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Casos clínicos M3 PR1

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Thamara de Abreu Souza 
 
1 
Anatomia 3º Período – Aula 1 
Caso 44.3 Dentição decídua 
A) Para o tratamento de afecções patológicas da cavidade oral é importante o 
conhecimento dos limites desta cavidade. Delimite a cavidade bucal e defina 
vestíbulo/mucosa jugal. 
O teto é formado pelo palato duro e palato mole, o assoalho é composto pelo próprio 
assoalho da boca e pela língua, as laterais pelas bochechas, o limite anterior são os lábios 
superior e inferior e a arcada dentária e o limite posterior o istmo orofaríngeo. 
A região de vestíbulo compreende a região entre os lábios, os dentes e a gengiva. 
Mucosa jugal se define como mucosa de revestimento interno das bochechas. 
 
B) Cite os dentes da cavidade oral de um adulto hígido, mencionando suas 
porções, e a respectiva função de cada um. 
Os adultos normalmente têm 32 dentes permanentes. Os tipos de dentes são identificados 
por suas características: incisivos, margens cortantes finas; caninos, cones proeminentes únicos; 
pré-molares (bicúspides), duas cúspides e molares, três ou mais cúspides. As porções dos 
dentes são: coroa, colo e raiz. 
 
 
C) Descreva a vascularização arterial e inervação dos dentes. Cite o(s) nervo(s) 
que deve(m) ser anestesiado(s) para o implante de fio metálico neste paciente. 
As artérias alveolares superior e inferior, ramos da artéria maxilar, suprem os dentes 
maxilares e mandibulares, respectivamente. A inervação ocorre por meio de ramos nomeados 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
2 
dos nervos alveolares superior e inferior e dão origem aos plexos dentais que suprem os dentes 
maxilares e mandibulares. 
O nervo anestesiado deve ser o nervo alveolar inferior. 
 
D) Conceitue “dentição decídua”. De acordo com a imagem exposta neste caso, 
respondam quais são os dentes exclusivos da dentição permanente. 
Um dente é identificado e descrito como decíduo (primário) ou permanente (secundário). 
Os dentes exclusivamente permanentes são: 1º pré-molar, 2º pré-molar e 3º molar. 
E) Descreva a vascularização e inervação sensorial geral da cavidade oral. Inclua 
a região vestibular em sua descrição. 
Os lábios são vascularizados pelas artérias labiais superiores e inferiores, ramos das artérias 
faciais. O lábio superior é vascularizado por ramos labiais superiores das artérias faciais e infra-
orbital, o lábio inferior é vascularizado por ramos labiais inferiores das artérias facial e mentual. 
As bochechas são vascularizadas pela artéria bucal ramo da parte pterigoidea da artéria 
maxilar. 
A gengiva é vascularizada pela artéria alveolar inferior e artéria alveolar superior posterior. 
Os palatos duro e mole são vascularizados pelas artérias palatinas maior e menor, 
respectivamente, ambos são ramos da palatina descendente que é ramo da maxilar. 
A inervação da parte superior da cavidade oral é feita pelos nervos palatinos ( palato), nervo 
alveolar superior (vestíbulo), nervo infra-orbital (lábio superior). 
A inervação da parte inferior da cavidade oral é feita pelos nervos lingual (assoalho), nervo 
bucal (vestíbulo), nervo mentual (lábio inferior). 
 
F) Cite as divisões do palato bem como os ossos e músculos componentes do 
mesmo. Cite as principais ações destes músculos. 
O palato possui duas regiões: o palato duro anteriormente e o palato mole posteriormente. 
O palato duro tem formato de abóbada (côncavo);este espaço é ocupado principalmente pela 
língua quando está em repouso. Os 2/3 anteriores do palato possuem um esqueleto ósseo 
formado pelos processos palatinos da maxila e pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos. O 
palato mole é o terço posterior do palato e é suspenso da margem posterior do palato duro. O 
palato mole não possui esqueleto ósseo; entretanto possui uma parte aponeurótica; a 
aponeurose palatina, do palato mole pende um processo cônico, a úvula. Os cinco músculos do 
palato mole originam-se na base do crânio e descem até o palato, são: 
Músculo Principal ação 
Tensor do véu palatino Tensiona o palato mole e abre a boca da tuba 
auditiva durante a deglutição e o bocejo 
Levantador do véu 
palatino 
Eleva o palato mole durante a deglutição e o 
bocejo 
Palatoglosso Eleva a parte posterior da língua e leva o 
palato mole sobre a língua 
Palatofaríngeo Tensiona o palato mole e traciona as paredes 
da faringe superior, anterior e medialmente 
durante a deglutição 
Músculo da úvula Encurva a úvula e traciona-a superiormente 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
3 
 
G) Mencione as divisões anatômicas da língua e descreva a sua vascularização 
arterial. 
A língua possui uma raiz, um corpo, um ápice, um dorso curvo e uma superfície inferior. As 
artérias da língua são derivadas da artéria lingual, que se origina na artéria carótida externa. As 
artérias dorsais da língua suprem a parte posterior (raiz); as artérias profundas da língua suprem 
a parte anterior. 
 
 
H) Descreva a inervação da língua, diferenciando-a em “sensibilidade geral”, “ 
sensibilidade especial” e “motricidade”. Qual nervo deve ser anestesiado para 
a ressecção da lesão lingual? 
Todos os músculos da língua, exceto o palatoglosso, recebem inervação motora do nervo 
hipoglosso (NC XII). Para a sensibilidade geral (tato e temperatura), a mucosa dos 2/3 anteriores 
da língua é suprida pelo nervo lingual, um ramo do NCV. Para sensibilidade especial (paladar), 
essa parte da língua, com exceção das papilas circunvaladas, é suprida pelo nervo corda do 
tímpano, um ramo do NCVII. A mucosa do terço posterior e as papilas circunvaladas são supridas 
pelo nervo glossofaríngeo (NC IX) para sensibilidade geral e especial. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
4 
I) Diferencie os músculos “intrínsecos” dos músculos “extrínsecos” da língua, 
citando-os. 
Os músculos extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso) 
originam-se fora da língua e fixam-se a ela. Eles principalmente movimentam a língua, mas 
também podem alterar seu formato. Os músculos intrínsecos da língua (longitudinais superior e 
inferior, transverso e vertical) são limitados a língua. Eles têm suas fixações completamente na 
língua e não estão fixados a osso. Os músculos longitudinais superior e inferior atuam juntos 
para tornar a língua curta e grossa e para retrair a língua protrusa. Os músculos transversos e 
vertical atuam simultaneamente para tornar a língua longa e estreita, o que pode empurrar a 
língua contra os dentes incisivos ou protrair a língua na boca aberta. 
 
Caso 44.4 Tumor de glândula salivar 
A) Alguns tumores da cavidade oral podem cursar com aumento da salivação. 
Descreva as glândulas salivares mencionando a localização de cada uma e 
seus respectivos locais de drenagem na cavidade oral. 
As glândulas salivares são a parótida, submandibular e sublingual. Glândula Parótida é 
a maior de três pares de glândulas salivares. A glândula parótida tem formato irregular porque 
a área ocupada pela glândula, o leito parotídeo, situa-se anteroinferiormente ao meato acústico 
externo, onde está inserida entre o ramo da mandíbula e o processo mastoide. O ducto 
parotídeo segue horinzontalmente a partir da margem anterior da glândula. Glândulas 
submandibulares situam-se ao longo do corpo da mandíbula, parcialmente superiores e 
parcialmente inferiores à metade posterior da mandíbula, e parcialmente superficiais e 
parcialmente profundas ao músculo milo-hióideo. O ducto submandibular, origina-se da parte 
da glândula situada entre os músculos milo-hióideo e hioglosso. As glândulas sublinguais são as 
menores e mais profundas glândulas salivares. Cada glândula amendoada situa-se no assoalho 
da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso. Muitos pequenos ductos sublinguais 
abrem-se no assoalho da boca ao longo daspregas sublinguais. 
Hugo&Misael
Nota
na margem anterior do músculo masseter o ducto volta-se medialmente, perfurendo o músculo bucinador e entra na cavidade oral através de uma pequena abertura em frente a segundo dente molar maxilar .
Hugo&Misael
Nota
e drena nas laterias do frenulo da língua.
Hugo&Misael
Texto digitado
as glândulas menores estão dispersas sobre o palato , os lábios , as bochechas , as tonsilas e a língua nulldrenam ao longo da cavidade oral .
 
