Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Geologia Professor: Diego Mureb Quesada Tectônica Global Tectônica Global A Terra é uma planeta dinâmico. Tectônica Global A Terra é um planeta dinâmico. A Tectônica Global ou Tectônica de Placas é a chave para a compreensão da história geológica da Terra. Dinâmica Interna: resultado da interação de correntes de convecção na astenosfera sobre a listosfera e dinâmica das forças internas do planeta, tais como, tectonismo, movimento de placas tectônicas, vulcanismo, etc. Dinâmica Externa: dinâmica das forças externas que modelam a paisagem, tais como, intemperismo, erosão, transporte de sedimentos, deposição. Tectônica Global Teoria da Deriva Continental Em 1620, Francis Bacon, filósofo inglês, levantou pela primeira vez a hipótese que os continentes da América do Sul e da África estiveram unidos no passado (encaixe perfeito). A origem da Tectônica de Placas ocorreu no início do século XX com as ideias visionárias e pouco convencionais do cientista alemão Alfred Wegener, que se dedicava ao estudo da meteorologia, da astronomia, da geofísica e da paleontologia. Mais uma vez, o encaixe das linhas da costa atlântica da América do Sul e da África → assim, para explicar essas coincidências, Wegener imaginou que os continentes poderiam, um dia, ter estado juntos e posteriormente teriam sido separados. Poucas ideias no mundo científico foram tão fantásticas e revolucionárias como esta. Tectônica Global Teoria da Deriva Continental A este supercontinente Wegener denominou Pangea, em que Pan significa “todo” e Gea, “Terra”. Considerou que a fragmentação do Pangea teria iniciado há cerca de 220 milhões de anos, durante o Triássico, quando a Terra era habitada por Dinossauros e teria prosseguido até os dias atuais. Sabe-se, então, hoje em dia que os continentes se movem! Essa teoria foi, inicialmente, descrita por Alfred Wegener, no livro “A origem dos Continentes e dos Oceanos”, em 1915. Morte de Wegener , em 1930, Teoria ficou esquecida → descrédito, pois Wegener não conseguiu comprovar suas teorias. Tectônica Global Teoria da Deriva Continental Evidências do Pangea: Presença de fósseis de Glossopteris (tipo de gimnosperma primitiva) em regiões da África e do Brasil, cujas ocorrências se correlacionavam perfeitamente ao se juntarem os continentes; Evidências de glaciação na região Sudeste do Brasil, Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica; O contorno dos continentes (encaixe geográfico); Concordância de formações e feições geológicas. Nos anos 50, houve o ressurgimento da Teoria da Deriva Continental, em que, ao contrário do que muitos cientistas pensavam, a chave para explicar a dinâmica da Terra não estava nas rochas continentais, mas no fundo dos oceanos. Tectônica Global Pangea Tectônica Global Teoria da Deriva Continental 1940 , durante a Segunda Guerra Mundial, mapas detalhados do relevo do fundo oceânico → observou-se cadeias de montanhas, fendas e fossas ou trincheiras muito profundas, mostrando um ambiente geológico muito mais ativo do que se pensava. Descoberta da Cadeia Meso-Oceânica: enorme cadeia de montanhas submarinas , que constituíam um sistema contínuo ao longo de toda a Terra → cicatriz produzida durante a separação dos continentes. Mudanças do eixo magnético da Terra, fizeram com que parte dos geofísicos passassem a considerar uma deriva dos continentes mais seriamente. Tectônica Global Teoria da Tectônica Global No final dos anos 50, estudos sobre o magnetismo das rochas do fundo oceânico → descoberta que a Deriva Continental e a expansão do fundo dos oceanos seriam uma consequência das correntes de convecção. Assim, em função da expansão dos fundos oceânicos, os continentes viajariam como passageiros, fixos em uma placa. É como se a superfície da Terra fosse dividida em placas que se movimentam em diversas direções, podendo chocar-se umas com as outras. Quando as placas se chocam, as rochas de suas bordas enrugam-se e rompem-se, originando terremotos, dobramentos e falhamentos. Tectônica Global Deriva Continental Tectônica Global Placas Tectônicas A crosta