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av3 de Psicopatologia

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Alterações patológicas da consciência -Os graus de rebaixamento quantitativos da consciência são:
a) Obnubilação ou turvação da consciência – é um rebaixamento da consciência em grau leve ou moderado. O paciente pode ficar sonolento, ficar lento para compreender conceitos e ideias, e tem dificuldades de concentração. O pensamento pode ficar ligeiramente confuso. Exemplo: paciente feminina, 33 anos, é levada à emergência de um hospital geral após tentativa de suicídio. Está sonolenta, distraída, demora para compreender e responder as perguntas do entrevistador. Quando indagada sobre o motivo da tentativa de suicídio, a paciente responde que não tentou nada – que não sabe o que houve. 
b) Sopor – é um estado mais grave de turvação da consciência. O paciente fica sonolento. Segundo Dalgalarrondo (2008, p. 88), o paciente fica incapaz de qualquer ação espontânea. A psicomotricidade fica mais inibida do que na obnubilação. Exemplo: paciente masculino, 29 anos, levado à emergência pela ambulância ao ser encontrado na rua desacordado. Na emergência, ele não sabe dizer o nome, nem onde está. Não consegue se levantar da maca, e, ao tentar, cai ao chão.
c) Coma – é o grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência. No estado de coma, não é possível nenhuma atividade voluntária consciente. Exemplo: paciente masculino, 69 anos, internado no CTI, após uma parada cardíaca. O paciente respira por aparelhos, tem o coração e a pressão monitorados.
Delirium é o termo para designar as chamadas síndromes confusionais agudas. As síndromes confusionais estão relacionadas ao aspecto confuso do pensamento e da fala (fala sem conteúdo lógico).
As alterações qualitativas da consciência, são:
Estados crepusculares – é um estreitamento transitório do estado da consciência. Quando falamos de estreitamento, queremos dizer que o paciente foca em ideias, sentimentos ou representações que têm uma importância particular para o paciente.
Estado segundo. Estado patológico transitório semelhante ao estado crepuscular, caracterizado por uma atividade psicomotora coordenada, a qual, entretanto, permanece estranha à personalidade do sujeito acometido e não se integra a ela.
Dissociação da consciência – dissociação significa separação, decomposição, desagregação, fragmentação.
Transe – é um estado de dissociação da consciência parecido com o sono, mas que mantém a atividade motora automática e estereotipada.
Estado hipnótico – é um estado da consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada, geralmente induzido por outra pessoa.
Experiência de quase-morte (EQM) Essa experiência ocorre, em geral, quando o paciente sente ou percebe que sua vida corre grave risco, como paradas cardíacas, hipóxia grave, isquemias, acidentes automobilísticos graves, entre outros.
A atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da atividade mental sobre determinado objeto.
A atenção está diretamente relacionada à consciência. Em verdade, a atenção é a direção da consciência e pode ser dividida de duas formas: 
1. Voluntária – é a concentração ativa e intencional da consciência sobre um objeto, situação ou pessoa.
 2. Atenção espontânea – é aquela atenção momentânea, incidental, despertada por um objeto, situação ou pessoa.
1. Atenção externa – voltada para o mundo exterior ou para o corpo. 
2. Atenção interna – voltada para os processos internos do próprio indivíduo. É uma atenção reflexiva, introspectiva e meditativa. 
Atenção focal – concentrada, delimitada sobre determinado problema, situação ou pessoa. 
2) Atenção dispersa – não se concentra num campo delimitado, espalhando-se de modo disperso
Tenacidade consiste na capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto.
A vigilância é definida como a qualidade da atenção que permite ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro.
Atenção flutuante é um conceito desenvolvido por Freud (1856-1939), relativo ao estado de como deve funcionar a atenção do psicanalista durante uma sessão analítica.
A psicologia contemporânea da atenção- (dividi em4):
Capacidade e foco de atenção referem-se à focalização da atenção e estão intensamente associados à experiência subjetiva de concentração.
Atenção seletiva diz respeito aos processos que permitem ou facilitam a seleção de informações relevantes para o sujeito e seu processamento cognitivo.
Seleção de resposta e controle seletivo são de extrema relevância, pois o ato de prestar a atenção está, quase sempre, associado a uma ação planejada, voltada a certos objetivos.
