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caderno de questoes e exercicios 2006 07

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Questões e Exercícios 
para a Disciplina de 
Introdução à Economia 
Setembro de 2006 
 
 
João Sousa Andrade 
www4.fe.uc.pt/jasa 
 
Apresentação.................................................................................................................. 3 
Breve Apresentação da Utilização dos Métodos Quantitativos na Análise Económica 6 
Introdução ao Problema da Escassez e da Escolha ..................................................... 18 
As Grandes Correntes do Pensamento Económico..................................................... 24 
Os Sistemas Económicos ............................................................................................. 29 
Circuito Económico e Contabilidade Nacional.......................................................... 33 
O Comportamento dos Agentes Económicos: as Famílias e as Unidades de Produção40 
A Presença do Estado na Vida Económica.................................................................. 55 
Os Mercados e os Preços na Economia ....................................................................... 59 
A Moeda, o Crédito e o Financiamento ...................................................................... 69 
O Nível Global e as Flutuações da Actividade Económica ......................................... 73 
O Crescimento Económico.......................................................................................... 82 
Análise Macroeconómica de Pequenas Economias Abertas ....................................... 90 
O Espaço Económico Mundial.................................................................................. 102 
Os Preços e a Inflação................................................................................................ 107 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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Apresentação 
 
 Estes apontamentos destinam-se a seguir o livro de Introdução à Econo-
mia, editado na Minerva (Coimbra, 1998), e são constituídos por um conjunto de 
questões e exercícios que procuram abarcar todos os capítulos. O estudante fica a dis-
por com estes textos de um instrumento de trabalho que tem por finalidade permi-
tir-lhe uma melhor compreensão das matérias leccionadas. 
 É frequente gerar-se o sentimento de que todas estas questões e exercícios de-
vem ser resolvidos nas aulas práticas. Mas isto seria verdadeiramente impraticável. O 
estudante tem o dever de resolver os exercícios que lhe são propostos nas aulas práti-
cas e também de resolver por si os que aí não foram objecto de reflexão ou resolvidos. 
As horas de atendimento dos docentes podem ser utilizadas para esclarecimento de 
dúvidas surgidas na resolução, e respostas, dos exercícios e questões. 
 Cada ponto do programa que aqui consta é acompanhado da identificação 
dos objectivos fundamentais a serem prosseguidos pelas questões e exercícios a eles 
referidos. 
 Fizemos sempre um esforço de persuasão para a utilização de meios de cálculo 
modernos na resolução dos problemas numéricos. Por uma lado, parece-nos inconce-
bível que nos tempos actuais o estudante de economia e gestão não faça uso de pro-
gramas de cálculo disponíveis para computadores pessoais. Por outro lado, achamos 
que deve ser obrigação dos docentes o abandono das velhas limitações lineares nos 
exercícios de economia e isso é viável com os novos meios informáticos de cálculo à 
nossa disposição. Foi com este objectivo que durante muito anos propusemos o uso do 
programa Mercury1 para a resolução de exercícios numéricos mais complexos. Mas tal 
como aconteceu com outros programas de cálculo, o Mercury acabou por deixar de ser 
actualizado e permaneceu em ambiente DOS sem ter evoluído para outros ambientes 
gráficos. Mantivemos também a esperança de um dia vir a utilizar o programa Mathe-
matica para resolver os nossos exercícios e torná-los mais realistas e complexos. Mas o 
valor das licenças deste programa para o seu uso colectivo fizeram-nos esquecer tal 
 
1 O Mercury sucedeu ao programa Eureka. 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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projecto. Em suma, o nosso sucesso no uso de meios de cálculo do nosso tempo foi 
praticamente nulo. O que não significa que tenhamos desistido. A partir de 2005 co-
meçámos uma nova experiência. Os exercícios numéricos irão ser executados com 
dois tipos de programa de natureza bastante diferente. Assim utilizaremos uma “folha 
de cálculo” e um programa de cálculo. A folha de cálculo será em ambiente Linux e 
Windows a folha Gnumeric, ou a folha do OpenOffice e em ambiente (unicamente) Win-
dows o Excel. O programa de cálculo escolhido foi o Scilab2 que existe para os dois sis-
temas operacionais. A escolha de uma folha de cálculo deve-se às inúmeras possibili-
dades que estas oferecem em termos de cálculo e de realizações gráficas. A escolha do 
Scilab foi feita após investigação de muitas das alternativas possíveis. Em resumo, a sua 
escolha deve-se ao facto de se tratar de um programa gratuito elaborado, e constan-
temente melhorado, por uma instituição de grande mérito científico. Desta forma não 
envolve custos para os estudantes e a sua continuidade está garantida. O Scilab3 tem 
ainda a vantagem de usar uma linguagem muito próxima de um programa comercial, 
o Mathlab4, com muitas utilizações em economia e engenharia. Desta forma, o estu-
dante pode no futuro, por motivos de investigação, emigrar com grande facilidade 
para este, ou mesmo outros, programas comerciais. 
 
 A introdução do Scilab nas aulas práticas vai levar-nos à criação de algumas 
turmas práticas onde o programa irá ser utilizado e o estudante terá assim a possibili-
dade de fazer um treino adequado de programação em conjunto com a aprendizagem 
da economia. 
 O ano lectivo de 2006-07 será ainda um ano de transição. Este caderno de 
exercícios, assim como os ficheiros *.xls e *.sce, serão actualizados ao longo do ano 
lectivo. 
 
2 Propriedade de INRIA e ENPC. A sua “home page” é a seguinte 
http://scilabsoft.inria.fr/ 
3 Para a sua utilização aconselhamos que a após a sua inicialização execute a instrução 
“scipad()” para trabalhar com o seu editor, ou então clique na janela “Editor”. O resultado 
será o mesmo e poderá fazer uso do editor e executar as suas instruções através de “Ctrl+l” 
para o conjunto de instruções que escreveu ou “Ctrl+y” para instruções seleccionadas. Tam-
bém pode fazer o mesmo através da janela “Execute”. 
4 A linguagem matricial de Scilab também permite a familiarização com um programa 
comercial muito usado em investigação em economia o Gauss. 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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 Aconselhamos o estudante a carregar os ficheiros de resolução *.xls e *.sce e a 
procurar, por sua iniciativa, a reproduzir todos os cálculos e demais instruções de 
forma a repetir o que consta desses ficheiros. Sobre o Scilab os estudantes disporão de 
algumas instruções para se iniciarem no uso deste programa. As indicações de diferen-
tes locais de informação na internet sobre este programa pode ser encontradas na sua 
“home page” ou em pesquisa através do “Google” ou “Voila” (www.google.com ou 
www.voila.fr). 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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Breve Apresentação da Utilização dos Métodos Quantitativos 
na Análise Económica 
 
Fontes de dados estatísticos. Séries cronológicas e dados cross-section. Mediana e mé-
dia(s). Utilidade dos gráficos. Índices: simples e orçamentais. Taxas de variação mé-
dias e homólogas. Preços implícitos. Rendimentos nominais e reais.Deflacionado-
res. 
 
1. Suponha que pretende apresentar a um seu colega estrangeiro alguns valores 
característicos da economia e da sociedade portuguesa e europeia, que fontes e 
publicações utilizaria? Faça uma lista de pelo menos dois endereços da internet 
onde pode encontrar alguma dessa informação estatística. Experimente procurar 
nas páginas da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. 
 
2. Represente num gráfico o valor da produção da economia portuguesa (o Produto 
Interno Bruto) e para uma outra qualquer economia europeia, para um período de 
alguns anos (por exemplo 10 anos). Que diferenças entre uma e outra série en-
controu? Experimente agora usar os valores per capita. Comente as diferenças en-
contradas nestas duas séries5. 
 
3. Para o primeiro e último ano que utilizou acima, faça dois gráficos onde repre-
senta no eixo das ordenadas o P.I.B. per capita dos países para os quais possui in-
formação estatística e no eixo das abcissas a respectiva população. Comente cada 
gráfico. Que diferenças encontrou? 
 
4. Em 2. e 3. trabalhou com séries cronológicas e com valores cross-section, identifique-
os. 
 
 
5 O seguinte endereço do Eurostat: 
http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1334,49092079,1334_49092
794&_dad=portal&_schema=PORTAL apresenta informação adequada ao que preten-
de. A mesma instituição também disponibiliza o Economic Data Pocket Book com periodicidade 
trimestral. Com um pouco de esforço chegará a essa informação. Não procure nos “dados”, 
mas sim nas “publicações”. 
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5. Como faria para ilustrar numa economia um período de forte crescimento eco-
nómico. O facto de a economia angolana crescer a taxas superiores às da eco-
nomia portuguesa significa para si “marasmo da economia portuguesa” ou “me-
nor desenvolvimento da economia angolana”? 
 
6. No Quadro em baixo tem a evolução de uma série. Calcule e interprete: 
 
Período (t) Valor de Q 
1 100 
2 120 
3 132 
4 264 
5 277.2 
 
a) as taxas de variação período a período de Q; 
b) a média aritmética das taxas de variação; 
c) a média geométrica das taxas de variação; 
d) a taxa de variação média entre o período 1 e o período 4 e entre o período 1 
e o período 5; 
 
7. No Gráfico em baixo procure distinguir: 
a) a tendência de evolução da série; 
b) as flutuações em cada ano e no período; 
c) dois ou mais sub-períodos de comportamento relativamente homogé-
Produção Indistrial - Índice Total
1980:1/1998:12
1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998
40
50
60
70
80
90
100
110
120
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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neo; 
d) os pontos mais importantes que deve comparar para ilustrar a evolu-
ção. 
 
