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Prévia do material em texto

Modalização - Narrativa Jurídica 
 MODALIZAÇÃO 
 
A modalização é um fenômeno discursivo em 
que um sujeito falante se coloca como fonte de 
referências pessoais, temporais, espaciais, e, ao 
mesmo tempo, toma uma atitude em relação ao 
que diz ou ao seu interlocutor​. Ela pode ser 
evidenciada nas manifestações escritas e orais 
da linguagem, nos mais variados contextos. 
 
Enfim, modalização é o sustentáculo da 
enunciação na medida em que ela permite 
explicitar as posições do sujeito falante em 
relação a seu interlocutor, a ele mesmo e a seu 
propósito É a marca que o sujeito deixa no seu 
discurso. 
 
As Expressões Modalizadoras: 
a) são elementos linguísticos diretamente 
ligados ao evento de produção do enunciado; 
b) funcionam como indicadores de intenções, 
sentimentos e atitudes do locutor com relação a 
seu discurso; 
c) revelam o grau de engajamento do falante em 
relação ao conteúdo proposicional veiculado. 
 
Os modalizadores podem ser utilizados por um 
locutor, para que este possa transmitir ao 
interlocutor a sua posição quanto ao fato que 
esteja sendo narrado. 
É uma forma de valorar um fato de forma 
positiva ou negativa, ou seja – da forma que 
mais lhe convêm na situação em que se 
encontra. 
É modalizando um texto que se pode, por 
exemplo, transformar um indivíduo em uma 
pessoa boa ou em um indivíduo de má índole, 
desonesta, etc... Tudo isso seguindo a descrição 
dos fatos de forma a proporcionar uma visão 
mais avantajada de um ponto de vista e 
minimizar ou outro. 
 
 
1.1.Modalizadores aplicados a narrativa jurídica. 
1.2. 
Primeiro precisamos saber quais são as informações 
necessárias e relevantes que sempre devem constar 
em um caso concreto de contexto jurídico, sendo elas: 
a) O fato jurídico. 
b) As partes envolvidas no conflito 
c) Onde o fato ocorreu 
d) Quando ele se passou 
 e) A sua causa 
 f) Como ele aconteceu 
 
Com os moduladores da narrativa, procura-se fazer 
uma abordagem teórica da narrativa jurídica, 
afirmando que o fato é um só, mas cada narrador ou 
representante legal da parte mostrará a sua versão 
sobre ele de acordo com o seu intento defensivo ou 
acusatório, isto é, cada um deles irá narrar o fato, 
dando-lhe uma versão, do modo que lhe interessar. 
Assim como a seleção dos fatos e, consequentemente, 
as versões dadas sobre eles, que constam da narrativa 
jurídica, devem atender às intenções argumentativas 
futuras dos representantes legais das partes. 
Demonstrar que a noção de fato no direito implica 
sempre uma normatização jurídica, de forma tal, que 
não se poderia falar em fato puro em contraposição ao 
fato jurídico. Neste sentido é que, superando a noção 
de fato como correspondência com a realidade, esta 
terá, em direito, um caráter sempre persuasivo, desde 
já normatizado e valorado pelos interesses de quem o 
descreve. 
Considerar, assim, o fato como uma construção 
humana numa atividade interpretativa que atenda aos 
interesses da parte sem perder de vista o raciocínio 
lógico e a aparência da “verdade”, isto é, a 
verossimilhança no ato de narrar a situação fática. 
 
 
 
OBJETIVOS: 
● Compreender como os recursos linguísticos auxiliam na 
apresentação dos fatos e constroem diferentes versões. 
● Compreender a função da descrição no ato de narrar. 
● Identificar a função do uso de modalizadores na narrativa 
jurídica. 
● Selecionar fatos/versões e vocábulos que imprimam ao 
texto a função persuasiva. 
● Compreender a importância da narrativa dos fatos, das 
provas, das versões lógicas e verossímeis sobre os fatos 
para a argumentação. 
Uma narração jurídica (construção humana) reflete os interesses 
das partes (advogado), afastando-se da teoria da concepção da 
objetividade na interpretação do fato e da teoria da “verdade” 
como correspondência, e a prova é examinada como descrição, 
voltada à persuasão. 
O fato (suporte fático concreto) será trabalhado, portanto, como 
versões trazidas pelas partes, incompatível com a tese de que 
existe uma única versão “verdadeira” passível de ser descoberta. 
Tenta-se explicar, de modo simples e lógico, como ocorre a 
passagem do fato, do mundo real para o mundo jurídico. 
Nota-se, então, que “fato” não é algo independente da 
elaboração de quem o narra. Os advogados, por exemplo, 
constroem os fatos com os meios que lhes são disponíveis e, 
principalmente, constroem-nos por meio da linguagem. Todo 
fato ao ser elaborado é narrado. E, como se sabe, fatos podem 
ser narrados de diferentes maneiras, conforme texto 
apresentado. 
Em todos os casos concretos haverá uma reconstrução de uma 
história particular-narrativa jurídica-, em que cada uma das 
partes envolvidas em um litígio buscará e tentará propor uma 
leitura dos acontecimentos que possa receber o consentimento 
daquele que julga a ação. E a versão será considerada mais ou 
menos plausível à medida que ela for capaz de integrar o maior 
número de provas e de resistir às leituras adversas. 
Alguns textos produzidos por advogados, juízes, promotores, 
delegados de polícia e por oficiais do registro público 
apresentam uma narrativa. Isso acontece numa petição inicial, 
na contestação, nos recursos ou contra razões de recurso, 
produzidas por um advogado; na sentença proferida pelo 
juiz; numa manifestação, na denúncia, nas razões de recurso 
feitas por um 
promotor de justiça; no relatório do inquérito policial 
feito por um delegado de 
polícia e nas escrituras públicas feitas pelos registradores. Na 
petição inicial, peça primordial de um processo judicial, a 
narração é uma parte fundamental do texto jurídico e nela o 
advogado, por força do que determina o artigo 282, do Código 
de Processo Civil, deve em primeiro 
lugar, qualificar as partes, narrar os fatos importantes do caso 
concreto, tendo em vista que o reconhecimento de um direito 
passa pela análise do fato gerador do conflito. ​ 
 