Thamara de Abreu Souza 
 
5 
 
B) Mencione os linfonodos ressecados neste caso. Justifique. 
Os linfonodos ressecados foram os submandibulares. 
Caso 45.1 Orofaringite aguda 
A) A anatomia faríngea é fundamental para a compreensão das afecções 
tonsilares. Cite as divisões e principais relações anatômicas da faringe. 
A faringe é a parte expandida superior do sistema digestório, posterior às cavidades 
nasal e oral, que se estende inferiormente além da laringe. A faringe estende-se da base do 
crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a margem inferior da 
vértebra C6 posteriormente. A faringe é mais larga defronte ao hioide e mais estreita em sua 
extremidade inferior, onde é contínua ao esôfago. A parede posterior plana da faringe situa-se 
contra a lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. 
Interior da Faringe. A faringe é dividida em três partes: 
 Parte nasal da faringe (nasofaringe): posterior ao nariz e superior ao palato 
mole. 
 Parte oral da faringe (orofaringe): posterior à boca 
 Parte laríngea da faringe (laringofaringe): posterior à laringe. 
 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
6 
 
 
B) Nas imagens deste caso clínico observamos alterações orofaríngeas 
importantes. Delimite a loja (fossa) tonsilar e mencione seu conteúdo. 
O conteúdo da fossa tonsilar são as tonsilas palatinas (coleções de tecido linfoide de 
cada lado da parte oral da faringe). A fossa está situada entre os arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo e é formada pelo músculo constritor superior da faringe e pela lâmina fibrosa e 
fina da fáscia faringobasilar. 
C) Descreva os músculos faríngeos (camada interna e externa), explicitando a 
importância e localização do trígono cricofaríngeo (de Killian). Explique a 
ação muscular da faringe durante a deglutição. 
A parede da faringe é excepcional para o trato alimentar, tem uma lâmina muscular 
formada por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal e 
uma camada circular externa. A maior parte do trato alimentar é composta de músculo liso, com 
uma camada de músculo longitudinal externa e uma camada circular interna. A camada circular 
externa de músculos faríngeos consiste em três constritores da faringe: superior, médio e 
inferior. Os músculos longitudinais internos são o palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o 
salpingofaríngeo. Esses músculos elevam a laringe e encurtam a faringe durante a deglutição e 
a fala. 
 
Hugo&Misael
Texto digitado
trígono cricofaríngeo ou de killian esta localizado na região de transição faringoesofágica , entre o musculo constritor inferior da faringe e o músculonullcricofaríngeo.
 
Thamara de Abreu Souza 
 
7 
 
 
Caso 45.5 Tumor de esôfago 
A) Os tumores esofágicos geralmente desenvolvem-se na porção abdominal do 
esôfago. Cite as porções do esôfago e os limites anatômicos de cada uma 
destas. 
O esôfago é um tubo fibromuscular que conecta a faringe ao estômago. Começa no pescoço, 
onde é contínuo com a parte laríngea da faringe na junção faringoesofágica. O esôfago consiste 
em músculo estriado (voluntário) em seu terço superior, músculo liso (involuntário) em seu 
terço inferior, e uma mistura de músculo estriado e liso na região intermediária. A primeira 
parte, a parte cervical, pertence a terço voluntário. Começa imediatamente posterior á margem 
inferior da cartilagem cricóidea e no mesmo nível dela, no plano mediano. Este é o nível da 
vértebra C6. 
B) Conhecer as constrições esofágicas é fundamental para que as lesões 
iatrogênicas não ocorram durante a endoscopia digestória alta. Mencione as 
principais relações anatômicas esofágicas e constrições deste órgão. 
O esôfago está no mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral, onde 
se situa anteriormente aos corpos das vértebras T1-T4. Em geral o esôfago é achatado 
no sentido anteroposterior. Inicialmente inclina-se para a esquerda, mas é empurrado 
de volta para o plano mediano pelo arco da aorta. Inferiormente ao arco, o esôfago 
inclina-se novamente para a esquerda ao se aproximar e atravessar o hiato esofágico no 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
8 
diafragma. O esôfago normalmente tem três constrições, onde estruturas adjacentes 
deixam impressões: 
 Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago): tem seu início na junção 
faringoesofágica 
 Constrição broncoaórtica (torácica): uma constrição combinada, no local 
onde ocorre o primeiro cruzamento do arco da aorta e depois o cruzamento 
pelo brônquio principal esquerdo, a primeira constricção é observada em 
vistas anteroposteriores, a segunda em vistas laterais. 
 Constrição diafragmática: No local onde atravessa o hiato esofágico do 
diafragma. 
 
 
C) Para o manejo cirúrgico do esôfago, é importante o conhecimento da 
vascularização e inervação deste órgão. Descreva essa vascularização e 
inervação. 
As artérias da parte cervical do esôfago são ramos das artérias tireóideas inferiores. A parte 
torácica é vascularizada por ramos torácicos da aorta e a porção abdominal por ramos da artéria 
gástrica esquerda. A vascularização venosa cervical é feita pela veia tireóidea inferior a parte 
torácica é feita pelo sistema ázigo e a porção abdominal pela veia gástrica esquerda. A inervação 
parassimpática é dada pelo nervo vago e a simpática por troncos simpáticos. 
D) Considerando que o câncer esofágico ainda encontrava-se em estágio inicial, 
foi indicada cirurgia de esofagectomia parcial, com ressecção das porções 
Hugo&Misael
Texto digitado
causada pela parte cricofaríngea do m. constritor inferior da faringe
Hugo&Misael
Texto digitado
e artéria frênica inferior esquerda .
 
Thamara de Abreu Souza 
 
9 
torácica e abdominal do esôfago. Mencione os linfonodos que devem ser 
obrigatoriamente ressecados com o esôfago no caso deste paciente, justifique 
a afirmativa. 
Os linfonodos da parte cervical são os linfonodos cervicais profundos e os linfonodos 
paratraqueais. Os linfonodos da parte torácica são os traqueobronquiais superior e 
inferior e frênicos superiores. Na porção abdominal são os linfonodos gástricos 
esquerdos que drenam para os linfonodos celíacos. 
 
Anatomia 3º Período – Aula 2 
Caso 46.3 Carcinomatose peritoneal 
A) Descreva as camadas da parede abdominal anterior, iniciando a partir da pele e 
terminando na aponeurose das bainhas dos retos. 
A parede abdominal, embora contínua é subdividida em parede anterior, direita, esquerda 
e posterior. O limite entre a parede anterior e as paredes laterais é indefinido, portanto, 
costuma-se usar termo parede abdominal anterolateral. 
A parede abdominal anterolateral é formada por pele, tecido subcutâneo, composto 
principalmente por gordura, músculos suas aponeuroses, fáscia muscular, gordura extra 
peritoneal e peritônio parietal. 
 
B) Como o abdome pode ser dividido sob o ponto de vista clínico? Cite pelo menos 
um órgão que pode ser encontrado em cada uma destas divisões. 
A divisão do abdome em nove regiões, essas regiões são delimitadas por quatro planos: dois 
sagitais (verticais) e dois transversos (horizontais). Os dois planos sagitais geralmente são os 
planos medioclaviculares que seguem o ponto médio das clavículas até os planos 
medioinguinais,pontos médios que unem as EIAS. Os planos transversos são o plano subcostal, 
que atravessa a margem inferior da 10º cartilagem costal, e o plano intertubercular, que 
atravessa os tubérculos ilíacos e o corpo de L5. 
Os quatro quadrantes da cavidade abdominal (quadrante superior, quadrante inferior, 
direito e esquerdo) são delimitados por dois planos facilmente demarcados o plano transubilical 
que atravessa o umbigo (disco interverbral e as vértebras L3 e L4) divide as metades superior e 
inferior, e o plano mediano (vertical), que atravessa o corpo longitudinalmente, defina as 
metades direita e esquerda. É importante saber os órgãos encontrados em cada região 
abdominal ou quadrante, para que se saiba onde deve ser feita a ausculta, percussão e palpação 
e para registrar a localização dos achados no exame físico. No quadrante superior direito se 
encontram órgãos como fígado lobo direito, vesícula biliar, rim direito, no quadrante inferior 
direito: apêndice vermiforme, ovário direito, tuba uterina direita, no quadrante superior 
esquerdo: fígado lobo esquerdo, estômago, baço, rim esquerdo e no quadrante inferior 
esquerdo: ovário esquerdo, tuba uterina esquerda e bexiga se muito cheia. 
 
