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CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MINAS GERAIS – UEMG FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS ENGENHARIA Prof. Me. Luiz Elpídio de Melo Machado 2016/1 www.aprendermais.net.br CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br FUNÇÕES DE VÁRIAS VARIÁVEIS 1 – Introdução Muitas grandezas dependem de mais de uma variável: a quantidade de alimento produzida depende de quantidade de chuva e da quantidade de fertilizante usada; a taxa de uma reação química depende da temperatura e da pressão do ambiente em que se processa; a intensidade da atração gravitacional entre dois corpos depende de suas massas e da distância que os separa; a taxa de matéria ejetada numa explosão vulcânica que cai num lugar depende da distância ao vulcão e do tempo decorrido desde a explosão. Cada exemplo envolve uma função de duas ou mais variáveis. Uma função de duas variáveis pode ser representada graficamente, numericamente por uma tabela de valores, ou algebricamente por uma fórmula. Suponha que se queira obter um empréstimo para comprar um carro é necessário calcular quanto se deve pagar por mês; isto dependerá tanto da quantidade de dinheiro emprestada, do tempo de quitação do empréstimo quanto da taxa de juro. Estas quantidades podem variar separadamente: o valor do empréstimo pode variar e a taxa de juro e o tempo podem permanecer constantes, ou a taxa de juro pode mudar enquanto a quantia emprestada e o tempo permanecem constantes. Para calcular o pagamento mensal você precisa conhecer estes valores. Se o pagamento mensal é PR$ , a quantia emprestada é CR$ , o tempo de quitação t e a taxa de juros é %i , então exprimimos o valor de P em função de C , t e i escrevendo: ( )itCPP ,,= . É exatamente semelhante à notação para função de uma variável. A variável P chama-se a variável dependente e as variáveis C , t e i se dizem independentes. A função para calcular o valor da prestação a ser paga trinta dias após o contrato do empréstimo é definida por ( ) ( ), , 1 1C t i t CiP i − = − + onde C é dão em $R , i em am% e t em meses. Exemplo Ex.-1 Calcule o valor da prestação de um empréstimo de R$5.000,00, nas condições dadas: mesest 24,18,12,6= e ami %5,4,3,2= , pela função ( ) ( ) tit i iP −+− = 11 5000 , . • Para mesest 6= e ami %2= , ( ) ( ) $63,892112029,0 100 887971,01 100 02,011 02,05000 62,6 RP == − = +− × = − • Para mesest 6= e ami %3= ( ) ( ) $99,922162516,0 150 837484,01 150 03,011 03,05000 63,6 RP == − = +− × = − • Para mesest 6= e ami %4= ( ) ( ) $81,953209685,0 200 790315,01 200 04,011 04,05000 64,6 RP == − = +− × = − • Para mesest 6= e ami %5= ( ) ( ) $09,985253785,0 250 746215,01 250 05,011 05,05000 65,6 RP == − = +− × = − CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br • Para mesest 12= e ami %2= ( ) ( ) $80,472211507,0 100 788493,01 100 02,011 02,05000 122,12 RP == − = +− × = − • Para mesest 12= e ami %3= ( ) ( ) $31,502298620,0 150 701380,01 150 03,011 03,05000 123,12 RP == − = +− × = − • Para mesest 12= e ami %4= ( ) ( ) $76,532375403,0 200 624597,01 200 04,011 04,05000 124,12 RP == − = +− × = − • Para mesest 12= e ami %5= ( ) ( ) $13,564443162,0 250 556837,01 250 05,011 05,05000 125,12 RP == − = +− × = − • Para mesest 18= e ami %2= ( ) ( ) $51,333299841,0 100 700159,01 100 02,011 02,05000 182,18 RP == − = +− × = − • Para mesest 18= e ami %3= ( ) ( ) $54,363412605,0 150 587395,01 150 03,011 03,05000 183,18 RP == − = +− × = − • Para mesest 18= e ami %4= ( ) ( ) $97,394506372,0 200 493628,01 200 04,011 04,05000 184,18 RP == − = +− × = − • Para mesest 18= e ami %5= ( ) ( ) $73,427584479,0 250 415521,01 250 05,011 05,05000 185,18 RP == − = +− × = − • Para mesest 24= e ami %2= ( ) ( ) $36,264378279,0 100 621721,01 100 02,011 02,05000 242,24 RP == − = +− × = − • Para mesest 24= e ami %3= ( ) ( ) $24,295508066,0 150 491934,01 150 03,011 03,05000 243,24 RP == − = +− × = − • Para mesest 24= e ami %4= ( ) ( ) $93,327609878,0 200 390112,01 200 04,011 04,05000 244,24 RP == − = +− × = − • Para mesest 24= e ami %5= ( ) ( ) $35,362689932,0 250 310068,01 250 05,011 05,05000 243,24 RP == − = +− × = − CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br P t 6 12 18 24 %i 2 892,63 472,80 333,51 264,36 3 922,99 502,31 363,54 295,24 4 953,81 532,76 394,97 327,93 5 985,09 564,13 427,73 362,35 Ex.-2 Seja R uma região retangular, o valor do momento de Inércia, desta região, em relação ao eixo X é calculado pela expressão 3 12X b hI = . Veja a representação da região R e do eixo X abaixo. Calcule o valor do Momento de Inércia para 10,11,12,13b = cm e 15,16,17,18h = cm, pela função ( ) 3 , 12X b h b hI = . • Para 10=b e 15=h temos ( ) 4 3 15,10 5,812.212 750.33 12 1510 cmI X == × = • Para 10=b e 16=h temos ( ) 4 3 16,10 33,413.312 960.40 12 1610 cmI X == × = • Para 10=b e 17=h temos ( ) 4 3 17,10 17,094.412 130.49 12 1710 cmI X == × = • Para 10=b e 18=h temos ( ) 4 3 18,10 860.412 320.58 12 1810 cmI X == × = • Para 11=b e 15=h temos ( ) 4 3 15,11 75,093.312 125.37 12 1511 cmI X == × = • Para 11=b e 16=h temos ( ) 4 3 16,11 67,754.312 056.45 12 1611 cmI X == × = • Para 11=b e 17=h temos ( ) 4 3 17,11 83,503.412 043.54 12 1711 cmI X == × = • Para 11=b e 18=h temos ( ) 4 3 18,11 346.512 152.64 12 1811 cmI X == × = • Para 12=b e 15=h temos ( ) 4 3 15,12 375.312 500.40 12 1512 cmI X == × = CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br • Para 12=b e 16=h temos ( ) 4 3 16,12 096.412 152.49 12 1612 cmI X == × = • Para 12=b e 17=h temos ( ) 4 3 17,12 913.412 956.58 12 1712 cmI X == × = • Para 12=b e 18=h temos ( ) 4 3 18,12 832.512 984.69 12 1812 cmI X == × = • Para 13=b e 15=h temos ( ) 4 3 15,13 25,656.312 875.43 12 1513 cmI X == × = • Para 13=b e 16=h temos ( ) 4 3 16,13 33,437.412 248.53 12 1613 cmI X == × = • Para 13=b e 17=h temos ( ) 4 3 17,13 42,322.512 869.63 12 1713 cmI X == × = • Para 13=b e 18=h temos ( ) 4 3 18,13 318.612 816.75 12 1813 cmI X == × = XI 4cm b (cm) 10 11 12 13 h (cm) 15 2.812,50 3.093,75 3.375,00 3.656,25 16 3.413,33 3.754,67 4.096,00 4.437,33 17 4.094,17 4.503,83 4.913,00 5.322,42 18 4.860,00 5.346,00 5.832,00 6.318,00 Exercício: E-1. Seja R uma região retangular, o valor do momento de Inércia,desta região. em relação ao eixo Y é calculado pela expressão 3 12Y b hI = . Veja a representação da região R e do eixo Y abaixo. Calcule o valor do Momento de Inércia quando 15,16,17,18b = e 21, 22, 23,24h = , pela função ( ) 3 , 12Y b h b hI = . CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Respostas R - 1 XI b 15 16 17 18 h 20 25,906.5 00,168.7 75,597.8 00,206.10 21 50,187.6 33,509.7 16,007.9 00,692.10 22 75,468.6 66,850.7 58,416.9 00,178.11 23 00,750.6 00,192.8 00,826.9 00,664.11 2 – Valor numérico Exemplo: Ex.-3 Seja f a função definida por ( ) 22, +++= yxyxf yx . Calcule ( )0,0f , ( )2,1f , ( )1,2f . ( ) 220000 2 0,0 =++×+=f ( ) 9242122211 2 2,1 =+++=++×+=f ( ) 7212221122 2 1,2 =+++=++×+=f Ex.-4 Seja f a função definida por ( ) zyyzxf zyx 323,, −+−= . Calcule ( )1,0,2−f , ( )1,2,1 −f , ( )2,1,1−f . ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 113008130102 231,0,2 −=−+−−=×−+×−−=−f ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 43221132121 231,2,1 =++−=−×−+−×−=−f ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 106141231211 232,1,1 −=−+−−=×−+×−−=−f Exercícios: E-2. Seja ( ) 432, −+= yxf yx . Calcule ( )0,0f , ( )1,0f , ( )2,1f e ( )1,2 −f . E-3. Seja ( ) 22 , 2 yxg yx −= . Calcule ( )2,1g , ( )1,2g , ( )1,1g , ( )1,1−g e ( )1,2 −g . E-4. Seja ( ) yx yxh yx − + = , . Calcule ( )1,0h , ( )1,1 −h , ( )1,2h e ( )pipi ,−h , ( )3,3h E-5. Seja ( ) 23, ++= sttsg ts . Calcule ( )2,1g , ( )1,2g , ( )4,0g e ( )9,4g . CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br E-6. Seja ( ) . 