Ebook Vitamina B12

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Formação e experiência profissional
Graduação em Nutrição – Universidade Federal do Paraná 
(2005). 
Pós graduação em Nutrição Clínica Funcional (VP/Univ. 
Cruzeiro do Sul/2013). 
Pós graduação em Fitoterapia Funcional (VP/Univ. 
Cruzeiro do Sul/2013-2014l) Especialização em Saúde 
Cole�va – UFSC (2007). 
Mestrado em Saúde Cole�va – UFSC (2011). 
Formação complementar em alimentação viva: Terrapia-
ENSP Fiocruz/RJ e Biochip – PUC/RJ (2006). 
Professora da Universidade Federal do Paraná – Curso de 
Nutrição (2007/2008). Palestrante em Cursos e 
Congressos. 
Coach pelo método Nutri�on Coaching
Atualmente é nutricionista clínica em consultório 
par�cular e da Secretaria Municipal de Saúde de 
Florianópolis.
Experiência em vegetarianismo
Palestrante em Congressos e Eventos sobre 
Vegetarianismo desde 2006.
Atende vegetarianos, veganos e pessoas em transição no 
consultório desde 2006.
Co-criadora do programa de alimentação viva na 
Prefeitura do Recife (existente desde 2010).
Ministra Cursos de Nutrição Vegetariana pela Prefeitura 
de Florianópolis (desde 2013).
Fundadora do Programa Veg Coaching, o primeiro Curso 
de Coaching para Vegeterianos do Brasil.
Publicações
Autora do livro: (e-book). Ed. Ins�tuto Leites Vegetais
Ana Paula Pujol, 2013. p.
Co-autora do livro: NAVOLAR, T. S.; SILVA, E.N. 
Experimentação animal e bioé�ca. In: CAPONI, et al. 
(Org.). Medicalização da Vida É�ca, Saúde Pública e 
indústria farmacêu�ca. 1ed.Palhoça-SC: Unisul, 2010, p. 
359-370. 
Co-autora do livro: NAVOLAR, T. S.; ANDRADE, G.C.L. A 
Nutrição Complementar Integrada e a Atenção Básica de 
Saúde. In: Monteiro, J.S. (Org.) Educação Nutricional e 
Ecologia por uma Cultura de Paz. Ed UFPE, Recife, 2012.
Autora dos ar�gos cien�ficos:
NAVOLAR, T.S.; RIGON, S.A.; PHILIPPI, J.M.S. “Diálogos 
entre agroecologia e promoção da saúde”. Revista 
Brasileira de Promoção da Saúde. 23(1):69-79, jan./mar 
2010.
NAVOLAR, TS.; TESSER, CD; AZEVEDO, E. Contribuições 
para a construção da Nutrição Complementar Integrada. 
Interface: Comum, Saúde, Educ. 16(14):515-27, abril/jun 
2012.
Contato
thaisanavolar@gmail.com
www.nutrithaisanavolar.com.br
SOBRE A 
AUTORA
THAISA 
NAVOLAR
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A vitamina B é hidrossolúvel e exerce diversas funções metabólicas, e a sua ausência pode levar à anemia. 
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Suas funções envolvem desde a formação dos eritrócitos (eritropoiese), atuação no sistema nervoso, como síntese de 
neurotransmissores; metabolismo de proteínas; síntese do DNA.
Sua absorção depende de uma série de fatores, como:
- Boa acidez estomacal para a B ser liberada do alimento no estômago
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- Boa produção de fator intrínseco no estômago, que vai se ligar com a B no intes�no e sem este a vitamina não é 
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absorvida.
É necessária a sua suplementação em dietas vegetarianas estritas. Entretanto, muitas pessoas onívoras (consomem 
alimentos de origem animal) possuem a deficiência por outros mo�vos, inclusive pelo uso de medicamentos que atrapalham 
seu metabolismo. 
Veja na próxima página o ciclo metabólico que envolve a vitamina B :
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1- VITAMINA B : PARA QUE SERVE?
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VENÂNCIO et al. 