Atenção constante ou sustentada (sustained attention) diz respeito à capacidade de manter a atenção ao longo do tempo.
As alterações da atenção
Hipoprosexia – é a diminuição global da atenção. Nota-se uma perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, o que diminui a capacidade perceptiva dos estímulos externos e a compreensão; as lembranças tornam-se mais difíceis e imprecisas. Aumentam as dificuldades para as atividades psíquicas complexas como o pensar, o raciocinar, a integração de informações, entre outras alterações.
 Aprosexia – abolição da capacidade de atenção. 
Hiperprosexia – estado de atenção aumentada; tendência a perseverar sobre certo objeto com uma infatigabilidade intensa.
 Distração – é um sinal de superconcentração sobre determinado conteúdo ou objetos; essa superconcentração faz com que o sujeito se esqueça do restante a sua volta.
 Distraibilidade – é um estado patológico onde ocorre uma instabilidade da atenção; o sujeito não consegue manter sua atenção por tempo algum em nenhum objeto, situação ou pessoa.
Orientação autopsíquica – é a orientação do sujeito em relação a si mesmo. Revela se o sujeito sabe quem é: nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil.
Orientação alopsíquica – diz respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo.
 Desorientação é aquela em que o sujeito está desorientado por turvação da consciência.
Desorientação amnéstica, é aquela em que o sujeito não consegue reter as informações básicas do meio ambiente em sua memória, não conseguindo fixar as informações. A desorientação amnéstica é típica da síndrome de Korsakoff.
Desorientação demencial: Ocorre não apenas por perda de memória de fixação, mas por déficit de reconhecimento ambiental (agnosias) e por perda e desorganização global das funções cognitivas.(p. ex.: mal de Alzheimer e demências vasculares).
Desorientação apática ou abúlica: Ocorre por apatia ou desinteresse profundo. O que marca essa desorientação é uma profunda alteração do humor e da volição, e aparece principalmente nos quadros depressivos.
Desorientação delirante: Presente em sujeitos em surto delirante, com firme convicção de que habitam outro tempo ou espaço. Nesses casos, é comum ocorrer a dupla orientação, na qual a orientação falsa está concomitante com a orientação correta (p. ex.: o paciente afirma ser Deus mas, ao mesmo tempo, sabe que é o sr. fulano de tal).
Desorientação por déficit intelectual: Ocorre em sujeitos com deficiência ou retardo mental grave ou moderado que apresentam dificuldade de integrar as informações do meio ambiente.
Desorientação por dissociação: Em geral, aparece em quadros histéricos graves, acompanhada de alterações da personalidade (fenômeno de possessão histérica).
Desorientação por desagregação: Acomete pacientes psicóticos graves com uma desagregação profunda do pensamento, apresentando toda a sua atividade mental gravemente desorganizada.
Síndromes depressivas - Na depressão, a passagem do tempo é percebida lentamente. Aparece o que chamamos de bradipsiquismo, que significa que há uma lentificação de todas as atividades mentais. Síndromes maníacas - Nos estados maníacos, o ritmo psíquico está acelerado. Há na mania um taquipsiquismo geral, com aceleração de todas as funções psíquicas (pensamento, psicomotricidade, linguagem etc.). Nos quadros paranoides – Vivência de invasão do espaço interior por aspectos ameaçadoresvindo do exterior. 
Agorafobia – O espaço exterior é vivenciado como sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.
A ilusão e a atomização do tempo.
 A ilusão sobre a duração do tempo acontece quando temos uma acentuada alteração na percepção temporal. Essa alteração pode estar relacionada às intoxicações por alucinógenos ou psicoestimulantes (cocaína, anfetamina etc.).
Exercícios
1.Qual a importância da entrevista inicial?
A entrevista é essencial para estabelecer a primeira hipótese diagnóstica, para criar vínculo com o paciente e para pensar num possível prognóstico.
 2. Quais as principais alterações da consciência? 
Obnubilação ou turvação da consciência, sopor, coma, delirium, estados crepusculares, dissociação da consciência, transe, estado hipnótico, experiência de quase morte (EQM).
