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Quimica do solo - Sintomas de deficiência de plantas

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SOL 375 - FERTILIDADE DO SOLO 
 
SINTOMAS VISUAIS DE DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS EM PLANTAS 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
A observação do aspecto vegetativo de uma planta tem se mostrado como um bom 
método de diagnose de possíveis deficiências nutricionais. É um método qualitativo que se 
baseia no aparecimento de sintomas característicos em diversas partes da planta, 
principalmente nas folhas, quando esta planta encontra-se com deficiência aguda de um ou 
mais nutrientes. 
Como vantagem, pode-se dizer que é um método rápido, eficiente, quando avaliado 
por um técnico com grande experiência com a cultura que apresenta o problema. 
Uma das desvantagens é que a diagnose é feita, muitas vezes, num estágio do 
crescimento da planta, que a correção da deficiência já não é mais recomendável. Assim por 
esse método não se pode fazer um tratamento preventivo, mas sim corretivo ou curativo. 
Tratamento que muitas vezes é baixa eficiência ou até mesmo sem eficiência, pelo fato da 
planta ter tido seu crescimento excessivamente limitado e não ser mais recuperável, 
economicamente. 
Há, com freqüência, em condições de campo, deficiências múltiplas. A diagnose 
complica-se quando o sintoma é resultante da carência de mais de um elemento. 
Outro problema é a presença de anormalidades causadas por pragas, doenças, excesso 
d’água, falta ou excesso de luz, baixa ou alta temperatura (geadas, queima pelo sol), deriva de 
herbicidas pelo vento, etc. Naturalmente, a vivência do técnico com a cultura irá permitir a 
separação desses sintomas com uma diagnose provavelmente correta do problema. Pode-se 
usar o fato de os sintomas de deficiência nutricional atenderem aos requisitos de evolução no 
tempo (em razão da necessidade de haver exaustão das reservas do nutriente geralmente 
compatimentalizadas nos vacúolos), evolução no espaço (devido aos nutrientes possuírem 
diferentes mobilidades na planta) e simetria para melhor discernir se o sintoma é devido 
primariamente à deficiência nutricional ou se deve a outras causas, de ordem não nutricional 
primariamente, como as acima mencionadas. 
Uma maneira freqüentemente utilizada para caracterizar os sintomas típicos de 
deficiência nutricional de uma dada espécie é cultivá-la em solução nutritiva, onde, em cada 
tratamento (vaso), um nutriente é omitido. Outra possibilidade é a observação de sintomas no 
campo e pela análise de tecidos normais e anormais, identifica-se o elemento limitante. 
De toda forma, o método é de grande importância na vida prática e a diagnose feita no 
campo poderá ser confirmada por meios auxiliares mais precisos e quantitativos como as 
análises foliar e do solo. 
 
PRINCÍPIOS 
 
 
Ao analisar o aspecto de um tecido de planta com sintoma, uma folha, por exemplo, é 
importante saber, inicialmente, de que parte da planta como um todo ou de um galho ou ramo, 
aquela folha foi destacada. 
Se de região inferior, com folhas mais velhas, o sintoma deve ser causado pela 
deficiência de um ou mais elementos de maior mobilidade na planta, como N, P, K e Mg, 
nutrientes que, pela sua alta mobilidade, são translocados para as folhas mais novas, apicais 
(tecidos metabolicamente mais ativos). 
Se de região mais nova, folhas apicais, o sintoma seria causado pela deficiência de 
elementos de menor mobilidade na planta como Ca, S e micronutrientes de modo geral, 
retidos nos tecidos mais velhos e não translocados para as regiões mais novas, que têm maior 
demanda metabólica. 
A seguir é apresentada uma chave de identificação de sintomas clássicos de 
deficiências nutricionais em plantas. 
É importante lembrar que, com essa chave, tenta-se dar uma visão global do problema, 
sendo que provavelmente, para alguma cultura, ela se aproxime mais da realidade e para 
outras, alguns ajustes e correções sejam necessários. 
 
 
 
 
 
CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO DE SINTOMAS CLÁSSICOS DE DEFICIÊNCIAS 
NUTRICIONAIS EM PLANTAS 
 
I. Folhas cloróticas como sintoma dominante 
 
a) Sintomas aparecem na base da planta (folhas 
mais velhas) 
1. Folhas com clorose uniforme, geralmente 
podendo ser seguida pela necrose, com possível 
queda de folhas 
 
2. Folhas com clorose interneval 
 
b) Sintomas aparecem no topo, ou na extremidade 
de ramos, da planta (folhas mais novas) 
1. Folhas com clorose uniforme 
2. Folhas com clorose internerval 
 
Se este é o único sintoma: 
- Pontas e margens das folhas permanecem verdes 
seguidas pela clorose nerval e rápida e extensiva 
necrose da folha. 
- Folhas novas pequenas, internódios curtos 
 
II. Clorose das folhas não é o sintoma dominante 
a) Sintomas aparecem na base da planta (folhas 
mais velhas) 
1. Inicialmente as folhas são verde-escuras e 
menores do que normal. Mais tarde, um pigmento 
avermelhado. 
2. Necrose ("queima", "seca") da ponta e margem da 
folha (em forma de "V invertido") 
b) Sintomas aparecem no topo da planta (folhas 
mais novas) 
1. Brotação terminal morre dando origem a um 
superbrotamento ( “envassouramento”). 
2. As margens das folhas algumas vezes não se 
formam. Paralização do crescimento apical 
(morte da gema apical) condicionando um 
término brusco do topo. Podridão estilar ("fundo 
preto") em frutos de tomate 
Deficiência de: 
 
 
 
 
 
NITROGÊNIO 
 
MAGNÉSIO 
 
 
 
ENXOFRE 
FERRO E/OU MANGANÊS 
 
 
 
 
COBRE 
ZINCO 
 
 
 
 
 
FÓSFORO 
 
 
POTÁSSIO 
 
 
 
BORO 
 
 
 
 
CÁLCIO 
 
SOL 375 – Questões sobre Sintomas de Deficiência Nutricional 
 
 
1) Como você diferencia os sintomas de deficiências nutricionais dos elementos móveis 
daqueles causados pela falta de elementos de baixa mobilidade na planta? 
 
2) Como você resolveria o problema de podridão estilar (“fundo preto”) em frutos de uma 
lavoura de tomate? 
 
3) Uma clorose internerval intensa das folhas mais velhas de árvores de cedro, com seis meses 
de idade, caracterizava-se como um grande limitante do crescimento da floresta plantada. O 
solo de uma encosta, ácido e com presença predominante de sapé e samambaia, como 
vegetação invasora, recebeu em cobertura, após o plantio das mudas no campo, 80g/cova de 4-
14-8. Qual nutriente deve estar limitando o crescimento das árvores e o que deveria ter sido 
feito de correto nesse reflorestamento? 
 
4) O que se entende por “fome escondida” em plantas? 
 
5) Por que, no slide mostrado em aula, nas plantas de soja com uns 30 dias de idade, e 
cultivadas em solo supercalcariado, a deficiência de Mn era perceptível nas folhas basais e não 
nas apicais? 
 
6) Como você diferenciaria sintomas visuais causados por deficiência nutricional de outros 
causados por outros fatores (pragas, doenças, distúrbios fisiológicos)? 
 
7) Por que os sintomas de deficiência nutricional são muito mais freqüentes e severos em 
períodos secos? 
 
8) Uma vez observados, os sintomas de deficiência sempre devem levar à fertilização com o(s) 
nutriente(s) faltantes ? Comente!

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