22 , yx yx xyef += Calcule ( )0,0f , ( )1,0f , ( )1,1f e ( )1,1 −−f . E-7. Seja ( ) sttsh ts lnln, += . Calcule ( )eh ,1 , ( )1,eh e ( )eeh , . E-8. Seja ( ) ts tsr reg = ,, . Calcule ( )1,1,1g , ( )1,0,1g e ( )1,1,1 −−−g . Respostas R - 2 a) 4− ; b) 1− ; c) 4 ; d) 3− R - 3 a) 2− ; b) 7 ; c) 1; d) 1; e) 7 R - 4 a) 1− ; b) 0 ; c) 3 ; c) 0 ; e) ∃ R - 5 a) 24,8234 =+ ; b) 41,928 =+ ; c) 2 ; d) 56 . R - 6 a) 0 ; b) 0 ; c) 39,72 =e ; d) 39,72 =e . R - 7 a) 1; b) 1; c) 44,52 =e . R - 8 a) e ; b)1; c) e− . 2 – Funções de duas variáveis Apesar de que vamos lidar com funções de várias variáveis, a maioria das nossas definições e resultados serão enunciadas em termos de uma função de duas variáveis. A razão para adotar este tipo de procedimento, como veremos em breve, é que existe uma interpretação geométrica para este caso especial, o que serve como importante auxilio visual. Poderemos então nos beneficiar da experiência adquirida pelo estudo de duas variáveis para ajudar a entender os conceitos e resultados relacionados ao caso mais geral, que nada mais será do que uma extensão do caso de duas dimensões. Uma função de duas variáveis, f , consiste em • Um conjunto A de pares ordenados de números reais ( )yx , chamados de domínio da função. • Uma regra que associa cada par ordenado no domínio de f um único número real, denotado por ( )yxfz ,= . As variáveis x e y são chamadas de variáveis independentes e a variável z, que dependente dos valores de x e y, é chamada de variável dependente. Como no caso de uma função real de uma variável, o numero ( )yxfz ,= é chamado de valor de f no ponto (x, y). E, a menos que seja especificado, o domínio da função f será tomado como o maior conjunto possível para o qual a regra que define f faz sentido. 4 – Domínio de função de duas variáveis CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Como no caso de uma função real de uma variável, o numero ( )yxfz ,= é chamado de valor de f no ponto ( ),x y . A menos que seja especificado, o domínio da função f será tomado como o maior conjunto possível para o qual a regra que define f faz sentido. Exemplo Ex.-5 Determine e represente o domínio de cada uma das seguintes funções a) ( ) 22, yxf yx += Condição de existência - Não há Restrição – Não há, portanto, o domínio é 2RD = . b) ( ) 22, 1 yx f yx += Condição de existência 022 ≠+ yx Restrição 00 ≠≠ youx Domínio ( ){ }00, 2 ≠≠∈= youxRyxD c) ( ) 1 1 22, ++ = yx f yx Condição de existência 0122 ≠++ yx Restrição 122 −≠+ yx Não há restrição Portanto o Domínio é 2RD = . d) ( ) 1 1 22, −+ = yx f yx Condição de existência 0122 ≠−+ yx Restrição 122 ≠+ yx Domínio ( ){ }1, 222 ≠+∈= yxRyxD CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br e) ( ) 22, 1 yx f yx = Condição de existência Restrição 00022 ≠≠⇒≠ yexyx ( ){ }00, 2 ≠≠∈= yexRyxD f) ( ) yx g yx − = 2 , Condição de existência 0≠− yx Restrição yx ≠ Domínio ( ){ }yxRyxD ≠∈= 2, g) ( ) 22 , 1 yxh yx −−= Condição de existência 01 22 ≥−− yx Restrição ( ) 2 2 2 2 2 2 1 0 1 1 1 x y x y x y − − + ≥ − − ≥ − × − + ≤ Domínio ( ){ }2 2 2, 1D x y R x y= ∈ + ≤ h) ( ), 2 2 1 4 x yf x y = + − Condição de existência 2 2 2 2 4 0 4 x y x y + − > + > Restrição 422 >+ yx ( ){ }2 2 2, 4D x y R x y= ∈ + > Exercícios CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Determine e represente o domínio das funções: E-9. ( ) yxf yx 32, += E-10. ( ) yx f yx 32 1 , + = E-11. ( ) yxf yx −= 2, E-12. ( ) yx f yx − = 2 1 , E-13. ( ) 222 ,, zyxg zyx ++= E-14. ( ) yzxf zyx += 3 ,, E-15. ( ), , 2 2 2 1 x y zg x y z = + + E-16. ( ), , 2 2 2 1 9x y z g x y z = + + − E-17. ( ) rsg sr =, E-18. ( ),r sg r s= + E-19. ( ),r sg r s= + E-20. ( ) 3 , yxf yx += E-21. vu uv vuh − =),( E-22. uv vu vuh −=),( E-23. )5ln(),( −+= yxyxh E-24. )ln(),( 2 yxyxh += E-25. 224),( vuvuh −−= Respostas R - 9 2RD = R - 10 ( ){ }032, 2 ≠+∈= yxRyxD R - 11 2RD = R - 12 ( ){ }xyRyxD 2, 2 ≠∈= R - 13 3RD = CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 14 3RD = R - 15 ( ){ }3, , 0 0 0D x y z R x ou y ou z= ∈ ≠ ≠ ≠ R - 16 ( ){ }3 2 2 2, , 9D x y z R x y z= ∈ + + ≠ R - 17 ( ){ }0, 2 ≥∈= rsRsrD R - 18 ( ){ }2, 0D r s R r s= ∈ + ≥ R - 19 ( ){ }2, 0 0D r s R r e s= ∈ ≥ ≥ R - 20 2RD = R - 21 ( ){ }vuRvuD ≠∈= 2, R - 22 ( ){ }00, 2 ≠≠∈= veuRvuD R - 23 ( ){ }5, 2 >+∈= yxRyxD R - 24 ( ){ }0, 22 >+∈= yxRyxD R - 25 ( ){ }4, 222 ≤+∈= vuRvuD 5 – Aplicação Exemplo Ex.-6 A companhia Telcsom fabrica um sistema de caixas de som portáteis que pode ser completamente montada ou na forma de kit. As equações de demanda que relacionam os preços unitários xp e yp , com quantidades semanais de x e y das versões montadas ou kit do sistema de caixas de som, são dadas por yxpx 8 1 4 1300 −−= e yxp y 8 3 8 1240 −−= a) Qual a função receita total semanal ( )yxR , ? =x quantidade de caixas de som montada =y quantidade de caixas de som na forma de kit ( ) yxyx ypxpR +=, ( ) −−×+ −−×= yxyyxxR yx8 3 8 1240 8 1 4 1300 , ( ) 22 , 8 3 8 1240 8 1 4 1300 yxyyxyxxR yx −−+−−= ( ) yxxyyxR yx 2403004 1 8 3 4 1 22 , ++−−−= CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br b) Determine o domínio da função ( )yxR , . Condições de existência quantidade 0≥ 0 0x e y≥ ≥ preço 0≥ 1 10 300 0 2 2400 4 8 1 30 240 0 3 1920 8 8 x y p x y x y p x y x y ≥ ⇒ − − ≥ ⇒ + ≤ ≥ ⇒ − − ≥ ⇒ + ≤ ( ){ }19203;24002;0;0, 2 ≤+≤+≥≥∈= yxyxyxRyxD c) Represente geométrica do domínio da função ( )yxR , . Exercício E-26. A firma Country Workshop fabrica mobília domestica com ou sem acabamento. Estima-se que a demanda semanal de suas escrivaninhas nas versões com e sem acabamento é de x e y unidades quando os preços unitários correspondentes são yxpeyxp yx 4 1 10 1160 10 1 5 1200 −−=−−= dólares, respectivamente. a) Qual é a função receita total semanal R(x, y)? b) Determine o domínio da função R. c) Faça a representação geométrica do domínio. E-27. Para a função total R(x, y) do exercício anterior calcule R(100,60) e R(60,100). Interprete os resultados. E-28. Uma Companhia publica uma edição de luxo e uma edição padrão para seu dicionário de inglês. A gerência da companhia estima que o número de dicionários de luxo demandado é de x exemplares/dia, e o número de dicionários padrão demandado é de y exemplares/dia quando os preços unitários são yxpeyxp yx 003,0001,015001,0005,020 −−=−−= reais, respectivamente. a) Determine a função receita total R(x, y). b) Determine o domínio da função R. c) Faça a representação geométrica do domínio. E-29. Para a função receita total R(x, y) do exercício anterior calcule R(300, 200) e R(200,300) e interprete seus resultados. E-30. Um estudo sobre lucro com incêndios criminosos foi conduzido por uma equipe de especialistas civis e detetives da policia indicados pelo prefeito de uma grande cidade. Descobriu-se o número de incêndios suspeitos naquela cidade CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br em 1992 era estreitamente relacionado à concentração de inquilinos nas moradias públicas de cidade, bem como ao nível de reinvestimento da área em hipotecas convencionais pelos dez maiores bancos. De fato, número de incêndios era muito bem aproximado pela fórmula 2 2 1 2 )2,05( )03,01000(100),( y yxyxN + + = onde 35)y5 ;1500( ≤≤≤≤ x Onde x denota o número de pessoas/contagem de censo e y denota o nível de reinvestimento na área em centavos/reais depositado. Usando esta fórmula, estime o número total de incêndio suspeitos nos distritos da cidade onde a concentração de inquilinos de moradias públicas era de 100 pessoas/contagem de censo e o nível de reinvestimento era de 20 centavos/real depositado. E-31. Se um capital de C reais é depositado numa conta que rende juros à taxa de aai% continuamente compostos, então o montante ao final t anos é dado por ( ) ti tiC CefM == ,, reais. Determine o montante ao final de 3 anos se uma quantia de R$ 10.000,00 é depositada numa conta que rende à taxa de 10%/ano. E-32. A prestação mensal que amortiza em empréstimo de E reais em t anos, quando a taxa de juros é de i ao ano, é dada por ( ) +− == − ttiE i EifP 12,, 12 1112 a) Qual é a prestação mensal para uma hipoteca de R$100.000,00 que será amortizada ao longo de 30 