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de peso. Conversei certa vez com a presidente de um grupo cristão feminino, uma mulher atraente mas muito desproporcionada fisicamente. Eu ia fazer uma palestra sobre o tema: "Como fazer seu marido tratá-la como uma 126 / rainha". Após 10 anos de casamento, ela achava o sexo repulsivo. O que realmente achei interessante no seu relato foi o fato de que gozara de plena satisfação orgásmica nos primeiros anos de casamento, antes de tornar-se crente. Disse ela: "Agora que estou trabalhando ardorosamente por Jesus Cristo, perdi aquele ardor de antes, na cama." Respondi-lhe que o fato de ser uma crente, cheia do Espírito Santo, não implicava na perda do interesse pelo sexo, que é um desejo natural, dado por Deus; na verdade, seu interesse devia até intensificar-se. Ao ouvir isto, ela se espantou. Interrogando-a, vim a saber que não fora sempre gorda, mas que adquirira cerca de trinta quilos durante a última gravidez, e depois não conseguira baixar o peso. Não admira que perdesse o interesse pelo sexo, passando a ter dificuldade em atingir o orgasmo pela primeira vez em sua vida de casada. Quando lhe indaguei: "Seu marido se incomoda com seu excesso de peso?" ela replicou: "Não! Parece que não. Mas eu me incomodo." Esse era o seu problema. Com o aumento de peso, ela experimentara também um declínio em sua auto- imagem. Pela primeira vez, sentia-se constrangida ao despir- se diante do marido. Quando a convenci de que se emagreces- se sua vida sexual melhoraria e sua capacidade orgásmica retornaria (sem falar no aumento de anergias, no melhora- mento da saúde e da auto-aceitação), ela resolveu seguir meu conselho, e marcar uma consulta com um especialista. Nove meses depois, recebi uma carta dela contando-me que em quatro meses melhorara muito, e sua vida sexual voltara ao normal. Já perdera vinte e sete quilos, isto é, a maior parte da gordura que a estava desmotivando." Perder peso exige um esforço árduo. Sei disso porque tenho lutado com este problema durante toda a minha fase adulta, mas vale a pena o esforço, tanto espiritual, como mental, física e emocionalmente. Todo crente com excesso de peso deve lembrar-se de que o verdadeiro problema não é esse, e, sim, o excesso de comida (a Bíblia chama isso de glutona- ria). Muitos de nós parecem estar mais preocupados com a conseqüência desse pecado — o excesso de peso — do que com o pecado em si (a glutonaria). Tais pessoas precisam compreender que não podem comer tudo que seu apetite deseja. Pare de comer excessivamente, e creia que Deus lhe dará a alegria de saber que está obedecendo a ele; deixe que ele o torne mais atraente para si mesmo e para o seu cônjuge. 127 DOMÍNIO DO COLÉRICO 10. Entrega pessoal versus domínio do colérico. A própria natureza do ato conjugai encerra uma atitude de rendição feminina. Para a maioria das mulheres, isto ocorre natural- mente, nos primeiros anos do casamento, porque amam o marido e desejam proporcionar-lhe prazer. E depois que aprendem a arte da satisfação orgásmica, ela é um preço insignificante diante de uma experiência tão extasiante. Mas, para uma mulher de vontade forte, para uma colérica, a rendição pessoal é difícil em qualquer situação. Em conse- qüência disso, muitas vezes, ela destrói seu impulso sexual e reage contra a necessidade da entrega. Já descobri que, em tais casos, ela só procura auxílio para o problema, quando a família e o casamento estão ameaçados. Certa mulher colérica, casada com um homem calmo e passivo, mãe de quatro lindas meninas, procurou-me no gabinete certo dia, com um sintoma incomum, que acabou revelando um problema bem comum. "Não suporto mais que meu marido acaricie meus seios", principiou ela. "Ele gosta muito disso, e durante vários anos eu o permiti, mas agora não agüento mais. Ao invés de estimular-me, isso me desestimu- la." Como eu continuasse a