EXEMPLOS DE ALGUNS MODALIZADORES 
 
Marcadores locucionais: 
 – “afirmo”, “prometo”, “discuto”, “por exemplo”... 
Narradores: 
 – “O diretor informou que...” 
Salientadores: 
 – “mais necessário”, “mais importante”... 
Enfáticos: 
 – “sem dúvida”, “é óbvio”, “é lógico”... 
Marcadores de validade: 
 – “pode”, “deve”, “talvez”... 
Marcadores de atitude: 
 – “infelizmente”, “é incrível que”, “curiosamente”... 
Comentadores: 
 – “talvez você queira...”, “meus amigos” e todas as 
formas de vocativo, “vocês poderão”... 
​Referem-se ao eixo do saber (certeza/ probabilidade); 
· Crer – eu acho, é possível 
Provavelmente virei. 
· Saber – eu sei, é certo 
Viajarei com certeza. 
Referem-se ao eixo da conduta (obrigatoriedade/ 
permissibilidade). 
· Proibido: Não se deve estacionar na faixa amarela. 
· Obrigatório: Você precisa se alimentar melhor. 
Recursos Linguísticos: 
· modos e tempos verbais; 
· advérbios: talvez, felizmente, infelizmente, 
lamentavelmente, certamente...; 
· predicados cristalizados: é certo, é preciso, é 
necessário; 
· performativos explícitos: eu ordeno, eu proíbo, eu 
permito...; 
· verbos auxiliares: poder, dever, ter que/ de, haver de, 
precisar de...; 
· verbos de atitude proposicional: eu creio, eu sei, eu 
duvido, eu acho... 
De acordo com os modalizadores que um autor utiliza, 
ele pode tornar seu discurso mais polêmico ou 
autoritário. Quando se constrói um discurso mais 
polêmico fazemos mais uso dos modalizadores 
inseridos no eixo do crer. Quando o autor faz esta 
escolha, ele proporciona ao leitor a chance de tirar suas 
próprias conclusões. 
 
 
 
Conectores discursivos a serviço da modalização do texto 
 
A ​coesão textual​, nome atribuído a essa articulação, é 
explicitada por meio de elementos de conexão, 
normalmente ​conjunções​,​advérbios​ e ​pronomes​. A utilização 
adequada dos elementos de coesão promove o encadeamento 
das ideias e contribui para a progressão textual. Na realidade, 
são os ​conectores discursivos​ os responsáveis pela 
sequenciação de ideias entre as orações e os períodos e 
possibilitam também um processo de paragrafação bem 
estruturado, sendo essenciais à manutenção do eixo temático 
que o autor pretende desenvolver. 
Na ​Língua Portuguesa​, além da ​pontuação​, há 
inúmeros ​conectores discursivos ​ para que você possa redigir 
um texto com excelente articulação de ideias, com orações 
completas e sintaticamente bem estruturadas. Entretanto, a 
escolha errada desses conectivos pode ocasionar a deturpação 
de sentido do texto. 
Preparamos, a seguir, uma tabela para que você possa consultar 
alguns dos principais conectores discursivos e os efeitos de 
sentido que agregam às orações, aos períodos e aos parágrafos 
e redigir um excelente texto. 
 
Tabela com alguns dos principais conectores discursivos: 
 
ADIÇÃO E, pois, além disso, e ainda, mas também, por um lado … por
CAUSA É evidente que, certamente, naturalmente, evidentemente, 
REAFIRMAÇÃO 
Nesse sentido, nessa perspectiva, em outras palavras, ou s
novamente, em suma, em resumo, dessa forma, outrossim, de
destarte 
SEMELHANÇA Do mesmo modo, tal como, assim como, pela mesma raz
POSIÇÃO/RESTRIÇ
ÃO 
Mas, apesar de, no entanto, entretanto, porém, contudo, tod
tampouco, por outro lado 
LIGAÇÃO 
TEMPORAL 
Atualmente, contemporaneamente, após a década de, antes d
seguida, até que, quando 
OPINIÃO 
Ao meu ver, creio que, em meu/nosso entender, parece-me 
(in)felizmente, incrível como, admito que, (não) penso des
forma/assim, obviamente 
HIPÓTESE A menos que, supondo que, mesmo que, salvo se, exceto
FINALIDADE Para, para que, com o intuito de, com o objetivo de, a fim de 
EXEMPLIFICAÇÃO Por exemplo, isto é, como se pode ver, a exemplo de 
ESCLARECER (não) significa que, quer dizer, isto é, não pense que, com istopretendemos 
ENFATIZAR Efetivamente, com efeito, na verdade, como vimos, como pudrefletir, mais uma vez 
DÚVIDA Talvez, é provável, é possível, provavelmente, possivelmente, porventura 
HAMAR ATENÇÃO Note-se que, atentar para o fato de que, constata-se que, verifimais uma vez 
CONCLUSÃO Portanto, logo, enfim, à guisa de conclusão, em suma, concluindque 
CERTEZA Evidentemente, certamente, decerto, naturalmente 
PROPORÇÃO À medida que, da mesma forma 
CONFORMIDADE Conforme o(a), de acordo com, consoante, em conformidade 
 
 
Não foi à escola, porque estava 
doente. 
Choveu, porque o chão está 
molhado.

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