3. Explique as diferenças entre orientação alopsíquica e autopsíquica:
A orientação alopsíquica diz respeito à consciência de tempo e espaço. A orientação autopsíquica diz respeito à consciência do eu.
Define sensação como “o fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados originados fora ou dentro do organismo”. Sensação, então, é a forma como o estímulo é captado por nosso organismo e que vai alimentar seus sistemas de informação.
A percepção, que diz respeito à dimensão neuronal, é a tomada de consciência, pelo sujeito, desse estímulo sensorial, ainda não plenamente consciente no processo de sensopercepção.
A sensação é um fenômeno passivo e a percepção, um fenômeno ativo.
A sensopercepção é a associação entre a sensação e a percepção.
Imagem : Nitidez – imagem com contornos precisos. Corporeidade – a imagem é viva, corpórea, tem luz, brilho e cores. Estabilidade – a imagem percebida é estável. Extrojeção – a imagem que vem do espaço exterior é percebida nesse espaço. Ininfluenciabilidade voluntária – o sujeito não consegue alterar voluntariamente a imagem percebida. Completude – a imagem é completa com todos os detalhes. Imagem real não pode ser confundida com a representação mental dessa imagem. A representação é uma revivescência da imagem real, sem que a imagem real esteja presente.
Representação: Nitidez – imagem com contornos imprecisos ou borrados. Corporeidade – a imagem é uma representação; não tem vida. Estabilidade – a imagem desaparece facilmente. Extrojeção – a representação é percebida no espaço interno. Incompletude – a imagem é incompleta, indeterminada.
Eidética – é a evocação de uma imagem guardada na memória.
 Pareidolias – são imagens visualizadas voluntariamente a partir de estímulos imprecisos do ambiente. Por exemplo: ver figuras humanas ou animais nas nuvens.
 Imaginação – é uma atividade psíquica voluntária, em que os sujeitos invocam imagens do passado ou criam novas imagens.
Alterações quantitativas da sensopercepção
Agnosia – é um distúrbio do reconhecimento dos estímulos visuais, auditivos ou táteis, na ausência de déficits sensoriais.
Hiperestesia – é um aumento global da intensidade perceptiva: as impressões sensoriais tornam-se mais intensas, mais vívidas ou mais nítidas.
Hipoestesia – é a diminuição global da intensidade perceptiva.
Anestesia – consiste na abolição da sensibilidade (perda das sensações dolorosas).
Parestesias – sensações táteis incômodas, como formigamentos nas mãos, adormecimentos, picadas ou queimações.
 Macropsia – os objetos parecem aumentados de tamanho. Micropsia – os objetos parecem menores do que realmente são.
Alterações qualitativas da sensopercepção
Ilusão – é a percepção deformada de um objeto presente. 
As ilusões ocorrem em três condições: ( 1. Rebaixamento do nível da consciência, por turvação da consciência; 2. Por fadiga grave; 3. Em alguns estados afetivos intensos: perdas, dor intensa).
A alucinação é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real. 
As alucinações verdadeiras têm todas as características de uma imagem perceptiva real (nitidez, corporeidade, projeção no espaço exterior, constância).
Alucinações auditivas Tais alucinações podem ser alucinações auditivas simples, quando se ouve ruídos como zumbidos, burburinhos, cliques, estalidos. Podem ser contínuos ou intermitentes. 
Na esquizofrenia, outros tipos de alucinação também podem ocorrer:
Sonorização do pensamento – o paciente acredita que está ouvindo os próprios pensamentos, escuta no próprio momento em que pensa. 2. Sonorização do pensamento como vivência alucinatória-delirante – o paciente acredita que colocaram pensamentos em sua cabeça e ele agora ouve esses pensamentos. 3. Eco do pensamento – é a sensação que seu pensamento ecoa dentro da cabeça. 4. Publicação do pensamento – o paciente tem a certeza de que as pessoas ouvem o ele pensa, na hora em que está pensando. Exemplo: paciente masculino, de 25 anos, reclama que ouve constantemente o diabo mandando que ele ande na linha do trem. Ele conta que o diabo fala “Se joga, se joga agora. Você é burro, não serve para nada, se joga agora!”. Outro paciente, de 20 anos, conta que o diabo fala o tempo todo com ele para arrancar o próprio coração. Segundo o paciente, o diabo fala: “Tira o coração, pra quê você quer o seu coração? Tira logo!”.