anos com uma taxa de 8%/ano? E com uma taxa de 10%/ano? b) Determine a prestação mensal para uma hipoteca de R$ 100.000,00 que será amortizada ao longo de 20 anos com uma taxa de juros de 8% ano. E-33. Suponha que um indivíduo contraia um empréstimo de E reais num banco para comprar uma casa. Se a taxa de juros cobrada é de aai% e o empréstimo deve ser amortizado em t anos, então a reposição de principal ao final de m meses, ou seja, seja a amortização denotada por B será calculada por ( ) 12t)m(0 1 12 1 1 12 1 12,,, ≤≤ − + − + == t m mtiE i i EfB Suponha que os sócios de uma empresa tomem emprestado de um banco a quantia de R$ 80.000,00 para ajudá-los a financiar a compra de uma casa e o banco lhes cobra uma taxa de juros de 9%/ano. Se os sócios concordaram em pagar o empréstimo em prestações mensais iguais ao longo de 30 anos, quanto eles deverão ao banco após o 60o pagamento (5 anos)? E após o 240o pagamento (20 anos)? E-34. Fórmula de Wilson para tamanho de lotes. Em economia, a fórmula de Wilson para tamanho de lotes afirma que a quantidade ótima Q de bens que uma loja deve encomendar é dada por ( ) h CNfQ hNC 2;; == onde C é o custo de se fazer uma encomenda, N é o número de produtos que a loja vende por semana, e h é o custo semanal de armazenamento para cada produto. Determine o numero mais econômico de bicicletas de 10 velocidades CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br que a loja pode encomendar se ela tem um custo de R$20,00 para fazer a encomenda, R$ 5 para guardar a bicicleta por uma semana, e espera vender 40 bicicletas por semana. Respostas R - 26 a) ( ) yxxyyxR yx 1602005 1 4 1 5 1 22 , ++−−−= ; b) ( ) ≥≥≥++−−−∈= 0,0,0160200 5 1 4 1 5 1 , 222 yxyxxyyxRyxD . c) R - 27 ( ) 00,500.25$60,100 RR = e ( ) 00,580.23$100,60 RR = R - 28 a) ( ) yxxyyxR yx 1520002,0003,0005,0 22, ++−−−= , b) ( ){ }0,0,01520002,0003,0005,0, 222 ≥≥≥++−−−∈= yxyxxyyxRyxD . c) R - 29 ( ) 00,310.8$200,300 RR = e ( ) 00,910.7$300,200 RR = R - 30 ( ) incêndiosN 29,10320,100 = R - 31 ( ) 59,498.13$3;1,0;000.10 RM = R - 32 a) ( ) 76,733$30;08,0;000.100 RA = e ( ) 19,877$30;1,0;000.100 RA = , b) ( ) 44,836$20;08,0;000.100 RA = CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 33 Para 60 meses 11,704.76$R e para 240 meses 62,814.50$R R - 34 18 produtos. 6 – Gráficos de funções de duas variáveis Para esboçar uma função de duas variáveis, precisamos de um sistema de coordenadas tridimensional. Isto pode ser prontamente construído acrescentando um terceiro eixo ao sistema de coordenados cartesianas ao plano de tal maneira que os três eixos resultantes são mutuamente perpendiculares, interceptando-se em O. Observe que, por construção, os zeros das três escalas numéricas coincidem com a origem do sistema de coordenadas cartesianas tridimensional Um ponto no espaço tridimensional pode agora ser univocamente representado neste sistema de coordenadas por um a tripla ordenada de números (x, y, z) e, reciprocamente, cada tripla ordenada de números reais (x, y, z) representa um ponto no espaço tridimensional. As figuras abaixo mostram um ponto qualquer no espaço e o ponto (2, 3, 5). Agora, se f(x, y) é uma função de duas variáveis x e y, o domínio de f é um subconjunto do plano x-y. Seja z = f(x, y) de forma que exista um único ponto (x, y, z) ≡ (x, y, f(x, y)) associado a cada ponto (x, y) no domínio de f. A totalidade destes pontos constitui o gráfico da função f é, exceto para certos casos específicos, uma superfície tridimensional. Quando interpretamos o gráfico de uma função f(x, y), pensamos frequentemente que o valor z = f(x, y) da função no ponto (x, y) é a “altura” do ponto (x, y, z) no gráfico de f. Se f(x, y) >0, então o ponto (x, y, z) está f(x, y) unidades acima do plano x-y. Se f(x, y) < 0, então o ponto (x, y, z) está |f(x, y)| unidades abaixo do plano xy. y x z Sistema de coordenadas cartesianas no espaço tridimensional y x z x y z P(x, y, z) Um ponto no espaço tridimensional y x z 2 3 5 P(2, 3, 5) Ponto (2, 3, 5) no espaço tridimensional CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Em geral é bastante difícil desenhar o gráfico de uma função de duas variáveis. Certas técnicas foram desenvolvidas, no entanto, para nos permitir gerar com um mínimo de esforço, usamos um computador. A figura abaixo mostra alguns gráficos gerados por computador. z = sin(2x)cos(y) (-3.20,3.20,-1.02) (3.20,-3.20,1.02) z = x^2+y^2 (-4.08,4.08,-0.32) (4.08,-4.08,32.32) Figura 1 - ( ) ( ) ( )ysenxsenf yx 2, = Figura 2 - ( ) 22, yxf yx += Exercício Faça a representação gráfica das seguintes funções: E-35. ( ) 22 , yxf yx −= E-36. ( ) 2 2 3 , xy xf yx −= E-37. ( ) ( )1ln 22, ++= yxf yx E-38. ( ) 22 , yxf yx += E-39. ( ) 2 , y yx xef = E-40. ( ) 22 , y yx exf = E-41. ( ) 22 , yx yx ef += E-42. ( ) ( )12 , 22 ++ = yx yx ef Resposta R - 35 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 36 R - 37 R - 38 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 39 R - 40 R - 41 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 42 7 – Curva de nível Como mencionamos anteriormente, em geral é difícil esboçar o gráfico de uma função de duas variáveis e, portanto, não iremos desenvolver um procedimento sistemático para esboçá-lo. Ao invés disto, vamos descrever um método que é usado para construir mapas topográficos. Este método é realmente fácil de ser aplicado e fornece informações suficientes para termos uma idéia de como deve ser o gráfico da função. A figura 3 representa a distribuição da temperatura C0 e a figura 4 a precipitação pluvial em mm em ambas é usando curva de nível. Figura 3: acessado em http://climatempo.click21.com.br/espelho.php?pc= click21&pg=mapatempo acessado em 12/02/2008. CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Figura 4: Precipitação observada (mm) – 09/02/2008. Fontes de dados: CPTEC/INPD, INMET, FUNCEME/CE AESA/PB EMPARN/RN, ITEP/PE, FUNCEME/CE, DHME/PI, CMRH/SE, SEMARH/DHN/SEMARH/BA, CEMIG-SIMGE/MG, SEAG/ES, SIMPAR/PR, CIRAM/SC, IAC/SP. Acessado em http://www.cptec.inpe.br/clima/monit/monitor_brasil.shtml acessado em 12/02/2008. Suponha que ( )yxf , é uma função de duas variáveis x e y. Se c é algum valor da função f , então a equação ( ) cf yx =, descreve uma curva situada no plano cz = chamada de traço do gráfico de f no plano cz = . Se este traço for projetado no plano yx − , a curva resultante no plano yx − é chamada de curva de nível. Desenhando as curvas de nível correspondentes a vários valores de c , obtemos um mapa de contornos. Por construção, todo ponto em uma curva particular de nível corresponde a um ponto na superfície ( )yxfz ,= que está a uma certa distância fixa do plano yx − . Assim, elevando ou rebaixando imaginariamente as curvas de nível que compõe o mapa de contorno, é possível obter uma idéia do formato genérico da superfície representada pela função f . Exemplo Ex.-7 Esboce um mapa de contornos da função ( ) xyf yx =, para 2,1,0,1,2 −−=c . CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Ex.-8 Esboce um mapa de contornos da função ( ) 22 , yxf yx += para 16,9,4,1,0=c . Ex.-9 Esboce um mapa de contornos da função ( ) yxf yx −= 2 , para 2,1,0,1,2 −−=c . Exercícios CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Nos exercícios abaixo, esboce as curvas de nível da função correspondentes aos valores dados de c . E-43. ( ) yxf yx 32, += ; 2,1,0,1,2 −−=c . E-44. ( ) xyf yx =, ; 4,2,2,4 −−=c . E-45. ( ) 22 , 16 yxf yx −−= ; 4,3,2,1,0=c . E-46. ( ) 22 , 16 yxf yx −−= ; 16,12,7,0,9,20 −−=c . E-47. ( ) V nRTP TV =, (suponha 2=nR ) 3,2,1,2 1 , 3 1 =P Resposta R - 43 R - 44 R - 45 R - 46 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 47 8 – Derivadas parciais 8.1 – Taxa média de variação parcial determinada numericamente A função de duas variáveis tem duas taxas de variação: uma quando x varia (com y mantido constante) e uma quando y varia (com x mantido constante). • Taxa média de variação em relação à variável x em ( )1 1,x y ( ) ( ) ( )2 1 1 1, ,1 1 2 1 , x y x yf ff x y x x x −∆ = ∆ − • Taxa média de variação em relação à variável y em ( )1 1,x y ( ) ( ) ( )1 2 1 1, ,1 1 2 1 , x y x yf ff x y x y y −∆ = ∆ − yyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy Ex.