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Estudo Dirigido III - Economia (Eleonora Bastos)

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Estudo Dirigido #3
Igor Patrick Silva (4º período – Jornalismo)
1) Considerando os números do setor externo apresentados pelo Banco Central (2003/2013), identifique o melhor e o pior resultado do Balanço no intervalo apresentado, refletindo também sobre os resultados parciais obtidos nos dois momentos.
Melhor resultado: 2007 (87.484)
Os números do setor de serviços permaneceram na média negativa, mas o ano apresenta uma alta taxa na Conta Capital e Financeira, puxado por subitens como o Investimento Estrangeiro em Carteira. Outros itens como o Investimento Brasileiro Direto apresentaram quedas menores no comparativo com outros anos da série, contribuindo para o encerramento da Balança de Pagamentos no azul.
Pior resultado: 2013 (-5926)
O resultado ruim de 2013 se deve principalmente ao aumento das despesas na Balança de Serviços e Rendas e pela diminuição acentuada nas categorias “outros investimentos”. O ano também teve números ruins nos investimentos brasileiros em carteira e na Balança Corrente.
2) No gráfico indicado para essa atividade, compare a evolução da Balança Comercial e IED no intervalo 1995/2011, considerando os determinantes dos resultados nos referidos movimentos.
 O Brasil apresenta, historicamente, déficit nas transações correntes. A série de resultados negativos acompanhou o País de 1947 até 2002. O Balanço de Pagamentos na primeira etapa do intervalo analisado (1995 a 2001) foi, em média, deficitário em US$ 768 mi. Resultados externos contribuem significativamente para os números negativos. O Brasil precisou enfrentar as crises asiática e russa (1997 e 1998) com uma moeda nova, poucas reservas em dólar e um plano econômico de estabilização ainda operando. As dificuldades com as contas públicas afetam a entrada de dinheiro estrangeiro e o cenário internacional prejudica as trocas correntes.
O resultado muda em 2003 e segue até 2007. É quando o mundo começa a viver uma época de considerável aumento do comércio internacional estimulado pelo crescimento elevado de várias economias. A ampliação de demandas fez subir o preço de commodities exportadas do Brasil, puxando para cima o resultado positivo mesmo com o real valorizado. Produtos nos quais temos vantagens comparativas (como os de origem agropecuária e de mineração) foram bastante solicitados pelo resto do mundo. Cabe destacar aqui sobretudo a expansão da economia chinesa, que nesse período se tornou o principal parceiro comercial brasileiro, chegando a crescer 13% só em 2007. Todos esses fatores somados puxam a Balança Comercial para o positivo.
O período também coincide com uma melhor regulação das taxas de inflação, que saem da casa dos 9,3% em 2003, reduzindo progressivamente até os 4,45% de 2007. A austeridade fiscal do governo faz com que o Brasil conquista o grau de investimento pela Standard & Poors em 2008, vencendo parte do risco-país e fazendo crescer o investimento estrangeiro em carteira e no setor produtivo (o “selo” seria concedido pela agência de risco Moody’s um ano depois). Também é importante destacar aqui, a queda gradual da taxa de juros SELIC, como parte de uma política governamental de barateamento do crédito e estímulo do consumo. A SELIC sai da casa dos 26,32% em 2003 para 10,90% no fim de 2011, o que coloca mais dinheiro em circulação e incentiva o investimento produtivo em detrimento do investimento em carteira.
A piora na balança comercial começa a ser sentida em 2008 com a crise americana, também grande comprador do Brasil. A drástica redução das receitas do sistema financeiro estadunidense acaba respingando, em maior ou menor grau, em todas as economias, fazendo cair nossa balança comercial, mas não o nível de investimento estrangeiro. Isso se explica, provavelmente, pela migração do dólar nos EUA para economias em franca expansão, notoriamente Brasil, Índia e China. O pacote de estímulos do FED, que despeja milhões de dólares na economia interna e praticamente zera os juros dos títulos americanos, faz o dinheiro migrar.
3) De que maneira os fluxos cambiais afetam os fluxos monetários de uma economia nacional?
Quando há dívidas na Balança de Trocas Correntes – seja pela emissão de títulos públicos e privados, seja pelos empréstimos e financiamentos –, o País usualmente recorre a reservas internacionais, utilizadas para cobrir o rombo no Balanço de Pagamentos. Essas reservas são formadas por moeda forte (dólar), ouro ou DES e a sua quantidade é usada como forma de medir a saúde de uma economia e a sua capacidade de saldar seus compromissos. 
Se uma economia utiliza parte deste recurso para cobrir o saldo final na Balança de Pagamentos, há enxugamento de liquidez doméstica, através do recolhimento de moeda pelo Banco Central. O processo é a contrapartida para cobrir do déficit da balança. A mecânica também funciona da forma inversa, liberando moeda no mercado conforme as moedas crescem. Assim, os fluxos cambiais afetam diretamente os fluxos monetários da economia nacional.

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