Alucinações musicais As alucinações musicais são como uma audição de tons musicais, ritmos, harmonias e melodias. Exemplo: uma paciente feminina, de 56 anos, ouvia diariamente a banda escolar de sua infância. Enquanto ouvia, ela dançava animadamente.
As alucinações são visões nítidas e claras, sem a presença do estímulo visual externo. As alucinações visuais podem ser simples ou complexas. As alucinações visuais simples aparecem com mais frequência em pacientes com doenças oculares, mas podem aparecer na esquizofrenia. Exemplo: paciente feminina, 29 anos, reclama durante a consulta que seus olhos estão cheios de bolinhas coloridas. Diz que as bolinhas estão lá porque ela é uma pessoa muito alegre e colorida.
Alucinações visuais complexas São imagens de pessoas, partes do corpo, genitais, caveiras. Demônios, santos, objetos, animais ou criança. Exemplo: paciente masculino, 25 anos, vê diariamente o diabo diante de si. Geralmente, o diabo fica olhando o paciente fazer as coisas cotidianas.
Alucinações liliputiana O sujeito vê cenas com personagens minúsculos, entre os objetos e pessoas reais de sua residência . Exemplo: paciente masculino, 56 anos, aparece na emergência levado por sua família porque diz ver pequenos policiais andando por sua casa e espiando a sua vida.
Alucinações táteis O paciente sente estranhas sensações em seu corpo, como espetadas, choques, beliscões, pequenos animais correndo por sua pele, apertos nos genitais, penetrações nos genitais. Exemplo: paciente feminina, internada no hospital psiquiátrico, grita por socorro. Ela acredita que estão espetando sua vagina com uma espada.
Alucinações olfativas e gustativas Em geral, o paciente sente o cheiro de coisas podres, de cadáver, de fezes, de enxofre. Exemplo: uma paciente, de 65 anos, reclamava com a direção do hospital que sua refeição vinha sempre com cheiro de podre.
Alucinações cenestésicas O paciente experimenta sensações alteradas em seu corpo. Exemplo: paciente feminino, 25 anos, reclama na consulta que seu cérebro está diminuindo de tamanho e diz temer que em breve sua cabeça desaparecera. 
Alucinações cinestésicas Sensação alteradas de movimentos do corpo. Como sentir o corpo afundando, as pernas andando mesmo estando deitado em uma cama ou os braços se elevando. Exemplo: paciente feminina, 27 anos, relata que não consegue dormir porque tem a sensação de que suas pernas voam.
Alucinação extracampina Alguns pacientes relatam ver imagens de pessoas ou animais às suas costas ou atrás das paredes. Exemplo: paciente feminina, 25 anos, conta que consegue ver através das paredes. Alega ter visto seus pais fazendo sexo no quarto enquanto ela estava na sala.
Alucinação autoscópica É um tipo de alucinação que conjuga as alucinações visuais, táteise cenestésicas. O paciente vê o seu próprio corpo, como se estivesse fora dele, contemplando-o.. Exemplo: paciente feminina, 25 anos, conta que, ao acordar à noite, vê o seu corpo flutuando pelo quarto.
Alucinose O paciente percebe sua alucinação como estranha a sua pessoa. 
Alucinose visual A alucinose visual ocorre com mais frequência por conta de intoxicações devidas a substâncias alucinógenas, como LSD, mescalina e anticolinérgicos.
Alucinose auditiva A forma mais comum de alucinose auditiva é a alucinose alcoólica: os dependentes de álcool ouvem vozes que falam delas na terceira pessoa. Exemplo: Pedro, quando está sob efeito do álcool, afirma ouvir vozes que falam: “Olha como o Pedro está todo sujo hoje. Pedro não gosta de banho”.
Atividades centrais do pensamento são: elaboração de conceitos, a formação de juízos e o raciocínio.
Conceito – é o que há de mais particular e único que forma o objeto ou fenômeno.
Juízo – é a capacidade de estabelecer relação entre dois conceitos. É onde afirmamos ou negamos alguma qualidade de um objeto ou fenômeno.
Raciocínio – é a capacidade mental de relacionar juízos levando a novos juízos ou a outras conclusões.