C) Defina peritônio, mencionando suas divisões. Conceitue líquido peritoneal 
explicando como ocorre a vascularização e inervação peritoneal. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
10 
Peritônio é uma membrana serosa, transparente, contínua, brilhante, escorregadia. Reveste 
a cavidade abdominal pélvica e recobre as vísceras. O peritônio consiste em duas lâminas 
continuas: o peritônio parietal (reveste a face interna da parede abdomino pélvica) e o peritônio 
visceral, que reveste as vísceras como estômago e intestino. Líquido peritoneal- é composto de 
água, eletrólitos e outras substâncias derivadas do líquido intersticial em tecidos adjacentes, o 
líquido peritoneal lubrifica as superfícies peritoneais permitindo que as vísceras movimentem-
se umas sobre as outras sem atrito e permitindo os movimentos da digestão. 
A vascularização do peritônio visceral é a mesma do órgão que ele reveste e a do peritônio 
parietal é a mesma da parede anterior do abdome. 
 
D) Defina cavidade peritoneal, espaço retro peritoneal e espaço extra peritoneal. Cite 
exemplos de órgãos encontrados em cada uma destas regiões. 
A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a 
cavidade pélvica. A cavidade peritoneal é um espaço virtual com espessura capilar, situado entre 
as lâminas parietal e visceral do peritônio, não contêm órgãos, mas contém uma fina película de 
líquido peritoneal. 
 
E) Defina omento menor (mencionando seu conteúdo), omento maior, mesentério, 
mesoapêndice e mesocólon. Qual a função do omento maior? 
O omento é uma extensão ou prega do peritônio em duas camadas, vai do estômago e da 
parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal. 
O omento menor é uma prega peritoneal muito menor, dupla, que une a curvatura menos 
do estômago e a parte proximal do duodeno ao fígado. Também une o estômago a uma tríade 
de estruturas que seguem entre o duodeno e o fígado na margem livre do omento menor. 
A importância do omento menor, é o seu conteúdo pois ele contém a tríade portal formada 
por: 
O omento maior é uma prega peritoneal proeminente que tem quatro camadas e pende 
como um avental na curvatura maior do estômago, e da parte proximal do duodeno. Após 
descer, dobra-se de volta e se fixa a superfície anterior do colo transverso e seu mesentério. 
Mesentério é uma lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio para 
um órgão e é a continuidade dos peritônios visceral e parietal. Enseja a comunicação entre órgão 
e aparelhos do corpo. 
 
F) Cite os limites da bolsa omental (menor). Qual estrutura permite a comunicação 
desse espaço com o restante da cavidade peritoneal? 
Tem um recesso superior, limitado superiormente pelo diafragma e as camadas posteriores 
do ligamento coronário do fígado. E um recesso inferior entre as partes superiores das camadas 
do omento maior. O forame omental é a estrutura que permite a comunicação da bolsa omental 
com a cavidade peritoneal. 
 
G) Cite os recessos (escavações) da pelve masculina e feminina. Explique a 
importância clínica do fundo de saco de Douglas. 
O peritônio passa sobre o fundo, segue por toda a face posterior do útero até sobre as 
paredes posterior da vagina antes de refletir superiormente sobra a parede anterior aa parte 
Hugo&Misael
Texto digitado
artéria hepática, ducto colédoco, veia porta.
 
Thamara de Abreu Souza 
 
11 
inferior do reto (ampola retal). A bolsa assim formada entre o útero e o reto é a escavação 
retrouterina (fundo do saco de Douglas). 
Na punção da escavação retrouterina (clinicamente fundo do saco de Douglas) através da 
parte posterior do fórnice da vagina, podem ser coletados líquidos com fins diagnósticos, que 
podem ter sido acumulados na pelve feminina nesta invaginação peritoneal mais profunda, por 
exemplo, um sangramento ou uma supuração. 
 
H) Cite e defina espaços e recessos abdominais e extra pélvicos. 
As pregas peritoneais podem criar fossas ou recessos da cavidade peritoneal. São eles: 
recessos Subfrênico direito e esquerdo, Hepatorrenal (de Morrison), Reto-vesical, Vesico-
uterino e Reto-uterino. 
 
I) Descreva a anatomia diafragmática, mencionando seus pilares e orifícios. 
O diafragma é uma divisória musculotendínea com dupla cúpula que separa a cavidade 
torácica e abdominal. A face superior basicamente convexa fica voltada pra a cavidade torácica, 
e a face inferior côncava fica voltada para cavidade abdominal. Pilares do diafragma são feixes 
musculotendíneos que se originam das faces anteriores dos corpos das três vértebras lombares 
superiores, do ligamento longitudinal anterior e dos discos intervertebrais. 
 
J) Cite os recessos pélvicos comprometidos pela doença metastática na imagem. 
O recesso comprometido na imagem foi o retrouterina (fundo do saco de Douglas) 
Caso 47.4 Corpo estranho gástrico 
A) Localize o estômago na cavidade abdominal 
Na posição de decúbito dorsal, o estômago costuma estar nos quadrantes superior direito e 
esquerdo, ou no epigástrio, região umbilical, hipocôndrio e flanco esquerdo. Na posição ereta, 
o estômago desloca para baixo. Em indivíduos astênicos (magros, fracos), o corpo gástrico pode 
se estender-se até a pelve. 
 
B) O conhecimento das divisões gástricas é importante para identificação de 
exata localização de corpos estranhos no estômago. Delimite as porções do 
estômago e suas curvaturas. 
O estômago é dividido em quatro partes: 
 Cardia: a parte que circunda o òstio cárdico, a abertura superior ou entrada do 
estômago. 
 Fundo gástrico: a parte superior dilatada que está relacionada à cúpula esquerda 
do diafragma e é limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cárdico. 
A incisura cárdica está situada entre o esôfago e o fundo gástrico. 
 Corpo gástrico: a parte principal do estômago, entre o fundo gástrico e o antro 
pilórico. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
12 
 Parte pilórica: a região afunilada de saída do estômago; sua parte mais larga, o 
antro pilórico, leva ao canal pilórico, sua parte mais estreita. O piloro é região 
esfincteriana distal da parte pilórica. É um espessamento acentuado da camada 
da circular do músculo liso que controla a saída do conteúdo gástrico através do 
óstio pilórico. 
 
C) Os corpos estranhos no estômago estabelecem contato direto com a superfície 
gástrica interna. Comente como esta se apresenta, sob o ponto de vista 
macroscópico. 
A superfície lisa da mucosa gástrica é castanho-avermelhada no indivíduo vivo, exceto na 
parte pilórica, onde é rósea. Em vida, é coberta por uma mucosa contínuaque protege sua 
superfície contra o ácido gástrico secretado pelas glândulas gástricas. Quando contraída, a 
mucosa gástrica forma estrias ou rugas longitudinais denominadas pregas gástricas; estas são 
mais acentuadas na região pilórica e ao longo da curvatura maior. Durante a deglutição, forma-
se um sulco ou um canal gástrico temporário entre as pregas longitudinais ao longo da curvatura 
menor. 
 
D) Em alguns casos, corpos estranhos no estômago podem perfurar o órgão e 
alcançar estruturas adjacentes. Cite as que apresentam relação anatômica com 
as faces anterior e posterior do estômago. 
O estômago é coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo 
de suas curvaturas e em uma pequena área posterior ao óstio cárdico. As duas lâminas do 
omento menor estendem-se ao redor do estômago e separam-se de sua curvatura maior com o 
omento maior. Anteriormente, o estômago relaciona-se com o diafragma, o lobo esquerdo do 
fígado e a parede abdominal anterior. Posteriormente, o estômago relaciona-se com a bolsa 
omental e o pâncreas; a face posterior do estômago forma a maior parte da parede anterior da 
bolsa omental. O colo transverso tem relação inferior e lateral com o estômago e segue ao longo 
da curvatura maior do estômago até a flexura esquerda do colo. 
 
E) Defina “leito gástrico” e descreva as estruturas que compõem. 
O leito do estômago, sobre o qual se apoia o estômago em decúbito dorsal, é formado pelas 
estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental. Da região superior para inferior, o 
leito do estômago é formado pela cúpula esquerda do diafragma, baço, rim e glândula 
suprarrenal esquerdos, artéria esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. 
 
F) Assim como os órgãos que apresentam relação anatômica com o estômago, as 
artérias e veias gástricas também são importantes para as cirurgias desse 
órgão. Identifique a vascularização arterial e venosa do estômago, 
mencionando, no caso das artérias, seus respectivos troncos de origem. 
O rico suprimento arterial do estômago tem origem no tronco celíaco e em seus ramos. 
A maior parte do sangue provém de anastomoses formadas ao longo da curvatura 
menor pelas artérias gástricas direita e esquerda, e ao longo da curvatura maior pelas 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
13 
artérias gastromentais direita e esquerda. O fundo gástrico e a parte superior do corpo 
gástrico recebem artérias gástricas curtas e posteriores. As veias gástricas 
acompanham as artérias. As veias gástricas direita e esquerda drenam para veia porta; 
as veias gástricas curtas e as veias gastromentais esquerdas drenam para a veia 
esplênica. A veia gastromental direita drena para a VMS. Uma veia pré-pilórica ascende 
sobre o piloro até a veia gástrica esquerda. 
 