terrestre não é contínua, mas dividida em várias placas chamadas de Placas Tectônicas. O limite da Litosfera é marcado pela Astenosfera que consiste de uma zona no manto superior, conhecida como “Zona de Baixa Velocidade” → o estado mais plástico permite que a Litosfera rígida deslize sobre a Astenosfera, tornando possível o deslocamento lateral das placas tectônicas. Natureza das Placas Tectônicas: Oceânica (ex. Placa do Pacífico) ou, mais comumente, composta de porções de crosta continental e crosta oceânica (Placas Sul-Americana, Africana e Norte-Americana). Tectônica Global Placas Tectônicas Tipos de Limites entre Placas Tectônicas: Limites Divergentes: marcados pelas dorsais meso-oceânicas, onde as placas tectônicas afastam-se uma da outra, com a formação de nova crosta oceânica. Limites Convergentes: onde as placas tectônicas colidem, com a mais densa mergulhando-se sob a outra, gerando uma zona de intenso magmatismo a partir de processos de fusão parcial da crosta que mergulhou. Nesses limites ocorrem fossas e províncias vulcânicas. Limites Conservativos: onde as placas tectônicas deslizam lateralmente uma em relação à outra, sem destruição ou geração de crostas, ao longo de fraturas denominadas Falhas Transformantes. Tectônica Global Placas Tectônicas - Limites Tectônica Global Placas Tectônicas - Limites Tectônica Global Placas Tectônicas – Limites Divergentes Solidificação do Magma Formação de nova crosta Figura: esquema de correntes de convecção atuantes na dorsal meso-oceânica. Tectônica Global Placas Tectônicas – Limites Convergentes Placas tectônicas colidem; a mais densa entra por baixo da menos densa (subducção); a placa mais densa entra em contato com o manto e é “reabsorvida”→ zonas de intensa atividade vulcânica e sísmica. Tectônica Global Placas Tectônicas Que forças movem as placas? Acredita-se que as Placas Tectônicas se movimentam em função das correntes de convecção do manto. Tectônica Global Placas Tectônicas Causas da Fragmentação das Placas Tectônicas: as placas se fragmentam em função da pressão interna da Terra ser maior do que a externa. Causa do Deslocamento: correntes convectivas que ocorrem no manto superior ou Astenosfera. A movimentação é da ordem de alguns centímetros por ano (2 a 3 cm por ano). Velocidade de deslocamento das Placas Tectônicas: diferenças de velocidade estão relacionadas com à proporção de crosta continental presente nas placas. As Placas são convexas e deslizam sobre uma superfície esférica em torno de um eixo e de um pólo de expansão (ponto em volta do qual a placa tectônica gira). Tectônica Global Placas Tectônicas A velocidade absoluta pode ser determinada através da utilização de pontos de referência, como os Hot Spots ou Pontos Quentes (passam as placas tectônicas nos Pontos Quentes e se formam ilhas). Esses pontos quentes na superfície terrestre registram atividades magmáticas ligadas a porções ascendentes de material quente do manto denominadas Plumas do Manto → platôs meso-oceânicos e cordilheiras submarinas. Placas Tectônicas Total de 12 placas Tectônica Global As colisões entre Placas Tectônicas O movimento das Placas Tectônicas produz ao longo de seus limites convergentes colisões que, em função da natureza e composição das placas envolvidas, irão gerar rochas e feições fisiográficas distintas. Assim, o choque das placas litosféricas pode envolver crosta oceânica com crosta oceânica, crosta continental com crosta oceânica ou crosta continental com crosta continental. Tectônica Global As colisões entre Placas Tectônicas Quando placas oceânicas colidem, a placa mais densa, mais antiga, mais fria e mais espessa mergulha sob a outra placa, em direção ao manto, carregando consigo parte dos sedimentos acumulados sobre ela, que irão se fundir em conjunto com a crosta oceânica em subducção.O processo produz intensa atividade vulcânica, comumente manifestada sob a forma de arquipélagos, conhecidos como “Arcos de Ilhas”. As ilhas do Japão constituem um exemplo atual de arco de ilhas. Japão Tectônica Global As colisões entre Placas Tectônicas A colisão entre uma placa continental e uma