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aula 06 monitoria CONSTITUCIONAL SARINHO

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CONSTITUCIONAL I
PROFº FELIPE SARINHO
MONITORA EDUARDA VANZOFF
	CONTÉUDO DA AULA 06
O Poder Constituinte Originário é o poder que será utilizado quando estivermos fazendo a criação, a formatação de uma ordem jurídica, ou seja, de um determinado estado. Desse modo, é possível classificar esse PCO em histórico e revolucionário. 
PCO HISTÓRICO: Quando temos a primeira formatação do estado, como a CI1824.
PCO REVOLUCIONÁRIO: Quando há a necessidade de uma nova constituição pela quebra da ordem jurídica anterior. Se havia em 1824 uma constituição, a proclamação da república quebra a ordem jurídica anterior e vai fazer surgir a constituição de 1891, tal como as de 1934, 1937,1946, 1967/1969 e 1988.
A CF1988 para alguns autores pode ser classificada como um terceiro tipo de PCO, o PACTUADO. Há um processo histórico de formação tão diferente que não daria para classifica-la como revolucionário. Contudo, a maior parte da doutrina só trata dos PCO versados nos tópicos 1.1 e 1.2. 
CARACTERÍSTICAS: ilimitado, incondicionado (não se limitam a nada, embora alguns autores admitam que haja limitações internas e externas), insubordinado (não se subordina a uma ordem jurídica anterior) e autônomo (existe e dita suas normas).
O problema é verificar se essa aparente ilimitação do PCO se mantem ou não nos dias atuais, pois perceberemos que há uma série de limites que também envolverão o PCO. 
Primeira perspectiva: Quando falamos sobre o EDH, dissemos que há uma mudança da concepção de soberania para uma soberania relativa/limitada e que os Direitos Humanos funcionariam como um limite. Logo, isso é algo que também se discute em relação ao exercício do PCO. A dúvida que se coloca é se na criação do estado, poderia se criar um estado que desrespeitasse os Direitos Humanos por vontade de determinado grupo popular. O que temos visto, em resposta, é que isso não é possível, afinal os Direitos Humanos seriam dotados de jus cogens, ou seja, seriam normas de natureza cogente que iriam se impor contra qualquer estado que desrespeitasse os Direitos Humanos e atuaria como um critério de limite ao próprio exercício do PCO. Podemos buscar na prova história a qual Bobbio se refere e que temos na Declaração Universal de Direitos do Homem, o sentido de um mínimo ético universal que representa a natureza humana essencialmente considerada, logo não pode haver desrespeito aos Direitos Humanos.
Segunda perspectiva: Deriva do fenômeno da globalização. Hoje temos uma globalização, em termo paradoxal, que vai se formar a partir da existência de blocos regionais que são feitos a partir de pactos entre estados, no que chamaremos de tratados internacionais. Esses tratados internacionais formam algo parecido com a ordem jurídica internacional. A dúvida que se coloca hoje é se os modelos nacionais, mesmo criados a partir da vontade do povo, poderiam ou não suplantar essa ordem jurídica que surge nos tratados internacionais. Essa duvida se posta, em especial, por força do modelo europeu que impõe aos estados que obedeçam a certas recomendações de padrão europeu. Inclusive, eles têm que muitas vezes que modificar a própria constituição para adequar-se. Poderia o povo criar uma Constituição contrária aquele arcabouço¿ A resposta que temos é negativa. Isso não poderia acontecer, exceto se o Estado se retirasse antes do grupo europeu. A Inglaterra é um exemplo. Exemplo de não aceitação foi o caso da Grécia que elegeu um presidente de extrema esquerda que foi contra as ideias da Europa, ou seja, foi a prova de que nem tudo dentro do modelo europeu será permitido mesmo contando com o apoio popular daquela nação. 
Por isso, muitos dirão que estamos vivendo outro modelo de PC que é um PC Supranacional, agora a definição da vontade de uma determinada realidade estatal não depende só do povo, mas depende também de povos em outros estados. O PCO pode permitir a existência de um PCDerivado e um PCDecorrente. 
O Poder Constituinte Derivado poderá também ser chamado de reformador, pois ele é o responsável pela modificação formal do texto constitucional.
O Poder Constituinte Decorrente só existirá se estivermos em uma federação, pois é dele que teremos a existência de ordens jurídicas parciais que funcionarão junto com a ordem jurídica nacional. O fato, por exemplo, de estarmos submetidos à Constituição da República Federativa do Brasil e também a Constituição do Estado de Pernambuco.