-10 Veja a tabela do valor da prestação de um empréstimo de R$5.000,00. P t 6 12 18 24 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br %i 2 892,63 472,80 333,51 264,36 3 922,99 502,31 363,54 295,24 4 953,81 532,76 394,97 327,93 5 985,09 564,13 427,73 362,35 a) Calcule a taxa de variação do preço P na direção de t no ponto ( )4,12 . ( ) ( ) ( ) mêsR PP t P $97,22 6 76,53297,394 1218 4,12 4,124,18 −=−= − − = ∆ ∆ b) Calcule a taxa de variação do preço P na direção de i no ponto ( )4,12 . ( ) ( ) ( ) %$37,31 1 76,53213,564 45 4,12 4,125,12 R PP i P = − = − − = ∆ ∆ c) Calcule a taxa de variação do preço P na direção de t no ponto ( )3,18 . ( ) ( ) ( )24,3 18,3 295,24 363,5418,3 11,38 $ 24 18 6 P PP R mês t −∆ − = = = − ∆ − d) Calcule a taxa de variação do preço P na direção de i no ponto ( )3,18 . ( ) ( ) ( )18,4 18,3 394,97 363,5418,3 31,43 $ % 4 3 1 P PP R i −∆ − = = = ∆ − Exercício E-48. A tabela abaixo refere-se a distribuição de temperatura em uma placa fina retangular. No canto superior direito está a origem do plano yx − . )( 0CT )(mx 0 1 2 3 4 5 )(my 0 85 90 110 135 155 180 1 100 110 120 145 190 170 2 125 128 135 155 175 160 3 120 135 155 160 165 150 a) Calcule a taxa de variação da temperatura T na direção de x no ponto ( )1,2 . b) Calcule a taxa de variação da temperatura T na direção de y no ponto ( )1,2 . c) Calcule a taxa de variação da temperatura T na direção de x no ponto. ( )0,0 . d) Calcule a taxa de variação da temperatura T na direção de y no ponto. ( )0,0 . e) Calcule a taxa de variação da temperatura T na direção de x no ponto( )3,4 . f) Calcule a taxa de variação da temperatura T na direção de y no ponto. ( )1,5 . E-49. O consumo de carne C (em quilos por semana por família) é função da renda familiar R (em milhares de reais por ano) e do preço da carne p (em reais por quilo). A tabela abaixo representa a quantidade de carne comprada (quilos/família/semana). CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br )(kgC )/$( kgRp 8,00 8,50 9,00 9,50 R )000.1$(R 4 2,65 2,59 2,51 2,43 6 4,14 4,05 3,94 3,88 8 5,11 5,00 4,97 4,84 10 5,35 5,29 5,19 5,07 12 5,79 5,77 5,60 5,53 a) Calcule a taxa de variação do consumo C na direção de p no ponto ( )6,00,9 . b) Calcule a taxa de variação do consumo C na direção de R no ponto ( )6,00,9 . c) Calcule a taxa de variação do consumo C na direção de p no ponto ( )10,00,8 . d) Calcule a taxa de variação do consumo C na direção de R no ponto ( )4,50,9 . e) Calcule a taxa de variação do consumo C na direção de p no ponto ( )12,50,8 . f) Calcule a taxa de variação do consumo C na direção de R no ponto ( )8,50,8 . Resposta R - 48 a) mC 025 ; b) mC 015 ; c) mC 05 ; d) mC 015 ; e) mC 015− ; f) mC 010− . R - 49 a) kgRkg $12,0− ; b) 000.1$515,0 Rkg ; c) kgRkg $12,0− ; d) 000.1$725,0 Rkg ; e) kgRkg $34,0− ; f) 000.1$145,0 Rkg 8.2 – Derivadas parciais determinadas algebricamente Para uma função f(x) de uma variável x, não existe ambigüidade quando falamos de taxa de variação de f(x) com relação a x, pois x está compelida a se mover ao longo do eixo x. Esta situação se complica, entretanto, quando estudamos a taxa de variação de uma função de duas ou mais variáveis. Por exemplo, o domínio D de uma função de duas variáveis f(x, y) é um subconjunto do plano, de forma que se P(a, b) é algum ponto do domínio de f, então existem infinitas direções ao longo das quais podemos aproximar do ponto P. Podemos então perguntar qual é a taxa de variação de f no ponto P ao longo de alguma destas direções. Não lidaremos com este problema geral. Em vez disto, vamos nos restringir ao estudo da taxa de variação de função f(x, y) em um ponto P(a, b) ao longo de duas direções privilegiadas; a saber, a direção paralela ao eixo x e a direção paralela ao eixo y. Seja y = b, onde b é uma constante, de forma que f(x, b) é uma função da única variável x. Como a equação z = f(x, y) é a equação de uma superfície, a equação z = f(x, b) é a equação de curva C na superfície formada pela interseção da superfície e do plano y = b. Como f(x, b) é uma função da única variável x, podemos calcular a derivada de f com relação a x no ponto x = a. Esta derivada, obtida mantendo a variável y fixa e diferenciando a função resultante f(x, y) com relação a x, é chamada de derivada parcial de primeira ordem de f com relação a x no ponto (a, b). Analogamente, definimos s derivada parcial de primeira ordem de f com relação a y no ponto (a, b). O símbolo ∂ é chamado derronde, que é uma corruptela do francês “de rond” que quer dizer “dê redondo” . Isso se deveu ao fato de os franceses, na época da Revolução Francesa, adotarem essa forma especial de escrever a letra d. Esse símbolo é particularmente útil para diferenciar a derivada parcial de uma função de várias variáveis, em relação a alguma delas “∂f/∂x”, da derivada de uma função de uma variável “df/dx”. CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Exemplo Ex.-11 Determine as derivadas parciais y f e x f ∂ ∂ ∂ ∂ da função ( ) 32 , yxyxf yx +−= e calcule o valor no ponto ( )2,1 . Resolução a) Qual é a taxa de variação da função f na direção X no ponto ( )2,1 ? ( ) yxyxyx x f −=+×−= ∂ ∂ 2012, no ponto ( )2,1 ( ) ( ) ( ) 0222122,1 =−=−×= ∂ ∂ x f b) Qual é a taxa de variação da função f na direção Y no ponto ( )2,1 ? ( ) 22 3310, yxyxyx y f +−=+×−= ∂ ∂ no ponto ( )2,1 ( ) ( ) ( ) 111212312,1 2 =+−=×+−= ∂ ∂ y f Calcule as derivadas parciais de primeira ordem de cada uma das seguintes funções. Ex.-12 ( ) 22, yx xyf yx += Derivada parcial em relação à variável x ( ) ( )( ) ( ) ( )222 32 222 232 222 22 22 , yx yyx yx yxyyx yx xyxyxyyx x f + +− = + −+ = + ×−+× = ∂ ∂ Derivada parcial em relação à variável y ( ) ( )( ) ( ) ( )222 23 222 223 222 22 22 , yx xyx yx xyxyx yx xyyyxxyx y f + − = + −+ = + ×−+× = ∂ ∂ Ex.-13 ( ) 22 , vu vu eh −= Derivada parcial em relação à variável u ( ) 2222 22, vuvu euuevu u h −− =×= ∂ ∂ Derivada parcial em relação à variável y ( ) ( ) 2222 22, vuvu evvevu v h −− −=−×= ∂ ∂ Ex.-14 ( ) ( ) 522, tstsg ts +−= Derivada parcial em relação à variável s ( ) ( ) ( ) ( ) ( )tststststststs u g −+−=−×+−= ∂ ∂ 2525, 422422 Derivada parcial em relação à variável t ( ) ( ) ( ) ( ) ( )sttstststststs t g −+−=+−×+−= ∂ ∂ 2525, 422422 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Ex.-15 ( ) ( )22, 2ln yxf yx += Derivada parcial em relação à variável x ( ) 2222 2 22 2 1 , yx x x yx yx x f + =× + = ∂ ∂ Derivada parcial em relação à variável y ( ) 2222 2 44 2 1 , yx yy yx yx y f + =× + = ∂ ∂ Ex.-16 ( ) ( )yxezyxf yzzyx ln4432,, +−= Derivada parcial em relação à variável x ( ) ( ) ( )yzxyyzyxyx x f ln2ln102, 4343 +=×+−×= ∂ ∂ Derivada parcial em relação à variável y ( ) y x zezyx y xzezyxyx y f yzyz +−=×+×−××= ∂ ∂ 44224422 43143, Derivada parcial em relação à variável z ( ) yzyz yezyxyezyxyx z f 43324332 440144, −=+××−×= ∂ ∂ Exercício Nos exercícios abaixo, determine as derivadas parciais de primeira ordem de cada função. E-50. 532),( ++= yxyxf E-51. xyyxf 2),( = E-52. 142),( 2 ++= yxyxf E-53. 2 2),( x yyxf = E-54. y xyxf + = 1 ),( E-55. vu vu vuf + − =),( E-56. 22 22 ),( yx yxyxf + − = E-57. ( ) ( )422, tstsf ts +−= E-58. ( ) 32 , −+= sttsg ts E-59. 21),( yxyxf += E-60. 