5 aparece o primeiro molar, com 2,5 o segundo molar, 3,5 terceiro molar e com 4 o quarto molar. Aos 2,5 começa a trocar pré-molares coincide com idade de doma cavalo fica irritado porque dói e incomoda. Os pré-molares permanentes e de leite ficam encaixados um encima do outro, dói e incomoda o ideal é arrancar um com alicate (arrancar capas) os incisivos também. Haverá também a troca dos incisivos aos 3,5 já foram feitas as trocas e por volta dos 4 aparecem os caninos é mais comum em machos mas fêmeas podem apresentar e não são machorras. O cavalo que tem problema dentário geralmente se comporta com um resto de comida na boa enrolando. Outro aspecto de cavalo com problema dentário é um resto de comida na porta da cocheira como rolinhos de feno, por não conseguir mastigar acaba perdendo feno da boca. A maneira certa de examinar os dentes é palpar pela parte externa para detectar pontas. Olhando boca de frente nota-se que todo cavalo normalmente tem a parte inferior mais estreita que parte superior, isso é comum e normal, mas em função do desgaste acaba formando pontas, embaixo normalmente se formam pra dentro e em cima se formam pra fora. Olhando de lado se vê que a parte de cima é levemente mais pra frente formando ganchos. O movimento circular fica prejudicado em função de pontas de um lado e ganhos de outro e começa a não mastigar bem e a deixar comida. Acaba mordendo gengiva, ponta machuca gengiva, furos, abscessos. Deve-se olhar por fora para evitar que cavalo morda, existem também abridores de boca. O primeiro pré-molar é chamado dente de lobo, não são todos os cavalos que apresentam, normalmenteé superior, normalmente é alvo das culpas por problemas de embocadura, aparece entre 3,5-4 anos, é um dente pequeno com raiz pequena e fica bem no espaço aonde vai a embocadura, ela acaba pegando bem encima do dente levando a uma gengivite na região pode ir afrouxando dente e fica dolorido. Mas hoje se verificou que na verdade que a embocadura não chega perto do dente, portanto é discutível se é pra retirar ou não tem pessoas que retiram outras não. Outros problemas dentários são a má oclusão ou mal formações o q eu se deve fazer é desgastar tentando tornar a dentição mais reta. Hoje em dia as pessoas raspam caninos para evitar morder e machucar a língua. Para resolver o problema das pontas é necessário pegar uma raspadeira e retirá-las é fácil, simples e rápido qualquer pessoa pode fazer, problemas de oclusão já é necessário chamar um dentista. No caso de pré-molares que estão nascendo deve-se retirar capas. Outras lesões de boca, estomatites, úlceras, estomatites vesiculares em potros, úlceras geralmente em cavalos muito medicados e muito desidratados. Problemas de glândulas salivares é muito raro. Feridas de língua são comuns por mordeduras no início da doma, feridas por ficar presa a embocadura podem ser graves, cortes pela embocadura. Pode-se fazer sutura, porém ela vai durar no máximo 10 dias, o cavalo teria de ser sondado, evitar alimentação, movimentação, evitar tomar água. Hoje em dia o que se faz nos casos que não são muito graves é deixar cicatrizar, e não suturar. Caso seja feita a sutura alimentação com sonda, soro, e mingau pela sonda. Tumores de boca osteossarcoma. Fraturas de dente, cáries, infecções de raiz ou de osso normalmente exigem a extração do dente, isso é extremamente difícil exige força é um caso cirúrgico tem que soltar ligamentos e se já está bastante afetado é mais fácil, pois ligamentos já estão afetados e necrosados. Fístulas, muitas vezes se percebem tardiamente dificilmente um cavalo para de comer por dor no dente e quando se vê já está formada a fístula que gera contaminação podendo levar á sinusite, as fistulas podem nunca fechar. 
 
TYING UP SINDROM – RABDOMIÓLISE – MIOGLOBINURIA – DOENÇA DA SEGUNDA FEIRA
São patologias que recebem diferentes nomenclaturas, mas possuem o mesmo princípio e as mesmas causas. Serão diferenciadas de acordo com a sua gravidade.