O PCDerivado e o PCDecorrente só existirão se o PCO determinar a sua existência. Por exemplo, se estivermos em um Estado unitário, não poderemos falar em PCDecorrente. Se estivermos em uma Constituição imutável, não poderemos falar da existência de um PCDerivado. Logo, só existem se e na medida em que o PCO permitir que eles existam.
A CF1988 permite que haja alteração constitucional, ou seja, nós teremos um modelo de exercício de um PCDerivado. O PCDerivado funcionará a partir de dois poderes, revisão constitucional e reforma constitucional. Alguns livros costumam usar o termo reformador, contudo, com isso não querem isolar a reforma constitucional. Usam a ideia de poder reformador como sendo a possibilidade de modificarmos o texto constitucional. Quando pensamos nos mecanismos de alteração do texto constitucional, esses mecanismos podem se comportar como revisão ou reforma.
A revisão constitucional é algo mais amplo do que a reforma, portanto, a reforma é algo mais pontual. No mesmo ato legislativo em que façamos uma revisão constitucional, poderemos modificar diversas partes do texto constitucional sem exigir que essas partes tenham assuntos conexos entre si. Em um ato legislativo de revisão, poderia se modificar algo ligado a direitos fundamentais, serviço público, sistema tributário no mesmo ato, sem que esses assuntos tenham entre si conexão. É diferente do que se entende como reforma, pois no modelo de reforma nós vamos exigir que exista uma conexão entre os assuntos para que se possa participar daquele ato legislativo.
Ao pensar em uma reforma trabalhista, teria que se pensar que no ato legislativo ao qual se vai basear aquela reforma, ou seja, todos os assuntos devem dizer respeito àquela matéria. Isso significa, no caso da revisão constitucional, que o ato legislativo que vai se fazer é uma emenda constitucional de revisão.
A emenda constitucional de revisão é uma espécie de emenda constitucional que pode fazer a revisão constitucional. Quando estivermos diante da expressão “emenda constitucional” ou “emenda à constituição” estaremos pensando em uma reforma constitucional. De acordo com o art. 59, CF, apenas as ECs é que podem alterar formalmente o texto constitucional, pois o processo de legislatura brasileiro vem fixado nesse artigo 59 que traçará as espécies normativas de natureza primaria que temos na ordem jurídica. Essas espécies normativas primárias dizem respeito, portanto, as Emendas à constituição, leis complementares, ordinárias, delegadas, medidas provisórias (caráter de lei), decretos legislativos e as resoluções. 
Quando se transforma isso em uma ideia de ordem jurídica, podemos perceber que a Emenda à constituição (revisão ou emenda à constituição – reforma) é a única que conseguirá se conformar em uma norma constitucional, todas as demais serão consideradas enquanto normas infraconstitucionais, ou seja, não tem condão de modificar o texto constitucional.
Logo, em teoria, a Emenda Constitucional de Revisão pode trazer assuntos sem conexão entre si, a Emenda à Constituição só deveria trazer no seu texto assuntos da mesma natureza. Na prática, isso não acontece, em uma Emenda Constitucional existe “contrabando constitucional”, ou seja, em meio a um assunto, coloca-se outro e esse se passa. Não raro, os textos das emendas constitucionais que prometem a reforma do judiciário, mexem com outros assuntos que nada tem relação com o judiciário. Esse fenômeno é aceito, inclusive, pelo próprio STF. 
Quando pensamos no exercício do PCDerivado, sabemos que ele foi criado pelo PCO. Logo, se o PCO estabeleceu a possibilidade de modificação daconstituição, o PCO também dirá quais serão os limites do exercício do PCDerivado. Existem alguns limites que serão comuns tanto para a revisão, quanto serão para a reforma constitucional. 
Limites materiais: a preocupação dirá respeito ao assunto que será tratado na situação. Com isso, os limites materiais são limites ligados a uma proteção que daremos a certo conteúdo constitucional. Existe conteúdo colocado na Constituição com proteção maior determinada pelo PCO. A essa situação de conteúdo, a gente denomina como sendo as chamadas cláusulas pétreas, art. 60, §4º, CF. “Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.”.
OBS: Temos que tomar cuidado, pois é comum encontrarmos nos livros que a expressão “cláusula pétrea é uma cláusula que não pode ser modificada no texto constitucional” e isso não está correto, pois as cláusulas pétreas não são cláusulas imodificáveis, são clausulas que não podem ser abolidas. 
Quanto à separação dos poderes, não entrará aqui a questão referente às competências dos órgãos ligados aos poderes, ou seja, a cláusula pétrea é só aquilo que pode desequilibrar o jogo da separação dos poderes, mas isso não impede de modificar o sistema de competências dos órgãos de cada um daquelas funções. Pode ser feita uma Emenda à constituição para mudar a competência do Senado Federal, como pode ser feito para mudar a competência da Câmera dos Deputados ou a competência do STF, STJ etc. 
