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Antiemticos_20140910184345

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UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ
UNIDADE – SINOP AEROPORTO 
Prof. Especialista:
 Vanessa Bergo Hidalgo Dolce
NÁUSEA, VÔMITO E ANTIEMÉTICO
NÁUSEA
 Caracterizada por mal-estar epigástrico e sensação desagradável.
 Pode preceder o vômito.
 O paciente apresenta palidez cutânea, sudorese fria e hipotensão arterial, taquicardia, aumento da salivação e do ritmo respiratório.
 A NÁUSEA PODE OCORRER POR:
 Distúrbios Emocionais.
 Estímulos Desagradáveis – Visuais, Olfatórios e Gustatórios.
 Dor Intensa.
VÔMITO
 É a expulsão forçada do conteúdo das porções mais altas do tubo digestivo, sobretudo do material gástrico pela boca.
 Na maioria das vezes vem acompanhado de náuseas e ânsias de vômito.
 Este sinal resulta do ato reflexo que envolve a função gastrointestinal.
 Envolve também a participação dos hormônios gastrointestinais.
PRINCIPAIS ESTÍMULOS DA NÁUSEA E DO VÔMITO
 Irritação/Doenças Gastrointestinais
 Enjôo pelo movimento
 Distúrbios neurológicos (epilepsia, enxaqueca, vertigens, meningite)
 Distúrbios Psiquiátricos (bulimia, anorexia nervosa, distúrbios emocionais)
 Tosse Repetitiva
 Neoplasias
 Gravidez
 Dor
 Radioterapia
 Síndrome de Abstinência por Drogas
 Infecções graves
O ATO DE VOMITAR
 A expulsão do conteúdo gástrico pode ser precedida de náusea, sialorréia, inspiração profunda rápida que aumenta as contrações abdominais.
 Durante o vômito ocorre uma série de fenômenos integrados.
 Simultaneamente ocorre o fechamento do piloro, nesta condição, a respiração se interrompe, o esfíncter superior do esôfago se abre, a glote se eleva e a obliteração realizada pela epiglote impede que o material ejetado passe para as vias aéreas superiores e seja propulsivamente eliminado pela boca.
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE COM VÔMITOS
 Uma série de perguntas são importantes na avaliação de um paciente com vômitos.
 Elementos significativos no paciente que tem vômitos:
IDADE DO PACIENTE: A idade pode facilitar o diagnóstico diferencial (neonatal até o 1º ano de vida, no escolar, adolescente e idoso).
EVIDÊNCIAS DE QUADRO OBSTRUTIVO: Nestes pacientes, além dos vômitos podem estar presentes dor abdominal intensa, obstipação, náuseas, palidez, diarréia, febre, anorexia e comprometimento do estado geral.
 Nos lactentes presença de muco sanguinolento gelatinoso.
 Em crianças acima de 5 anos de idade possibilidade de apendicite aguda.
 Em adultos possibilidade de hemorróidas e neoplasias.
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE COM VÔMITOS
USO DE MEDICAMENTOS: O uso de várias medicações, inclusive e, sobretudo, de quimioterápicos produz a sensação de náuseas e vômitos.
SINAIS E SINTOMAS DE DOENÇA EXTRA-ABDOMINAL: Esta suspeita de doença extra-abdominal, pode ser descoberta através de exames neurológicos com a presença de cefaléia, rigidez da nuca, diplopia, tonturas, alterações do comportamento, letargia ou irritabilidade.
 Nas patologias do SNC sejam por aumento da pressão intracraniana os vômitos podem ser em jato
 Nas doenças infecciosas, chamam a atenção a febre, as manifestações respiratórias ou de outros segmentos corpóreos.
 Deve-se levar em consideração, a ingestão de substâncias tóxicas intolerâncias alimentares, alimentos contaminados, ou ainda intoxicação alimentar.
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE COM VÔMITOS
ASPECTO DO VÔMITO: A presença de alimentos não digeridos no vômito pode sugerir, refluxo gastroesofágico.
Os vômitos biliosos manifestam-se em vômitos persistentes.
Os vômitos fecalóides sugerem obstrução do intestino grosso, enquanto a hematêmese reflete um sangramento do trato digestivo alto (úlceras pépticas ou lesão aguda da mucosa). 
