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AULA INSETOS AQUATICOS


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São aqueles insetos que vivem pelo menos um estágio do ciclo de vida em 
ambiente aquático. 
Exemplos: Odonata, Ephemeroptera, Hemiptera, Coleoptera, Diptera, 
Trichoptera, Plecoptera. 
O QUE SÃO INSETOS AQUÁTICOS? 
Tipos de Metamorfose 
• Sem metamorfose 
• Ametabolia 
• Metamorfose incompleta 
• Paurometabolia 
• Batmedometabolia 
• Hipometabolia 
• Metamorfose completa 
• Holometabolia 
Ametabolia 
Metamorfose incompleta 
Paurometabolia 
 Insetos com ninfas terrestres, que vivem em habitat e 
apresentam dieta semelhantes aos dos adultos. 
Metamorfose incompleta 
Batmedometabolia 
Ocorre nos insetos com a fase jovem aquáticas, náiade, como 
ocorre em Ephemeroptera, Odonata e Plecoptera. 
Metamorfose incompleta 
Hipometabolia 
Desenvolvimento particular das cigarras, em que a ninfa é 
subterrânea e tem longevidade muito acentuada e antes de se 
transformarem em adultos há um estágio de imobilidade. 
Insetos de metamorfose completa - 
Holometábolos 
Exemplos de Insetos Aquáticos 
 ● Os Odonata, popularmente conhecidos como libélula, lava-bunda, lavadeira, 
cavalo-de-judeu, zig-zag e jacinta, entre outros 
 ● São insetos hemimetábolos (metamorfose incompleta) 
 ● Com adultos terrestre-aéreos e larvas aquáticas. 
 ● Suas larvas são encontradas em ambientes aquáticos lóticos (águas se 
apresentam em movimento ou em correnteza), e lênticos (águas paradas) e 
algumas espécies em ambientes especiais (fitotelmatas), como a água 
 acumulada nas bainhas das folhas de bromélias (macrófitas) e nos ocos de 
árvores. 
 ● Os adultos, tipicamente diurnos, com alguns crepusculares, são voadores 
ativos que apresentam comportamentos territoriais bastante complexos. 
Ordem Odonata 
Tanto os adultos como as naiades são predadores 
Anisoptera 
Odonata Zygoptera 
Ordem Ephemeroptera 
A Ordem compreende insetos com adultos de hábitos terrestres e imaturos 
aquáticos. 
 
A maior parte das ninfas (naiades) de Ephemeroptera se alimenta 
basicamente de material vegetal (algas unicelulares e coloniais do biofilme), 
além de detritos, incluindo material vegetal. 
 
São importantes dentro da cadeia trófica por servirem como alimento para 
outros invertebrados e vertebrados aquáticos, constituindo um componente 
importante na fauna dos rios tropicais. 
 
Já os adultos chamados também de imagos, possuem aparelho bucal 
atrofiado e vivem um curto período de vida que se restringe basicamente à 
reprodução, onde formam revoadas de acasalamento sobre ou próximos 
dos ambientes aquáticos. 
Os Ephemeroptera ocorrem em ambientes aquáticos lênticos e lóticos, sendo a maior 
diversidade encontrada em rios de cabeceira, de segunda e terceira ordens, com 
fundo rochoso e água oligotrófica (pobres em nutrientes) a mesotrófica (águas claras 
com níveis intermédios de nutrientes vegetais ). 
Ephemeroptera 
Ordem Plecoptera 
 