8. Construa um índice simples com base nos valores do ano de 1988 (base 
100=1988) do produto do sector Agricultura, Silvicultura e Pesca a preços correntes e 
a preços constantes de 1990. Comente a evolução das novas séries. Esperava es-
tes resultados? 
Produto da Agricultura, Silvicultura e Pescas 
Milhões de escudos Preços Correntes Preços de 1990 
1984 344201,8 669366,9
1985 419307,2 702447,7
1986 469151,6 741070,2
1987 509315,2 769318,2
1988 529832,3 677589,3
1989 743668 817932,8
1990 850207,2 850207,2
1991 807461,6 809096,6
1992 729738 816331,3
1993 673110,2 748788,6
 
9. Calcule as taxas de crescimento anual do PIB real a preços de 1990 para os dife-
rentes aqui considerados e comente os resultados que obteve em termos de valo-
res médios e de desvios-padrão das taxas que obteve. 
 PIB PIB PIB PIB 
1848 265642 1868 268074 1888 536755 1908 581738
1849 248622 1869 281447 1889 517303 1909 583562
1850 223091 1870 305762 1890 469281 1910 612132
1851 240111 1871 308194 1891 481438 1911 620428
1852 257132 1872 325822 1892 482654 1912 632182
1853 209110 1873 333117 1893 480223 1913 631176
1854 177500 1874 342235 1894 479007 1914 631742
1855 193305 1875 364726 1895 533108 1915 610655
1856 168990 1876 367158 1896 543442 1916 609963
1857 208502 1877 332509 1897 511224 1917 596418
1858 234033 1878 333724 1898 496028 1918 557983
 
1928 811284 1948 1402674 1968 3628057 1988 8683754
1929 899122 1949 1422535 1969 3719187 1989 9301229
1930 892522 1950 1480863 1970 4037531 1990 10072063
1931 941296 1951 1579512 1971 4464874 1991 10418786
1932 957764 1952 1548588 1972 4932846 1992 10792787
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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1933 1024483 1953 1687872 1973 5181921 1993 10772747
1934 1069801 1954 1775258 1974 5340484 1994 10826611
1935 1020712 1955 1830140 1975 5077973 1995 11086449
1936 949153 1956 1896114 1976 5209549 1996 11485561
1937 1095099 1957 1983668 1977 5544388 1997 11910527
1938 1108676 1958 2103868 1978 5906086 1998 12410769
 
10. No quadro em baixo indicamos os valores do produto (nominal) para os primei-
ros países da área do Euro(11) e um índice de preços implícitos no produto. Os 
primeiros valores estão dados em milhares de milhões de dólares norte-
americanos (USD). 
a. Faça um gráfico com os valores do PIB a preços correntes. 
b. Calcule para os diferentes trimestres a taxa de variação anual (homólo-
ga) dos preços. Represente os valores num gráfico e comente as dife-
rentes fases que encontrou. 
c. Diga por que motivo podemos dizer que o índice de preços implícitos 
tem por base o ano de 1990. 
d. Calcule a série do PIB a preços de 1990. 
e. Faça um gráfico com estes últimos valores e compare-o com o obtido 
em b). 
f. Qual a taxa média de crescimento dos valores desta última série de 
1990 a 1997 e a 1998. 
 PIB PI PIB PI PIB PI 
1986:01 4007295 82,4 1990:02 5612381 99,5 1994:03 6984598 117,7 
1986:02 4099544 83,3 1990:03 5687445 100,8 1994:04 7100742 118,6 
1986:03 4169562 84,1 1990:04 5733819 101,6 1995:01 7195358 119,6 
1986:04 4232282 84,8 1991:01 5876238 103,4 1995:02 7293266 120,7 
1987:01 4258793 85,6 1991:02 5986854 105,1 1995:03 7377512 121,7 
1987:02 4365699 86,4 1991:03 6076733 106,4 1995:04 7442250 122,5 
1987:03 4439769 87 1991:04 6183168 107,8 1996:01 7547258 123,4 
1987:04 4545950 88 1992:01 6289077 108,9 1996:02 7603436 123,9 
1988:01 4627256 88,8 1992:02 6339614 110 1996:03 7691647 124,5 
1988:02 4716530 89,8 1992:03 6391407 110,9 1996:04 7754499 125 
1988:03 4822784 90,8 1992:04 6422556 111,8 1997:01 7828474 125,6 
1988:04 4943970 92 1993:01 6452184 113 1997:02 7955450 126,1 
1989:01 5047577 93,2 1993:02 6520771 114,1 1997:03 8071681 126,9 
1989:02 5127635 94,1 1993:03 6596436 114,9 1997:04 8153221 127,3 
1989:03 5224374 95,3 1993:04 6683384 115,7 1998:01 8245383 127,9 
1989:04 5353800 96,7 1994:01 6789138 116,6 1998:02 8327862 128,4 
1990:01 5523764 98,2 1994:02 6889203 117,1 1998:03 8421798 129 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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11. O quadro em baixo apresenta o número de habitações terminadas no período 
indicado. 
a) Compare a evolução para os anos disponíveis através de taxas de vari-
ação homólogas e médias anuais. 
b) Faça um gráfico com estas duas séries de valores e comente-o. 
c) Construa um índice com base em 1995=100.0. 
d) Trata-se de uma variável fluxo ou stock? 
 
1990:01 4662 1992:01 5543 1994:01 7163 1996:01 7296 1998:01 8318 
1990:02 4662 1992:02 4778 1994:02 5462 1996:02 7436 1998:02 8093 
1990:03 6266 1992:03 6269 1994:03 7124 1996:03 8647 
1990:04 6501 1992:04 5951 1994:04 7913 1996:04 8866 
1991:01 5126 1993:01 5346 1995:01 7939 1997:01 7434 
1991:02 5097 1993:02 5166 1995:02 7548 1997:02 8149 
1991:03 6175 1993:03 6858 1995:03 8777 1997:03 9626 
1991:04 5980 1993:04 5841 1995:04 9395 1997:04 9376 
 
12. Suponhaa seguinte produção de cimento, em milhares de Toneladas, de dois 
países, A e B: 
Anos País A País B 
1999 101 398172 
2000 111 437989 
2001 139 547486 
2002 142 558436 
2003 153 603111 
2004 176 693578 
 
a) Represente a evolução comparada da produção de cimento naqueles dois 
países. 
i) Utilize um gráfico com valores simples. 
ii) Faça um gráfico com os valores em índices (base 
1993=100). 
iii) Comente os dois gráficos. 
 
13. Considere a seguinte evolução em toneladas do peixe negociado em lota de um 
dado porto: 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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Meses 1997 1998 
Janeiro 8.5 8.6 
Fevereiro 7.9 7.7 
Março 9.3 8.3 
Abril 10.1 9.1 
Maio 11.5 12 
Junho 12.2 11.8 
Julho 12.1 12.3 
Agosto 12.4 11.6 
Setembro 11.8 10.9 
Outubro 10.3 11.0 
Novembro 9.1 10.1 
Dezembro 8.7 8.9 
 
a) Procure representar aquela evolução através de um gráfico. Comente o resul-
tado. 
b) Obtenha os valores da produção em índice: com base 100 em Fevereiro de 
1997 e com base 100 em Agosto de 1998 
c) Obtenha os valores das médias trimestrais. 
d) Obtenha índices trimestrais com base no valor médio de 1997 (=100) 
 
14. Suponha que o índice de produção (1998=100) de um dado bem foi o seguinte: 
1995 76,5 2000 105,4 
1996 89,4 2001 107,6 
1997 98,3 2002 109,8 
1998 100,0 2003 111,7 
1999 103,1 2004 113,1 
 
a) Calcule as quantidades produzidas sabendo que a produção em 2004 foi de 
1015 Toneladas. 
b) Construa de novo o índice com base em 2004. 
 
15. Suponha dois gráficos que apresentam um recta com inclinação positiva. O pri-
meiro tem o eixo das ordenadas em valores normais e o segundo em logaritmos. 
Como interpreta os valores nos dois gráficos em termos de taxas de crescimento? 
 
16. Admitamos que uma empresa produz dois tipos de sabonetes e que a sua produ-
ção e respectivo preço de mercado tiveram a seguinte evolução: 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 12/110 
Ano Sabonete A Sabonete B 
 Unidades P Unidades P 
1995 1 250 000 1.5 970 000 6.0 
1996 1 318 000 1.75 985 000 6.8 
1997 1 189 000 1.6 1 070 000 7 
1998 1 020 000 1.85 1 112 000 7.85 
 
 Através de índices (1995=100) retrate: 
I. a evolução da produção de A e de B 
II. a evolução da produção total (a preços de 1995 e 1998) 
III. a evolução do preço médio dos sabonetes produzidos. 
 
17. Conhece o índice de Laspeyres, de Paasche e de Fisher? Qual o utilizado nos índices 
de preços dos bens de consumo adquiridos pelas famílias? Comente a utilização 
daqueles três índices. Sabe o que representa o IPC? E o IHPC? (ou nas siglas de 
língua inglesa o CPI e o HCPI6) 
 
18. Calcule os preços implícitos no Consumo Final Privado e no P.I.B. de 1996 a 
2004:II. Compare as duas séries obtidas e procure explicar os valores diferentes. 
 