Exemplo de raciocínio indutivo: Tomei esse antidepressivo e fiquei melhor. Logo, todos os antidepressivos melhoram o humor. 
Exemplo de raciocínio dedutivo: Todos os esquizofrênicos têm alucinações; sou esquizofrênico, logo, essas vozes que ouço são alucinações. 
Exemplo de raciocínio analógico: picada de injeção e picada de mosquito são parecidas.
O processo de pensar é constituído por diferentes dimensões: 
O curso do pensamento – é a forma como o pensamento flui. A velocidade e o ritmo, a quantidade de ideias apresentadas em determinado momento. 
A forma do pensamento – está relacionada à estrutura do pensamento, à relação entre as ideias.
 O conteúdo do pensamento – diz respeito à temática do pensamento, às características das ideias.
Alteração dos conceitos
Desintegração dos conceitos – os conceitos perdem seu significado original, e uma palavra passa a ter significados completamente diferentes. Exemplo: A filha do paciente conta que certo dia, seu pai ouviu a palavra “amando”, ele entendeu – a mando de alguém – e, portanto, passou a considerar que queriam matá-lo.
 Condensação dos conceitos – o paciente condensa dois ou mais conceitos. Exemplo: Durante uma tempestade, no hospital, um dos pacientes grita que está “relampeidando”. 
Juízo deficiente ou prejudicado – é um juízo falso que em geral é emitido por pessoas com deficiência intelectual e pobreza cognitiva. O raciocínio é pobre. Os juízos são simplistas ou concretos. Em geral, não são persistentes nem irredutíveis e a temática é variável.
Alteração do raciocínio e do estilo de pensar - pensamento
Pensamento mágico – é o pensamento que fere a lógica formal. O pensamento mágico segue os caminhos do desejo, das fantasias, dos medos e dos temores.
Exemplo: Paciente masculino, 42 anos. Conta que, se ele olhar fixamente para a rua onde os carros estão passando com rapidez, ele consegue fazer com que os carros diminuam a velocidade e obedeçam aos comandos de seus pensamentos.
Pensamento concreto – é o tipo de pensamento onde não ocorre a distinção entre o abstrato e simbólico. O sujeito não consegue entender ou usar as metáforas. Exemplo: O técnico fala para o paciente. Como está calor, parece que ligaram uma fornalha aqui dentro. O paciente responde: “Fornalha? Que fornalha?” Isso é porque o sol está muito quente. Não tem fornalha alguma!
Pensamento dereístico – é o tipo de pensamento submetido apenas aos desejos e vontades do sujeito. O sujeito distorce a realidade para que ela se adapte aos seus desejos. Exemplo: Uma paciente, apesar de todas as dicas de que o companheiro ia deixá-la, tirando suas coisas de casa, separando as contas, continuava acreditando que ele fazia isso tudo só para preparar a sua festa de aniversário.
 Pensamento inibido – ocorre inibição do pensamento quando o raciocínio, os conceitos e os juízos diminuem a quantidade e também a velocidade do pensar, tornando-se lento, rarefeito. Exemplo: Durante a entrevista, o paciente, que ia relatando sua história, inesperadamente para de falar, fica com o olhar perdido, e não consegue reatar a conversa.
 Pensamento prolixo – é quando o pensar do sujeito dá muitas voltas sobre o mesmo ponto. São explicações longas e desnecessárias. Exemplo: O paciente é indagado sobre o seu nome. Ele não consegue responder objetivamente. Conta muitas histórias de sua família para poder depois contar o seu nome.
Pensamento deficitário (oligofrênico) – é um pensamento pobre de conceitos, abstrações e juízos. Tende a ser concreto. Exemplo: O técnico pergunta para o paciente como foi sua infância. O paciente responde: “Boa!”. 
Pensamento demencial – é um pensamento pobre. O sujeito tem dificuldades para encontrar palavras, por isso usa termos mais genéricos. Exemplo: Como o paciente não se lembra do nome correto da coisa – bolsa –, ele a descreve: aquilo onde você coloca seus documentos quando vai sair. 