Ordem Plecoptera: insetos com cerca de 2000 espécies em 16 famílias, 
distribuídas por todos os continentes, exceto na Antártida (Hynes, 1976; Zwick, 
2000). Possuem o corpo deprimido, antenas do tipo setáceas longas, aparelho 
bucal mastigador, são predadores, possuem asas membranosas que recobrem 
todo o abdômen, reprodução sexuada com desenvolvimento hemimetabólico, com 
os ovos depositados em riachos. 
Plecoptera 
Os hábitos alimentares dos adultos são variáveis, alguns não se alimentam, 
outros somente bebem água, como os Perlidae (Hynes, 1976). Já outros 
plecópteros se alimentam de liquens (Froehlich, 1969), algas verdes, botões 
foliares ou de frutos ( Hynes, 1976). 
As fêmeas não possuem ovipositor, e em muitas espécies a oviposição 
ocorre durante o vôo da seguinte maneira: os ovos acumulam-se no ápice do 
abdome formando uma massa; quando o abdome é mergulhado na água 
corrente, os ovos são liberados, afundando e prendendo-se em algum 
substrato (Hynes, 1976; Pennak, 1978; Zwick, 2000). 
Larvas de Plecoptera 
Ordem Coleoptera 
A ordem Coleoptera, do grego koleos= estojo + ptera= asas, é constituída pelos 
insetos conhecidos como besouros e possui o maior número de espécies entre 
os seres vivos, sendo o mais diversificado, com cerca de 350.000 espécies. 
 
São morfologicamente diversos, ocupando qualquer habitat. A maioria é fitófago, 
o que os torna pragas de plantações, porém alguns desempenham papel no 
combate a algumas pragas. 
 
Caracterizam-se por um rígido exoesqueleto, altamente esclerotizado, as asas 
anteriores são modificadas em tampas rígidas, os élitros, que cobrem as asas 
membranosas posteriores e o corpo. Em algumas espécies as asas são 
ausentes. 
 
Algumas espécies desenvolvem todo seu ciclo de vida na água, outras possuem 
larvas e pupas aquáticas e os adultos são terrestres. São muitas vezes 
encontrados em linhas de água permanentes e de fluxo rápido, e bem 
oxigenadas, sendo sensíveis à poluição ambiental, mas também em rios de 
fluxo lento. Escondem-se entre a vegetação em zonas de corrente com pouca 
profundidade. 
Coleoptera-Dytiscidae 
Coleoptera-Hydrophilidae 
Ordem Hemiptera 
 A primeira referência a supostos Heteroptera aquáticos foi pelo 
pesquisador Rondeletius Guillaume em 1555, desde esta época até os dias 
atuais foram registrados 4782 espécies. 
Para a região Neotropical são escassos os estudos de identificação de 
heterópteros aquáticos e semiaquáticos, como exemplo, podemos citar a 
estado de Mato Grosso do Sul/Brasil, o qual apresenta uma enorme lacuna 
quanto ao conhecimento da heteropterofauna aquática. 
 
Os poucos trabalhos publicados referem-se em sua maioria, a organismos 
oriundos do Pantanal e, os trabalhos de identificação basearam-se em 
chaves Norte Americanas, bem como, chaves de identificação de outras 
regiões do Brasil. 
Hemiptera 
Gerreidae 
Veliidae 
Notonectidae 
Ordem Trichoptera 
Os tricópteros são insetos holometábolos (metamorfose completa) que 
vivem a maior parte de suas vidas em corpos d’água, principalmente 
bastante oxigenados (ambientes lóticos). 
 
As larvas aquáticas são apnêusticas e, portanto, dependem do oxigênio 
dissolvido para respiração. Geralmente, as larvas apresentam cinco estágios 
de crescimento (cinco ínstares) e após o quinto estádio larval, tem início o 
período de pupação e, depois deste, emergem os adultos alados, que 
freqüentemente são encontrados próximos aos leitos de riachos, rios ou 
lagos. 
 