1),( += xyeyxf CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br E-61. ( ) ( ) ( )xyyxf yx lnln, += E-62. ( ) ( )veg uvu ln, = E-63. ( ) 222 ,, zxyzxyxyzf zyx +++= E-64. ( ) 222,, 2 wvu uvwg wvu ++ = E-65. ( ) tsr tsr eh =,, E-66. ( ) 32 , yxf yx += E-67. ( ) 32 , yxf yx = E-68. ( ) 3 2 , y xf yx = E-69. ( ) 3 2 , 1 y xf yx += E-70. ( ) yx yxf yx + + = 32 , E-71. ( ) yx yxf yx + + = 22 , E-72. ( ) yx yxf yx + + = 23 , E-73. ( ) yx yxf yx − + = 32 , E-74. ( ) y yx exf 34, += E-75. ( ) y yx exf 34, = E-76. ( ) 4 3 2 , x e xf y yx += E-77. ( ) yx yx ef 32, −= E-78. ( ) xy yx ef 2, = E-79. ( ) 22 , yx yx ef += E-80. ( ) 32 , yx yx ef += E-81. ( ) ( )yxf yx 321ln, ++= E-82. ( ) ( )xyf yx 21ln, += E-83. ( ) ( )yxf yx 32ln, += E-84. ( ) ( ) ( )xyyxf yx lnln, += CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br E-85. ( ) ( ) ( )xyf yx lnln, = E-86. ( ) ( ) ( )yxsenfyx 4cos3, += E-87. ( ) ( ) ( )yxsenf yx 4cos3, = E-88. ( ) ( ) ( )43, cos yxsenf yx += E-89. ( ) ( ) ( )43, cos yxsenf yx = Nos exercícios abaixo, determine as derivadas parciais de primeira ordem da função no ponto dado. E-90. ( ) )2 ,1(; 22 , xyyxf yx += E-91. ( ) )1 ,2(; 2 , yyxf yx += E-92. )4 ,3(;22 ),( yxg yx += E-93. ( ) 2) (1, ;, y xf yx = E-94. ( ) ( )1,1 ;, yx yx ef = E-95. ( ) ( ) ( )e0, ;ln, yef x yx = E-96. ( ) ( )1,0,2 ; 32 ,, yzxf zyx = Resposta R - 50 ( ) 2, = ∂ ∂ yx x f e ( ) 3, = ∂ ∂ yx y f R - 51 ( ) yyx x f 2, = ∂ ∂ e ( ) xyx y f 2, = ∂ ∂ R - 52 ( ) xyx x f 4, = ∂ ∂ e ( ) 4, = ∂ ∂ yx y f R - 53 ( ) 34, x yyx x f −= ∂ ∂ e ( ) 22, xyxy f = ∂ ∂ R - 54 ( ) y yx x f + = ∂ ∂ 1 1 , e ( ) ( )21, y xyx y f + −= ∂ ∂ R - 55 ( )2 2 vu v u f + = ∂ ∂ e ( )2 2 vu u y f + −= ∂ ∂ R - 56 ( ) ( )222 24 , yx xyyx x f + = ∂ ∂ e ( ) ( )222 24 , yx yxyx y f + −= ∂ ∂ CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 57 ( ) ( )( )32224, tstststs s f +−−= ∂ ∂ e ( ) ( )( )32224, tstststs t f +−+−= ∂ ∂ R - 58 ( ) 32, −+= ∂ ∂ tstts s f e ( ) 42 3, −−= ∂ ∂ ststs t f R - 59 ( ) 21, yyx x f += ∂ ∂ e ( ) 21 , y xyyx y f + = ∂ ∂ R - 60 ( ) 1, += ∂ ∂ xyyeyx x f e ( ) 1, += ∂ ∂ xyxeyx y f R - 61 ( ) x yyyx x f += ∂ ∂ ln, e ( ) x y xyx y f ln, += ∂ ∂ R - 62 ve u f u ln= ∂ ∂ e v e v f u = ∂ ∂ R - 63 ( ) xzyyzzyx x f 2,, 2 ++= ∂ ∂ , ( ) 22,, zxyxzzyx y f ++= ∂ ∂ e ( ) 22,, xyzxyzyx z f ++= ∂ ∂ R - 64 ( ) ( )2222 332 222 ,, wvu vwwvvwu wvu u f ++ ++− = ∂ ∂ , ( ) ( )2222 323 222 ,, wvu uwwuvwu wvu v f ++ +− = ∂ ∂ , ( ) ( )2222 233 222 ,, wvu uvwuvvu wvu v f ++ −+ = ∂ ∂ . R - 65 ( ) rststetsr r f = ∂ ∂ ,, ; ( ) rstrtetsr s f = ∂ ∂ ,, ; ( ) rstrsetsr t f = ∂ ∂ ,, R - 66 ( ) xyx x f 2, = ∂ ∂ ou ( ) 23, yyx y f = ∂ ∂ R - 67 ( ) 32, xyyx x f = ∂ ∂ ou ( ) 223, yxyx y f = ∂ ∂ R - 68 ( ) 32, y xyx x f = ∂ ∂ e ( ) 4 23 , y xyx y f −= ∂ ∂ R - 69 ( ) xyx x f 2, = ∂ ∂ e ( ) 43, yyxy f −= ∂ ∂ R - 70 ( ) ( )2 32 2 , yx yxyxyx x f + −+ = ∂ ∂ e ( ) ( )2 232 23 , yx xyxyyx y f + −+ = ∂ ∂ R - 71 ( ) ( )2 22 2 , yx yxyxyx x f + −+ = ∂ ∂ e ( ) ( )2 222 , yx xyxyyx y f + −+ = ∂ ∂ R - 72 ( ) ( )2 223 32 , yx yyxxyx x f + −+ = ∂ ∂ e ( ) ( )2 322 , yx xyxyyx y f + −+ = ∂ ∂ CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 73 ( ) ( )2 32 2 , yx yxyxyx x f − −− = ∂ ∂ e ( ) ( )2 232 23 , yx xyxyyx y f − +− = ∂ ∂ R - 74 ( ) 34, xyx x f = ∂ ∂ e ( ) yeyx y f 33, = ∂ ∂ R - 75 ( ) yexyx x f 334, = ∂ ∂ e ( ) yexyx y f 343, = ∂ ∂ R - 76 ( ) 5 342, x e xyx x f y −= ∂ ∂ e ( ) 4 33 , x eyx y f y = ∂ ∂ R - 77 ( ) yxeyx x f 322, −= ∂ ∂ e ( ) yxeyx y f 323, −−= ∂ ∂ R - 78 ( ) xyyeyx x f 22, = ∂ ∂ e ( ) xyxeyx y f 22, = ∂ ∂ R - 79 ( ) 222, yxxeyx x f + = ∂ ∂ e ( ) 222, yxyeyx y f + = ∂ ∂ R - 80 ( ) 322, yxxeyx x f + = ∂ ∂ e ( ) 3223, yxeyyx y f + = ∂ ∂ R - 81 ( ) yx yx x f 321 2 , ++ = ∂ ∂ ou ( ) yx yx y f 321 3 , ++ = ∂ ∂ R - 82 ( ) xy yyx x f 21 2 , + = ∂ ∂ ou ( ) xy xyx y f 21 2 , + = ∂ ∂ R - 83 ( ) yx yx x f 32 2 , + = ∂ ∂ ou ( ) yx yx y f 32 3 , + = ∂ ∂ R - 84 ( ) ( ) x yyyx x f += ∂ ∂ ln, e ( ) ( )x y xyx y f ln, += ∂ ∂ R - 85 ( ) ( ) x yyx x f ln , = ∂ ∂ ou ( ) ( ) y xyx y f ln , = ∂ ∂ R - 86 ( ) ( )xyx x f 3cos3, = ∂ ∂ ou ( ) ( )ysenyx x f 44, −= ∂ ∂ R - 87 ( ) ( ) ( )yxyx x f 4cos3cos3, = ∂ ∂ ou ( ) ( ) ( )ysenxsenyx y f 434, −= ∂ ∂ R - 88 ( ) ( )32 cos3, xxyx x f = ∂ ∂ ou ( ) ( )434, ysenyyx x f −= ∂ ∂ R - 89 ( ) ( ) ( )432 coscos3, yxxyx x f = ∂ ∂ ou ( ) ( ) ( )4334, ysenxsenyyx x f −= ∂ ∂ R - 90 ( ) 82,1 = ∂ ∂ x f ; ( ) 52,1 = ∂ ∂ y f CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 91 ( ) 11,2 = ∂ ∂ x f ; ( ) 31,2 = ∂ ∂ y f R - 92 ( ) 5 34,3 = ∂ ∂ x f ; ( ) 5 44,3 = ∂ ∂ y f R - 93 ( ) 2 12,1 = ∂ ∂ x f ; ( ) 4 12,1 −= ∂ ∂ y f R - 94 ( ) e x f = ∂ ∂ 1,1 ; ( ) e y f = ∂ ∂ 1,1 R - 95 ( ) 1,0 = ∂ ∂ e x f ; ( ) e e y f 1 ,0 = ∂ ∂ R - 96 ( ) 02,0,1 = ∂ ∂ x f ; ( ) 82,0,1 = ∂ ∂ y f ; ( ) 02,0,1 = ∂ ∂ z f . Exercícios de aplicação Ex.-17 O lucro mensal (em dólares) de uma loja depende do nível de estoque x (em milhares de dólares) e do espaço disponível y (em milhares de pés quadrados) para expor a mercadoria como descrito pela equação. ( ) 20025391502,0 22, ++++−−= yxxyyxL yx a) Calcule o lucro quando são investidos $4.000,00 em estoque e há 150 pés quadros em espaço disponível. b) Calcule o lucro quando são investidos $5.000,00 em estoque e há 150 pés quadros em espaço disponível. c) Calcule y L e ∂ ∂ ∂ ∂ x L . d) Interprete o resultado das derivadas parciais quando são investidos $4.000,00 em estoque e há 150 pés quadros em espaço disponível.. e) Interprete o resultado das derivadas parciais quando são investidos $5.000,00 em estoque e 150 pés quadros em espaço. Resposta ( ) 3904,0, ++−= ∂ ∂ yxyx x L e ( ) 2530, ++−= ∂ ∂ xyyx y L ; ( ) 29150,4000 = ∂ ∂ x L e ( ) 475150,4000 −= ∂ ∂ y L ; ( ) 11150,5000 −= ∂ ∂ x L e ( ) 525150,5000 = ∂ ∂ y L . 9 – A função produção de Cobb-Douglas Para encontrar uma interpretação econômica das derivadas parciais de primeira ordem de uma função de duas variáveis, vamos considerar a função ( ) bb CM CkMP −= 1 , onde a e b são constantes positivas com 0 < b <1. Esta função é chamada de função produção de Cobb-Douglas. Aqui, M denota a quantidade de dinheiro gasta em mão-de-obra, C denota CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br o custo de equipamento capital (prédio, máquinas, e outras ferramentas de produção) e a função P mede a saída do produto final (unidades apropriadas) e é chamada assim de função produção. A derivada parcial M P é chamada de produtividade marginal de mão-de-obra. Ela mede a taxa de variação da produção com relação á quantidade de dinheirogasta em mão-de-obra, para um nível de gasto de capital constante. Analogamente, a derivada parcial CP chamada de produtividade marginal de capital, mede a taxa de variação da produção com relação à quantidade gasta em capital para um determinado nível de gasto de mão-de-obra fixo. Exemplo Ex.-18 A produção de certo país nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial é descrita por ( ) 3 1 3 2 , 30 CMP CM = unidades, quando M unidades de mão-de-obra e C unidades de capital foram usadas. a) Calcule Cm PeP . Produtividade marginal da Mão-de-obra ( ) ( ) 3 1 3 1 3 1 3 1 20, 3 230, M CCM M PCMCM M P = ∂ ∂ ⇒××= ∂ ∂ − Produtividade marginal da Capital ( ) ( ) 3 2 3 2 3 2 3 2 10, 3 130, C MCM C PCMCM C P = ∂ ∂ ⇒×= ∂ ∂ − b) Qual é a produtividade marginal de mão-de-obra e a produtividade marginal de capital quando as quantidades investidas em mão-de-obra e capital são de 125 unidades e 27 unidades, respectivamente? Para 125=M e 27=C ( ) 12 5 320 125 272027,125 3 1 3 1 =×== ∂ ∂ M P , significa que o investimento de uma unidade monetária em mão-de- obra gera um aumento de 12 unidades de produção. ( ) 78,27 9 2510 27 1251027,125 3 2 3 2 =×== ∂ ∂ C P , significa que o investimento de uma unidade monetária em capital gera um aumento de 27,78 unidades de produção. 