G) Nas cirurgias oncológicas gástricas é importante a ressecção dos linfonodos 
responsáveis pela drenagem linfática deste órgão, em uma tentativa de 
impedir a permanência de metástases linfáticas locais. Cite a principal cadeia 
linfática responsável pela drenagem do estômago. 
Os vasos linfáticos gástricos acompanham as artérias ao longo das curvaturas maior e menor 
do estômago. Eles drenam linfa de suas superfícies anterior e posterior em direção às suas 
curvaturas, onde estão localizados os linfonodos gástricos e gastromentais. Os vasos eferentes 
desses linfonodos acompanham as grandes artérias até os linfonodos celíacos . 
 
H) Descreva a inervação autonômica do estômago e explique como são realizadas 
os diversos tipos de vagotomia existentes. 
A inervação parassimpática do estômago provém dos troncos vagais anterior e posterior e 
de seus ramos, que entram no abdome através do hiato esofágico. 
O tronco vagal anterior, derivado principalmente do nervo vago esquerdo, geralmente entra 
no abdome como um ramo isolado situado na face anterior do esôfago. 
O tronco vagal posterior, maior, derivado principalmente do nervo vago direito, entra no 
abdome na face posterior do esôfago e segue em direção à curvatura menor do estômago. 
A inervação simpática do estômago proveniente dos segmentos T6 a T9 da medula espinal 
segue para o plexo celíaco através do nervo esplâncnico maior e é distribuída através dos plexos 
ao redor das artérias gástricas e gastromentais. 
Os tipos de vagotomia são: 
Vagotomia troncular: é de emergência, ressecção cirúrgica dos troncos vagais, raramente 
é realizada, porque a inervação de outras estruturas é sacrificada. Perde toda inervação 
parassimpática do andar superior, prejudicando o esvaziamento. 
Vagotomia gástrica seletiva: o estomago é desenervado, mas são preservados os ramos 
vagais para o piloro, fígado e ductos biliares, intestino e plexo celíaco (preserva a inervação 
do andar superior). Porem não poupa a pata de corvo, prejudicando o esvaziamento do 
estomago. Pata de corvo inerva o antro, que é responsável pelo esvaziamento. 
 Vagotomia proximal seletiva (poupa a pata): tenta desenervar ainda mais especificamente 
a área em que estão localizadas as células parietais. Preserva a inervação do andar superior, 
preserva o esvaziamento, a desvantagem é que demora muito. 
 
 
Caso 48.1 Obstrução intestinal 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
14 
A) Localize o duodeno na cavidade abdominal, discriminando suas porções de 
acordo com o revestimento peritoneal que recebem e identificando suas 
principais relações anatômicas. 
A primeira é dividido em quatro partes, a porção inicial da primeira parte é a única 
peritoneal, sendo toda sua continuação extraperitoneal. 
Relações do Duodeno 
Parte do 
Duodeno 
Anterior Posterior Medial Superior Inferior 
Superior Peritônio 
Vesícula biliar 
Lobo quadrado do 
fígado 
Ducto colédoco 
A.Gastroduodena
l 
Veia porta 
VCI 
Piloro Colo da 
vesícula biliar 
Colo do 
pâncreas 
Descendent
e 
Colo transverso 
Mesocolo transverso 
Alças do intestino 
delgado 
Hilo renal direito 
Vasos renais 
Ureter 
M. psoas maior 
Cabeça de 
pâncreas 
Ducto 
pancreático 
Ducto colédoco 
Parte superior 
do duodeno 
Parte 
inferior do 
duodeno 
Inferior MAS 
VMS 
Alças de intestino 
delgado 
M. psoas maior 
direito 
VCI 
Aorta 
Ureter direito 
 Cabeça e 
processo 
uncinado do 
pâncreas 
Vasos 
mesentéricos 
superiores 
Alças de 
intestino 
delgado 
Ascendente Ínicio da raiz do 
mesentério 
Alças de jejuno 
M. psoas maior 
esquerdo 
 
AMS, VMS, 
processo 
uncinado do 
pâncreas 
Corpo do 
pâncreas 
Alças de 
jejuno 
 
B) Delimite as porções do duodeno, utilizando dados de sua morfologia 
externa. 
O duodeno é dividido em quatro partes: 
 Parte superior (primeira): curta, situada anterolateralmente ao corpo da 
vértebra L1. Ascende a partir do piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula 
biliar. O peritônio cobre sua face anterior, mas não há peritônio posteriormente 
com exceção da ampola. 
 Parte descendente (segunda): mais longa, desce ao longo das faces direitas das 
vértebras L1-L3. Segue inferiormente curvando-se ao redor da cabeça do 
pâncreas. 
 Parte inferior (terceira): cruza a vértebra L3. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
15 
 Parte ascendente (quarta): começa a esquerda da vértebra L3, e segue 
superiormente até a margem superior da vértebra L2. 
 
C) Defina ângulo duodenojejunal (ângulo de Treitz) mencionando sua 
importância na classificação das hemorragias digestórias. 
O ângulo é sustentado pelo ligamento de Treitz que é um músculo suspensor 
do duodeno. A contração desse músculo alarga o ângulo da flexura 
duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo intestinal. O ângulo 
diferenciam as hemorragias digestivas altas da hemorragia digestiva baixa. 
 
D) A imagem endoscópica deste caso mostra verme no interiordo duodeno. 
Descreva a morfologia interna do duodeno e cite as estruturas importantes 
encontradas na parede interna da 2º porção duodenal. 
Os ductos colédoco e pancreático principal entram na 2º porção do duodeno em 
sua parede pósteromedial. Esses ductos geralmente se unem para formar a ampola 
hepatopancreática, que se abre em uma eminência chamada papila maior do duodeno. 
E) Descreva a vascularização arterial( incluindo a origem de cada artéria), 
venosa e linfática do duodeno. 
As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco e da artéria mesentérica 
superior. O tronco celíaco através da artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria 
pancreático-duodenal superior; supre a parte do duodeno proximal à entrada do ducto 
colédoco até a parte descendente do duodeno. A artéria mesentérica superior através 
da artéria pancreático-duodenal inferior; supre o duodeno distal a entrada do ducto 
colédoco. As veias do duodeno acompanham as artérias e drenam para veia porta, 
algumas diretamente e outras indiretamente , através das veias mesentéricas superior 
e esplênica. Os vasos linfáticos do duodeno acompanham as artérias. Os vasos linfáticos 
anteriores drenam para os linfonodos pancreático-duodenais, localizados ao longo das 
artérias pancreático- duodenais superior e inferior, e para os linfonodos pilóricos 
situados ao longo da artéria gastroduodenal. Os vasos linfáticos posteriores seguem 
posteriormente à cabeça do pâncreas e drenam para linfonodos mesentéricos 
superiores. Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos duodenais drenam para 
linfonodos celíacos. 
 
Caso 48.4 Isquemia mesentérica 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
16 
A) Localize o jejuno e o íleo na cavidade abdominal. Qual a relação dos mesmos 
com o peritônio? 
A segunda parte do intestino delgado, o Jejuno, começa na flexura duodenojejunal , onde o 
trato digestório volta a ser intraperitoneal, a terceira parte do intestino delgado, o ílio, termina 
na junção ileocecal. A maior parte do jejuno está localizado no quadrante superior esquerdo ( 
QSE ) e a maior parte do íleo se encontra no quadrante inferior direito ( QID ). A parte terminal 
do íleo, geralmente está na pelve , de onde ascende e termina na face medial do ceco. 
Jejuno e íleo são fixados na parede abdominal por uma prega de peritônio em forma de 
leque chamado Mesentério. Esse mesentério apresenta duas laminas e entre essas laminas 
estão presentes vasos, linfonodos, uma quantidade variável de gordura e nervos autônomos. 
 