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A seguir a tabela de ingestão diária recomendada por faixa etária:
Idade Masculino 
(em mcg) 
Feminino 
(em mcg) 
Gestação 
(em mcg) 
Lactação 
(em mcg) 
0-6 meses* 0,4 0,4 
7-12 meses* 0,5 0,5 
1-3 anos 0,9 0,9 
4-8 anos 1,2 1,2 
9-13 anos 1,8 1,8 
Mais de 14 anos 2,4 2,4 2,6 2,8 
 
*Al
DRI. Dietary Reference Intakes.
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A vitamina B é encontrada somente em alimentos de origem animal. É produzida por bactérias. No intes�no 
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humano, a sua produção ocorre em uma área posterior ao sí�o de absorção, e devido à válvula ileocecal, não teria como 
haver retorno ao sí�o de absorção.
Algas como Chlorella e Spirulina possuem análogos de B , que são reconhecidos por alguns dos receptores intes�nais 
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e por isso podem aumentar os níveis de B12 no sangue, porém NÃO exercem a sua função no organismo, confundindo o 
diagnós�co e atrasando o tratamento.
Existem ainda poucos produtos veganos enriquecidos com vitamina B no mercado brasileiro. Um deles é o 
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Nutricional Yeast/levedura nutricional; suplementos proteicos, entre outros. Estão sendo realizadas pesquisas com 
produtos fermentados em que parece haver produção de B por ação de bactérias, como fermentados de soja. Porém, estes 
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produtos fermentados (com B ) precisariam ser analisados e ainda não estão disponíveis no mercado.
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2- PRINCIPAIS FONTES
 É um mito achar que somente vegetarianos/ veganos podem ter deficiência de vitamina B . O seu metabolismo é 
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individual e depende de uma série de fatores, como uso de medicamentos, doenças inflamatórias intes�nais e autoimunes, 
fumo, etc. 
 A absorção desta vitamina reduz com a idade devido a hipocloridria, sendo a deficiência muito comum em idosos. Em 
países como Estados Unidos, é recomendada a suplementação profilá�ca de vitamina B em pessoas acima de 60 anos. 
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Estes são os principais grupos de risco de desenvolver a deficiência:
o Fumantes
o Idosos
o Diabé�cos
o Pessoas que fazem uso de medicamentos an�ácidos (inibidores da bomba de prótons)
o Portadores de doença celíaca e de Chron
o Vegetarianos e veganos
o Pessoas que fizeram cirurgia bariátrica 
o Pessoas que fizeram cirurgia de re�rada de parte do intes�no (ressecção ileal)
o Disbiose intes�nal
o Gastrite atrófica 
o Câncer de estômago
o Presença de an�corpos para o fator intrínseco, onde não há ou a produção de fator intrínseco é muito baixa
o Alterações gené�cas
o Alterações na secreção pancreá�ca
o Gestação e lactação
o HIV
o Entre outros.Compartilhe este eBook
3-QUEM PODE TER A DEFICIÊNCIA?
A deficiência de vitamina B pode não apresentar 
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nenhum sintoma, ou seja, ser assintomá�ca. Por este 
mo�vo é fundamental a avaliação pelo exame de sangue 
(veja no próximo item).
 Possíveis consequências a longo prazo de uma 
deficiência grave: demência, Alzheimer, doença 
cardiovascular, infer�lidade em homens, entre outras.
 Sintomas mais comuns:
Outros sintomas: 
depressão
glossite
 falta de ape�te
emagrecimento (por conta da falta de ape�te)
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Fadiga/cansaço
Dificuldade de concentração
Memória recente ruim
Formigamento nas pernas
4-SINTOMAS DA DEFICIÊNCIA
Para avaliar a B é necessário fazer o exame de sangue (vitamina B sérica), que deve ser solicitado pelo seu 
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nutricionista ou médico. Existem outros exames complementares, como a homocisteína, que se eleva quando a vitamina B 
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está baixa. Mas a homocisteína também se eleva por outros mo�vos, como ácido fólico baixo e uso de medicamentos.
 
 O valor ideal de vitamina B sérica é acima de 500. Os valores de referência variam entre 190 a 950.
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 O ácido me�lmalônico é um excelente marcador para deficiência de vitamina B , porém é considerado um exame 
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de alto custo.
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5- COMO SABER SE A B ESTÁ BOA?
