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APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Direito Constitucional A Opção Certa Para a Sua Realização 1 DIREITO CONSTITUCIONAL: 1. Direito Constitucional: natureza; conceito e objeto; fontes formais. 2. Classificações das constituições: constituição material e constitui- ção formal; constituição garantia e constituição dirigente; normas constitucionais. 3. Poder constituinte: fundamentos do poder constituinte; poder constituinte originário e derivado; reforma e revisão constitucionais; limitação do poder de revisão; emendas à Constituição. 4. Controle de constitucionalidade: conceito; sistemas de controle de constitucionalidade. 4.1 Inconstitucionalidade: inconstitucionalidade por ação e inconsti- tucionalidade por omissão. 4.2 Sistema brasileiro de controle de constitucionalidade. 5. Fundamentos constitucionais dos direitos e deveres fundamen- tais: direitos e deveres individuais e coletivos; direito à vida, à liber- dade, à igualdade, à segurança e à propriedade; direitos sociais; nacionalidade; cidadania e direitos políticos; partidos políticos; garantias constitucionais individuais; garantias dos direitos coletivos, sociais e políticos; Ações constitucionais: Habeas Corpus. Habeas Data. Mandado de Segurança. Mandado de Injunção. Ação popular. Ação civil pública. 6. Poder Legislativo: fundamento, atribuições e garantias de inde- pendência. 7. Processo legislativo: fundamento e garantias de independência, conceito, objetos, atos e procedimentos. 8. Poder Executivo: forma e sistema de governo; chefia de Estado e chefia de governo; atribuições e responsabilidades do presidente da República. 9. Poder Judiciário: disposições gerais; Supremo Tribunal Federal; Superior Tribunal de Justiça; Tribunais regionais federais e juízes federais; tribunais e juízes dos estados; funções essenciais à justi- ça. 10. Defesa do Estado e das instituições democráticas: segurança pública; organização da segurança pública. 1. Direito Constitucional: natureza; conceito e objeto; fontes formais. direito- naunp.files.wordpress.com/2008/08/constitucionalcompacto. doc A) NATUREZA: 1) O direito constitucional seria uma unidade estrutural do sistema normativo que é o Direito (J. A. da Silva). Estaria no galho “Direito Público”. Outros galhos seriam: “Direito Social” e “Direito Privado”. 2) Distingue-se dos demais ramos pela natureza (essência) do seu objeto (a Constituição Federal): a) Organização e funcionamento do Estado; b) Articulação dos elementos primários do mesmo; c) Estabelecimento da base da estrutura política (J. A. da Silva). B) CONCEITO: 1) J. A. da Silva: “Ramo do Direito Público que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e normais fundamentais do Estado” (ISSO QUANTO A ENTENDÊ-LO COMO DISCIPLINA, O QUE DIFERE DE ENTENDÊ-LO DE UM CONJUNTO DE NORMAS). 2) Maurice Duverger: “Aquele que estuda a organização geral do Estado, seu regime político e sua estrutura governamental.” C) OBJETO: 1) Maurice Hauriou: “O Direito Constitucional tem por objeto a consti- tuição política do Estado.” A oposição de J. A. da Silva a esta defini- ção não se mantém por que ele propõe, por exemplo, a interpretação das normas constitucionais como algo que não deflua da própria Constituição, o que não é possível tendo em vista o Princípio da Legalidade. 2) Kelsen diria: o conjunto de normas constitucionais positivas. 3) Paulo Bonavides: “O estabelecimento de poderes supremos, a distribuição da competência, a transmissão e o exercício da autorida- e, a formulação dos direitos e garantias individuais e sociais.” D) TIPOS: 1) Paulo Bonavides: a) Direito Constitucional Geral; b) Direito Constitucional Especial; c) Direito Constitucional Comparado. 2) J. Afonso da Silva: a) Direito Constitucional Geral; b) Direito Constitucional Particular ou Positivo; c) Direito Comparado. E) FONTES (do Direito Constitucional, para Paulo Bonavides): 1) Escritas: a) Leis constitucionais; b) Leis complementares; c) Prescrições administrativas contidas em decretos emitidas pelo Governo, na área de Direito Constitucional, desde que tendo recebido delegação para tanto do poder legislativo; d) Regimentos do Poder Legislativo do Poder Judiciário; e) Tratados internacionais; f) Jurisprudência; g) Doutrina. 2) Não escritas: a) O Costume; b) Usos (Inglaterra e EUA: dissolução dos Comuns e Convenções Partidárias). 2. Classificações das constituições: constituição material e constituição formal; constituição garantia e constituição diri- gente; normas constitucionais. Classificação Das Constituições 1) Quanto ao conteúdo: a) Constituição formal: regras formalmente constitucionais, é o texto vo- tado pela Assembleia Constituinte, são todas as regras formalmente consti- tucionais = estão inseridas no texto constitucional. b) Constituição material: regras materialmente constitucionais, é o con- junto de regras de matéria de natureza constitucional, isto é, as relaciona- das ao poder, quer esteja no texto constitucional ou fora dele. O conceito de Constituição material transcende o conceito de Constituição formal, ela é ao mesmo tempo, menor que a formal e mais que esta = nem todas as normas do texto são constituição material e há normas fora do texto que são materialmente constitucionais. Regras de matéria constitucional são as regras que dizem respeito ao poder, portanto, são as que cuidam da organização do Estado e dos pode- res constituídos, modo de aquisição e exercício do poder, as garantias e direitos fundamentais, elementos sócio-ideológicos, etc. Nem todas as regras que estão na Constituição são regras material- mente constitucionais. Pelo simples fato de estarem na Constituição elas são formalmente constitucional. As regras formalmente constitucionais são chamadas por alguns autores de lei constitucional, é como se fosse uma lei na constituição. 2) Quanto à forma: a) Escrita: pode ser: sintética (Constituição dos Estados Unidos) e analítica (expansiva, a Constituição do Brasil). A ciência política reco- menda que as constituições sejam sintéticas e não expansivas como é a brasileira. b) Não escrita: é a constituição cuja as normas não constam de um documento único e solene, mas se baseie principalmente nos costumes, na jurisprudência e em convenções e em textos constitucionais esparsos. 3) Quanto ao modo de elaboração: a) Dogmática: é Constituição sistematizada em um texto único, elabo- rado reflexivamente por um órgão constituinte = é escrita. É a que consa- gra certos dogmas da ciência política e do Direito dominantes no momento. É um texto único, consolidado. Esta consolidação pode ser elaborada por uma pessoa (será outorgada, ex. na monarquia) ou por uma Assembleia Constituinte (será promulgada, ex. nos sistemas representativos, Presiden- APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos Direito Constitucional A Opção Certa Para a Sua Realização 2 cialismo e Parlamentarismo). As constituições dogmáticas podem ser: ortodoxa (quando segue uma só linha de raciocínio, tem um único pensa- mento) e eclética (não há um fio condutor, temos dispositivos completa- mente antagônicos em razão da divergência que existiam entre os parla- mentares, já que cada um visava os seus próprios interesses. - é uma dogmática que mistura tudo). b) Histórica: é sempre não escrita e resultante de lenta formação histó- rica, do lento evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristali- zam como normas fundamentais da