EXAME FÍSICO: No exame físico detalhado, deve-se sempre avaliar o estado geral do paciente, se há suspeita de toxemia e o grau de desidratação.
 A irritabilidade inconsolável pode-se sugerir meningite.
 A evolução da dor ao longo das hora e o toque retal pode-se sugerir apendicite.
 A conduta no paciente que apresenta vômitos deve ser sempre individualizada. Depois de uma avaliação clínica e laboratorial adequada, habitualmente segue-se o seguinte roteiro:
Afastar causas cirúrgicas e infecções do SNC.
 Determinar o estado de hidratação do paciente.
 Administrar solução de hidratação oral ou outros líquidos de forma fracionada e freqüente, aumentando-se o volume progressivamente, de acordo com a tolerância do paciente.
 Se os vômitos persistirem, considerar as medicações antieméticas, que inicialmente podem ser administradas por via venosa, intra-muscular e retal e, em seguida por via oral.
TRATAMENTO
TRATAMENTO
5) Após a administração da medicação recomenda-se em deixar o paciente em repouso em ambiente confortável para ser novamente avaliado, com a introdução posterior de hidratação oral de forma gradativa e alimentação.
6) Se os vômitos persistirem, manter o paciente em observação constante e avaliar a necessidade de hidratação por sonda nasogástrica ou hidratação parenteral.
7) Durante o acompanhamento, continuar a avaliação diagnóstica e, quando necessário, solicitar a avaliação de um especialista.
8) Nos pacientes com náuseas e vômitos no período pós-operatório devido a anestesia, fazer vigilância constante e certificar-se de que há boa oxigenação.
TRATAMENTO
9) Identificar quais as patologias que necessitam de esclarecimento urgente no serviço de pronto atendimento, como pro exemplo, hepatite, meningite, diabetes e neoplasias, as quais deverão ser encaminhadas para investigação á nível ambulatorial.
10) Vale ressaltar que existem situações nas quais os antieméticos não devem ser empregados (quadros de choque). 
CONTROLE NEURAL DO ATO DE VOMITAR
Existem quatro neurotransmissores que atuam na mediação da resposta emética, sendo eles:
 Dopamina
 Histamina
 Acetilcolina
 Serotonina ou 5-Hidroxitriptamina
CONTROLE NEURAL DO ATO DE VOMITAR
 No bulbo cerebral encontra-se o Centro do Vômito (CV), que este recebe estímulos da Área dos Quimiorreceptores (AQR) na faringe, estômago, intestinos e outras vísceras, podendo então desencadear o processo do vômito.
NEUROQUÍMICA DOS CENTROS REGULADORES DO VÔMITO
 No núcleo do trato solitário, foram encontrados receptores muscarínicos colinérgicos – mediados pela acetilcolina.
 Na área prostrema, onde está localizada a (AQR), foram observados, em grande densidade, receptores D2 da dopamina.
 A integração dos estímulos relacionados diretamente com o CV tem como neurotransmissor a acetilcolina e/ou histamina;
 Aqueles estímulos relacionados com a AQR tem como neurotransmissor a dopamina.
DROGAS ANTIEMÉTICAS
DROGAS ANTIEMÉTICAS
 É todo agente farmacológico que determina alívio da sensação de náusea ou inibe o vômito.
 DROGAS QUE AGEM SOBRE O CENTRO DO VÔMITO
 Os neurotransmissores envolvidos na ativação do CV são a histamina e acetilcolina.
DROGAS QUE AGEM NA ÁREA DOS QUIMIORRECEPTORES (AQR)
 São agentes farmacológicos que bloqueiam os receptores D2 da dopamina e 5-HT3 da serotonina.
DROGAS ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1
 ANTI-HISTAMÍNICOS 
São agentes farmacológicos que bloqueiam os receptores da histamina H1, impedindo a ativação do CV por impulsos gerados em diferentes locais do organismo.
 EXEMPLOS: Dimenidrinato (Dramin®), Prometazina (Fenergan®), Meclizina (Meclin®).
