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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Esforços, Tensões e Deformações Definições: Força Axial ou Normal É a carga que atua na direção do eixo longitudinal da peça. Chama-se “normal” por ser perpendicular à secção transversal. Definições: Tração – Força axial atuando no sentido do centro para as extremidades da peça. Compressão – Força axial atuando das extremidades para o centro da peça. Definições: Tensão Normal – Uma carga normal qualquer, atuando numa peça, origina uma tensão normal que é determinada pela relação entre a intensidade da carga aplicada e a área da secção transversal da peça. A tensão normal é dada pela formula: = P/A Lei de Hooke Alguns materiais, quando submetidos à ação de carga normal, sofre variação na sua dimensão linear inicial, bem como na área da secção transversal inicial. Ao fenômeno de variação linear, Hooke denominou de alongamento. O alongamento pode ser longitudinal ou transversal. Lei de Hooke TRAÇÃO alongamento longitudinal COMPRESSÃO alongamento transversal Materiais Dúcteis e Frágeis Material Dúctil – Quando submetido a ensaio de tração, o material apresenta deformação plástica, precedida por uma deformação elástica para atingir o rompimento. Ex.: aço; cobre; latão; alumínio; etc. Material Frágil – Quando submetido a ensaio de tração não apresenta deformação plástica, passando da deformação elástica para o rompimento. Ex.: concreto; vidro; porcelana; cerâmica; gesso; etc. Esforços mecânicos Tensão admissível ou adm - É a tensão ideal de trabalho para o material nas circunstâncias apresentadas. Essa tensão deverá ser mantida na região de deformação elástica do material. Tensões ou solicitações Tensões normais – Atuam na direção perpendicular à secção transversal da peça, e podem ser de compressão (c) e tração (t) Tensões de cisalhamento ou de corte ()– Atuam tangencialmente à secção transversal. Então, = P/A Tensões ou solicitações Tensão de Ruptura ou Tensão Estática – Tensão calculada com a carga máxima que o corpo suporta (Pmax) e a secção transversal original (A0). Ou seja, r = Resistência Pode-se distinguir diversas espécies de resistências: Tração Compressão Corte ou cisalhamento Flexão Flambagem Torção Composta (compressão e flexão) Exemplos de esforços Tração Compressão Exemplos de esforços Flexão/ Cisalhamento Flambagem Exemplos de esforços Flexão Torção Coeficiente de Segurança e Tensão admissível Nas aplicações práticas só pode ser admitido uma fração das resistências máximas ou de ruptura apresentadas pelos materiais. Assim adm = Coeficiente de Segurança e Tensão admissível Coeficiente de segurança depende dos seguintes fatores: A – Constância da qualidade do material; B – Durabilidade do material; C – Comportamento elástico do material; D – Espécie de carga e de solicitação; E – Tipo de estrutura e importância dos elementos estruturais; F – Precisão na avaliação dos esforços e suas atuações nos materiais; G – Qualidade da mão de obra e serviços. Coeficiente de Segurança e Materiais Material Coeficiente de segurança (v) Aço 1,5 a 2,0 Ferro fundido 4,0 a 8,0 Concreto 2,0 a 5,0 Madeira 2,5 a 7,5 Alvenaria 5,0 a 20,0 Tensões admissíveis (de trabalho) e Pesos específicos para diferentes materiais de construção Material P. espec. kg/m³ Tração kg/cm² Compressão kg/cm² Cisalham. Kg/cm² Flexão kg/cm² Ferro Laminado 7650 1250 1100 1000 1250 Fundido 7200 300 800 240 300 Madeiras Compressão paralela Cisalham. Perpendic. Duras 1050 110 80 65 110 Semi-duras 800 80 70 55 80 Brandas 650 60 50 35 55 Alvenaria Pedra 2200 - 17 - - Tijolos comuns 1600 - 7 - - Tijolos furados 1200 - 6 - - Tijolos Prensados 1800 - 11 - - Concretos Simples 1:3:6 2200 - 18 - - Armado 1:2:4 2400 - 45 - - Ciclópico 1:3:6 2200 - 18 - - ELASTICIDADE E PLASTICIDADE Todo corpo está sujeito a deformações lineares que ocorrem na tração e na