Os adultos são noturnos na maioria das espécies. As fêmeas, após a 
cópula, depositam seus ovos na água, sob a forma de uma massa de ovos 
embebidos em uma matriz gelatinosa (espumalina), de onde emergem as 
larvas da próxima 
geração. 
Trichoptera 
Megaloptera 
Larvas de Megaloptera são encontradas em cursos d’águalimpos, em 
ambientes lênticos e lóticos, associadas a troncos, pedras, folhiço, musgos, 
macrófitas e raízes submersas. As larvas alimentam-se de outros imaturos de 
insetos aquáticos e pequenos invertebrados como anelídeos, crustáceos e 
moluscos (Stewart et al., 1973; Evans & Neunzing, 1996), praticam o 
canibalismo (Azam & Anderson, 1969) e a necrofagia (Contreras-Ramos, 
1998). E também servem de alimento para organismos aquáticos como peixes 
e outros insetos predadores. Dessa forma, Megaloptera representa um 
importante componente da cadeia ecológica aquática e, tem sido utilizado 
inclusive, para indicar o grau de trofia do sistema (Roldan-Pérez, 1998). 
Os adultos de Megaloptera são terrestres, podem ter hábitos diurnos, 
crepusculares ou noturnos. São encontrados às margens de cursos d’água, 
embaixo de pontes, troncos de árvores ou locaissombreados (Contreras-
Ramos, 1998). Possuem curto período de vida, variando de três a 13 dias 
(Davis, 1903; Parfin, 1952). As fêmeas alimentam-se de sucos de frutas e 
substâncias líquidas açucaradas. 
Megaloptera 
Ordem Diptera 
Larvas da maioria dos grupos têm vida-livre, nadando ou rastejando ativamente 
em seu habitat (e.g., Culicidae e Simuliidae), por outro lado outros podem viver 
enterrados no sedimento ou sob pedras (e.g., Tabanidae e Tipulidae), em 
madeira submersa ou macrófitas (e.g., muitos Chironomidae e Tipulidae), em 
tubos formados por secreção salivar, associados à rocha, plantas e detritos 
(Chironomidae), ou raramente como parasitóides (e.g., larvas de Sciomyzidae, 
que parasitam moluscos de água-doce) (Courtney & Merritt, 2008). 
 
Estima-se que 150 mil espécies de Diptera, classificadas em cerca de 10 mil 
gêneros, de 188 famílias, tenham sido descritas (Thompson, 2006) e também 
que metade das espécies tenha larvas com hábitos aquáticos (Peterson, 1951 
apud Merritt & Webb, 2008). 
 
De fato, uma pequena proporção das famílias da ordem é estritamente aquática 
(Culicidae, Chaoboridae, Blephariceridae, 
Dixidae, Canacidae, Simuliidae, entre outras), e cerca de metade das outras 
famílias tem uma representatividade variável de espécies ocupando este 
ambiente. Chironomidae e Ceratopogonidae, por exemplo, são em sua grande 
maioria aquáticos 
Diptera-Culicidae 
Chironomidae 
ÁGUA DOCE: insetos dominam em número de espécies e de indivíduos 
ÁGUA SALGADA: poucas espécies de insetos 
DIVERSIDADE E ABUNDÂNCIA DOS INSETOS 
AQUÁTICOS 
Suprimento de O2 deficitário 
 
Movimento na água dificulta permanência num só ponto. 
 
Movimentar-se dentro da água é difícil. 
PROBLEMAS DOS INSETOS NO AMBIENTE 
AQUÁTICO 
 NA ÁGUA - 15 PPM 
 NO AR - 200.000 PPM 
SUPRIMENTO DE O2 PARA INSETOS 
AQUÁTICOS 
Os insetos tiveram que adaptar ao meio aquático, através de modificações 
no sistema respiratório. 
COMO SOLUCIONAR ESTA DEFICIÊNCIA 
DE O2 ? 
Sistema Respiratório dos 
Insetos ?? 
RESPIRAÇÃO CUTÂNEA - através da cutícula, só é 
possível em insetos muito pequenos (alta relação 
área/volume). 
 
RESPIRAÇÃO POR PIGMENTOS RESPIRATÓRIOS - alguns 
Chironomidae apresentam hemoglobina, podendo 
captar o oxigênio em ambientes de baixa 
concentração. 
 
RESPIRAÇÃO POR BRÂNQUIAS - a absorção do oxigênio 
se dá através de brânquias, localizadas em 
diferentes partes do corpo do inseto. 
INSETOS COM SISTEMA RESPIRATÓRIO 
FECHADO 
espiráculos não funcionais 
RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE SIFÃO – captar oxigênio da atmosfera, na superfície da 
água. Este tipo de sifão é bastante comum em larvas de alguns dípteros. Alguns 
insetos adaptam este sifão para perfurar o tecido vegetal e retirar o oxigênio de 
plantas submersas. 
 