oceânica provocará a subducção desta última sob a placa continental, que, a exemplo dos arcos de ilhas, produzirá um arco magmático na borda do continente, caracterizado por rochas vulcânicas. As feições fisiográficas geradas neste processo colisional são as grandes cordilheiras de montanhas continentais como os Andes na América do Sul. Foto. Cordilheira dos Andes Tectônica Global As colisões entre Placas Tectônicas Quando duas placas continentais convergem e se chocam, o resultado é a formação de grandes cadeias montanhosas. Este processo não gera vulcanismo. Exemplos: Himalaias. Tectônica Global Margens continentais Como consequência da tectônica de placas, os continentes fragmentam-se e juntam-se periodicamente ao longo do tempo geológico. As evidências geológicas destas aglutinações e rupturas são encontradas em áreas de margens dos continentes atuais ou que foram no passado geológico e hoje se encontram suturadas no meio dos continentes. Assim, podemos reconhecer dois tipos de margens continentais: Margens Continentais Ativas e Margens Continentais Passivas. Tectônica Global Margens Continentais Ativas Situadas nos limites convergentes de placas tectônicas onde ocorrem zonas de subducção e falhas transformantes. Nestas margens estão em desenvolvimento atividades importantes, como por exemplo, formação de cordilheiras. Tectônica Global Margens Continentais Passivas Desenvolvem-se durante o processo de formação de novas bacias oceânicas quando da fragmentação de continentes → processo conhecido como rifteamento. Atualmente, esse processo ocorre no Oceano Atlântico, onde as costas leste da América do Sul e oeste da África constituem as margens continentais passivas. Este tipo de margem continental situa-se ao longo de limites divergentes de placas tectônicas e não sofre tectonismo importante em escala regional. Tectônica Global Consequências da instabilidade das Placas Tectônicas As placas tectônicas ao se deslocarem provocam instabilidades tectônicas, representadas, principalmente, pelo: vulcanismo e terremotos. Vulcanismo: foi importante para o surgimento das condições para o aparecimento da vida, como, provavelmente toda a água do planeta e 25 % do O2, H2, C, Cl e N2 foram expelidos por vulcões. Terremotos: as principais áreas de terremotos coincidem com os contatos entre placas. Tectônica Global Consequências dos deslocamentos (em resumo) Movimento Convergente: formação de cadeias montanhosas continentais; montanhas litorâneas, como o Andes; fossas oceânicas; formação de ilhas. Movimento Divergente: fossas tectônicas, como as existentes no leste da África; Tectônica Global A Dança dos Continentes As informações geológicas disponíveis demonstram que a aglutinação e a fragmentação de massas continentais ocorreram diversas vezes no passado geológico e que o Pangea foi apenas a última importante aglutinação de continentes. Há 200 milhões de anos o Pangea vem se fragmentando e a América do Sul iniciou sua separação da África a 180 Ma. Nesta mesma época, a Austrália e a Antártica também se separaram do Pangea e a Índia iniciou sua viagem até o hemisfério norte, onde foi colidir com a Ásia, sendo a Cordilheira dos Himalaias o produto dessa colisão. Antes do Pangea ... Depois do Pangea... A fragmentação ocorreu no início da era Mezosóica. Pangea, ao se fragmentar, forma dois super continentes: Gondwana, ao sul e Laurasia, ao norte. De Gondwana e da Laurasia irão surgir os atuais continentes. No final do mezosóico inicia a formação do Atlântico e a Índia começa o seu deslocamento para o norte. No início do terciário começa a formação das atuais cadeias montanhosas. Este é o aspecto atual dos continentes, mas o processo de Deriva não terminou. O que aconteceu!! No HN, Laurásia deu origem para a América do Norte, Ásia e Europa. No HS, Gondwana deu origem para a África, América do Sul, Antártica, Austrália e Índia. O que acontecerá... O que acontecerá... Terremoto no Japão – 11/03/2011 BIBLIOGRAFIA TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; FÁBIO TAIOLI. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2001. 558 p.
Compartilhar