compressão, e são expressas em função da variação de comprimento (L) e do comprimento original (L), resultando na deformação longitudinal relativa (£). £ = ELASTICIDADE E PLASTICIDADE A resistência máxima é dada por: σ = O alongamento total até a ruptura e dado por: δ = ELASTICIDADE E PLASTICIDADE Coeficiente de elasticidade Módulo de elasticidade “Um corpo sofrendo tração ou compressão terá uma deformação ΔL e, se a força dobrar, a deformação dobrará”. e ELASTICIDADE E PLASTICIDADE MATERIAL MÓDULO DE ELASTICIDADE (kg/cm²) Aço 2.100.000 Ferro fundido 1.000.000 Concreto 20.000a 400.000 Alvenaria de tijolo 20.000 a 200.000 Cordoalha de aço 1.000.000 Madeira 80.000a 140.000 Madeira de pinho ( ǁ à fibra) 1.000.000 Madeira depinho ( ┴ á fibra) 3.000 Madeira compensada 40.000 Quadro 1. Valores aproximados dos Módulos de Elasticidade para alguns materiais TENSÃO TÉRMICA Dilatação → aquecimento das estruturas Contração → arrefecimento das estruturas Juntas de dilatação → evitar tensões adicionais TENSÃO TÉRMICA Variação de comprimento devido à variação de temperatura ELEMENTO αtºC-1 Aço 1,2 X 10-5 Ferro fundido 1,0 X10-5 Alvenaria de tijolo 5,0 X10-6 Madeira 3,0 X10-6 Δl = variação do comprimento l0 = comprimento inicial α = coeficiente de dilatação térmica Δt = variação da temperatura Quadro 2. Coeficiente de dilatação de alguns elementos DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS TRACIONADOS Enfraquecimentos na secção transversal Orifícios; encaixes ou recortes e pinos Para segurança do elemento estrutural, deve-se acrescentar a área ou comprimento dos enfraquecimentos. Sendo: σ = P/A ؞ Anec = P/σadm Em peças compridas devem ser considerados os enfraquecimentos da secção transversal quando a parte retirada não tiver sido substituída ou for preenchida com material de menor resistência; Dimensionando-se dois materiais diferentes em contato, considera-se apenas a tensão admissível do material de menor resistência. Ex: dimensionamento de fundações em contato com o solo; DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS TRACIONADOS DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS TRACIONADOS DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS TRACIONADOS No dimensionamento de elementos estruturais de madeira, considera-se o ângulo formado entre o esforço e a direção das fibras. Fonte: Baeta e Santos DIMENSIONAMENTO DE ELEMENTOS TRACIONADOS DIMENSIONAMENTO DE PILARES OU COLUNAS DE ALVENARIA FLAMBAGEM – Ao sofrer a ação de uma carga axial de compressão, a peça pode perder sua estabilidade sem que o material tenha atingido o seu limite de deformação (rompimento). Este colapso ocorrerá sempre na direção do eixo de menor momento de inércia de sua secção transversal. DIMENSIONAMENTO DE PILARES OU COLUNAS DE ALVENARIA FLAMBAGEM DIMENSIONAMENTO DE PILARES OU COLUNAS DE ALVENARIA DIMENSÃO DA FLAMBAGEM Biapoiado Biengastado DIMENSIONAMENTO DE PILARES OU COLUNAS DE ALVENARIA Momento de Inércia – É a integral de um elemento de área pelo quadrado de sua distância a um eixo considerado. DIMENSIONAMENTO DE PILARES DE CONCRETO Flexão composta normal – Quando a carga nominal que atua sobre o pilar não se situa no seu centro de gravidade. Na prática não há pilar que não esteja sobre flexão composta. Normas Brasileiras (NBR) – Menor largura permitida para pilares = 20 cm DIMENSIONAMENTO DE PILARES DE CONCRETO Comprimento Máximo (m) Espessura (cm) Largura (cm) 20 30 40 2,25 15 20t 4Ø10 30t6Ø10 40t 8Ø10 3,00 20 24t 4Ø10 36t 6Ø10 48t 8Ø10 3,75 25 34t4Ø12,5 51t 6Ø12,5 68t 8Ø12,5 4,50 30 --- 60t 6Ø12,5 80t 8Ø12,5 5,25 35 --- --- 97t 10Ø12,5 6,00 40 --- --- 115t 12Ø12,5 OBS: Ø = mm. Considerar somente a metade da σadm quando o pilar tiver um extremo engastado e outro livre . DIMENSIONAMENTO DE PILARES DE CONCRETO 2,0cm 5,0 mm DIMENSIONAMENTO DE PILARES DE CONCRETO
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