Pensamento confusional – é um pensamento incoerente; o sujeito não consegue apresentar de forma clara suas ideias. Ocorre principalmente nas síndromes confusionais agudas. Nesses casos, o paciente não consegue concatenar duas ideias ou mais. Exemplo: Na entrevista de primeira vez, o técnico pergunta como vai ao usuário, que responde: “— Vou sinaleira, às vezes verde, outras, vermelho.”
 Pensamento desagregado – é o tipo de pensamento incoerente, onde os conteúdos e juízos não se articulam. É uma salada de palavras sem sentido. Aparece nas esquizofrenias graves. Exemplo: O pensamento é desorganizado, desconexo. 
Pensamento obsessivo – são ideias absurdas, com conteúdo mágico, que invadem o sujeito e contra as quais o usuário tenta resistir mentalmente, mas sem sucesso. Exemplo: Paciente feminina de 29 anos acredita que se tomar oito banhos por dia vai conseguir impedir que sua mãe adoeça.
Alteração do curso do pensamento:
Aceleração do pensamento – o pensamento fica muito acelerado; uma ideia aparece atrás da outra, sem interrupção e rapidamente. Ocorre nas manias, em estados de ansiedade, na esquizofrenia e nas psicoses tóxicas (anfetamina e cocaína).
 Lentificação do pensamento – o pensamento flui muito lentamente, com dificuldades. Ocorre em depressões grave, em intoxicações por substâncias sedativas e em psicoses orgânicas.
Bloqueio ou interceptação do pensamento – ocorre quando, sem nenhum motivo aparente, o paciente interrompe seu pensamento. O paciente, quando indagado, afirma que o pensamento sumiu, ( pensamento roubado).
Alteração da forma do pensamento:
Fuga de ideias – é uma alteração associada à aceleração do curso do pensamento. Uma ideia se segue a outra de forma rápida impossibilitando a associação de ideias. 
Dissociação do pensamento – os pensamentos não seguem uma sequência lógica e organizada, os conteúdos e juízos não se articulam uns com os outros. 
Afrouxamento das associações – as associações não estão bem articulas. São mais livres. Descarrilamento do pensamento – o pensamento não mantém um curso lógico, toma atalhos incoerentes, sem sentidos, supérfluos. Está associado à distraibilidade. 
Desagregação do pensamento – o pensamento é totalmente incoerente, aparecem apenas pedaços de pensamentos, conceitos ou ideias. Não tem uma articulação lógica.
Conteúdo do pensamento:
Persecutório – essa vivência é uma das mais comuns, provavelmente por causa da violência cotidiana.
Religiosos – temas religiosos ou místicos são frequentes em todos os grupos humanos, por isso os temas religiosos são presentes nas alterações psicopatológicas.
 Hipocondríacos – relacionado ao risco e ao medo do adoecimento.
As principais síndromes psicopatológicas.
SÍNDROMES AFETIVAS: Ansiosas, Depressivas, Maníacas.
SÍNDROMES NEURÓTICAS: Fobias, Quadros obsessivo-compulsivos, Quadros histéricos, Somatizações e hipocondríacas.
SÍNDROMES PSICÓTICAS: Paranoia e parafrenias , Síndrome de agitação ou lentificaçãopsicomotora, Síndrome relacionada à substância psicoativa, Síndrome relacionada à sexualidade, Síndrome relacionada ao sono, Síndromes mentais orgânicas e demência.
A memória, conforme a interpretação do Nietzsche, é aquela que não permite deixar aflorar o esquecimento, o instinto que constitui o animal livre e sem memória. Nascida sob a égide da tradição moral, a memória, sempre que acionada, remete às lembranças da boa e virtuosa pólis, das conquistas e sofrimentos por que passaram os homens para construírem um lugar bom para se morar. 
imagem perceptiva real: É uma imagem nítida, de contornos precisos; corpórea, com brilho e cores vivas; que provém do espaço externo e não permite ao indivíduo a alteração voluntária de suas características. 
características das imagens eidéticas: É a evocação de uma imagem guardada na memória, ou seja, de uma representação, de forma muito precisa, com características semelhantes a uma percepção. 
 Rebaixamento da consciência / Obnubilação: É o rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. A inspeção inicial o paciente pode já estar claramente sonolento ou pode parecer desperto, o que dificulta o diagnóstico. De qualquer forma sempre há uma diminuição do grau de clareza sensorial, com lentidão da compreensão e dificuldade de concentração.