10 – Bens substituíveis e complementares Para uma outra aplicação de derivadas parciais de primeira ordem de uma função de duas variáveis em economia, vamos considerar as demandas relativas de dois bens. Dizemos que dois bens são substituíveis (competitivos) se a diminuição da demanda de um deles resulta em um aumento de demanda do outro. Exemplos de bens competitivos são café e chá. Reciprocamente, dois bens são chamados complementares se a diminuição da demanda de um deles resulta também em uma diminuição da demanda do outro. Exemplos de bens complementares são automóveis e pneus. CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Vamos agora encontrar um critério para determinar quando dois bens A e B são substituíveis ou complementares. Suponha que as equações de demanda que relacionam as quantidades demandadas A q e B q com os preços unitários A p e B p dos bens são dadas por ( ) ( ) BABA ppBppA gqfq ,, e == Vamos considerar a derivada parcial A A A p q p f ∂ ∂ = ∂ ∂ . Como f é a função demanda para o bem A, vemos que, para B p fixado, f é tipicamente uma função decrescente de A p , isto é, 0< ∂ ∂ = ∂ ∂ A A A p q p f . Agora, se os dois bens fossem bens substituíveis, então a quantidade demandada do bem B aumentaria com relação a A p isto é, 0> ∂ ∂ = ∂ ∂ A B A p q p g . Um segmento semelhante com A p fixado mostra que se A e B são bens substituíveis, então 0> ∂ ∂ = ∂ ∂ A B A p q p g . Assim, os bens A e B são bens substituíveis se 0> ∂ ∂ = ∂ ∂ B A B p q p f e 0> ∂ ∂ = ∂ ∂ A B A p q p g . Analogamente, A e B são bens complementares se 0< ∂ ∂ = ∂ ∂ B A B p q p f e 0< ∂ ∂ = ∂ ∂ A B A p q p g . Exemplo Ex.-19 Suponha que a demanda diária de manteiga é dada por ( ) 2, 1 3 A B ppA p p q BA + = e a demanda diária de margarina é dada por ( ) B A ppB p p q BA + = 1 2 , , ( 0> A p , 0> B p ). Onde A p e B p denotam os preços por toneladas (em reais) de manteiga e margarina, respectivamente, e A q e B q estão medidos em milhares de toneladas. Determine se estes dois bens são substituíveis, complementares ou nenhum deles. Exercícios E-97. A produtividade de um país sul americano é dada pela função CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br ( ) 4 1 4 3 , 20 CMP CM = quando M unidades de mão-de-obra e C unidades de capital são usadas. Qual é a produtividade marginal de mão-de-obra e a produtividade marginal de capital quando as quantidades gastas em mão-de-obra e capital são de 256 unidades e 16 unidades, respectivamente? O governo deveria encorajar investindo em capital em vez de um gasto maior em mão-de-obra a fim de aumentar a produção do país? E-98. Uma região retangular R, representa o distrito financeiro de uma cidade. O preço do terreno no distrito é dado aproximadamente pela função 2 2 )1(15 2 110200),( −− −−= yxyxp Onde p(x, y) é o preço do terreno no ponto (x, y) em dólares por pé quadrado e x e y estão medidas em milhas. Calcule )1,0(p e )1,0( yx p ∂ ∂ ∂ ∂ E interprete seus resultados. E-99. Uma pesquisa determinou que a equação de demanda aparelho de DVD é dada por B p AA epq 5,0 1010000 −−= A equação de demanda para discos virgens de DVD é dada por ABB ppq 10400050000 −−= onde A p e B p denotam os preços por unidade, respectivamente, e A q e B q denotam o número de aparelhos de DVD e discos virgens de DVD demandados semanalmente. Determine se estes dois produtos são substituíveis, complementares ou nenhum deles. Respostas R - 97 Sim, porque, ( ) 5,716,256 = ∂ ∂ M f significa que o investimento de uma unidade monetária em mão-de-obra gera um aumento de 7,5 unidades de produção, e ( ) 4016,256 = ∂ ∂ C f significa que o investimento de uma unidade monetária em capital gera um aumento de 40 unidades de produção, o investimento em capital gera maior resultado. R - 98 Incompleto R - 99 05,0 5,0 < ∂ ∂ ⇒−= ∂ ∂ B A p B A p q e p q B e 010 < ∂ ∂ ⇒−= ∂ ∂ A B A B p q p q estes bens são complementares. 11 – Plano tangente CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Supondo f diferenciável em ( )ba , , a equação do plano tangente à superfície de f no ponto ( )( )bafba ,,, é ( ) ( ) ( ) ( ) ( )byfaxffz baybaxba −+−+= ,,, . Exemplo Ex.-20 Ache a equação do plano tangente à superfície ( ) 22 , yxf yx += no ponto ( )25,4,3 . Resolução d) Elemento do domínio ( )ba , e valor numérico correspondente ( ) ( )4,3, =ba ( ) 254,3 =f e) Derivadas parciais ( ) xyx x f 2, = ∂ ∂ ( ) ( ) 6324,3 =×= ∂ ∂ x f ( ) yyx y f 2, = ∂ ∂ ( ) ( ) 8424,3 =×= ∂ ∂ y f f) Equação do plano tangente ( ) ( ) ( ) ( ) ( )byfaxffz baybaxba −+−+= ,,, ( ) ( )( ) ( )( )43 4,34,34,3 −+−+= yfxffz yx ( ) ( )483625 −×+−×+= yxz 32818625 −+−+= yxz 2586 −+= yxz Ex.-21 Ache a equação do plano tangente à superfície ( ) 263423, +−+−+= yxxyyxf yx no ponto ( )2,1− do domínio de f . Exercício E-100. Seja f definida por ( ) 254 32, ++−= xyyxf yx determine a equação do plano tangente ao ponto da superfície de f associado ao elemento do domínio ( )1,2− . Ache a equação do plano tangente no ponto dado. E-101. Seja f definida por ( ) xyyxf yx 232, ++= determine a equação do plano tangente ao ponto da superfície de f associado ao elemento do domínio ( )1,2 −− . E-102. ( ) 6 2 , +++= yyx exxf no ponto ( )9,0,1 . E-103. ( ) yx yx yef =, no ponto ( )e,1,1 . CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz ElpídioM. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br E-104. ( ) ( )22, 42 1 yxf yx += no ponto ( )4,1,2 . E-105. ( ) 22 , 4yxf yx −= no ponto ( )5,1,3− . E-106. ( ) xyyxf yx 423, −+= no ponto ( )5,2,1 −−− . E-107. ( ) yxyxf yx 3232, +−= no ponto ( )3,1,2 E-108. ( ) 2 2 , −++= xxyef y x yx no ponto ( )e,1,1 . Resposta R - 100 21311 −−−= yxz R - 101 1076 ++= yxz R - 102 63 ++= yxz R - 103 exz = R - 104 442 −+= yxz R - 105 586 −−−= yxz R - 106 611 += xz R - 107 16152 −+= yxz R - 108 33 −+= xexz 12 – Linearização local Como o plano tangente fica perto da superfície na região do ponto, em que se encontram os valores de ( )yxz , na equação do plano tangente são próximos dos valores de ( )yxf , para pontos perto de ( )ba , . 12.1 – Linearização local determinada pela taxa média de variação parcial calculada numericamente Assim substituindo ( )yxz , por ( )yxLf , na equação do plano tangente obtemos a aproximação denominada de linearização local ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )by y f ax x ffLf bababayx − ∆ ∆ +− ∆ ∆ += , , ,, onde ( ) ( )yxyx fLf ,, ≈ . Exemplo Ex.-22 Seja ( ) ( ) tit i iP −+− = 11 000.5 , a função valor da prestação de um empréstimo de R$ 5.000,00.: a) Faça a linearização local para o tempo de 48 meses e taxa de juros mensal de 7% . b) Compare os valores da função como a linearização para 50 meses e taxa de 7,7%am. c) Compare os valores da função como a linearização para 44 meses e taxa de 7,9%am. CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br d) Compare os valores da função como a linearização para 53 meses e taxa de 5,8%am. Resolução a) Linearização local para o tempo de 48 meses e taxa de juros mensal de 7% ( ) ( ) tit i iP −+− = 11 000.5 , ( ) ( ) 15,36407,011 07,0000.5 4807,0;48 =+− × = − P ( ) ( ) 19.36307,011 07,0000.5 4907,0;49 =+− × = − P ( ) ( ) 20,41008,011 08,0000.5 4808,0;48 =+− × = − P ( ) 88,87460596,0, ++−= itLP it b) Compare os seguintes valores da função como a linearização para 50 meses e taxa de 7,7%am. ( ) ( ) 20,020,067,39447,394077,0;50077,0;50 =−=−=−= PLPEA ( ) %05,0100 67,394 20,0100 077,0;50 =×=×= P EAER c) Compare os seguintes valores da função como a linearização para 44 meses e taxa de 7,9%am. ( ) ( )44;0,079 44;0,079 409, 44 409,43 0,01 0,01EA LP P= − = − = = ( )44;0,079 0,01100 100 0,0024% 409,43 EAER P = × = × = d) Compare os seguintes valores da função como a linearização para53 meses e taxa de 5,8%am. ( ) ( ) 29,129,138,30509.304058,0;53058,0;53 =−=−=−= PLPEA ( ) %4224,0100 38,305 29,1100 058,0;53 =×=×= P EAER 12.2 – Linearização local determinada algebricamente Assim substituindo ( )yxz , por ( )yxLf , na equação do plano tangente obtemos a aproximação denominada de linearização local ( ) ( ) ( )( ) ( )( )byfaxffLf baybaxbayx −+−+= ,,,, onde ( ) ( )yxyx fLf ,, ≈ . Exemplo Ex.