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INTEGRAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL Autores: SILVA, Laís Hellem Araújo; ANASTÁCIO, Lucas de Almeida; LEONARDO, Wenderson Samuel Antônio Luna. RESUMO INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A integração na indústria 4.0 está relacionada com a forma automatizada de interconectividade entre os setores de uma empresa para se alcançar o maior lucro. A Integração Horizontal A integração horizontal é sobre a digitalização em toda a cadeia de suprimentos/valor. Na digitalização, a troca de dados e os sistemas de informação que conectam todos os envolvidos na cadeia de negócios são fundamentais. É uma tarefa difícil de ser realizada, uma vez que já é um desafio a realização de troca de dados entre setores da própria empresa, mais ainda em todos os setores da cadeia de negócios, mas os impactos, as melhorias e os benefícios podem ser vistos tanto para o consumidor quanto para o fornecedor. (ROMANO, 2017). A figura 1 apresenta a integração horizontal na indústria. Figura 1- Integração horizontal na indústria 4.0 Fonte: Romano, 2017. Integração vertical A integração vertical é a integração de sistemas de tecnologia da informação nos diferentes níveis hierárquicos da produção: o chão de fábrica, o controle, a produção, as operações e o planejamento. O PLC (computador lógico programável) é uma tecnologia que se encontra no nível do controle e é uma das principais tecnologias na integração vertical (ROMANO, 2017). A figura 2 faz uma síntese da integração vertical na indústria 4.0. Figura 2 - Integração vertical na indústria 4.0 Fonte: Romano, 2017. Slack et al. (2008) definem a integração vertical como o nível de domínio de uma organização da rede que faz parte e das informações que a compõem, o que influencia diretamente nas decisões a serem tomadas e nas ações a serem realizadas. Segundo Porter (2004) a integração vertical ainda traz economias para a empresa em: operações combinadas, já que possibilita reunir ações tecnologicamente distintas; em informação, já que há uma facilidade na movimentação das informações; em mercado, já que extingue os custos de compra, venda e negociação e em relacionamentos estáveis, já que promove o desenvolvimento de procedimentos especializados e mais eficientes. CASES A integração vertical foi boa para a apple, mas não é para todo o mundo Para a implementação da integração vertical a empresa necessita de total controle do produto final e de todos os seus componentes. Quando falamos no setor da tecnologia temos em destaque a Apple, esta empresa lidera há 35 anos o modelo vertical, onde ela tem a combinação entre os hardware e software integrados. Tendo como exemplo de produtos podemos citar o iPhone e o iPad, os mesmos possuem seus hardware e software desenhados pela Apple, que também projetou os processadores de ambos os aparelhos. Essa integração permitiu à empresa ditar o ritmo da computação móvel. Os esforços de integração da Apple ficaram mais evidentes no momento em que a empresa revelou sua terceira geração de iPad. A nova versão terá conectividade 4G, tela de alta definição e um processador mais rápido. Um dos pontos a salientar sobre essa nova geração de aparelhos foi a capacidade de estender a vida da bateria a partir de um controle de consumo de energia, ponto este considerado um diferencial quando se comparados aos concorrentes. Este ponto demonstra mais uma vez a verticalização da empresa, pelo o fato da Apple possuir o núcleo intelectual do aparelho, bem como do projeto dos sistemas, dos semicondutores, da química da bateria e do software. Um ponto chave que possa vir a prejudicar empresas verticalizadas é a comoditização dos produtos, ainda não se sabe ao certo quando isso acontecera nos mercados dos smartphones e tablets, mas esse período será uma fase difícil para as empresas que não aderirem a integração vertical. Em seu modelo atual a Apple conseguiu um meio de equilibrar a integração vertical com o modelo de terceirização. Assim a empresa Apple fica por conta do design e na integração e sua parceira Foxconn, fabricante chinesa contratada para a produção do equipamento, responsável por montar iPhones e iPads. Assim a Apple criou um modelo híbrido, em que controla o produto e a cadeia de suprimentos, mas utiliza