 INDICAÇÕES: São usados para evitar ou coibir estados nauseosos e ou vômitos desencadeados pela cinetose causada por longos períodos ou labirintopatias e também para o tratamento de náuseas e vômitos associados com a gravidez.
São extremamente eficazes se administrados antes do início das náuseas e dos vômitos.
 EFEITOS ADVERSOS: Sedação.
DROGAS ANTICOLINÉRGICAS
 ANTICOLINÉRGICOS
 São substâncias que inibem a ação muscarínica (M1) da acetilcolina no CV, obtendo-se então, o efeito antiemético.
 EXEMPLO: Escopolamina – Empregada para a cinetose.
 APRESENTAÇÃO: Em forma de adesivos transdérmicos, tem demonstrado bons resultados, 4 a 6 horas antes de viagens.
 EFEITOS ADVERSOS: Tontura, Visão Turva e Boca
Seca.
 CONTRA-INDICAÇÕES: Gestantes e Pacientes com Glaucoma ou Psicose.
ANTAGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
DROGAS QUE AGEM NA ÁREA DOS QUIMIORRECEPTORES (AQR)
São agentes farmacológicos que bloqueiam os receptores D2 da dopamina.
Produzem sintomas de distonia, parkinsonismo e discinesia.
EXEMPLOS: Fenotiazinas (Clorpromazina - Amplictil®), Butirofenônicos (Haloperidol – Haldol) e Benzamida (Metoclopramida - Plasil®).
1) FENOTIAZINAS (Clorpromazina) – Podem ser utilizadas no tratamento da náusea e do vômito moderados que ocorrem nos períodos pós-anestésico e pós-cirúrgico, nos tratamentos radioterápico e quimioterápico.
EFEITOS ADVERSOS: Hipotensão e Sedação.
2) BUTIROFENÔNICOS (Haloperidol) – Possuem a mesma utilização que as fenotiazinas.
EFEITOS ADVERSOS: Hipotensão em menor relação que as fenotiazinas e Sedação.
3) BENZAMIDA (Metoclopramida) – Essa substância atua em dois sítios como antiemético: como antagonistas dos receptores dopaminérgicos D2 e serotoninérgicos 5-HT3. 
A Metoclopramida também aumenta a motilidade do estômago e do intestino delgado.
EFEITOS ADVERSOS: Diarréia, Sedação, Tontura, e efeitos Extrapiramidais (acatisia, letargia e reações distônicas).
ANTAGONISTAS DOPAMINÉRGICOS
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES SEROTONINÉRGICOS
 ANTAGONISTAS SEROTONINÉRGICOS
 São antagonistas da serotonina (5-HT3) são drogas de grande efeito no tratamento dos vômitos associados com a quimioterapia (Cisplatina) e radioterapia, e dos vômitos pós-anestésicos que seguem cirurgias.
Ação antiemética ainda mais efetiva quando administradas em associação com a Dexametasona.
 EXEMPLOS: Ondansetron, Granisetron e Dolasetron.
 EFEITOS ADVERSOS: Cefaléia, Diarréia, Tontura e Febre.
OUTRAS DROGAS ANTIEMÉTICAS
OUTRAS DROGAS ANTIEMÉTICAS
 CORTICOSTERÓIDES
 A Dexametasona e Prednisolona, apresentam um bom efeito antiemético em associação com outras drogas.
 MECANISMO DE AÇÃO: Ainda desconhecido. Indícios de relação com a inibição da síntese de prostaglandinas no hipotálamo. 
 VANTAGEM: Além se sua eficácia, é quase ausência de efeitos adversos quando utilizados em um curto período de tempo.
 EFEITOS ADVERSOS: Letargia, Fraqueza, Cefaléia.
OUTRAS DROGAS ANTIEMÉTICAS
 BENZODIAZEPÍNICOS
 Os BZP, como Diazepam, Lorazepam e Midazolam são efetivos em reduzir não só a frequência de náuseas e vômitos, mas também a ansiedade frequentemente associada com a quimioterapia.
 Essa ação provavelmente resulta de uma combinação de efeitos que incluem sedação, redução de ansiedade e depressão do efeito do vômito.
VÔMITO INDUZIDO POR DROGAS
 Quimioterapia.
 Morfina e outros analgésicos opióides.

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