A doença é nomeada tying up síndrome quando o caso não é tão grave e Rabdomiólise, mioglobinúria, doença da segunda feira quando for mais grave. Ocorre uma acidose que destrói a fibra muscular, ela se rompe liberando mioglobina que é detectada na urina. A principal causa disso é o excesso de alimentação com grãos, o acúmulo exagerado de glicogênio na musculatura e com um trabalho relativamente rápido haverá muita liberação de glicogênio e um excesso de ácido lático, que fica acumulado no músculo destruindo a parede da fibra muscular. No caso menos grave, tying up, quando o cavalo já tiver terminado o seu trabalho, quando estiver tomando o seu banho, ou quando vai recolocá-lo na cocheira ele estará todo rígido, porque apresenta dor e uma inflamação secundária devido à ruptura das fibras. Essa situação não é grave, ela se tornará mais grave quando se torna muito repetitiva. Cavalos idosos mal condicionados, o quarto de milha possui uma predisposição genética. Mas está associado a excesso de carboidrato, excesso de glicogênio falta de condicionamento físico, não é uma doença só de animais que comem muito carboidrato, pode ocorrer em outros mal condicionados, ou aqueles que trabalham em excesso também. A fibra muscular quando destruída é substituída por tecido de cicatrização e se a situação se repetir muito o músculo acaba ficando atrofiado devido à formação de fibrose. A pessoas costumam dizer que é mais comum em músculos maiores, da coxa semi-membranoso, semi-tendinoso, mas o que acontece é que quanto maior o músculo mas facilmente ira apresentar dor, maior a massa inflamada. Ocorre aumento da creatina quinase, lactato desidrogenase (LDH) e aspartato desaminotransferase (AST), em cavalos que praticam esporte é comum ter um aumento dessas enzimas, mas quando cretina quinase (CK) passa de 1000 e permanece mais do que 48 horas, é indicativo de problema muscular. O fato de baixar os níveis de creatina quinase pode não representar um motivo para colocar o cavalo para trabalhar. O que se deve fazer é deixar o cavalo se recuperar, dar um tempo de uma a três semanas, mudar alimentação, recondicionar o cavalo, no quarto de milha não tem muito o que fazer porque é genético, baixar níveis de carboidratos, na hora que cavalo estiver com dor dar antiinflamatório, flunixin meglumine (banamine). Existe a possibilidade do bicarbonato injetável, mas é preciso ter cuidado com essa prática, ele funciona bem mas quando há uma grande acidose ocorre uma tentativa rápida de compensação pela parte respiratória e o cavalo na verdade pode estar num estado de alcalose. Portanto o que se deve fazer é dar bastante soro ao cavalo, isso é muito importante nos casos de mioglobinúria, até dar um diurético para tentar diminuir a alta concentração de mioglobina circulante que pode até mesmo afetar o rim e causar problemas sistêmicos. O soro vai diminuir essa acidose e essa mioglobina no sangue, mas a lesão muscular vai estar lá vai ocorrer atrofia, o animal nos casos mais graves se transformam e verdadeiras caveiras ambulantes. Isso acontece com cavalos de corrida que os donos trabalham muito desenvolvendo rabdomiólise e levando a atrofia muscular. Chamam-se mioglobinúria todos os casos em que existe mioglobina na urina, e tying up os casos em que não há mioglobina na urina. Essa diferenciação não precisa de teste laboratorial simplesmente o ato da urina já é suficiente, urina com cor chocolate é que possui mioglobina. E a sintomatologia: a rabdomiólise aparece geralmente durante o trabalho, o cavalo está trabalhando está galopando quando de repente não quer andar mais, enrijece, não consegue dar mais nenhum passo, ou no momento em que acaba o trabalho já enrijece, cai começa a tremer precisa ser transportado para dentro da cocheira. Nos casos mais graves se aconselha que não se movimente o cavalo, ao contrário dos casos de tyig up em que se aconselha andar ao passo, passear. Mas na rabdomiólise importante deixar cavalo quieto para tratar o mais rápido possível. Essa patologia se chama doença da segunda feira porque os cavalos trabalhavam até sexta ou sábado e no domingo descansavam e comiam muito, ficavam parados, não gastavam energia e acumulavam muito glicogênio no músculo. Na segunda feira quando iam pro trabalho acontecia essa grande liberação do glicogênio. Mesmo dando a quantidade normal de alimentação (no caso não em excesso), mas ele como não trabalha naquele dia acaba acumulando e quando volta a trabalhar há a liberação rápida e acontece o problema. Podem ser suplementados com vitamina E e selênio, porém esses nutrientes já estão contidos no pasto, mas se proprietário fizer questão pode ser feito. O uso de bicarbonato preventivo na água pode ser usado, mas altera o gosto e cavalos acabam não querendo beber, deve-se condicionar o cavalo a tomar essa água, treiná-lo. Podem ser utilizados eletrolíticos na ração ou diretamente na boca, em bisnagas com sabor de cenoura, banana ou baunilha. Sal mineral na comida. 
NÃO DESANIME!!!! E SE POSSÍVEL, BONS ESTUDOS E BOA SORTE NAS PROVAS!!!

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