 
6 Veja o seguinte documento: 
http://www.ine.es/en/daco/daco43/notaipca_en.htm 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 13/110 
Consumo Privado e PIB 
 Preços Correntes Preços de 1995 
Milhões de Euros 
 CP PIB CP PIB 
1995 I 12.250,5 19.742,7 12.924,3 20.112,20 
 II 12.550,6 20.068,4 13.163,7 20.109,30 
 III 12.501,9 20.311,3 13.017,7 20.177,80 
 IV 12.602,2 20.704,4 13.024,1 20.427,60 
1996 I 12.970,1 21.004,2 13.219,1 20.590,70 
 II 13.146,9 21.398,6 13.251,9 20.913,00 
 III 13.510,8 21.737,0 13.435,8 21.087,40 
 IV 13.627,5 22.090,5 13.553,4 21.101,10 
1997 I 13.881,3 22.634,5 13.667,1 21.453,10 
 II 13.981,9 23.164,3 13.750,4 21.738,00 
 III 14.309,9 23.347,7 13.928,1 21.825,70 
 IV 14.499,1 23.867,8 14.033,2 21.989,60 
1998 I 14.783,6 24.413,0 14.265,4 22.343,70 
 II 15.173,6 25.015,5 14.543,6 22.587,80 
 III 15.451,9 25.454,3 14.815,7 22.930,40 
 IV 15.824,2 26.079,8 14.938,0 23.129,90 
1999 I 16.196,0 26.466,1 15.241,8 23.443,10 
 II 16.421,0 26.975,5 15.330,0 23.595,00 
 III 16.536,2 27.085,2 15.397,5 23.703,80 
 IV 16.615,5 27.503,2 15.466,5 23.708,40 
2000 I 17.144,3 28.125,4 15.817,8 24.213,40 
 II 17.303,9 28.656,0 15.713,7 24.165,90 
 III 17.627,6 29.222,8 15.851,6 24.655,00 
 IV 17.679,4 29.544,0 15.962,9 24.607,40 
2001 I 17.996,7 29.798,5 15.910,6 24.608,30 
 II 18.400,9 30.448,6 16.098,3 24.796,60 
 III 18.468,0 30.759,3 16.118,1 24.817,40 
 IV 18.377,2 31.543,3 16.127,2 25.009,80 
2002 I 18.928,8 31.708,9 16.185,9 25.010,80 
 II 19.173,8 32.340,1 16.208,6 25.224,30 
 III 19.340,7 32.229,7 16.236,6 24.802,30 
 IV 19.224,5 32.318,7 16.024,5 24.575,80 
2003 I 19.427,7 32.144,6 15.930,2 24.670,80 
 II 19.616,5 32.515,7 16.012,7 24.662,30 
 III 19.893,0 32.477,0 16.136,1 24.553,50 
 IV 19.964,7 32.895,6 16.184,9 24.531,60 
2004 I 20.186,6 33.023,0 16.213,5 24.747,30 
 II 20.660,2 33.612,8 16.521,6 25.034,50 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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19. Tome as seguintes séries: 
 
ANOS A B C 
1977 27.3 59.5 58.1 
1978 22.1 69.3 66.6 
1979 24.2 80.4 79.6 
1980 16.6 100.0 100.0 
1981 20.0 121.7 128.1 
1982 22.4 143.5 160.1 
1983 25.5 169.1 196.1 
1984 29.3 199.7 218.4 
1985 19.3 240.5 268.9 
 Com os seguintes significados: 
A: variação percentual do índice de preços no consumidor, para o Continente (Total sem habitação). 
B: índice de remunerações médias na Indústria Transformadora (1980=100). 
C: idem para a Construção. 
 Construa em índice (base=100 em 1980) a evolução dos salários reais para o 
período de 1978 a 1985. Comente os resultados que obteve. 
 
20. Suponha que empresta por um ano a um seu colega cinco mil escudos (50 Euros) 
à taxa de juro de 6%. 
a. Quanto receberá do seu colega no final do ano? 
b. Como a taxa de inflação foi de 15% quanto recebeu em termos de po-
der de compra constante (à data do empréstimo)? 
c. Qual a taxa de juro que deveria ter aplicado para que o seu ganho real 
(ou custo da renúncia ao consumo presente) tivesse sido de 3%. 
 
21. Suponha que o Governo nos seus documentos oficiais sobre política económica 
revela as seguintes taxas de inflação esperadas para os próximos três anos: 3%, 2% e 
1%. Mas as taxas de inflação efectivas acabam por ser: 4%, 3,5% e 2,5%. O estu-
dante fez um contrato de empréstimo de dinheiro por três anos à taxa de 6%. 
a) Calcule a taxa de juro real prevista para o empréstimo à data da sua 
realização. 
b) Calcule a taxa efectiva no final da operação. 
c) Comente os possíveis resultados de situações deste género. 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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22. Tenha em conta os valores abaixo indicados. Exponha uma possível evolução dos 
salários reais na nossa economia. Tenha em conta diferentes formas de avaliar o 
poder de compra do salário e comente o seu significado. 
 
Variação (%) 1990 1991 1992 1993 1994 
Salários s/Sect. Público Administ. 13.7 14.4 11.2 7.3 5.1 
Salários no Sector Privado 13.7 14.4 11.1 7.5 5.2 
Salários na Indústria 13.8 14.4 10.7 7.6 5.2 
Salários nos Serviços 13.6 14.5 11.9 7.4 5.0 
IPC, var. homóloga Dez. a Dez. 13.7 9.6 8.4 6.4 4.0 
Taxa Câmbio Efectiva -2.7 0.7 3.2 -6.0 -4.1 
Deflacion. do Consumo Privado 13.8 12.1 9.0 6.8 5.4 
Deflacionador do PIB 14.5 14.0 13.0 6.5 5.1 
 
23. No quadro em baixo tem as duas primeiras colunas com os valores em escudos e 
euros do salário mínimo “Geral” e as duas seguintes com os valores do salário 
mínimo aplicado ao “Serviço Doméstico”. Escolha os valores correctos. 
 
Anos Geral S. Doméstico 
2001 67000 100000 64300 80000 
2002 348 700 341 650 
2003 357 765 353 750 
2004 365.6 800 365.6 800 
 
24. Considere os valores dos salários mínimos em euros, para um conjunto de países 
europeus: 
Países euros Entradaem vigor 
Bélgica 1074 1/10/97 
Espanha 416 1/1/99 
França 1049 1/7/99 
Grã-Bretanha 920 1/4/99 
Grécia 458 1/1/99 
Holanda 1078 1/7/99 
Irlanda 958 1/4/00 
Luxemburgo 1162 1/1/99 
Portugal 306 1/1/99 
 
Tomando o valor 100 para Portugal construa os valores associados para os outros 
países. 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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25. Suponha que para um dado produto temos as seguintes indicações em termos do 
valor da sua produção a preços correntes e a preços do ano anterior 
Período Q nominal Q preços ano anterior 
1 100 98 
2 110 105 
3 125 123 
4 130 129 
 
a) Calcule a evolução do produto real 
b) Calcule a evolução dos preços implícitos. 
 
26. Tome os valores constantes do quadro em baixo: 
 
Período Preços Quantidade 
1 1 100 
2 1,1 105 
3 0,8 110,25 
4 1 115,76 
5 1,05 121,55 
 
a) Calcule o valor da produção a preços do ano anterior 
b) Obtenha a taxa de variação do produto em termos dos preços do ano anteri-
or e em termos dos valores conhecidos da sua quantidade 
c) Compare os valores obtidos em b) e comente-os. 
 
27. Que diferenças existem entre o cálculo do produto real a preços de um ano base e 
o a preços do ano anterior. Dê um exemplo que possa esclarecer tais diferenças. 
Se tiver dificuldades na sua construção use o seguinte exemplo: 
 
Pa Pb Qa Qb 
1,00 1,00 20,00 20,00
0,50 1,50 25,00 40,00
1,50 2,00 28,00 50,00
3,00 1,00 40,00 50,00
 
28. Tendo em conta os valores anuais do quadro seguinte: 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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Milhões de Euros 2000 2001 2002 2003 
Cons. Privado a p. do ano anterior 72421,7 75591,7 78119,8 
Cons. Privado a p. correntes 71555,9 75227,8 78549,9 80734,7 
PIB a p. do ano anterior 117588,0 123383,0 127773,7 
PIB a p. Correntes 115548,1 122801,0 129337,6 130855,6 
 
 Calcule as taxas de variação real do Consumo Privado e do PIB para os anos 
de 2001 a 2003. Apresente um índice dos valores reais destas variáveis. 
 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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 Introdução ao Problema da Escassez e da Escolha 
Objecto e método em economia. O problema central da escassez. Bens e necessi-
dades. A fronteira de possibilidades de produção (FPP). Deslocamentos da curva: - 
avanços tecnológicos diversos; - aumento do stock de capital: - aumento da força 
de trabalho. O dilema da escolha na produção. A FPP e os custos de oportunida-
de. A lei dos custos crescentes. Pensar como um economista. 
 
 
29. No “objecto” da economia qual o papel reservado para o enriquecimento da Na-
ção? 
 
30. Esclareça o significado de “individualismo metodológico”. 
 
31. Comente: “O “individualismo metodológico” afasta do estudo da economia as 
instituições!” 
 
32. Discuta a seguinte observação: “Todas as instituições com que lidam os econo-
mistas são o resultado não intencional do comportamento dos agentes.”. 
 
33. Um economista que não conhece metodologia aplica afinal um método (ou vári-
os) de forma inconsciente, enquanto um filósofo não economista não conhece as 
teorias económicas, nem mesmo o objecto de estudo da economia. Qual a sua 
opinião a este respeito? 
 
34. “Tobin terá dito a Nozick que «nada era mais perigoso que um filósofo que sabia 
um bocadinho de economia». Ao que este teria replicado: «a não ser um econo-
mista que não sabe nada de filosofia»7. 
 
35. Os economistas usam frequentemente o conceito de “modelo”. Sabe distinguir 
um “modelo” de uma “teoria”? 
 
 
7 Texto retirado do livro de Jacinto Nunes, Epistemologia e Metodologia Económica, 
Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa, 2004, p.93. 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 19/110 
36. Na sua opinião para que o homo economicus seja útil é necessário que expresse de 
forma mais realista o homem da economia? 
 
37. Comente a seguinte afirmação radical: “não existe “um” homem da economia o 
que existe é “um” homem como um todo, indivisível. 
 
38. Na sua opinião as leis em economia tem um carácter determinista ou devem ser 
encaradas como tendências, como propensões? 
 
39. Esclareça o significado de refutar uma lei em economia. 
 
40. Discuta o problema da refutabilidade tendo em atenção a hipótese ceteris pari-
bus. 
 
41. Comente: “a hipótese ceteris paribus é um invenção dos economistas para imuni-
zarem as suas teorias!”. 
 
42. Na sua opinião a que se deve o facto de os economistas terem tendência a desi-
gnar as leis em economia por teoremas? 
 