de terceiros em muitas áreas. A viabilidade da integração vertical e horizontal na indústria de confecções O respectivo trabalho apresentou uma pesquisa sobre a utilização das estratégias logísticas de integração vertical e horizontal nas indústrias de confecções a partir da identificação de da existência de elos a montante e a jusante de sua cadeia de suprimentos. A pesquisa foi realizada em cinco empresas de segmentos diferentes: moda praia, moda íntima, vestidos e blusas femininas, camisaria e jeans feminino, localizadas na cidade de Fortaleza, constituindo um estudo de múltiplos casos. (PORTER, 2004) Considera a integração vertical um procedimento adotado com o intuito de diminuir custos, riscos e facilitar a coordenação das ações. A integração vertical quando utilizada como opção estratégica de maneira oposta às parcerias devido à reunião de processos inerentes à manufatura como produção, distribuição e vendas dentro da própria empresa. ROCHA e col.(2008) utilizaram de instrumento de coleta de dados um questionário, sendo elaborado a partir da fundamentação teórica, no sentido de identificar a existência de outros elos da cadeia têxtil dentro do grupo econômico pesquisado como fiação, tecelagem, malharia, lavanderia, empresa fabricante de acessórios e aviamentos, loja de venda a varejo e transportadoras para identificar a integração vertical e a presença de alguma confecção concorrente para identificar a existência de integração horizontal. ROCHA e col.(2008) classificou as empresas de acordo com o seu porte e seu segmento exemplificado no quadro a baixo. Fonte ROCHA e col.(2008) A integração vertical, a partir da presença da loja de varejo, mostrou-se presente em todos os portes, com exceção da empresa 3, de pequeno porte que possui apenas a integração horizontal, a partir da presença de uma confecção concorrente. Chama a atenção o fato de que as empresas de porte médio e grande possuírem as duas formas de integração, utilizando-se de pessoas jurídicas diferentes para facilitar o gerenciamento das unidades e dos centros de custo de seus grupos econômicos. ROCHA e col.(2008). Para as empresas de pequeno porte, não se mostrou viável a integração horizontal, pois a segmentação de mercado a partir da criação de uma nova fábrica ou linha de produção não se mostra acessível à realidade das pequenas empresas, pois no máximo o que se pode esperar em tal tentativa seria um canibalismo de marcas em que produtos tomariam público de outro. ROCHA e col.(2008) consideraram inviável para as empresas de médio e grande porte a integração vertical a jusante pois poderia ocorrer a concorrência com seus próprios clientes, em contra partida a integração horizontal, mostrou-se viável, pois a criação de marcas e pessoas jurídicas distintas facilita o gerenciamento das unidades e dos centros de custo de seus grupos econômicos e em caso de problemas a imagem de um produto não arranhará a do outro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PORTER, Michael. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ROMANO, Matheus. Entenda tudo sobre a integração na indústria 4.0 e conheça as integrações horizontal e vertical: Saiba como a indústria 4.0 pretende conectar tudo tanto internamente quanto externo à fábrica. 2017. Disponível em: <http://www.logiquesistemas.com.br/blog/integracao-na-industria-40/>. Acesso em: 09 jun. 2018. SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; HARLAND, Christine; HARRISON, Alan; JOHNSTON, Robert. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 1996. THE WHARTON SCHOOL, UNIVERSITY OF PENNSYLVANIA, Universia Knowledge@Wharton. A integração vertical foi boa para a Apple, mas não é para todo o mundo: Tecnologia. 2012. Disponível em: <http://www.knowledgeatwharton.com.br/article/a-integracao-vertical-foi-boa-para-a-apple-mas-nao-e-para-todo-o-mundo/>.Acesso em: 10 jun. 2018. ROCHA, Roberto Ednísio Vasconcelos; NUNES, Fernando Ribeiro de Melo. A VIABILIDADE DA INTEGRAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL NA INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES. 2008. 14 p. Artigo (Engenharia de Produção) - Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2008_tn_sto_075_534_10698.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2018.
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