B) Cite as diferenças anatômicas entre jejuno e íleo. Porque são tão importantes? 
Como não há uma linha externa nítida de demarcação entre jejuno e íleo, é importante 
conhecer suas principais características, que serão importantes cirurgicamente. 
CARACTERISTICAS JEJUNO ÍLEO 
COR VERMELHO ROSA 
CALIBRE 2-4 Cm 2-3 Cm 
PAREDE ESPESSA E PESADA FINO E LEVE 
VASCULARIZAÇÃO MAIOR MENOR 
VASOS RETOS LONGOS CURTOS 
ARCOS ALGUMAS ALÇAS GRANDES MUITAS 
GORDURAS MENOS MAIS 
PREGAS CIRCULARES GRANDES, ALTAS BAIXAS 
NÓDULAS LINFOIDES POUCOS MUITOS 
 
C) A isquemia mesentérica apresenta-se como um comprometimento do 
suprimento arterial do intestino delgado. Descreva as vascularizações arterial 
(incluindo a origem de cada artéria), venosa e linfática jejunoileal. 
A Artéria mesentérica superior ( AMS ), irriga jejuno e íleo através das artérias jejunais e 
ileais. AMS geramente origina-se da parte abdominal da aorta no nível da vertebra L1 e segue 
entre as camadas do mesentério , enviando 15-18 ramos para jejuno e íleo. As artérias se unem 
para formar alças ou arcos, chamados arcos arteriais, que darão origem as artérias retas, 
denominados vasos retos. 
A Veia mesentérica superior ( VMS ), drena jejuno e íleo. Situa-se anteriormente e a 
direita da AMS, na raiz do mesentério. A VMS termina posteriormente ao colo do pâncreas, onde 
se une a veia esplênica para formar a veia porta hepática. 
Os vasos linfáticos especializados nas vilosidades intestinais que absorvem gordura são 
denominados lactíferos, eles drenam seu liquido leitoso para os plexos linfáticos nas paredes de 
jejuno e do íleo. Por sua vez, os vasos lactíferos drenam para os vasos linfáticos entre as camadas 
do mesentério. No mesentério, a linfa atravessa sequencialmente 3 grupos de linfonodos: 
 Linfonodos Justaintestinais : localizados perto da parede intestinal 
 Linfonodos mesentéricos : dispersos entre os arcos arteriais 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
17 
 Linfonodos centrais superiores : localizados ao longo da parte proximal da MAS 
Os vasos linfáticos eferentes dos linfonodos mesentéricos drenam para os linfonodos 
mesentéricos superiores. Os vasos linfáticos da parte terminal do íleo seguem o ramo íleal da 
artéria íleocolica ate os linfonodos ileocolicos. 
 
 
 
 
Anatomia 3º Período- Aula 3 
Caso 48.8 Vólvulo de sigmoide 
A) Localize o intestino grosso na cavidade abdominal e cite suas porções. 
O intestino grosso é formado pelo ceco; apêndice vermiforme; colo ascendente, transverso, 
descendente e sigmoide; reto e canal anal. 
B) Cite as características anatômicas próprias de um segmento colônico que o 
diferenciam do intestino delgado. 
O intestino grosso, pode se diferenciar do delgado por: 
 Apêndices omentais do colo: projeções pequenas, adiposas, semelhantes ao omento. 
 Tênias do colo: três faixas longitudinais distintas: 1- tênia mesocólica, à qual se fixam os 
mesocolos transversos e sigmoide, 2- tênia omental, à qual se fixam os apêndices 
omentais e 3- tênia livre, à qual não estão fixados mesocolos nem apêndices omentais. 
 Saculações: saculações da parede do colo entre as tênias. 
 Um calibre muito maior. 
 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
18 
 
C) Cite as porções do intestino grosso que não possuem as características 
anatômicas colônicas mencionadas na questão anterior. 
Essas regiões são reto e canal anal. O reto apresenta três pregas transversas semicirculares. 
 
D) Defina “apêndice vermiforme” e “ valva ileocecal” (óstio íleo). 
O apêndice é um divertículo intestinal cego que contém massas de tecido linfoide. Origina-
se na face pósteromedial do ceco, inferiormente à junção ileocecal. O apêndice vermiforme tem 
um mesentério triangular, o mesoapêndice. A posição do apêndice é variável mais geralmente 
é retrocecal. 
A parte terminal do íleo entra no ceco obliquamente e invagina-se em parte para o seu 
interior formando o óstio ileal. 
 
E) Cite as principais relações anatômicas do reto. 
O reto é a parte pélvica do tubo digestório, mantendo continuidade com o colo sigmoide e 
distal com o canal anal. A junção retossigmoide situa-se anteriormente á vértebra S3. O reto 
segue a curva do sacro e do cóccix, formando a flexura sacral do reto. O reto termina 
anteroinferiormente à extremidade do cóccix, imediatamente antes de um ângulo 
posteroinferior agudo, a flexura anorretal do canal anal, encontrado no ponto em que o 
intestino perfura o diafragma da pelve. 
 
F) Defina “ linha anorretal” , “ linha pectinada” e “ linha alba” (anocutânea/ de 
Hilton) no canal anal. 
O limite inferior das válvulas anais, que se assemelham a um pente, forma uma linha 
irregular, a linha pectinada, que indica a junção da parte superior do canal anal (visceral, 
derivada do intestino posterior embrionário) com a parte inferior (somática; derivada do 
proctodeu embrionário). A linha anorretal separa o reto do canal anal se encontra nos ápices 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
19 
das colunas anais. A linha alba separa esfíncter anal interno involuntário do esfíncter anal 
externo voluntário. 
G) Para correção do prolapso retal deve-se atentar para os vasos sanguíneos do 
órgão. Descreva as vascularizações arterial, venosa e linfática dointestino 
grosso. 
O suprimento arterial do ceco é realizado pela artéria ileocólica, ramo terminal da artéria 
mesentérica superior. A artéria apendicular, um ramo da artéria ileocólica, irriga o apêndice 
vermiforme. A drenagem venosa do ceco e do apêndice vermiforme segue através de uma 
tributária da veia mesentérica superior, a veia ileocólica. 
O suprimento arterial do colo ascendente e da flexura direita do colo provém dos ramos da 
artéria mesentérica superior, as artérias ileocólica e cólica direita. 
 
H) Descreva a inervação do intestino grosso. 
A inervação é pelos plexos mesentéricos superiores que inerva o apêndice, colo ascendente 
e parte do colo transverso, plexo mesentérico inferior que inerva parte do colo transverso, colo 
descendente e sigmoide e plexo hipogástrico superiores e inferiores que inervam acima da linha 
pectinada e abaixo é o plexo retal. 
 
 
 
Caso 49.5 Pancreatite aguda 
A) Para compreensão das imagens tomográficas de um quadro inflamatório 
pancreático é fundamental conhecer a localização e as relações anatômicas do 
órgão. Cite a localização anatômica do pâncreas, mencionando as respectivas 
divisões e principais relações anatômicas. 
O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada 
sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L1 e L2 na parede abdominal 
posterior. Situa-se atrás do estômago entre o duodeno à direita e o baço à esquerda. O 
mesocolon transverso está situado em sua margem anterior. O pâncreas é dividido em quatro 
partes: cabeça, colo, corpo e cauda. 
 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
20 
 
 
B) Diferencie a vascularização arterial da cabeça do pâncreas e do restante da 
glândula. 
O suprimento arterial do pâncreas é derivado principalmente dos ramos da artéria 
esplênica, que é muito tortuosa. Várias artérias pancreáticas formam diversos arcos com ramos 
pancreáticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior. Até 10 ramos da artéria 
esplênica irrigam o corpo e a cauda do pâncreas. As artérias pancreático-duodenais superiores 
anterior e posterior, ramos da artéria gastroduodenal, e as artérias pancreático- duodenal 
inferior anterior e posterior são ramos da AMS, formam arcos anteriores posteriores que 
irrigam a cabeça do pâncreas. 
 
C) Explique a drenagem venosa e linfática e inervação pancreática. 
A drenagem venosa do pâncreas é feita através das veias pancreáticas correspondentes, 
tributárias da parte esplênica e mesentérica superior da veia porta, a maioria delas drena para 
veia esplênica. 
Os vasos linfáticos pancreáticos acompanham os vasos sanguíneos. A maioria dos vasos 
termina nos linfonodos pancreáticos-esplênicos, situados ao longo da artéria esplênica. Alguns 
vasos terminam nos linfonodos pilóricos. Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para 
linfonodos mesentéricos superiores ou para os linfonodos celíacos através dos linfonodos 
hepáticos. 
Os nervos do pâncreas são derivados do nervo vago esplâncnico abdominopélvico que 
atravessam o diafragma. As fibras parassimpáticas e simpáticas chegam ao pâncreas ao longo 
das artérias do plexo celíaco e do plexo mesentérico superior. 
 
D) O edema pancreático pode levar a diferentes graus de compressão dos ductos 
pancreáticos. Descreva os ductos pancreáticos. 
O ducto pancreático principal começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da 
glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o 
ducto colédoco geralmente se unem para formar a ampola de Vater que se abre na parte 
descendente do duodeno na papila maior do duodeno. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
21 
O ducto pancreático acessório abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. 
Em geral, o ducto acessório se comunica com o ducto pancreático principal. 
 