43. Num modelo as variáveis exógenas são mais importantes que as exógenas? 
 
44. Nos modelos dos economistas as variáveis exógenas não exercem influência so-
bre as variáveis endógenas? 
 
45. Os modelos são caracterizados: 
a) pelas variáveis endógenas; 
b) pelas variáveis exógenas; 
c) pelas relações entre as variáveis endógenas e estas e as exógenas; 
d) por a) e b) e não c); 
e) por a), b) e c). 
Justifique a sua resposta. 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 20/110 
 
46. Um modelo tem de reflectir de forma exclusiva uma teoria? 
 
47. Sendo os modelos baseados na teoria económica não acha estranho um modelo 
poder produzir resultados de teorias concorrentes? 
 
48. Comente a seguinte observação: um bem económico é algo de material enquanto um 
serviço não. 
 
49. Comente a afirmação: fumar é uma necessidade. 
 
50. Como define o conceito de escassez? 
 
51. Comente a seguinte frase: “Os automóveis não são escassos pois circulam auto-
móveis em número excessivo. As vias de transporte, essas sim, são escassas!”. 
 
52. Porque se motivo se apresentam aos economistas as escolhas alternativas como im-
portantes? 
 
53. Dê uma classificação de factores de produção. Pensa que nessa classificação a capaci-
dade de organização do factor trabalho, recursos naturais e capital deve ser inclu-
ída? 
 
54. Sabe o que procura representar a curva da fronteira das possibilidades de produção? 
 
55. Suponha que numa economia se produzem dois bens: "Roupa" e "Comida". A 
utilização de todos os recursos disponíveis durante uma semana, conduz, entre 
outras, às seguintes alternativas de produção: 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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Alternativas Roupa Comida 
A 0 9 
B 3 7 
C 5 4 
D 6 2 
E 7 0 
 
a) Represente num gráfico aquelas possibilidades de produção (X: "Roupa, Y: 
"Comida"). Como designa a curva que obteve? 
b) Dê exemplos de como é possível aumentar a produção de "Roupa" e "Comi-
da" sem alterar a dotação de factores. 
c) Como se reflecte na curva que acabou de fazer o problema da escassez? 
d) Comente o facto de a produção efectiva ser de 3 unidades de "Roupa" e de 5 
unidades de "Comida". 
e) A curva da FPP representa combinações máximas ou médias de produção? 
f) De quanto decresce a produção de "Roupa" quando a produção de "Comi-
da" passa de: 
 i) 2 unidades para 7 
 ii) 2 unidades para 9? 
g) Suponha que em dado período a curva FPP registou um deslocamento para 
a direita. Imagine três possíveis deslocamentos. Quais as explicações possíveis 
para cada um destes casos? 
h) Suponha agora que o deslocamento não foi para a direita mas sim para a es-
querda. 
 
56. Suponha uma qualquer situação (um ponto) numa daquelas curvas. Como desi-
gna o custo de produção de mais uma unidade de "Roupa" em termos da quanti-
dade de "Comida" que poderia ter sido obtida? 
 
57. Considere a partir de agora que o bem "Roupa" é substituído por "Armas", con-
tinuando a verificar-seaquelas cinco alternativas de produção apontadas acima 
(7). Tenha em conta para o primeiro período o rearmamento alemão (nos anos 
30 do Séc. XX) e a redução da elevada taxa de desemprego alemã. Procure re-
presentar num gráfico o que deve ter acontecido 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 22/110 
 i) nos países "Aliados" e 
 ii) na Alemanha de 1933 a 1939 e de 1939 a 1945. 
 
58. Voltemos à nossa produção de "Roupa" e "Comida". Indique qual o custo de 
oportunidade de uma unidade de "Roupa" na situação A e C? Que lei traduz este 
comportamento? 
 
59. Suponha que numa dada economia e em dado momento os custos de oportuni-
dade de uma unidade de "Roupa" são constantes em termos de "Comida". 
a) Represente graficamente a FPP nesta economia. 
b) Comente a hipótese aqui considerada de custos de oportunidade constantes. 
 
60. Considere agora que em dado momento e numa dada economia aqueles custos 
de oportunidade são decrescentes. Responda às alíneas a) e b) do exercício acima. 
 
61. Suponha a produção de dois bens “A” e “B”. Admita que estejamos numa situa-
ção de esgotamento de alguns recursos naturais e que a produção de “A”, ao con-
trário do que acontece com “B”, é dependente de recursos naturais. 
a) Represente a curva da FPP em momentos diferentes do tempo onde aquele 
esgotamento seja notório. 
b) Em cada uma daquelas curvas analise o que aconteceu aos custos de oportu-
nidade de produção do bem “B”. 
 
62. Os valores da produção e do capital físico de uma dada empresa são variáveis 
stock ou fluxo? Justifique. 
 
63. Como classifica as seguintes variáveis (fluxo ou stock)? 
a) O salário de um funcionário público; 
b) O número de funcionários da Faculdade de Economia; 
c) Os direitos de autor dos "Beatles"? 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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64. Suponha que representou num gráfico a evolução temporal de uma variável stock 
(A) e de uma variável fluxo (B). Tome dois pontos correspondentes a dois mo-
mentos de tempo diferentes e comente o significado de "A" e "B" entre esses dois 
pontos. 
 
65. A produção de um bem, sendo dada a capacidade produtiva da unidade de pro-
dução, pode ser representada pela seguinte função, Y=10+1,5*L2-0,02*L3. A 
uma outra unidade, com uma diferente capacidade de produção, corresponde a 
seguinte função, Y=10+1,7*L2-0,018*L3, na produção do mesmo bem. 
a) Qual das unidades tem investido um maior volume de capital? 
b) Para valores do factor trabalho de 1 a 80 calcule as produções associadas. 
c) Identifique os pontos mais importantes das duas curvas que acabou de repre-
sentar. 
d) Procure ver qual o produto associado a mais um trabalhador quando no 
primeiro caso estão a trabalhar 45 unidades de trabalho e no segundo 70. 
e) Veja se calcula o número de unidades de trabalho que levam a que a produ-
ção seja nula. Discuta a relevância económica deste resultado. 
f) Procure conhecer os valores para os quais as produções associadas àquelas 
dimensões são máximas. Discuta a relevância económica dos seus resultados. 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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As Grandes Correntes do Pensamento Económico 
 
O surgimento das primeiras ideias no desenvolvimento do pensamento económico. 
A evolução do pensamento por Escolas em termos de objecto e método. A caracte-
rização das Escolas pelo seu tempo de desenvolvimento. Os temas característicos das 
diferentes Escolas. 
 
1. Quais os primeiros temas da análise económica que mereceram reflexão aos filó-
sofos antigos? Sabe explicar porquê? 
 
2. Que entende por escolas do pensamento económico? 
 
3. Faz alguma ideia da economia e da sociedade do tempo de Quesnay? Que escola 
formou este médico francês? 
 
4. Como justifica o aparecimento das ideias daquele autor? Aos olhos de hoje qual o 
contributo mais importante de Quesnay? Sabe o que era o seu Tableau Economique? 
 
5. Explique a afirmação de Mercier de la Riviere: "adicionar não é multiplicar". 
 
6. Quais as duas ideias fundamentais em Maximes générales du gouvernement (Quesnay) ? 
Sabe explicar porque foi necessário insistir nessas ideias? Essa insistência deu al-
guns frutos no seu tempo? 
 
7. Quais as diferenças fundamentais entre a França de Quesnay e a Inglaterra de A. 
Smith e D. Ricardo? Em seu entender essas diferenças eram importantes? 
 
8. No tempo dos autores clássicos discutiu-se intensamente a utilização do “método 
indutivo” e do “método dedutivo”. Que conhece dessa discussão? 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 25/110 
9. Qual o principal móbil que para A. Smith dominava o comportamento dos ho-
mens em sociedade? 
 
10. Critique a observação: Adam Smith era antisocial, por isso punha a procura do 
interesse individual acima de tudo! 
 
11. Qual a origem da riqueza para A. Smith? (Compare com o pensamento dos auto-
res fisiocratas). 
 
12. Porque motivo terá o economista interesse em distinguir o valor de uso do valor 
de troca? Qual o fundamento do valor de troca (em A. Smith)? 
 
13. Qual a preocupação fundamental de Malthus? Quais os "mecanismos desejáveis" 
defendidos por este autor? 
 
14. O pessimismo daquele autor encontrou fundamento na evolução das nossas soci-
edades? 
 
15. A teoria do valor (trabalho) era a mesma em A. Smith e em D. Ricardo? 
 
16. Qual o fundamento da renda em D. Ricardo? 
 
17. No exemplo dado nas lições das aulas teóricas suponha que os salários são de 20 
quintais (acima portanto do sistema de subsistência) e que a produção das terras A, B e 
C é de 1500, 1000 e 900 quintais por ano. Descreva a evolução da taxa de lucro e 
da renda nesta economia. 
 
18. Em que consistia o estado estacionário de Ricardo? 
 
19. a) Descreva como Ricardo apresentava a evolução da economia para um estado es-
tacionário? (resuma o essencial dos seus argumentos) 
c) Quais os fundamentos últimos do estado estacionário de Ricardo? 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 26/110 
 
18. Exponha brevemente o raciocínio de Ricardo para defender a livre importação de 
cereais? 
 
19. Que motivos levaram Ricardo a tomar posição contrária à de Malthus sobre a ques-
tão do proteccionismo? 
 
20. Encontra exemplos modernos dessa polémica? 
 
21. O que são "factores de produção" para J.-B. Say? Diga sucintamente o que signi-
fica a lei dos mercados (loi des débouchés)? 
 