Não é porque se refere a um dos poderes do estado que eu não posso modificar, o que não se pode produzir é uma modificação que venha a abolir a possibilidade daquele poder ser exercido (fechamento do CN, por exemplo). Não se pode mexer na essência da separação dos poderes. Da mesma forma é quanto à federação, não é obrigatório, por exemplo, ter sempre o mesmo nº de estados, o que não pode acontecer é o fim da federação brasileira. A forma federativa deve ser representada igualmente na sua essência. 
Não são todos os Direitos Fundamentais que serão considerados enquanto cláusulas pétreas, apenas os Direitos Individuais. O discurso de não puder haver uma reforma que retire o direito do trabalhador não é verdade, pois direitos de segunda dimensão não são cláusulas pétreas, o sistema permite. Contudo, sempre que houver um problema ligado aos Direitos Fundamentais, esses obedecerão ao principio da proibição do retrocesso que diz que não se pode retirar Direito Fundamental, salvo se houver um modelo de compensação para aquele Direito Fundamental (o que acontece hoje com a reforma previdenciária, onde há uma regra de transição). 
Limites circunstanciais: Se acontecerem certas circunstâncias que não poderíamos modificar a constituição. Se determinadas situações de fato ocorrerem, essas situações impedem que haja modificação do texto constitucional. Esses limites circunstanciais são três:
Intervenção federal: No Brasil, nós somos uma federação, ou seja, a União de estados independentes que formaram um novo país. Portanto, aqueles estados passam a ser estados-membros da federação e abrem mão da soberania, embora que dentro do sistema jurídico tenham preservado alguma autonomia.
A garantia dessa autonomia que será dada aos estados-membros é perseguida a partir do princípio da não intervenção. A regra é que um ente federativo não intervirá em outro ente federativo. Logo, declarar uma intervenção só poderá acontecer por exceção.
Para que essa exceção ocorra, temos regras a oferecer.
A primeira é que a intervenção se dará pelo ente politico mais amplo em relação ao ente politico imediatamente menos amplo, ou seja, Federação em relação aos estados e Distrito-Federal. Os estados podem intervir no ente politico imediatamente menos amplo, municípios, enquanto o DF não intervirá em ninguém, pois não tem município.
A segunda regra é que só acontecerá uma intervenção se ocorrer uma das hipóteses previstas taxativamente no texto constitucional. Vêm descritas, portanto, no art. 34 e 35 da CF. O art. 34 fala em como a União pode intervir nos estados e o art. 35 fala de como os estados podem intervir nos municípios e criará uma hipótese que hoje não ocorre na pratica que é a possibilidade da União intervir em municípios. Isso só acontece se o município estiver localizado em território federal, contudo, não temos figura jurídica não temos território federal, logo a hipótese não acontece.
O terceiro requisito é que tenhamos um ato político que será feito pelo chefe do poder executivo (presidente da república/governador do estado), só ele poderá decretar a intervenção. 
O art. 34 que versa sobre a intervenção da União sobre os estados gera espécies de intervenção. A primeira se chama intervenção federal espontânea, aquela que o Presidente da República por ato próprio deseja decretar a intervenção, ou seja, decisão considerada quanto à discricionariedade. Isso acontecerá nas hipóteses descritas no art. 34, I, II, III e V, CF.
A segunda se trata de uma intervenção federal provocada, ou seja, alguém chegará ao Presidente da República e o relatará a necessidade da intervenção. Poderá ser provocada por solicitação no caso do art. 34, IV, CF, desde que esteja em causa o exercício do poder executivo ou legislativo estadual. Nesse caso, o Presidente da Republica não estará obrigado a decretar a intervenção. A intervenção federal provocada por requisição se dará nos termos do art. 34, IV, CF desde que em causa esteja o livre exercício do poder judiciário local, se dará nos termos do art. 34, VI, CF desde que estejamos perante inexecução de lei federal, como também se dará nos termos do art. 34, VII, CF quando estiverem em causa os princípios sensíveis. 
Em qualquer dessas hipóteses estaremos diante de uma obrigação da decretação da intervenção federal, pois quando há requisição existe no sentido amplo, decisão do poder judiciário. Quer uma decisão de caráter administrativo, quer uma decisão de caráter judicial.
Estado de defesa Ocorrerá em situações de calamidade pública no termo de estado da natureza ou grave comprometimento das instituições, sempre em locais estritos e determinados, ou seja, não é para ter abrangência nacional. O estado de defesa será decretado pelo Presidente da República e nele podemos restringir alguns Direitos Fundamentais, como está descrito no art. 136, CF. 