 
 
Anatomia 3º Período- Aula 4 
Caso 49.1 Hipertensão portal 
A) Cite a localização anatômica do fígado. 
O fígado está situado principalmente no quadrante superior direito do abdome, onde é 
protegido pela caixa torácica e pelo diafragma. Situa-se entre a 7º e 11º costela no lado direito 
e cruza a linha mediana em direção a papila mamária esquerda. Desse modo, O fígado ocupa a 
maior parte do hipocôndrio direito e do epigástrio e estende-se até o hipocôndrio esquerdo. 
 
B) Mencione os ligamentos hepáticos e os respectivos pontos de inserção. Defina 
“área nua” do fígado. 
A área nua é a porção diafragmática do fígado, situada posteriormente que não é recoberta 
por peritônio. A área nua é demarcada pela reflexão do peritônio do diafragma para o fígado, 
como as lâminas anterior e posterior do ligamento coronário. Essas lâminas encontram-se a 
direita para formar o ligamento triangular direito e divergem para a esquerda a fim de revestir 
a área nua triangular. A lâmina anterior do ligamento coronário è continua à esquerda com a 
lâmina direita do ligamento falciforme, e a lâmina posterior é contínua com a lâmina direita do 
omento. As lâminas anterior e posterior da parte esquerda do ligamento coronário se 
encontram para formar o ligamento triangular esquerdo. 
Na face visceral: 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
22 
O ligamento redondo do fígado é o remanescente fibroso da veia umbilical, que levava o 
sangue oxigenado e rico em nutrientes da placenta para o feto. O ligamento venoso é o 
remanescente fibroso do ducto venoso fetal, que desviava sangue da veia umbilical para a VCI. 
 
C) Defina cápsula hepática de Glisson. 
Sob o revestimento peritoneal que cobre a maior parte da superfície do fígado, situa-se uma 
fina lâmina de tecido conectivo a cápsula de Glisson, a partir da qual extensões penetram no 
órgão, ramificando-se como septos e trabéculas de tecido conectivo. 
 
D) Compare a divisão anatômica (lobos) com a funcional (segmentos) do fígado. 
Como são divididos os segmentos hepáticos? 
O fígado é dividido de 2 formas: através da divisão anatômica que é por lobos e pela divisão 
funcional que é por segmentos. Na divisão anatômica na região anterior tem o lobo direito e 
esquerdo que é delimitado pelo ligamento falciforme e o lobo direito é maior que o esquerdo. 
Na região posterior tem o lobo caudado e quadrado, eles se localizam a direita do ligamento 
venoso e do ligamento redondo. O lobo caudado fica posterior a veia porta e o lobo quadrado 
fica anterior a veia porta. O lobo caudado faz relação com a veia cava inferior e o lobo quadrado 
faz com a vesícula. A divisão funcional é através de segmentos, onde traçamos uma linha vertical 
da veia cava inferior até a vesícula biliar e uma segunda linha nos ligamentos falciforme e 
redondo. A divisão em segmentos da parte anterior do fígado é feita em sentido horário onde o 
1º segmento esquerdo lateral é o segmento II que fica superior. Na região posterior não é 
possível visualizar o segmento I (lobo caudado). O segmento III fica na parte lateral da região 
esquerda e o IV ocupa toda a região medial, o V é na região medial inferior da parte direita, o VI 
na parte lateral inferior direita, o VII na região superior lateral direita e o VIII na região superior 
medial direita. Posteriormente é traçado uma linha no ligamento venoso e redondo para dividir 
os segmentos. A segmentação é no sentido anti-horário, na região posterior não é observado o 
segmento VIII. 
 
E) Diferencie lobectomia hepática de segmentectomia hepática. 
A lobectomia é a ressecção de uma parte dos lobos do fígado, já a segmentectomia é a 
ressecção de um dos segmentos do fígado, é mais utilizada porque para cada segmento existe 
uma artéria vascularizando esse segmento. 
 
F) Defina e cite a composição do H hepático. 
O H hepático é composto pelo ligamento venoso, pelo ligamento redondo, VCI, veia porta e 
vesícula biliar. 
 
G) Explique a formação da veia porta hepática.Para onde é direcionado o fluxo 
sanguíneo dessa veia após passar pelo fígado? 
A veia porta é formada pela união da veia esplênica e a mesentérica superior. O fluxo 
sanguíneo dessa via é direcionado para a VCI que ascende para o coração. 
 
H) Defina hipertensão portal. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
23 
Quando a cicatrização e a fibrose causadas por cirrose obstruem a veia porta do fígado, há 
aumento de pressão na veia porta e em suas tributárias, o que causa hipertensão porta. 
I) Explique como um quadro de hipertensão portal pode levar à ascite, às varizes 
esofágicas, à circulação colateral em cabeça de medusa, esplenomegalia e 
hemorroidas. 
O grande volume de sangue que flui do sistema porta para o sistemas sistêmico nos locais 
de anastomoses portossistêmicas provoca o surgimento de varizes, principalmente na parte 
inferior do esôfago. A dilatação das veias é tão intensa que suas paredes se rompem, 
resultando em hemorragia. 
Nos casos graves de obstrução porta, as veias da parede abdominal anterior que se 
anastomosam com as veias paraumbilicais podem se tornar varicosas e assemelhar-se a 
pequenas cobras que se irradiam sob a pele ao redor do umbigo. Esse distúrbio é denominado 
cabeça de medusa. 
A esplenomegalia é causada porque o sangue não consegue sair do baço e começa a 
acumular o sangue no baço e ele aumenta de volume porque a veia esplênica não vai conseguir 
drenar sangue para veia porta. 
Como a veia porta é formada pela mesentérica superior e pela esplênica e a mesma vai estar 
com a pressão aumentada e com isso o fluxo vai ser retrógrado. O plexo hemorroidal superior 
que drena para a retal superior que drena para a mesentérica superior que drena para veia porta 
vai estar obstruído, devido a isso o paciente com cirrose vai apresentar hemorroidas internas. 
 
Caso 49.4 Colelitíase 
A) Cite a localização e as divisões anatômicas da vesícula biliar. 
A vesícula biliar situa-se na fossa da vesícula biliar na face visceral do fígado. Esta fossa rasa 
está situada na junção das partes direita e esquerda do fígado. Ela pode ser dividida em: Fundo, 
Corpo e Colo. 
 
B) O conhecimento da anatomia vascular da vesícula biliar é fundamental para os 
procedimentos cirúrgicos desta estrutura. Explique a vascularização arterial da 
vesícula biliar desde sua origem. 
A artéria cística, que irriga a vesícula biliar e o ducto cístico comumente origina-se da artéria 
hepática direita no ângulo entre o ducto hepático comum e o ducto cístico. 
 
C) Defina trígono hepatocístico de Calot mencionando seus conteúdo e 
importância cirúrgica. 
O trígono cistohepático é formado pelo ducto cístico, ducto hepático comum e face visceral 
do fígado, e seu conteúdo a artéria hepática direita. 
 
D) Descreva as vias biliares, conceituando ampola hepatopancreática ( de Vater) 
e esfíncter hepatopancreático de Oddi. 
O ducto pancreático principal e o ducto colédoco se unem para formar a ampola 
hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
24 
no cume da papila maior do duodeno. O músculo esfíncter da ampola pancreática ou de Oddi 
ao redor da ampola pancreática, é um esfíncter de músculo liso que controla a saída de bile e 
de suco pancreático para a ampola e o refluxo do conteúdo duodenal para a ampola 
hepatopancreática. 
Os hepatócitos secretam bile para canalículos biliares formados entre eles. Os canalículos 
drenam para pequenos ductos biliares interlobulares e depois para os grandes ductos biliares 
coletores da tríade portal intra-hepática, que se fundem para formar os ductos hepáticos direito 
e esquerdo. Os ductos hepáticos direito e esquerdo drenam as partes direita e esquerda do 
fígado, respectivamente. Logo depois de deixar a porta do fígado esses ductos hepáticos unem-
se para formar o ducto hepático comum, que recebe no lado direito o ducto cístico para formar 
o ducto colédoco, que conduz a bile para o duodeno. 
 
E) Explique as diferenças básicas entre episódios de cólica biliar e colecistite 
aguda. 
Um cálculo biliar é uma concreção da vesícula biliar, ducto cístico ou outro ducto biliar 
formada principalmente por cristais de colesterol. A ampola de Vater é a parte mais estreita das 
vias biliares e é o local comum de impactação dos cálculos biliares. Ao cálculos biliares também 
podem se alojar nos ductos hepáticos e císticos. Um cálculo alojado no ducto cístico causa cólica 
biliar. Quando a vesícula relaxa o cálculo volta para seu interior. Se o cálculo obstruir o ducto 
cístico, há colescistite (inflamação da vesícula biliar) em razão do acúmulo de bile, o que causa 
aumento da vesícula biliar. 
 