-23 Faça a linearização local da função ( ) xyyxf yx 4 23 , −+= no ponto ( )3,2 . Compare os seguintes valores da função como a linearização. a) ( )1,0 b) ( )2,3 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br c) ( )2,3,9,1 Exercício E-109. Usando taxa média de variação, ache a linearização local de ( ) ( ) 1, 2 +−= xyx yf no ponto ( )4,1 . Avalie os pontos dados como os verdadeiros valores na função: a) ( )2,1− b) ( )3,2 c) ( )9,3;1,1 d) ( )01,4;99,0 E-110. Usando derivada parcial, ache a linearização local de ( ) 22 , yxf yx += no ponto ( )4,3 . Avalie os pontos dados como os verdadeiros valores na função: a) ( )3,2 b) ( )5,4 c) ( )1,4,1,3 d) ( )01,4,99,2 E-111. Planejar caldeiras seguras depende de saber como se comporta o vapor sob variações de temperatura e pressão, tabelas de vapor são valores da função ( )TPVV ,= onde V é o volume (em pés cúbicos) de uma libra de vapor à temperatura T (em 0F) e pressão P (em lb/in2) )( 3inV )/( 2inlbP 20 22 24 26 T )(0F 480 27,85 25,31 23,19 21,39 500 28,46 25,86 23,69 21,86 520 29,06 26,41 24,20 22,23 540 29,66 26,95 24,70 22,79 a) Dê uma função linear aproximando ( )TPVV ,= para T perto F0500 e pressão de 2/24 inlb . b) Calcule o volume de uma libra de vapor a uma temperatura de F0505 e pressão de 2/3,24 inlb E-112. Ache a linearização local da função ( ) yxf yx 2, = em ( )1,3 . E-113. Afigura mostra um diagrama de contorno para o pagamento mensal P como função da taxa de juros %j , e a quantidade L , do empréstimo por 5 anos. CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Dê a linearização para cada uma das condições abaixo; a) 8=j e 000.4=L b) 8=j e 000.6=L c) 13=j e 000.7=L Resposta R - 109 ( ), 4 5 20x yLf x y= + − a) 15EA = e 1.500%ER = , ou seja, 1.500% maior; b) 2EA = e 200%ER = , ou seja, 200% menor; c) 0,05EA = e 1,3%ER = ou 1,3% menor; d) 0EA = e 0ER = . R - 110 ( ) 2586, −+= yxLf yx a) 2=EA e %38,15=ER ; b) 2=EA e %88,4=ER ; c) 02,0=EA e %076,0=ER ; d) 0002,0=EA e %00079,0=ER . R - 111 a) ( ) 9,320255,0915,0, ++−= TPLV TP ; b) . ( ) 3505,3,24 54,23 inLV = R - 112 ( ), 6 9 18x yLf x y= + − ou ( ), 7 9 21x yLf x y= + − . R - 113 a) ( ) 12,1702,014,2, −+= LjLP Lj ; b) ( ) 64,2602,033,3, −+= LjLP Lj ; c) ( ) 5,1202,05,2, −+= LjLP Lj 13 – Gradiente O vetor gradiente de uma função diferencial no ponto ( )ba , é ( ) ( ) ( ) ( ) jfifgradff baybaxbaba ,,,, +==∇ . Exemplo Ex.-24 Ache o vetor gradiente de ( ) y yx exf 2 , 3 += no ponto ( )1,4 . Resolução Derivada parcial ( ) 3, = ∂ ∂ yx x f no ponto ( )1,4 ( ) 31,4 = ∂ ∂ x f CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br ( ) yy eeyx y f 22 22, =×= ∂ ∂ no ponto ( )1,4 ( ) 212 221,4 ee y f == ∂ ∂ × Gradiente ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) jifoujeif jfiff yx 78,14323 1,4 2 1,4 1,41,41,4 +=∇+=∇ +=∇ Ex.-25 Ache o vetor gradiente de ( ) 32 , 2 yxf yx = no ponto ( )2,2 − . Resolução Derivada parcial ( ) 33 422, xyyxyx x f =××= ∂ ∂ no ponto ( )2,2 − ( ) ( ) ( ) 642242,2 3 −=−××=− ∂ ∂ x f ( ) 2222 632, yxyxyx y f =×= ∂ ∂ no ponto ( )2,2 − ( ) ( ) ( ) 962262,2 22 =−××=− ∂ ∂ y f Gradiente ( ) ( ) ( ) ( ) jif jfiff yx 9664 2,2 2,22,22,2 +−=∇ +=∇ − −−− 14- Derivada direcional Se f é diferenciável em ( )ba , e vu o vetor unitário de v então a derivada direcional de f em relação a v é o seguinte produto escalar ( ) ( ) vbabav ugradff .,, = . Exemplo Ex.-26 Calcule a derivada direcional de ( ) 32 , 5 yxf yx += em ( )1,1 − na direção do vetor jiv 32 += . Resolução Gradiente de f em ( )1,1 − ( ) xyx x f 10, = ∂ ∂ no ponto ( )1,1 − ( ) ( ) 101101,1 =×=− ∂ ∂ x f ( ) 23, yyx y f = ∂ ∂ no ponto ( )1,1 − ( ) ( ) 3131,1 2 =−×=− ∂ ∂ y f ( ) ( ) ( ) ( ) jif jfiff yx 3101,1 1,11,11,1 +=∇ +=∇ − −−− Vetor unitário vu de jiv 32 += CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.brv v v u u u 1 = ( ) ( ) 139432 22 =+=+=vu jijiu u u v v v 13 3 13 232 13 11 += +== Derivada direcional de f na direção de jiv 32 += ( ) ( ) ( ) ( ) 13 29 13 9 13 20 13 3 13 2 .310. 1,1 1,11,1 = += ++=∇= − − − v vv f jijiuff Ex.-27 A força aplicada sobre uma partícula é dada calculada pela função ( ) xyz f zyx 80 ,, = . Determine o valor da derivada direcional desta força em relação ao vetor kjiv 23 +−= , quando a partícula está no ponto ( )4,5,2− . Exercício Calcule o gradiente no ponto dado E-114. ( ) 32 , 7xyyxf yx += no ponto ( )2,1 . E-115. ( ) yxf yx 32, += no ponto ( )1,3 . E-116. ( ) yxf yx +=, no ponto ( )1,0 . E-117. ( ) 42 , 35 nmf nm += no ponto ( )2,5 . E-118. ( ) ( ) ( )yxsenf yx cos2, += no ponto 0, 2 pi . E-119. ( ) 32 , yxf yx += no ponto ( )2,1 − . E-120. ( ) 23 , yxf yx += no ponto ( )2,1 − . E-121. ( ) 32 , yxf yx = no ponto ( )2,1 − . E-122. Ache a derivada direcional de ( ) y yx exf +=, no ponto ( )0,1 na direcional dos vetores: a) jiv 2+= b) jiv += 3 c) jiv −= E-123. Seja ( ) 2, 1 x yxf yx + + = . Ache a derivada direcional no ponto ( )2,1 −=P na direção dos vetores: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br a) jiv 23 −= b) jiv 4+−= c) Qual é a direção de máximo crescimento em P Exercícios Calcule o gradiente de f em P : E-124. ( ) yzxzxyf zyx ++=,, , ( )5,3,1−=P . E-125. ( ) zef xyzyx cos,, = , ( )0,0,0=P . E-126. ( ) ( )222,, ln zyxf zyx ++= , ( )2,2,1 −=P . E-127. ( ) z xyf zyx =,, , ( )5,1,2 −=P . Calcule a derivada direcional de f em P na direção do vetor dado: E-128. ( ) yzzxxyf zyx ++= 22,, , ( )5,3,1−=P , kjiv −+= 2 . E-129. ( ) ( )222,, ln zyxf zyx ++= , ( )1,0,0=P , na direção de PA , dado ( )0,2,2=A . E-130. ( ) senxzsenzysenyxf zyx ++=,, , ( )0,0,1=P , jiv 232 += . E-131. ( ) xz zyx yzexyef +=,, , ( )0,0,1=P , na direção de PA , dado ( )1,2,2=A . Calcule o valor máximo da derivada direcional de f em P na direção em que este ocorre: E-132. ( ) ( ) ( )yzxysenf zyx cos,, += , ( )7,0,3−=P . E-133. ( ) xezeyef zyxzyx coscoscos,, ++= , ( )0,0,0=P . E-134. ( ) 22 ,, 2 zyxyzf zyx ++= , ( )1,1,2=P . E-135. ( ) xyz zyx ef =,, , ( )1,1,2=P , E-136. Se ( ) zxyxf zyx 232,, ++= , ache a derivada direcional no ponto ( )1,0,2 − na direção kji 22 −+ . E-137. Determine a direção, começando na origem, para se obter a taxa mais rápida de decrescimento da função ( ) ( ) ( )23,, 1232 +−++−−= zyxyxf zyx ? E-138. Ache a derivada direcional de ( ) yzyxf zyx 23 22,, += no ponto ( )4,0,1− nas seguintes direções: a) ki − b) kji 33 ++− E-139. Suponha ( ) 2242 ,, zxyxf zyx ++= fornece a concentração de sal num fluido no ponto ( )zyx ,, e a partir do ponto ( )1,1,1− . a) Em qual direção a concentração de sal cresce mais depressa? CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br b) Suponha que se mova a uma velocidade escalar de 4 unidades/seg, na direção determinada no item (a). Quão depressa a concentração está mudando? Explique sua resposta. E-140. Suponha que a temperatura T num ponto ( )zyxP ,,= é dada por ( ) 222,, 42 zyxT zyx +−= . a) Em que direção T cresce mais rapidamente a partir do ponto ( )1,2,1 − ? b) Determine a taxa da variação de T neste ponto na direção do vetor kji 24 +− . c) Qual é a taxa máxima de crescimento? Resposta R - 114 ( ) jif rr 85602,1 +=∇ R - 115 ( ) jif rr 2 1 3 1 1,3 +=∇ R - 116 ( ) jif rr 2 1 2 1 1,0 +=∇ R - 117 ( ) jif rr 96502,5 +=∇ R - 118 if r 2 2 0, 2 pi pi =∇ ou if r25,1 0, 2 =∇ pi . R - 119 ( ) jif rr 122 2,1 +=∇ − R - 120 ( ) jif rr 43 2,1 −=∇ − R - 121 ( ) jif rr 1216 2,1 +−=∇ − R - 122 ; a) ( ) 5 3 0,1 =vf r ; b) ( ) 10 4 0,1 =vf r ; c) ( ) 00,1 =vf r R - 123 ( ) jif rr 2 1 2,1 +=∇ − ; a) ( ) 13 2 2,1 =−vf r ; b) ( ) 17 1 2,1 =−vf r ; c) Na direção do gradiente. R - 124 ( ) kjif 24853,1 ++=∇ − rr R - 125 ( ) 000,0 =∇f R - 126 ( ) kjif 9 4 9 4 9 2 22,1 −+=∇ − rr R - 127 ( ) kjif 25 2 5 2 5 1 51,2 ++−=∇ − rr R - 128 ( ) 6 7 1,1 −= −v f OU ( ) 86,21,1 −=−vf CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 129 ( ) 3 2 1,0,0 −= v f OU ( ) 67,01,0,0 −=vf R - 130 ( ) 2 1 0,0,1 = v f ou ( ) 5,00,0,1 =vf R - 131 ( ) 6 2 1,2,1 = PA f ou ( ) 3 6 1,2,1 = PA f ou ( ) 82,01,2,1 =PAf R - 132 ( ) 370,3 =∇ −f R - 133 ( ) 300,0 =∇f ou ( ) 73,100,0 =∇f R - 134 ( ) 19211,2 =∇f ou ( ) 72,811,2 =∇f R - 135 ( ) 2 11,2 3ef =∇ ou ( ) 17,2211,2 =∇f R - 136 ( ) 3 10 1,0,2 = −v f ou ( ) 33,31,0,2 =−vf R - 137 ( )0,0 0 6 8 2f i j k∇ = − − − ur uur uur R - 138 ( ) jf 840,1 =∇ − , a) ( ) 04,0,1 =−vf ; ( ) 19 24 4,0,1 = −v f R - 139 a) ( )1, 2,1 4 4 8f i j k−∇ = + + ur uur uur ; b) ( )1, 2,1 28 21v f − =uur , c) ( )1, 2,1 4 6f −∇ = R - 140 15 – Derivadas Parciais de Segunda Ordem As derivadas parciais de primeira ordem ),( yxf x e ),( yxf y de uma função ),( yxf das duas variáveis x e y são também funções de x e y . Como tais, podemos diferenciar cada uma das funções xf e yf para obter as derivadas parciais de segunda ordem de f . Assim, a diferenciação da função xf com relação x conduz à derivada parcial de segunda ordem )(2 2 x x xx f x ff ∂ ∂ = ∂ ∂ = Entretanto, a diferenciação de xf em relação a y nos conduz á derivada parcial de segunda ordem )( 2 y x xy fyx ff ∂ ∂ = ∂∂ ∂ = Analogamente, as diferenciações da função yf em relação a x e em relação a y nos conduz a CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br )( 2 yyx f xyx ff ∂ ∂ = ∂∂ ∂ = )(2 2 y y yy fy ff ∂ ∂ = ∂ ∂ = respectivamente. Observe que em geral não é verdade que xyf = yxf . Entretanto, na maioria das aplicações práticas, xyf e yxf são iguais, mas xyf (a, b) = yxf (a, b) são iguais se ambas forem contínuas em (a, b). Exemplo Determine as derivadas parciais de segunda ordem da função: Ex.