Estado de sítio Nessa hipótese, temos como padrão a circunstancia da guerra declarada ou se não houver o funcionamento adequado do estado de defesa. O estado de sítio terá abrangência nacional e suspenderá os Direitos Fundamentais. Está no art. 137, CF.
Em geral, a regra é que as três hipóteses sofrem controle pelo poder legislativo, contudo, se ocorre não se pode alterar o texto constitucional devido ao principio da legalidade e a separação dos poderes. Lembre-se que os limites circunstanciais vêm descritos no art. 60, §1º, CF e são os mesmos tanto para reforma, como para revisão, tal como os limites materiais.
Limites processuais: São diferentes para a revisão ou para a reforma, dizem respeito ao processo legislativo, ou seja, há exigências para a feitura da reforma ou da revisão. 
Quando pensamos nos limites processuais de reforma, a primeira designação constitucional diz respeito a quem pode propor uma emenda à constituição. Essa designação vem no art. 60, I, II e III, CF. Só quem poderá propor emenda (PEC) à constituição são o Presidente da República, no mínimo um terço dos membros da Câmara dos Deputados, no mínimo do terço dos membros do Senado Federal ou mais da metade das Assembleias Legislativas dos estados, ou seja, pela maioria relativa dos seus membros. 
Uma vez proposta a Emenda constitucional, ela será discutida e deliberada pelo Congresso Nacional. Na fase de discussão e deliberação, se exigirá que as duas casas do Congresso Nacional participem do processo legislativo, ou seja,as duas casas terão que obrigatoriamente se manifestar cada uma em dois turnos de votação. Para que a Emenda constitucional seja aprovada, em cada um dos turnos de votação, no mínimo, 3/5 dos membros da respectiva casa devem votar.
Em regra, se iniciará na Câmara dos Deputados, irá para a CJJ que dirá se ela tem ou não os pressupostos constitucionais, depois para uma comissão especial que discutirá a PEC e aprovará o texto que será votado pelo plenário. Será votado em primeiro e turno e terá que obter, no mínimo, três quintos dos 513 deputados declarando-se favoráveis. Depois irá para o segundo turno da votação com uma redação que tenha saído das discussões feitas em primeiro turno, haverá a concordância de três quintos dos deputados é considerada aprovada na câmara dos deputados. A partir desse procedimento é enviada para a casa revisora que é o Senado Federal, haverá condições semelhantes de deliberação e voto.
Se no Senado Federal houver modificação de parte da emenda constitucional, teremos uma PEC paralela, aquela parte é retirada e volta depois para discussão na Câmara dos Deputados, o resto do texto que não tenha sido modificado será promulgado.
A promulgação e a publicação dependem de um ato conjunto das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. É nessa fase que a Emenda à constituição ganha seu rumo definitivo, pois a PEC tem um número na Câmara e outro número no Senado. Quando aprovada, se estabelecerá um nº de ordem que é o nº final da PEC. 
No caso da revisão, se manterá a regra da proposta. Quem pode propor uma emenda constitucional de revisão¿ Os mesmos que puderam propor às emendas constitucionais, então mantem-se o art. 60, I, II e III, CF. O que muda essencialmente é a questão referente à instrução e a deliberação. O modelo da revisão não exigirá que o processo ocorra nas duas casas e em momentos independentes. Nós teremos uma só sessão (unicameral) onde teremos um só turno de votação. A maioria a se aprovar é a maioria absoluta, ou seja, eu não preciso ter 3/5, mas a metade+1 em relação aos 513 deputados e a metade+1 aos 81 senadores, essa determinação será encontrada no art. 3 da ADCT.
Teremos a mesma regra para a promulgação e para a publicação, ou seja, dependerá de um ato conjunto das mesas, mantem-se a determinação do art. 60, §3º, CF. Uma vez promulgada, entra em vigor. Diferentemente das leis ordinárias, não passa para o presidente da república sancionar ou vetar.
Limite temporal: São exclusivos da revisão constitucional, pois a reforma pode ser feita a qualquer tempo, tanto é que antes de fazer a revisão constitucional, já havíamos feito quatro emendas à constituição. 
A revisão constitucional só pode ser feita uma vez de acordo com o sistema brasileiro. Essa única vez ocorreu cinco anos após a promulgação da Constituição. Esse processo de revisão constitucional que se inaugura em 93, saíram ao final seis emendas constitucionais de revisão, todas datadas de 1994. Sobre o sistema atual, não há como fazer outra revisão constitucional, pois só foi prevista uma vez.
OBS: No caso da federação brasileira, só quem exerce PCDecorrente são os estados-membros, nenhum outro ente federativo possui constituição, isso é uma determinação do art. 11 do ADCT, segundo o principio da simetria.

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