22. Porque razão se falou a propósito dos autores neo-clássicos em revolução marginal? 
 
23. Contraponha (de forma o mais sucinta possível) a teoria do valor trabalho à teoria 
do valor utilidade. 
 
24. Sabe porque se chama ao modelo de Walras, modelo de equilíbrio geral? 
 
25. Conhece alguns argumentos de contestação à ideia da livre iniciativa como caracte-
rística da sociedade capitalista. 
 
26. Faz alguma ideia das razões que levaram Keynes a insistir na necessidade de inter-
venção do Estado na economia? 
 
27. Quais as ideias fundamentais que caracterizam a escola clássica quando comparada 
com os princípios da Revolução Marginalista? 
 
28. Qual o papel reservado ao indivíduo e ao Estado pela escola clássica? 
 
29. Que entende por conciliação automática dos interesses individuais? 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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30. Caracterize o rendimento associado a cada uma das diferentes classes sociais. 
 
31. Porque motivo, em Ricardo, o lucro varia em sentido inverso ao do salário? 
 
32. A teoria da renda de Ricardoprocura representar a repartição de rendimentos. 
Descreva as hipótese em que Ricardo se baseou para a sua dedução. Comente es-
sas hipóteses. 
 
33. Distinga o conceito de forças produtivas do conceito de relações de produção. 
 
34. Defina mercadoria. 
 
35. Como se forma o valor das mercadorias de acordo com Marx? 
 
36. Distinga trabalho concreto de trabalho abstracto. 
 
37. Que entendia Marx por valor da força de trabalho? 
 
38. Que entendia o mesmo autor por exército industrial de reserva? 
 
39. Quais as diferentes formas que o capital toma no seu processo de valorização? 
 
40. Porque razão falava Marx em exploração? Como define mais- valia? 
 
41. Distinga os processos de mais-valia absoluta e mais-valia relativa. 
 
42. O que são preços de produção? O que os distingue do valor das mercadorias? 
 
43. Diga o que é a composição orgânica do capital e discuta a sua importância no cálculo 
da taxa de lucro. 
 
44. Exponha sucintamente o problema conhecido como a questão da transformação. 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 28/110 
 
45. Para cada economista, no quadro abaixo, indique qual o seu período de vida. 
Economista A Economista B A ou B? A ou B? 
David Ricardo Adam Smith 1723-90 1772-823 
William Jevons François Quesnay 1694-774 1835-82 
Carl Menger Milton Friedman 1912-... 1840-921 
Léon Walras John M. Keynes 1883-946 1834-910 
J.-B. Say Alfred Marshall 1842-924 1767-832 
Karl Marx Paul Samuelson 1915-... 1818-83 
 
46. Conhece algumas correntes de pensamento económico que tenham aparecido 
nos últimos anos? 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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Os Sistemas Económicos 
 
A presença histórica no mundo de diferentes combinações de organizações da acti-
vidade económica. Principais características dos sistemas económicos. O papel de-
sempenhado pelas diferentes instituições. Oposição vs. complementaridade entre 
mercado e planificação. Os problemas dos sistemas de economia centralizada. 
 
1. Como caracteriza em traços gerais o sistema económico capitalista? 
 
2. Conhece o significado genérico de equilíbrio geral e óptimo individual quando se 
trata do capitalismo concorrencial? 
 
3. Quais as causas que são normalmente apontadas para a concentração de em-
presas? 
 
4. Descreva os diferentes tipos de concentração que conhece, a) do ponto de vista 
económico; b) do ponto de vista jurídico. 
 
5. No seu entender a concentração de empresas é maior em períodos de crise? Por-
quê? 
 
6. Aponte alguns efeitos positivos (e negativos) para a economia que resultam da 
concentração de empresas. 
 
7. Sabe o que é um monopólio? Enumere algumas razões para o surgimento de 
monopólios nas economias capitalistas. 
 
8. Dê exemplos de empresas na economia portuguesa que sejam monopólios. 
 
9. Porque razão se diz que o monopólio pode ser perigoso para a economia capita-
lista? 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 30/110 
 
10. Sabe o que se procura designar por intervencionismo estatal na economia? Dê alguns 
exemplos do intervencionismo estatal na economia portuguesa. 
 
11. Que entende por movimento de internacionalização das economias. 
 
12. Sabe o que são empresas multinacionais? De alguns exemplos. 
 
13. Aponte algumas das razões para o desenvolvimento destas empresas. 
 
14. Aponte efeitos positivos e negativos da acção destas empresas. 
 
15. Distinga fases diferentes de evolução das economias capitalistas. 
 
16. Quais as principais formas de propriedade dos meios de produção em economias 
socialistas? 
 
17. Qual o papel reservado à planificação em economias socialistas? 
 
18. Aponte de forma sucinta as fases que caracterizavam a elaboração do plano na 
economia da (então) União Soviética. 
 
19. Na sua opinião o mercado desempenhava algum papel em economias socialistas? 
 
20. Aponte algumas medidas gerais de reforma de que tenha conhecimento nos paí-
ses de economia planificada. 
 
21. O que era o Comecon e que objectivos se propunha atingir? 
 
22. Que entende por Terceiro Mundo? 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 31/110 
23. A pressão demográfica é um factor importante em todos esses países? Procure 
identificar onde a incidência desse problema é mais grave. 
 
24. O dualismo é um fenómeno dessas economias. Aponte as suas diferentes dimensões 
acompanhando a sua resposta com exemplos. 
 
25. Em sua opinião este grupo de países formam um grupo homogéneo? Proponha 
uma divisão desse vasto grupo de países. Que critério adoptou? Porquê? 
 
26. Já ouviu falar do problema da dívida externa destes países? Aponte alguns pro-
blemas relacionados com a dívida externa e as exportações destes países. 
 
27. Exponha em traços gerais o que para si é a problemática da ajuda aos países sub-
desenvolvidos. Distinga ajuda alimentar da ajuda à formação de capital. 
 
28. Distinga as formas de circulação da informação nas economias de sistema capita-
lista e socialista. 
 
29. Como se faz a circulação de informação nas economias capitalistas actuais? 
 
30. Ordene as maiores empresas de siderurgia mundiais, e diga qual o seu país de 
origem: Usinor-Sacilor, Posco, Nippon Steel, e British Steel. 
 
31. Diga em qual destas economias se obteve um maior volume de pescado: Peru, 
Chile, Estados Unidos, Coreia do Sul, Tailândia, Índia, Indonésia, China e Japão 
e C. E. I.. 
 
32. Qual a sua opinião sobre a seguinte afirmação: “os países europeus devem fechar 
as suas fronteiras aos indivíduos oriundos de economias menos desenvolvidas de-
vido às taxas de crescimento destas populações e ao facto de as ditaduras, que ca-
racterizam alguns destes países empurrarem uma parte razoável das suas popula-
ções para o exterior !” 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 32/110 
 
33. Em sua opinião, a situação dos direitos das mulheres e dos homens está relacio-
nada com a evolução da população nos países menos desenvolvidos? 
 
34. Se tivesse de controlar os fluxos migratórios que faria para os fluxos do norte de 
África para a Europa? E de Portugal para o resto da Europa? 
 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 33/110 
 
Circuito Económico e Contabilidade Nacional 
 
Visão das actividades económicas em termos de circuito. Relacionamento dos agen-
tes pelas operações: - relacionamento em termos de equilíbrio ou, - desequilíbrio. 
Contas Nacionais. Significado. Conceitos pós 1976 e 1995. Circuito económico e 
Leontief. A interdependência das actividades. Procura e produção. 
 
1. Represente o circuito económico com as seguintes actividades: 
a. emprego e produção, actividade do Estado, formação de capital e pou-
pança; 
b. o mesmo que em a) e ainda: relações com o exterior; 
c. sugira uma quantificação das diferentes operações apresentadas em a) e 
b) de forma que a poupança das famílias seja positiva e a das empresas 
negativa. 
d. ao representar as “entradas e saídas” em cada uma das contas dos dife-
rentes agentes procure isolar as operações que traduzem despesas, ren-
dimentos e produção. 
 
2. Considere esta mesma folha de papel. Suponha que lhe custou 5 €. Decomponha 
este valor nas suas diferentes componentes de acordo com o método dos valores fi-
nais e do valor acrescentado. 
 
3. O critério de residência dos factores é importante em Contabilidade Nacional? Por-
quê? 
 
4. Sabe definir Produto Interno Bruto? Distinga produto interno de produto nacional. O que 
faz distinguir o brutode líquido? 
 
5. Distinga preços base de preços de aquisição. Quais as diferenças entre preços base e preços 
no produtor? 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 34/110 
6. Se pretender calcular as despesas reais orçamentadas pelo Estado, qual o índice 
de preços que acha mais conveniente utilizar, I.P.C., P.I. do PIB, P.I. do Consu-
mo Público? 
 
7. Como calcula o valor da produção: 
 - do Comércio 
 - das Administrações Públicas 
 - da Actividade Bancária? 
 
8. O Produto dos bancos corresponde a consumo intermédio de que outras activi-
dades? 
 
 
9. Sabe o que são actividades imputadas em Contabilidade Nacional? Dê um exem-
plo. 
 
10. Distinga genericamente as diferentes ópticas de cálculo do produto. 
 
11. Diga como obtêm o agregado P.I.B. a preços de mercado de acordo com as três 
ópticas (rendimento, produção e despesa)? 
 
12. Calcule o P.I.B. a preços de aquisição sabendo que: 
 
 Rubricas A B 
Remunerações dos residentes recebidas do resto do mundo 1 000 1 800 
Remunerações pagas pelos residents 10 000 15 000 
Impostos à produção e importação 5 000 4 000 
Excedente bruto de exploração/Rendimento misto 8 000 11 000 
Subsídios à produção e importação 1 200 1 500 
 
13. Com base nos seguintes valores: 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 35/110 
 
 Rubricas A B 
Procura Interna 1300 2500 
Impostos – Subsídios sobre os produtos 100 150 
Total do VAB a preços base 1200 1800 
 
 Calcule o P.I.B. e a diferença entre Exportações e as Importações. 
 
14. Como pode passar do P.I.B. ao Produto Nacional Bruto e ao Rendimento Naci-
onal Líquido? Exemplifique com os valores de dois anos. 
 