 
 
RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE BRÂNQUIA FÍSICA - o ar é estocado em uma bolha de ar. 
Ex.: besouro aquático 
 
RESPIRAÇÃO ATRAVÉS DE PLASTRÃO - a água é mantida afastada da superfície do 
corpo através de cerdas hidrófugas, deixando uma camada permanente de gás em 
contato com os espiráculos. 
Ex: Hydrophilidae, Naucoridae 
INSETOS COM SISTEMA RESPIRATÓRIO 
ABERTO 
 espiráculos funcionais 
ADAPTAÇÕES LÓTICAS 
Os insetos que vivem nestes sistemas tendem a ser dorsoventralmente 
achatados, algumas vezes com pernas lateralmente projetadas. 
 
 
ADAPTAÇÕES LÊNTICAS 
Gerridae e Veliidae - exploram a camada superficial. 
Staphilinidae - descarregam detergente na água. 
Gyrinidae - movimentam na interface da água e ar. 
O AMBIENTE AQUÁTICO 
Corrego venerando 
Em condições de pouco oxigênio, talvez causada por poluição de esgoto que 
apresenta uma grande demanda por este elemento, a comunidade é tipicamente 
pobre em espécies. 
INSETOS AQUÁTICOS 
COMO BIOINDICADORES NO MEIO AMBIENTE 
- Aumenta o número de Chironomidae (redução do O2) 
- Redução no número de ninfas de Plecoptera (alta temperatura) 
- Redução da diversidade com o escoamento de pesticidas. 
EM AMBIENTES POLUÍDOS 
OCORRE: 
 
● Deposição de ovos resistentes à desidratação ou que entram 
em diapausa sob condições desfavoráveis; 
● Ciclo de vida mais rápido, devido a qualidade do alimento e 
menor competição interespecifica. 
COMO OS INSETOS CONSEGUEM 
DESENVOLVER EM AMBIENTE AQUÁTICO 
TEMPORÁRIO? 
Biomonitoramento por Insetos 
Aquáticos 
O uso de organismos macroinvertebrados para a 
detecção de ações antrópicas é importante para a 
percepção de impactos causados pela interferência do 
homem em seu meio, apresentando desde espécies 
muito sensíveis até aquelas fortemente tolerantes à 
poluição (BISPO & OLIVEIRA, 2006). O conhecimento 
dos organismos aquáticos é essencial em trabalhos de 
biomonitoramento, pois a presença ou a ausência de 
determinadas espécies servem como indicador do 
“status” da qualidade de água em longo prazo. 
Para a avaliação da qualidade da água, há diversos cálculos de 
índices que podem ser utilizados (STRASKRABA E TUNDISI, 2000). 
O cálculo da percentagem de EPT, por exemplo, é muito utilizado: ele 
compreende a contabilização de organismos pertencentes às ordens 
Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera, calculando-se a sua 
percentagem em relação ao tamanho da amostra. O aumento da 
percentagem das três ordens em questão é indicador da melhoria da 
qualidade da água (EPA, 1999). 
Os EPTs, Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera, 
servem para indicar a qualidade da água, uma vez que 
tais insetos aquáticos são muitos sensíveis à poluição 
(BISPO & OLIVEIRA 2006). É possível afirmar que os 
insetos aquáticos estão divididos em três camadas de 
identificação: sensíveis, tolerantes e resistentes. 
Córrego coruja 
Córrego mutuca 
Barragem Rio Caro 
Barragem Guaratuba 
Educação Ambiental com Insetos 
Aquáticos 
► Desenvolver atividades lúdicas com o tema “Descobrindo organismos 
Macroinvertebrados. 
► Verificar a qualidade da água a partir da contagem de EPT com os 
alunos. 
► Transformar jovens, crianças e moradores de comunidades em 
reeditores do saber, a fim de que possam ensinar como detectar organismos 
macroinvertebrados bioindicadores da qualidade da água para outros 
moradores, através de práticas sustentáveis. 
ENTOMOLOGIA 
• Definição 
1. Caracterização 
 Corpo segmentado 
 Cabeça 
 Tórax 
 Abdomen 
 
Três pares de patas 
 
 Exoesqueleto quitinoso 
 Quitina = polissacarídeo 
 
 Cavidade geral > hemocele 
 Hemolinfa