12
 
 
 Pode levar alguns meses para fazer com que a vitamina B chegue no valor ideal (acima de 500 pelo menos). A 
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prescrição deve ser feita pelo seu nutricionista ou médico, não sendo recomendada a automedicação. 
A suplementação não é de origem animal, pois é produzida por bactérias em laboratório. A prescrição mais comum é 
de me�lcobalamina (sua forma a�va), via oral (cápsulas vegetais ou de alga) ou em gotas (sublingual). 
As doses podem variar de 50mcg a 1000mcg (dose máxima prescrita por Nutricionista) oumais para adultos/idosos. 
As doses para bebês e crianças são menores. A dose é individual e precisa ser ajustada pelo professional, pois a absorção e o 
metabolismo são individuais! 
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6- COMO TRATAR
PRINCIPAIS ERROS EM RELAÇÃO À VITAMINA B :
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Fingir que a vitamina B não 
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existe
Acreditar em “abobrinhas” 
como verduras mal lavadas ou 
sujas com terra teriam B (NÃO 
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TEM! E PODEM CAUSAR 
PARASITOSES QUE LEVAM À 
DEFICIÊNCIAS DE VÁRIOS 
NUTRIENTES!!)
Tomar suplemento vegano com 
dose de apenas 2,4mcg de 
vitamina B
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Achar que algas tem B 
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ativa Nunca fazer o exame
Achar que somente precisa se 
preocupar com a B após 3-5 anos 
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após parar de consumer carnes (o 
estoque varia de pessoa para 
pessoa, pois depende do ciclo 
entero-hepá�co; e uma pessoa já 
poderia estar com níveis baixos 
antes de fazer a mudança alimentar)
Fazer automedicação
Contar apenas com produtos 
enriquecidos (são poucos no 
Brasil e as doses são pequenas)
Não fazer o exame da vitamina 
B12 na gestação e não 
suplementar quando necessário. 
Assim como o ácido fólico, sua 
suplementação também previne 
má formação no tubo neural.
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ATENÇÃO! Esse ebook tem como obje�vo esclarecer as principais dúvidas e mitos em 
relação a vitamina B12, entretanto não subs�tui o atendimento individual com professional 
Nutricionista ou Médico. Procure um professional que respeite a sua opção na sua cidade.
REFERÊNCIAS
- VENÂNCIO LS et al. J Vasc Bras 2010, Vol. 9, N° 1. 
Tratamento dieté�co da hiper-homocisteinemia na DAP.
- PANIZ, C., et al. Fisiopatologia da deficiência de vitamina 
B12 e seu diagnós�co laboratorial . J Bras Patol Med 
Lab., v.41, n. 5, p. 323-34, 2005.
- BOUSHEY, C. J., et al. A quan�ta�ve assessment of 
plasma homocysteine as a risk factor for vascular disease. 
Probable benefits of increasing folic acid intakes. JAMA, 
v.274, n.13, p. 1049-57, 1995.
- CARMEL, R. et al. Update on cobalamin, folate, and 
homocysteine. Hematology (Am Soc Hematol Educ 
Program), p. 62-81, 2003.
- SAVAGE, D.G.; LINDENBAUM, J. Neurological 
complica�ons of acquired cobalamin deficiency: clinical 
aspects. Baillieres Clin Haematol., v. 8, n. 3, p. 657-78, 
1995.
- TIEMEIR, H., et al. Vitamin B12, folate and 
homocysteine in depression: the Ro�erdam Study. Am J 
Psychiatry, v.159, n.12, p. 2099-101, 2002.
- ZAGO, M.A.; MALVEZZI, M. Deficiência de vitamina B e 
12
de folatos: anemias megaloblás�cas. In: FALCÃO, R. P.; 
- AFMAN, L.A., et al. Reduced vitamin B binding by 
12
transcobalamin II increases the risk of neural tube 
defects. Q J Med., v. 94, n. 3, p. 159-66, 2001.
- STABLER, P.S.; ALLEN, R.H. Vitamin B12 deficiency as a 
worldwide problem. Annu. Rev. Nutr., 24, p.299–326, 
2004.
- DEVALIA, V; HAMILTON, M.S.; MOLLOY, A.M. Guidelines 
for the diagnosis and treatment of cobalamin and folate 
disorders. Bri�sh Journal of hematology, 2014, 166, 496-
513.
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