15. Considere os seguintes dados referentes a uma economia hipotética, para os perí-
odos assinalados, em unidades monetárias: 
Despesas de Consumo Final(1985)= 912 
Saldo B. Comercial(1986)= -55 
PIBpm(1986)= 1000 
Rend. Primários Líquidos Recebidos do Exterior(1986)= 20 
Consumo de capital fixo (amortizações) (1986)= 10 
Impostos Indirectos-Subsídios(1986)= 50 
Sabendo que as Despesas de Consumo Final apresentaram a seguinte evolu-
ção (em índices): 1984 – 95, 1985 – 100 e 1986 – 102.5. 
 1. Calcule para 1986: 
 a) a Formação Bruta de Capital 
 b) o Rendimento Nacional Líquido 
 c) a Procura Interna 
 2. Sabendo que o PIB(1989)= 1125, calcule a taxa de crescimento mé-
dio do período 1986-1989. 
 
16. Nos quadros em baixo, com valores de economias hipotéticas para dois anos 
consecutivos, preencha as casas vazias. 
 
Valor acrescentado bruto 80 000 ---------
Impostos sobre os produtos --------- 20 000
Subsídios sobre os produtos 12 000 15 500
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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Produto interno bruto 85 500 97 313
 
 
Despesa de consumo final --------- 50 000
Formação bruta de capital 26 100 21 000
 Formação bruta de capital fixo 25 000 ---------
 Variação de existências 1000 800
 Aquisições líquidas de cessões de objectos de valor --------- 200
Exportação de bens (fob) e serviços 40 000 ---------
Importação de bens (fob) e serviços 60 000 30 000
Produto interno bruto 88 600 116 000
 
 
Remunerações --------- 62 510
Impostos menos subsídios à produção e importação 8 950 ---------
Excedente de exploração/Rendimento misto, bruto 22 300 54 100
Produto interno bruto 59 850 132 364 
 
 
Produto interno bruto 100 000 -------
Rendimentos primários recebidos do resto do mundo 5 192 4 668
 Remunerações recebidas do resto do mundo ------- 147
 Impostos sobre a produção e importação recebidos do resto do mundo 0 0
 Subsídios recebidos do resto do mundo 142 -------
 Rendimentos de propriedade recebidos do resto do mundo 4 520 3 975
Rendimentos primários pagos ao resto do mundo 9 208 -------
 Remunerações pagas ao resto do mundo 125 119
 Impostos sobre a produção e importação pagos ao resto do mundo ------- 675
 Subsídios pagos ao resto do mundo 0 0
 Rendimentos de propriedade pagos ao resto do mundo 8 325 5 559
Rendimento nacional bruto ------- 106 345
 
 
Rendimento nacional bruto 99 449 106 345
Consumo de capital fixo -------- 17 768
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 37/110 
Rendimento nacional líquido -------- --------
Transferências correntes recebidas do resto do mundo 4 473 --------
Transferências correntes pagas ao resto do mundo -------- 1 381
Rendimento nacional disponível líquido 86 201 92 023
Rendimento disponível bruto 102 704 --------
 
 
Rendimento nacional disponível líquido 50 500 -------
Despesa de consumo final 32 450 95 280
Poupança líquida ------- 25 370
Transferências de capital recebidas do resto do mundo 3 500 -------
Transferências de capital pagas ao resto do mundo 250 2568
Formação bruta de capital ------- 45 800
Aquisições líquidas de cessões de activos não financeiros não produzidos 20 -145
Consumo de capital fixo 14 200 -------
Capacidade/Necessidade líquida de financiamento 16 980 14 897
Poupança bruta ------- 50 370
 
 
 
17. Distinga Ramo de Sector de actividade económica. Dê um exemplo com uma Refi-
naria de Petróleo. 
 
18. Tem alguma ideia das diferenças entre uma matriz de coeficientes técnicos nacio-
nal e total? 
 
19. Defina coeficientes técnicos de uma matriz. Exemplifique com a1,2 e a2,1. Inter-
prete esses coeficientes. 
 
20. Qual o significado atribuído a complementaridade na matriz dos coeficientes técni-
cos? Dê um exemplo admitindo que apenas o consumo intermédio do ramo I de 
produto do ramo II duplica. 
 
19. Distinga produto interno de produção bruta na matriz de fluxos. 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 38/110 
 
20. A matriz de coeficientes técnicos que a seguir apresentamos resultou da agrega-
ção dos três sectores da industria que constavam de uma dada matriz: 
 
 Agricultura Indústria Serviços 
Agricultura 0.0337 0.1106 0.0098 
Indústria 0.1756 0.2599 0.1081 
Serviços 0.0704 0.1326 0.1771 
 
a) Sabendo que as produções brutas foram de 117119, 587581 e 470451 mil 
contos preencha o quadro dos consumos intermédios. 
b) Porque razão o coeficiente a13 é inferior ao coeficiente a12? Que significado 
atribui ao facto de o maior valor daqueles coeficientes ser a22? 
c) Proponha uma alteração dos coeficientes técnicos acima de forma a expressar 
uma economia: 
 i) onde o consumo de produtos agrícolas por parte da Indústria passou 
 a ser mais elevado; 
 ii) onde os Serviços ocupam um lugar mais importante como consumi- 
 dores da produção agrícola, dos próprios Serviços e finalmente da In- 
dústria, admitindo ainda uma redução do peso das suas remunerações 
de factores de produção na produção bruta. 
 
21. Se está seguro de que compreendeu a lógica da construção de uma matriz de 
input/output, então não terá dificuldade em completar o que falta ao seguinte 
quadro de fluxos: 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 39/110 
 I II Som
a 
P. Fi-
nal 
TOTAL 
I 100 1000 1115 
II 87 1000 1087 5000 
Soma 
Impostos - Subsídios s/ Produ-
tos 
8 20 
Outros Impostos Líquidos8 5 15 
Remunerações dos F. Produção 700 2367 
Importação 215 2670 2885 
TOTAL 
 
22. Procure explicitar as maiores diferenças nos coeficientes técnicos que encontra 
nos quadros de 1980 a 19899. Avance com alguma interpretação para o que 
constatou. 
 
23. Faça agora o mesmoque em 22. mas para os coeficientes da matriz inversa de 
Leontief, para os mesmo anos. 
 
 
 
8 “Outros impostos líquidos de outros subsídios à produção”. Como exemplos 
de “outros impostos à produção” temos a Contribuição Autarquica, o Imposto Muni-
cipal de Veículos e Taxas e Licenças Profissionais (como a licença de pesca, por 
exemplo). As Bonificações de Juros e os Subsídios para Garantia Agrícola, são por sua 
vez exemplos de “outros subsídios à produção”. 
9 Para o que deve consultar o livro Introdução à Economia. 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 40/110 
O Comportamento dos Agentes Económicos: as Famílias e as 
Unidades de Produção 
 
A utilidade total e a utilidade marginal. Utilidade marginal decrescente e satisfação 
máxima. Curvas de indiferença e comportamento individual. As curvas da procura 
individuais e do mercado. Efeito rendimento e efeito substituição. Deslocamento 
das curvas da procura. Consumo poupança e investimento. Propensão média e 
marginal ao consumo e à poupança. Preços e quantidades oferecidas. Equilíbrio 
parcial. Custos das unidades de produção no curto prazo. Comportamento de cus-
tos médios e marginais. Custos das unidades de produção no longo prazo. Econo-
mias internas e externas. Custos de oportunidade nas decisões das empresas. 
 
1. Suponha que as utilidades totais associadas com o consumo de 1, 2, 3 e 4 unida-
des do bem A são respectivamente 10, 14.5, 18 e 21. Quais os valores atribuídos 
às correspondentes utilidades marginais? 
 
2. A utilidade total atribuída ao consumo de 5 unidades de um bem A é de 21 e a 
utilidade atribuída a cada nova unidade que consome é sucessivamente de 2.4, 
2.3, 2.1, 1.9, 1.7 e -2.4. Faça o gráfico com a curva da utilidade total e comente-
o. A partir da curva da utilidade total esclareça o significado de utilidade margi-
nal. 
 
3. Represente num gráfico uma curva de preferência, de uma dado agente, por dois 
bens, A e B. Represente ainda uma curva de restrição orçamental que conduza à 
verificação de equilíbrio do referido agente. 
a) Suponha agora que o rendimento do agente aumentou 20%. 
b) Suponha por outro lado que o preço de A duplicou (não considere a hipó-
tese avançada em a)) 
 
4. Um dado agente económico apresenta os seguintes desejos de compra, em face 
dos preços, de três bens (A, B e C): 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 41/110 
A B C 
Preço Quant. Preço Quant. Preço Quant. 
10 0 2 100 3.5 100 
20 0 3 90 4 50 
30 5 4 60 4.5 10 
40 10 5 30 5 9 
50 30 6 5 5.5 8 
 
 Represente graficamente, para cada bem, os planos de compra deste agente. 
 
5. Um agente económico ordenou da seguinte maneira as suas preferências e indife-
rença quanto ao consumo de dois bens A e B. 
 
Preferência 1 Preferência 2 
A B A B 
50 10 60 20 
30 20 50 30 
25 30 30 45 
10 50 20 55 
5 70 15 60 
 
 Como designa as curvas que traduzem aquele comportamento? 
 
6. Considere uma economia com três consumidores do bem A. Nessa economia é a 
seguinte a relação entre preço e quantidade procurada desse bem A: 
 
Preço Ag. X Ag. Y Ag. Z 
10 10 0 0 
9 25 0 2 
7 40 0 4 
6 50 5 6 
5 60 6 9 
4 80 7 12 
3 100 9 16 
 
 Represente graficamente a curva da procura total. 
 
7. Porque razão é a curva da procura decrescente e não crescente? 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 42/110 
8. Suponha dois bens A e B. Considere as seguintes relações entre quantidades pro-
curadas e preços. 
 
Classifique os bens A e B em cada um daqueles possíveis casos [a), b) e c)]. 
 