 
Sistema Endócrino 
Anatomia 3º período Aula 1 
Caso 54.1 Tumor de hipófise 
A) Cite a localização anatômica da hipófise e mencione a outra denominação da 
glândula. Descreva a estrutura que a recobre. 
A hipófise, ou pituitária é continua com o infundíbulo, um processo inferior, cônico, 
côncavo, proveniente do túber cinéreo do hipotálamo. Ela se situa dentro da fossa hipofisária 
no osso esfenoide, coberta superiormente pelo diafragma da sela, circular, da dura-máter do 
encéfalo; este é perfurado centralmente por uma abertura para o infundíbulo e separa a face 
superior anterior da hipófise do quiasma óptico. 
 
B) Explique como a hipófise pode ser dividida anatomicamente. 
A divisão principal é em duas regiões, que diferem em origem, estrutura e função: um é uma 
invaginação descendente do diencéfalo unida com o hipotálamo; a outra é um derivado 
ectodérmico do estomodeu. Estas são, respectivamente, a neuro-hipófise e a adeno-hipófise. 
 
C) Cite as neuroestruturas que compõem o hipotálamo e comente a relação entre 
hipotálamo e hipófise. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
25 
As neuroestruturas que compõem o hipotálamo são quiasma optico, substancia perfurada 
posterior, corpos mamilares e túber cinério. O hipotálamo se conecta com a hipófise posterior 
(neuro-hipófise) por vias neurais (pelo infundíbulo) e com a hipófise anterior (adeno-hipófise) 
por via vascular (sistema hipotálamo-hipofisário). 
 
D) Diferencie os hormônios produzidos pela hipófise daqueles produzidos no 
hipotálamo e armazenados na hipófise. 
Os hormônios produzidos pela hipófise são: 
 Adeno hipófise (produz): 
 prolactina (LTH – produção do leite) 
 tireotrófico (TSH) 
 adenocorticotrófico ( ACTH – hormônios corticais para córtex e adrenal ) 
 somatotrófico (STH e GH– fator de crescimento para ossos, músculos e órgãos) 
 gonadotróficos (LH, ICSH, FSH – progesterona, estrogênio e testosterona) 
 Os hormônios que são armazenados pela hipófise : 
 Neuro-hipofise ( armazena ) 
 ADH 
 Ocitocina 
 
 
 
E) Descreva a circulação porta-hipofisária. 
A artéria carótida interna manda um único ramo hipofisário inferior, que por sua vez emite 
vários outros ramos. As artérias hipofisárias superiores são provenientes da parte cerebral da 
carótida interna e seus ramos. Tanto as superiores quanto as inferiores se capilarizam, formando 
plexos. Os plexos capilares que trazem sangue do hipotálamo drenam para as veias porta 
hipofisárias longas e curtas, que se capilarizam novamente na região da hipófise e então drenam 
para as veias hipofisárias eferentes. Dessa forma, hormônios produzidos no hipotálamo entram 
na primeira rede capilar e são liberados na adeno-hipófise, na segunda rede capilar. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
26 
Ao nível da hipófise anterior existe uma fina rede de capilares constituindo a circulação 
portal, localizada sobre a área da eminência média do hipotálamo. Assim, a hipófise anterior 
está sob p domínio do hipotálamo, por meio de neurohormônios liberados dentro dessa 
circulaçãoporta, desse modo, a hipófise libera seus hormônios na circulação sanguínea. Esse 
sistema é arterial, composto por vasos sinusóides. 
Artéria carótida interna: 
 artérias hipofisárias superiores: haste e adeno-hipófise 
 artérias hipofisárias inferires: principalmente a neuro-hipófise 
 Sistema porta-hipofisário: 2 capilarizações: 
 
 O2 CO2 hormônios 
 ⇧ ⇩ ⇩⇩ ⇩⇩ 
 
 
 
 
 1a capilarização 2a capilarização 
 
 artérias hipofisárias veias curtas e longas veias eferentes 
 (tributárias do seio cavernoso) 
 
F) Cite as relações anatômicas da hipófise. 
 Superiormente se relaciona com o quiasma óptico e com o infundíbulo do 
hipotalamo. 
 Inferiormente se relaciona com o seio esfenoidal. 
 Lateralmente se relaciona com o seio cavernoso, com o sifão carotídeo e com 
os pares cranianos (3º, 4º, 5º- só as porções oftálmica e maxilar e 6º). 
 Anteriormente com o tubérculo da sela. 
 Posteriormente com o dorso da sela e processo clinóide. 
 
G) Explique como o tumor da paciente está relacionado com os sintomas 
apresentados. 
Através da compressão do quiasma óptico, que fica superior ao mesmo, o tumor pode 
comprimir as fibras ópticas das retinas nasais, que por sua vez, são responsáveis pelo campo 
temporal da visão, levando a uma hemianopsia bitemporal. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
27 
H) Por que as cirurgias hipofisárias são geralmente realizadas por via 
transesfenoidal? 
Nenhuma outra parte do cérebro é tocada, o risco de complicações neurológicas é baixo e 
não há cicatriz visível. 
Via seio esfenoidal, faz-se uma incisão no lábio superior, passando pelo palato duro, seio 
esfenoidal, sela túrcica. Uma incisão superior, teria que perfurar o corpo caloso.Pode ser feita 
pela cavidade nasal ou pelo lábio superior 
 
 
Caso 55.3 Câncer Tireóideo 
 
A) Explique como é feita a divisão do pescoço em trígonos, mencionando os 
limites e principal conteúdo de cada um deles. 
TRÍGONOS LIMITES CONTEÚDO 
 
 
SUBMANDIBULAR 
 Borda inferior da 
mandíbula 
 Ventre anterior do 
m.digástrico 
 Ventre posterior do 
m.digástrico 
Glândula submandibular, 
linfonodos submandibulares, 
nervo hipoglosso, nervo 
milo-hioideo, partes da 
artéria e veias faciais 
 
SUBMENTUAL 
 Corpo do osso hioide 
 Ventre anterior do 
m.digástrico 
Linfonodos submentuais e 
pequenas veias que se unem 
para formar a veia jugular 
anterior 
 
 
CARÓTICO 
 Ventre posterior do 
m.digástrico 
 Ventre superior do 
omo-hióide 
 Borda anterior do 
ECOM 
Artéria carótida comum e 
seus ramos, veia jugular 
interna e suas tributarias, 
nervo vago, nervo 
hipoglosso, artéria carótida 
externa e alguns ramos. 
MUSCULAR  Ventre superior do 
omo-hioideo 
 Borda anterior do 
ECOM 
 Linha mediana 
anterior do pescoço 
Músculos esterno-tireóideo 
e e esterno-hioideo, tireoide 
e paratireoide 
OCCIPITAL  Borda posterior do 
ECOM 
 Ventre inferior do 
omo-hioideo 
 Borda anterior do 
trapézio 
Parte da veia jugular 
externa, ramos posteriores 
do plexo cervical de nervos, 
nervo acessório, troncos do 
plexo braquial 
SUPRACLAVICULAR  Ventre inferior do 
omo-hioideo 
Artéria subclávia, parte da 
veia subclávia, artéria supra 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
28 
 borda posterior do 
ECOM 
 terço médio da 
clavicula 
escapular, linfonodos 
supraclaviculares 
 
B) Cite a localização anatômica da glândula tireoide. 
A glândula tireoide situa-se profundamente aos músculos esterno tireóideo e esterno-
hioideo , na parte anterior do pescoço, no nível da vertebra C5-T1. 
C) Baseando-se nas relações anatômicas da glândula tireoide, explique os 
sintomas apresentados por pacientes portadores de volumosos aumentos 
tireóideos. 
Esses pacientes podem apresentar asfixia, disfagia e rouquidão. 
D) Cite as divisões anatômicas da glândula tireoide e defina lobo piramidal. 
Essa glândula é dividida em lobos direito e esquerdo e um istmo relativamente fino une 
os lobos sobre a traqueia. 
O lobo piramidal é uma variação anatômica, esse lobo é um resquício do ducto tireoglosso, 
varia de tamanho e estende-se superiormente a partir do istmo da tireoide. 
 