interrogá-la, revelou que nunca atingira o orgasmo, e realmente não apreciava o ato amoroso. Quanto mais ela se afastava do marido (os coléricos são muito francos e não sabem esconder seus sentimentos), mais ele se recolhia em sua passividade. Tomando o silêncio dele por aquiescência, ela supôs, erroneamente, que tudo estava bem. Certo dia, então, ele lhe disse tranqüilamente: "Vou deixá- la, no próximo sábado." Quando ela lhe indagou por que, ele respondeu: "Está claro que você não me ama mais, e eu não posso aceitar um casamento sem sexo." Isso fez com que ela me procurasse. Como muitas mulheres coléricas, ela tinha mágoa de ser mulher. Gostava de comandar, tomar decisões e dominar tudo. Era difícil para ela entender por que Deus a fizera mulher, e não homem. Somente depois que encarou de frente o pecado da auto-rejeição, foi que ela conseguiu obter o perdão divino. Depois falamos da necessidade de ela aceitar sua feminilidade. E finalmente, depois que aceitou a si mesma como mulher, pôde aceitar também a idéia de que seus seios eram uma parte bela e vital de sua natureza sexual, indepen- 128 dentemente de serem grandes ou pequenos demais. Aos poucos, ela aprendeu a viver a experiência de satisfação orgásmica, e viu renascer o amor do marido. Um interessante efeito colateral da solução do problema foi que o marido tornou-se mais agressivo e, portanto, foi mais fácil para ela respeitá-lo e admirá-lo. Sua auto-aceitação no campo sexual fez com que passasse a achar o interesse sexual do marido mais agradável, o que, por sua vez, afetou o sentimento de auto- aceitação dele. A Dra. Marie Robinson explicou isso muito bem. A capacidade de atingir o orgasmo normal pode ser descrito como o correspondente físico da rendição psicológica. Na maioria dos casos de mulheres realmente frígidas, quando ela desiste de suas atitudes rebeldes e infantis, e as abandona, o orgasmo se dá tão certamente como o dia segue à noite. Ele é o sinal de que ela se abandonou à sua natureza, rendendo os últimos resquícios de resistência, e abraçou o fato de que é mulher adulta de alma e corpo. Geralmente, o ato de atingir o orgasmo é o último passo no processo de maturação. Se repassarmos mentalmente a experi- ência, não será difícil entendermos o porquê disso. Para a mulher, o orgasmo requer uma confiança absoluta no cônjuge. Lembremo-nos por instantes que a experiência física é tão profunda, que implica numa perda de consciência própria por alguns momentos. Como sabemos, no ato sexual, como na vida, o homem é o elemento ativo, enquanto a mulher é o passivo, o receptor, o que recebe a ação. Entregar-se de forma tão passiva a outro ser humano, tornar-se o parceiro voluntário de experiências físicas de natureza tão forte implica em que a pessoa tenha uma fé perfeita no outro. No abraço sexual, ficam claramente revelados quaisquer traços ocultos de hostilidade ou de temor do seu papel no ato. Mas o estado psíquico necessário para o orgasmo implica em muito mais do que apenas confiança no cônjuge e disposi- ção de entregar-se. É preciso que haja também uma ansiedade sensual de render-se; para a mulher, o orgasmo resulta do ato de render-se. Há um enorme e arrebatador êxtase físico no ato de entregar-se, no sentimento de ser-se o instrumento passivo de outra pessoa, e estar-se estendida de costas, debaixo dele, totalmente subjugada, levada pela sua paixão, como folhas varridas pelo vento.9 Certa mulher comentou sabiamente: "A mulher é a única criatura que conquista rendendo-se." 129 11. Músculos vaginais fracos. No próximo capítulo analiza- remos essa causa de disfunçâo orgásmica, que é das mais co- muns. Calcula-se que 65% das mulheres não conseguem atin- gir o orgasmo devido a este problema. E o interessante é que a solução é bastante simples, não importa em despesas, e pode ser obtida em um período de tempo relativamente curto. Até hoje, todas as mulheres