9. Dê exemplos de bens substitutos e bens complementares. 
 
10. Suponha uma dada relação entre o preço de um bem A e a quantidade procura-
da desse bem. Aponte alguns factores que levem a alterar aquela relação. Nesta 
altura a hipótese ceteris paribus diz-lhe alguma coisa? 
 
11. Retome o exercício 6. e suponha: 
 a) o rendimento do agente X diminui 50% 
 b) o rendimento do agente Y aumentou 50% 
 c) a) e b) em conjunto. 
 Represente graficamente as consequências de a), b) e c). 
 
12. Suponha que o consumo de dois bens (A e B) absorve 80% do rendimento de um 
dado agente económico. Suponha que o preço de mercado do bem A duplicou. 
Exponha graficamente as consequências, desse aumento sobre a procura de A e 
de B. 
 
13. Em 12. considere agora que o preço de mercado de B passou para metade. 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 43/110 
14. Identifique os efeitos que acabou por considerar em 12. e 13.. Para considerar 
esses efeitos necessita da hipótese avançada (em 12.) de que o consumo daqueles 
bens constitui uma parte substancial do rendimento de um agente económico? 
 
15. Considere a representação seguinte da procura de um bem por parte de um indi-
víduo. 
 
Represente a nova curva da procura quando se registar: 
 a) aumento do rendimento do indivíduo; 
 b) aumento do preço de mercado de todos os outros bens que consome; 
 c) aumento da sua preferência por um bem substituto de A; 
 d) aumento do preço de um bem substituto de A. 
 
16. Regresse ao exercício 5. Suponha que o preço de A é de 10 u.m. e o de B de 20 
u.m.. Suponha ainda que o rendimento do agente é de 1100 u.m.. A escolha de 
10 unidades de A e de 50 de B, é racional? Porquê? 
 
17. Suponha que o quadro seguinte caracteriza o comportamento de um dado agente 
quanto ao consumo de dois bens, A e B. 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 44/110 
 Utilidade To-
tal 
Ut. Margi-
nal 
N. A B A B 
1 70 70 100 
2 135 95 
3 195 90 
4 250 82 
5 300 442 75 
6 507 45 
7 562 40 
8 607 35 
9 639 30 
10 659 20 
11 664 10 
12 ----- 2 ---- 
 
 a) Preencha as restantes casas do quadro apresentado. 
 b) Suponha que o preço de A é de 1 u.m. e o de B de 2 u.m.. 
i) o agente em questão seria racional ao escolher 
 1. 3 unidades de A e 4 unidades de B? 
 2. 4 unidades de A e 5 unidades de B? 
 3. 3 unidades de A e 3 unidades de B? 
 4. 5 unidades de A e 5 unidades de B? 
 5. 9 unidades de A e 8 unidades de B? 
ii) Nos casos afirmativos indique também o montante da despesa respectiva. 
 c) Suponha agora que o preço de A era de 2 u.m. e o de B de 3 u.m.. 
iii) Quais as quantidades de A e de B que deixariam satisfeito o agente se 
apenas se tratasse de consumir estes dois bens. Diga também qual o valor da 
utilidade total associado a esse(s) montante(s). 
iv) Se o seu orçamento fosse de 75 u.m. qual a situação de óptimo do consu-
midor? 
 
18. Considere a seguinte curva da procura de um bem por parte de um agente eco-
nómico: 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 45/110 
 
Quando o preço de mercado do bem passa de 2 u.m para 3 u.m.. 
a) A utilidade total que o agente retira das compras deste bem aumenta ou 
diminui? 
b) E a utilidade marginal? Porquê? 
c) Se pensássemos em termos, não do agente aqui tomado mas, do mercado, 
que se lhe oferecia dizer sobre o excedente do consumidor? 
 
19. Imagine que sobre o consumo de um dado bem é lançado um imposto por uni-
dade adquirida que o consumidor deverá pagar. Ou o que equivale ao mesmo, 
um imposto já existente sobre o consumo sofre um acréscimo. Admita a seguinte 
curva de procura P=30-1,5 Q. 
a. Suponha que por cada unidade adquirida o comprador vai ter de pa-
gar um imposto de 10 cêntimos. 
b. Suponha agora que o imposto é de 10% . 
Deduza as diferentes curvas da procura queo vendedor defronta e represente-as. 
 
20. Suponha que o seu gosto pelo desporto o leva a alugar o espaço de um ginásio 
para jogar futebol (andebol, basquetebol, ou outro desporto). Admita que a sua 
procura em termos de horas mensais pode ser representada por duas funções que 
se referem ao Pavilhão dos Olivais e ao Pavilhão Universitário e que mora pró-
ximo da Praça da República. 
a. Diga a que Pavilhão se referem as seguintes hipóteses: 
(H1) P=20-0,5 Q e (H2) P=15-0,5 Q. 
b. Qual o excedente do consumidor se o preço por hora de aluguer men-
sal for de 10€? 
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c. Ao ser introduzida uma mensalidade para uso do ginásio qual o seu va-
lor máximo no caso do uso de 16 horas mensais? 
21. Considere a seguinte curva da procura de um dado bem: P=11-1,1 Q. Admita 
que o preço de mercado é de 5 unidades (P=5). 
a. Calcule o excedente do consumidor associado à situação correspon-
dente a esse preço. 
b. Suponha que a partir de dada altura passou a existir um imposto de 
10% sobre as transacções desse bem. 
i. Calcule a nova quantidade adquirida por aquele consumidor. 
ii. Calcule o novo valor do excedente do consumidor. 
 
22. Distinga, dando pelo menos um exemplo, bem inferior de bem normal. 
 
23. Supondo que A é um bem normal, importante nas despesas de um dado agente 
económico, e B um bem inferior: 
a) Comente (e corrija se for caso disso) a seguinte afirmação: “o aumento do 
preço de A leva a aumentar a procura de B e a reduzir a procura de A !” 
b) Identifique a presença de um efeito substituição e de um efeito rendimento 
na observação feita em a). 
 
24. Suponha que uma família (numerosa) tem de despesas fixas por mês 40 000 Esc. e 
que para além disso gasta em consumo 80% do seu rendimento disponível men-
sal. 
 
25. Para os rendimentos disponíveis seguintes: (Esc.) 40000, 60000, 80000 e 100000 
a) Construa a curva do consumo desta família; 
b) Nesse mesmo gráfico represente os valores da poupança dessa família; 
c) Ainda para essa família calcule a propensão média a consumir e a propen-
são marginal a consumir; 
d) Qual a relação entre propensão marginal a consumir e a propensão mar-
ginal a poupar? Faça o mesmo raciocínio para a propensão média a consu-
mir e a poupar. 
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26. Que acontece à curva obtida acima quando: 
a) O rendimento disponível passa para 150 000 Esc.; 
b) Os impostos aumentarem, mantendo-se o rendimento bruto; 
c) Nascerem mais filhos; 
d) As despesas fixas passarem para 15 000 Esc.; 
e) A gasolina subir de preço, sendo o automóvel da famílias imprescindível e 
perseguido por ecologistas; 
f) A família antecipar um crescimento substancial dos seus rendimentos futu-
ros; 
g) O filho mais velho acertar no Totoloto. 
 
27. Represente uma curva de Consumo com propensão média a consumir decres-
cente e uma outra com propensão média a consumir constante. Dê exemplos de 
tipos de consumo que poderão ser representados por aquelas curvas. 
 
28. Considere as seguintes curvas A e B para uma dada economia. 
 
 
a) Comente o comportamento de uma daquelas curvas quanto à propensão 
marginal e média a consumir. 
b) Que acontecimentos poderão ter levado ao deslocamento de A para B? 
 
29. Comente as seguintes afirmações: 
- a moeda entesourada com vista a uma compra futura é poupança ! 
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- a compra de acções ou de obrigações é de facto um consumo, embora se tra-
te de um consumo de títulos de crédito ! 
 
30. Em seu entender a curva da oferta de um bem traduz o comportamento dos 
agentes que pretendem vender tendo em conta as preferências dos que preten-
dem comprar esse bem? 
 
31. Defina curva de oferta de um dado bem. Compare essa definição com a da curva 
da procura. 
 
32. Porque razão a curva da oferta é sempre crescente? Não poderá ser horizontal ou 
mesmo decrescente? Justifique a sua resposta. 
 
33. Considere que a curva da oferta do bem A se desloca para a direita. Que motivos 
podem ter levado a esse deslocamento? 
 
34. Suponha que os seguintes preços e quantidades representam o comportamento 
de um dado agente quanto a um bem: 
 P: 10 12 14 16 18 20 22 (u.m.) 
 Q: 100 100 100 100 100 100 120 (u. físicas) 
 Trata-se da procura ou da oferta? 
 
35. Defina isoquanta. Represente uma isoquanta quando está em presença de fac-
tores complementares e quando está em presença de factores substituíveis. 
 
36. Suponha as seguintes combinações de factores X e Y para a produção de um 
dado bem Z: 
 
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 A (Qz=10) B (Qz=15) C (Qz=20) 
 X Y X Y X Y 
I 10 150 10 200 10 250 
II 20 77 20 90 20 120 
III 30 40 30 50 30 75 
IV 40 15 40 20 40 30 
V 50 5 50 10 50 15 
VI 60 1 60 5 60 10 
 
 Suponha também que o preço de X é de 2 u.m. e o de Y de 3 u.m.. 
a) Situe-se na combinação B (30 de X e 50 de Y). Calcule a taxa marginal de 
substituição. Interprete os resultados que obteve; 
b) Supondo que essa unidade de produção deseja produzir 15 unidades de Z. 
Produzir Z com a utilização de 40 unidades de X e 20 u. de Y é racional? 
Porquê? (Compare com BV e BVI); 
c) Suponha agora que a unidade de produção tem um orçamento de 145 
u.m.. De entre as seguintes combinações (BIV), (AIV) ou (CV), qual escolhe-
ria? 
d) Considere agora uma redução do preço do bem Y de 3 u.m. para 1 u.m.. 
Qual a combinação mais favorável para produzir 15 u. de Z? Que alterações 
se registaram na produção como resultado daquela mudança de preço? 
 