E) Descreva as vascularizações arteriais, venosas e linfáticas da glândula tireoide, 
defina e explique a importância cirúrgica da artéria tireóidea ima. 
É suprida pela artéria carótida externa, artéria tireóideas superior e inferior, artéria 
subclávia e artéria carótida comum. 
Artéria tireóidea ima é uma artéria irmpar localizada na região anterior do pescoço, ela é 
uma variação anatômica, apenas 10 % das pessoas a possuem. Origina-se do tronco 
braquiocefalico, entretanto pode originar-se do arco da aorta ou das artérias carótidas comuns 
direita, subclávia ou torácica interna. A importância cirúrgica dessa artéria é que se houver 
algum rompimento dessa , obtem-se uma possível fonte de sangramento, porque ela é originada 
de vasos bem calibrosos, então a pressão sanguínea dentro dela é muito alta. 
Vascularização venosa da tireoide: 
 Veias tireóideas superiores - drenam os polos superiores da tireoide ( tributarias da 
jugular interna ) 
 Veias tireóideas médias – drenam a região intermedia dos lobos ( tributarias da jugular 
interna ) 
 Veias tireóideas inferiores- drenam para as veias braquioenfalicas posteriormente ao 
manúbrio ( tributaria da braquioencefalica ) 
Drenagem linfática da tireoide : 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
29 
 Linfonodos cervicais profundos superiores 
 Linfonodos cervicais profundos inferiores 
 
F) Explique a inervação tireóidea. 
Feita por estímulos simpáticos e estímulos parassimpáticos, sendo que os estímulos 
simpáticos são derivados dos gânglios cervicais superiores, médios e inferiores e o 
parassimpático é feito pelos nervos laringeo superior, laringeo inferior ou recorrente e ambos 
são ramos do nervo vago. 
 
G) O que provavelmente ocorre durante a cirurgia para explicar uma suposta 
rouquidão pós-operatória no paciente ? Justifique . 
No pré-operatório como o paciente estava com uma grande massa na região do pescoço, 
pode ocorrer a compressão o nervo laríngeo recorrente, essa compressão da parte que supre a 
laringe, pode causar rouquidão. Da parte que supre a traqueia pode causar dispneia porque a 
traqueia tem uma relação anatômica posterior a glândula tireoide, então se a tireoide aumenta 
de volume acaba comprimindo a traqueia. Da parte que supre o esôfago, pode causar disfagia, 
porque quem fica atrás da traqueia é o esôfago, então o aumento do volume da glândula acaba 
comprimindo a traqueia quanto o esôfago em função dessas relações anatômicas. Quanto ao 
pós-operatório, os sintomas de rouquidão podem ser ocasionados pela lesão do nervo laringio 
recorrente, este nervo passa póstero-medialmente na glândula tireoide, devido a essa relação 
durante a cirurgia o cirurgião pode lesar acidentalmente esse nervo e esse nervo inerva as 
pregas vocais, os músculos que movimentam as pregas vocais, quando tem uma lesão unilateral 
desse nervo, paralisa uma prega vocal, o paciente fica com rouquidão, se o cirurgião lesar 
bilateralmente terá paralisia das pregas vocais, as pregas vocais fecham e o ar na passa pela 
laringe, e com isso causa asfixia . 
 
H) O que provavelmenteteria ocorrido durante a cirurgia caso o paciente viesse a 
apresentar voz monotonal no pós-operatório ? E no caso de asfixia pós-
operatório imediata, o que poderia ter ocorrido no ato operatório ? Justifique 
ambas as perguntas. 
O nervo laríngeo superior ele tem uma relação póstero-medial com a glândula tireoide, 
principalmente na posterior, da mesma forma, na cirurgia pode acabar lesando esse nervo, esse 
nervo ele inerva o musculo cricotireoideo, e esse musculo ele estabiliza as cartilagens da laringe 
para as pregas vocais vibrarem, para mudar o tom da nossa voz, se esse nervo esta lesado , essas 
cartilagem se instabilizam e você adquira uma voz monotonal. 
O cirurgião pode lesar acidentalmente o nervo laringio recorrente e esse nervo inerva as 
pregas vocais,ou seja,inervam os músculos que movimentam as pregas vocais, quando tem uma 
lesão unilateral desse nervo, paralisa uma prega vocal, o paciente fica com rouquidão, se o 
cirurgião lesar bilateralmente terá paralisia das pregas vocais, as pregas vocais fecham e o ar na 
passa pela laringe, e com isso causa asfixia . 
 
I) Diferencie tireoidectomia x parcial ( lobectomia/istmectomia ) 
 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
30 
 TOTAL SUBTOTAL PARCIAL 
RETIRA-SE Toda 2/3 anteriores Lobo 
PRESERVA-SE Nada Parte posterior Lobo 
RECOMENDADO Tumores 
malignos 
Hipertiroidismo Tumor em uma respectiva região 
 
 
 Caso 55.5 – Hiperparatiroidismo primário 
A)Quantas são e onde estão localizadas as glândulas paratireoides ? 
São 4 glândulas . As glândulas paratireoideas situam-se externamente a capsula toreoidea 
na metade medial da superfície posterior de cada lobo da glândula tireoide, dentro da sua 
bainha. As glândulas paratireoides superiores costumam situar-se acima do ponto de entrada 
das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide ( situadas no nível da margem inferior da 
cartilagem cricoide ). As glândulas paratireoides inferiores usualmente situam-se abaixo do 
ponto de entrada arterial. 
 
B) Descreva a vascularização arterial e inervação da glândula paratireoides. 
As artérias tireóideas inferiores são responsáveis pela vascularização primaria da face 
posterior da glândula tireoide, onde estão localizadas as glândulas paratireoideas , os ramos 
dessa artéria geralmente suprem as paratireoides. Entretanto também podem ser supridas por 
ramos da artéria tireoide superior, a artéria tireóidea ima, artérias laríngeas, traqueias e 
esofágicas. 
Inervação: a inervação é abundante, é derivada de ramos tireóideos dos gânglios ( 
simpáticos ) cervicais. Assim como os nervos para a glândula tireoide, são vasomotores e não 
secretomotores, porque as secreções endócrinas dessas glândulas são controladas por 
hormônios. 
 
C) Por que, nas tireoidectomias subtotais, a região escolhida para preservação 
corresponde a parte posterior da glândula tireóidea? 
No tratamento cirúrgico do hipotireoidismo geralmente é preservado a parte posterior 
de cada lobo da glândula tireoide aumentado, um procedimento denominado 
tireoidectomia quase total, para proteger os nervos laríngeos recorrentes e superior e 
poupar as glândulas paratireoides. 
Caso 56.3 – Feocromocitoma 
A) Enumere as glândulas adrenais existentes no corpo humano, cite outra 
denominação para elas e mencione a respectiva localização anatômica. 
 
Thamara de Abreu Souza 
 
31 
A glândula direita piramidal é mais apical ( situado sobre o polo superior ) em relação ao rim 
direito , A glândula esquerda em formato de crescente é medial a metade superior do rim 
esquerdo 
 
B) Diferencie as glândulas adrenais considerando apenas os aspectos da 
morfologia externa. 
O formato da glândula direita é mais piramidal e a direita é mais semilunar , a posição do 
abdome da glândula direita vai ser mais inferior e o da esquerda mais superior. As glândulas vai 
estão estar circundadas por tecido conjuntivo contendo considerável capsula adiposa. Elas são 
revestidas por fáscia renal, pelas quais estão fixadas aos pilares do diafragma. 
 
C) Como a adrenal está localizada internamente? 
O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma e secreta corticosteroides e androgênios. 
Esses hormônios causam a retenção renal de sódio e agua em resposta ao estresse, aumentando 
o volume sanguíneo e a pressão arterial.Medula suprarrenal é a massa de tecido nervoso 
permeado por capilares sinusoides das células da crista neural, associado ao sistema nervoso 
simpático. 
 
D) Mencione as relações anatômicas das glândulas adrenais . 
A glândula direita situa-se ântero-lateralmente ao pilar direito do diafragma e faz contato 
com a veia cava inferior ântero-medialmente e ao fígado ântero-lateralmente. A glândula 
esquerda tem relação com o estômago, baço, pâncreas e o pilar esquerdo do diafragma. 
 
E) Descreva a vascularização e a inervação das glândulas adrenais. 
A função endócrina das glândulas suprarrenais torna necessária sua vascularização. 
As artérias suprarrenais tem 3 origens: 
 Artérias suprarrenais superiores – das artérias frênicas inferiores 
 Artérias suprarrenais medias – da parte abdominal da aorta, perto do nível de origem a 
AMS 
 Artérias suprarrenais inferiores – das artérias renais 
 A drenagem venosa das glândulas suprarrenais se faz para veias suprarrenais calibrosas. A 
veia suprerrenal direita curta drena para VCI, enquanto a veia suprarrenal esquerda, mais longa, 
que frequentemente se une a veia frênica inferior, drena para veia renal esquerda. 
 Inervação : a inervação provem do plexo celíaco e dos nervos esplênicos abdominais 
pélvicos ( maior, menor e imo ).

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