-28 ( ) 2223 , 33 yxyyxxf yx ++−= Derivada de primeira ordem em relação à x ( ) ( ) 22 , 22 , 363 013233 yxyxf yyxxf yxx yxx +−= +××+××−= Derivada de segunda ordem pura em relação à x Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à x e depois y ( ) ( ) yxf yxf yxxx yxxx 66 01623 , , −= +××−×= ( ) ( ) yxf yxf yxyx yxyx 66 23160 , , +−= ×+×−= Derivada de primeira ordem em relação à y ( ) ( ) yxyxf yyxxf yxy yxy 263 223130 2 , 2 , ++−= +×+×−= Derivada de segunda ordem pura em relação à y Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à y e depois x ( ) ( ) 26 12160 , , += ×+×+= xf xf yxyy yxyy ( ) ( ) yxf xxf yxxy yxxy 66 01623 , , +−= +×+×−= Ex.-29( ) 12852 , 3 yyxxf yx +−= . Derivada de primeira ordem em relação à x CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br ( ) ( ) 84 , 84 , 152 0532 yxxf yxxf yxx yxx −= +××−= Derivada de segunda ordem pura em relação à x Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à x e depois y ( ) ( ) 83 , 83 , 602 41512 yxf yxf yxxx yxxx −= ××−×= ( ) ( ) 74 , 74 , 120 8150 yxf yxf yxyx yxyx −= ×−= Derivada de primeira ordem em relação à y ( ) ( ) 1175 , 1175 , 1224 12830 yyxf yyxf yxy yxy +−= +×−= Derivada de segunda ordem pura em relação à y Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à y e depois x ( ) ( ) 1065 , 65 , 132168 12724 yyxf yxf yxyy yxyy +−= ×+×−= ( ) ( ) 74 , 74 , 120 0524 yxf yxf yxxy yxxy −= +××−= Ex.-30 ( ) y yx exf 26, += . Derivada de primeira ordem em relação à x ( ) ( ) 5 , 5 , 6 06 xf xf yxx yxx = += Derivada de segunda ordem pura em relação à x Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à x e depois y ( ) ( ) 4 , 4 , 30 56 xf xf yxxx yxxx = ×= ( ) 0, =yxyxf Derivada de primeira ordem em relação à y ( ) ( ) y yxy y yxy ef ef 2 , 2 , 2 20 = ×+= CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Derivada de segunda ordem pura em relação à y Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à y e depois x ( ) ( ) y yxyy y yxyy ef ef 2 , 2 , 4 22 = ×= ( ) 0, =yxxyf Ex.-31 ( ) ( )yxf yx ln2, = Derivada de primeira ordem em relação à x ( ) ( ) ( ) ( )yxf yxf yxx yxx ln2 ln2 , , = ×= Derivada de segunda ordem pura em relação à x Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à x e depois y ( ) ( ) ( ) ( )xf xf yxxx yxxx ln2 ln2 , , = ×= ( ) ( ) y xf y xf yxyx yxyx 2 12 , , = ×= Derivada de primeira ordem em relação à y ( ) ( ) y xf y xf yxy yxy 2 , 2 , 1 = ×= Derivada de segunda ordem pura em relação à y Derivada mista de segunda ordem primeiro em relação à y e depois x ( ) ( ) ( ) 2 2 , 22 , y xf yxf yxyy yxyy −= −×= − ( ) y xf yxxy 2 , = Exercícios Nos abaixo, determine as derivadas parciais se segunda ordem de cada função e mostre que as derivadas parciais mistas xyf e yxf são iguais. E-141. 32),( xyyxyxf += CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br E-142. 4),( 23 +++= xyxxyxf E-143. yxyxyxyxf 222),( 22 −++−= E-144. ( ) ( )243, yxf yx += E-145. 22),( yxyxf += E-146. xyyxyxf +=),( E-147. )1ln(),( 22 yxyxf += E-148. )1ln(),( 22 yxyxf ++= E-149. )ln(),( 22 yxyxf += E-150. )ln(),( 22 yxyxf = E-151. yx eeyxf 32),( += E-152. yxeyxf 32),( += E-153. xyeyxf 2),( = E-154. 32),( yxeyxf += E-155. 32),( yx eeyxf += Resposta R - 141 yf xx 2= , xyf yy 6= e 232 yxff xyyx +== . R - 142 yxf xx 26 += , 0=yyf e xff xyyx 2== . R - 143 2=xxf , 4=yyf e 2−== xyyx ff . R - 144 44 1230 xyxf xx += , 623 5624 yyxf yy += e 3224 yxff xyyx == . R - 145 ( ) 2322 2 yx yf xx + = , ( ) 2322 2 yx xf yy + = e ( ) 2322 yx yxff xyyx + −== . R - 146 234x yf xx −= , 234y xf yy −= e xy ff xyyx 2 1 2 1 +== . R - 147 ( )222 422 1 22 yx yxyf xx + − = , ( )222 242 1 22 yx yxxf yy + − = e ( )2221 4 yx yxff xyyx + == . R - 148 ( )222 22 1 222 yx yxf xx ++ +− = , ( )222 22 1 222 yx yxf yy ++ −+ = e ( )2221 4 yx yxff xyyx ++ −== CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br R - 149 ( )222 22 22 yx yxf xx + +− = , ( )222 22 22 yx yxf yy + − = , e ( )2224 yx yxff xyyx + −== R - 150 2 2 x f xx −= , 2 2 y f yy −= , 0= yx f e 0= xy f R - 151 x xx ef 24= , y yy ef 39= e 0== xyyx ff . R - 152 yx xx ef 324 += , yx yy ef 329 += e yx xyyx eff 326 +== . R - 153 xy xx eyf 224= , xy yy exf 224= e ( ) xyxyxy xyyx exyxyeeff 222 21242 +=+== . R - 154 ( ) 323232 22 21242 yxyxyx xx exexef +++ +=+= , ( ) 323232 34 32396 yxyxyx yy eyyeyyef +++ +=+= e 3226 yx yy exyf += . R - 155 ( ) 222 22 21242 xxx xx exexef +=+= , ( ) 333 34 32396 yyy yy eyyeyyef +=+= e 0== xyyx ff . 16 – Máximos e Mínimos de Funções de Várias Variáveis Já vimos que a solução de um problema freqüentemente se reduz a determinar os valores de uma função de uma variável. Na prática, no entanto, também aparecem situações nas quais um problema é resolvido determinando-se os valores máximo e mínimo absolutos de uma função de duas ou mais variáveis. Por exemplo, suponha que a Companhia Scandi manufature mesas para microcomputadores nas versões montada e desmontada. Seu lucro L é, portanto, uma função do número de unidades notadas, x , e do número de unidades desmontadas y , manufaturadas e vendidas por semana, isto é, ).,( yxfP = Uma questão de importância crucial para o fabricante é: Quantas mesas montadas e desmontadas a companhia deve manufaturar por semana a fim de maximizar seu lucro semanal? Matematicamente, o problema é resolvido encontrando-se os valores de x e y que tornam ),( yxf um máximo. Extremos relativos de uma função de duas variáveis Se f uma função definida em uma região R contendo o ponto (a,b). Neste caso, f tem um máximo relativo em ),( ba se ),(),( bafyxf ≤ para todos os pontos ),( yx que estão suficientemente próximos a ),( ba . O número ),( baf é chamado de valor máximo relativo. Analogamente, f tem valor mínimo relativo em ),( ba , com valor mínimo relativo ),( baf se ),(),( bafyxf ≥ para todos os pontos ),( yx que estão suficientemente próximos a ),( ba . Sendo assim, f tem um máximo relativo em ),( ba se o ponto )),(,,( bafba é o ponto mais alto do gráfico de f quando comparado a pontos mais próximos. Uma interpretação semelhante é válida para mínimos relativos. Se as desigualdades nesta última definição forem válidas para todos os pontos ),( yx do domínio de f , então f tem um valor mínimo absoluto (ou mínimo absoluto) em ),( ba com valor máximo absoluto (ou valor mínimo absoluto) ),( baf . CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL - III Prof. Luiz Elpídio M. Machado 2ª PARTE www.aprendermais.net.br Exatamente como no caso de uma função de uma variável, um extremo relativo, sendo ele máximo ou mínimo relativo, pode ser ou não um extremo absoluto. Entretanto, para simplificar a situação, vamos assumir que sempre que um extremo absoluto existir, ele irá ocorrer em um ponto onde f tem um extremo relativo. Assim como as derivadas de primeira e segunda ordem tem um papel importante para determinar os extremos relativos de uma função de uma variável, as derivadas parciais de primeira e segunda ordem são ferramentas
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