37. Numa dada unidade de produção, se mantivermos constante o consumo de todos 
os factores de produção à excepção do factor V, obtemos os seguintes valores (co-
luna Hip. A) para a produção do bem Z: 
 
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Cons V Produção Hip. A Produção Hip. B 
1 10 8 
2 30 27 
3 60 60 
4 100 110 
5 150 170 
6 170 260 
7 180 360 
8 185 410 
9 190 440 
10 192.5 460 
11 193 470 
12 193.1 475 
13 193 470 
14 185 450 
 
a) Represente a função de produção em causa (Hip. A); 
b) Calcule o produto médio do factor V e o seu produto marginal (Hip. A); 
c) Suponha que o consumo de outros factores aumentou e em seguida man-
teve-se constante, e que a coluna Hip. B resume agora os novos valores da 
produção. Faça o mesmo que em b) para esta nova situação; 
d) Suponha que se situa em Hip. A, produzindo 100 unidades de Z. Suponha 
que agora passou a consumir 5 unidades de V e a produzir 170 unidades de 
Z. Como identifica a lei dos rendimentos decrescentes? 
e) Faça o mesmo que em d) mas partindo da produção de 190 unidades de Z 
e passando do consumo de 9 unidades de V para 10 unidades com o aumen-
to da produção para 460 unidades de Z. 
 
38. Suponha a seguinte relação entre um factor de produção (variável) X e o output a 
que dá origem (Y): 
 Y(1)= 53 - 1.17 X2 + 25.7 X 
a) Represente aquela função de X=0 a X=15. 
b) Obtenha a fórmula do produto médio de X e também do produto margi-
nal deste factor. 
c) Suponha que o consumo de outros factores de produção aumentou e que 
aquela relação entre Y e X vem agora: 
 Y(2) = 55 - 1.3 X2 + 28 X 
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como explicita agora a lei dos rendimentos decrescentes? 
 
39. Suponha a seguinte representação do mercado para o bem A: 
 
 
a) Comente as seguintesobservações: 
- ao preço de oito u.m. a oferta excede a procura e o preço aumenta; 
- para preços superiores a 10 u.m. a oferta vai satisfazer a procura; 
- ao preço de 15 u.m. não se venderá nenhuma unidade de bem A porque a 
oferta é superior à procura. 
b) Se em dada altura o preço do bem A for de 5 u.m., acha que é possível 
que se venham a transaccionar 100 unidades ao preço de 10 u.m.? 
 
40. Quais as influências na curva da oferta de um bem de: 
a) Aumento dos custos de produção; 
b) Avanços tecnológicos na sua produção; 
c) Acréscimo de impostos sobre a actividade de produção; 
d) Acréscimo da taxa do IVA; 
e) Redução substancial no número de empresas produtoras do bem. 
 
41. Considere que o mercado de um dado bem está em equilíbrio. Quais as conse-
quências nesse mercado de: 
a) Um deslocamento da curva da oferta para a direita; 
b) Um deslocamento da curva da procura para a direita; 
c) Um deslocamento da curva da oferta para a esquerda; 
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C.P. - 52/110 
e) Um deslocamento da curva da procura para a esquerda. 
 
42. Suponha que o bem B é complementar de A e que C é um bem substituto de A. 
Quais as consequências sobre as quantidades vendidas de A de: 
 a) Subida do preço do bem B? 
 b) Descida do preço do bem C? 
 
43. Comente a seguinte observação: “um crescimento simultâneo da oferta e da pro-
cura é logicamente impossível !” . 
 
44. Comente a afirmação: “as despesas com a promoção publicitária de um bem não 
fazem parte do custo total desse bem !”. 
 
45. Apresente uma definição de custos fixos e de custos variáveis. 
 
46. Comente a seguinte afirmação: “os encargos de uma empresa com um em-
préstimo obrigacionista não fazem parte dos custos fixos porque deixariam de ser 
pagos no caso de a empresa falir !”. 
 
47. Diga se fazem parte dos custos fixos ou dos custos variáveis, o pagamento: 
a) Dos vencimentos do quadros superiores administrativos; 
b) Das horas extraordinárias dos operários; 
c) Do seguro contra incêndio das instalações fabris; 
d) Das matérias-primas importadas legalmente; 
e) Das matérias-primas compradas no mercado negro. 
 
48. Suponha as seguintes informações sobre os custos da produção do bem A: 
 
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Produto Custo Total Custo Médio Acesc. C T Custo Marg. 
0 1000 
2 1200 600 200 100 
4 1400 350 200 100 
6 1600 200 100 
8 1800 
10 2010 
12 2230 220 
14 2490 
16 2810 175.625 
18 3250 
20 4050 
 
a) Preencha convenientemente o quadro acima; 
b) Qual o montante dos custos fixos ali considerados? 
c) Compare o comportamento dos custos fixos médios com o comportamen-
to dos custos variáveis médios; 
d) A curva dos custos médios é sempre crescente ou sempre decrescente? Jus-
tifique a sua resposta; 
e) Para o produto até 10 unidades o custo variável médio é o mesmo que o 
custo marginal? Em seu entender isso deve-se ao facto de o custo variável 
médio ser constante até esse nível de produção? 
f) Faça a representação gráfica do custo marginal, do custo médio e do custo 
variável médio. Comente o gráfico obtido. 
 
49. Os custos que acabámos de estudar são custos de curto prazo ou de longo prazo? 
 
50. Em geral, as instalações e o restante equipamento das unidades de produção são 
considerados constantes ou variáveis por forma a responderem à procura? 
 
51. Quando as unidades de produção procuram maximizar o lucro escolhendo para 
tal a dimensão das instalações e o equipamento apropriado, estamos na situação 
de curto ou de longo prazo? 
 
52. Na construção da curva do custo médio de longo prazo supomos que a empresa 
conhece o custo médio mais baixo de cada nível do produto associado a dife-
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 54/110 
rentes dimensões da produção e independentemente das variações futuras da sua 
própria dimensão e de alterações futuras nos preços dos inputs. Faça um gráfico 
representando esta nova curva e a curva de curto prazo. Comente o comporta-
mento das curvas presentes nesse gráfico. 
 
53. Na construção daquela curva de longo prazo podemos supor que a empresa des-
conhece a curva do custo médio associado às diversas dimensões que ela própria 
poderá tomar? 
 
54. Se estivermos num período de forte crescimento dos preços com (a) alterações dos 
preços relativos [(b) ausência de alterações de preços relativos] pode construir a 
curva dos custos de longo prazo? Comente a sua resposta (em a) e b)). 
 
55. Na curva dos custos médios de longo prazo procure identificar a zona de ren-
dimentos de escala crescentes com a zona de rendimentos de escala decrescentes. 
 
56. As curvas de oferta de curto prazo são idênticas às curvas de oferta de longo pra-
zo? 
 
57. Dê exemplos de economias externas. Comente os exemplos que deu. 
 
58. Porque razão os custos de oportunidade devem ser tomados em consideração no es-
tudo dos custos das empresas. Procure dar um exemplo. 
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C.P. - 55/110 
 
A Presença do Estado na Vida Económica 
 
O papel do Estado. Intervenção do Estado na economia capitalista. Actuação eco-
nómica e financeira regular do Estado. Diferenças na importância da sua interven-
ção regular. 
 
1. Na sua opinião as ideias e os movimentos sociais poderão influenciar o papel 
económico atribuído ao Estado nas sociedades capitalistas? Dê um exemplo 
(construído por si) de cada um daqueles casos. 
 
2. Tenha em conta o Quadro abaixo (Quadro II.17 e II.23 do Relatório do Banco 
de Portugal para 1984 e 1985, respectivamente). Diga quais dos seguintes factores 
poderão ter contribuído para aquelas diferentes evoluções: 
- influência de eleições nos comportamentos dos Governos 
- diferente incidência dos custos da energia 
- tendência para crescente liberalização de preços 
- políticas diferentes de rendimentos 
- má situação económica e financeira de empresas públicas 
- evolução diferente da inflação no exterior e na nossa economia 
Procure justificar as suas respostas. 
 
I.P.C. - % variação - 
 Total s/hab Preços 
Administrados 
Preços não Administrados 
1981 20.0 23.8 19.0 
1982 22.4 25.0 21.7 
1983 25.5 32.4 23.7 
1984 29.3 29.0 29.4 
1985 19.3 23.4 18.1 
 
3. De acordo com os objectivos atribuídos aos Planos na C.R.P., que o tipo de Esta-
do que caracterizam? 
 
Introdução à Economia - Caderno Prático 
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C.P. - 56/110 
4. Diga o que se entende por Lei de Wagner. Aponte algumas razões para que a Lei de 
Wagner tenha resistido à evolução dos tempos? 
 
5. Defina bens colectivos e dê exemplos. Aplique a estes exemplos aquelas carac-
terísticas. 
 
6. Aponte duas razões, relevantes do ponto de vista económico, para que o Estado 
intervenha na economia. 
 
7. Aponte dois exemplos de exterioridades e dê exemplos de como os custos e proveitos 
privados se poderão aproximar dos custos e proveitos sociais. 
 
8. A imposição em Londres, no Século XIX, de construir paredes separadoras das 
casas em pedra, e não em madeira, parece-lhe uma intromissão indevida do Es-
tado na liberdade individual? 
 
9. Diz-se, por vezes, que o Estado também intervém na economia devido à insta-
bilidade das economias capitalistas. Que se pretende caracterizar com esse concei-
to de estabilidade? 
 
10. Explique, exemplificando, como podem os Impostos actuar sobre a utilização dos 
recursos e a repartição dos rendimentos na economia? 
 
11. Faça o mesmo que em 9. para as Despesas. 
 
12. O que é o Orçamento do Estado? Que pretende o Governo, em geral, obter

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