A Pseudo-Alucinação: É u m fe nô meno que, embora se p areça com a aluci nação, dela se afasta por não 
A Pseudo-Alucinação: É u m fe nô meno que, embora se p areça com a aluci nação, dela se afasta por não 
 A Pseudo-Alucinação: É um fenômeno que, embora se pareça com a alucinação, dela se afasta por não apresentar os aspectos vivos e corpóreos de uma imagem perceptiva real. Apresenta mais as características de uma imagem representativa. Vozes ou imagem visual são percebidas com pouca nitidez, de contornos imprecisos, sem vida e corporeidade. Pode se manifestar nas psicoses funcionai s e orgânicas, nos estados afetivos intensos, na fadiga, em quadros de rebaixa mento do nível de consciência e em intoxicações.
 A imagem p ós-óptica (semelhante à pseudo-alucinação) acontece em pessoas que fic am por muit acontece em pessoas que fic am por muito tempo 
 A imagem p ós-óptica (semelhante à pseudo-alucinação) acontece em pessoas que fic am por muito temp
 A imagem p ós-óptica (semelhante à pseudo-alucinação) acontece em pessoas que fic am por muito tempo 
A imagem pós-óptica: observando atentamente por muitas imagens e, à noite, no momento em que vai dormir, nota a persistência de tais imagens (comigo acontece isso). 
 A alucinação psíquica (também confundida com a pseudo-alucinação) onde pacientes relatam a experiência de ouvirem palavras sem som, vozes sem ruído, vivenciarem uma comunicação direta d e pensamento a pensamento, por meio de palavras secretas e interiores que não soam. 
 Alucinação negativa para designar a ausência de visão de objetos reais, presentes no campo visual do paciente, também gera controvérsias. 
 ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA MEMÓRIA: Alterações quantitativas
Amnésias (ou hipomnésias) -Denomina-se amnésia, de forma genérica, a perda da memória, seja a da capacidade de fixar ou a da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
Amnésia psicogênica. Na amnésia psicogênica, há perda de elementos mnêmicos focais, os quais têm valor psicológico específico (simbólico, afetivo).
Amnésia orgânica. Trata-se de amnésia menos seletiva (em relação ao conteúdo do material esquecido) que a psicogênica.
Na amnésia anterógrada, o indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral. Por exemplo, o indivíduo não lembra do que ocorreu nas semanas (ou meses) depois de um trauma cranioencefálico.
Na amnésia retrógrada, o indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início da doença (ou trauma). 
Alterações QUALITATIVAS da SENSOPERCEPÇÃO: 
Compreendem as ilusões, as alucinações, a alucinose e a pseudo-alucinação. 
- ILUSÃO: É a percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. 
Na ilusão há sempre o objeto externo real, gerador do processo de sensopercepção, mas tal percepção é deformada, adulterada, por fatores patológicos diversos. 
As ilusões ocorrem em três condições: 
1. Estados de rebaixamento do nível de consciência: Por turvação da consciência, a percepção torna-se imprecisa, fazendo com que os estímulos sejam percebidos de forma deformada. 
2. Estados de fadiga grave (ou de inatenção marcante): Podem ocorrer ilusões transitórias. 
3. Alguns estados afetivos: Por sua acentuada intensidade, o afeto deforma o processo de sensopercepção, gerando as ilusões catatímicas. 
- ALUCINAÇÕES: É a percepção de um objeto , sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo.
A alucinação é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real. 
As alucinações verdadeiras têm todas as características de uma imagem perceptiva real (nitidez, corporeidade, projeção no espaço exterior, constância)
Orientação espacial É investigada perguntando-se ao paciente o lugar onde ele se encontra
A orientação temporal depende de uma adequada percepção da passagem do tempo, do registro e da discriminação dos intervalos temporais, assim como da capacidade de apreender o tempo passado e antever o tempo futuro.
Desorientação por redução do nível de consciência. Também denominada desorientação torporosa ou confusa, é aquela na qual o indivíduo está desorientado por turvação da consciência.
Desorientação por déficit de memória imediata e recente. Também denominada desorientação amnéstica. O indivíduo não consegue reter as informações ambientais básicas em sua memória.
Já a desorientação demencial é muito próxima à amnéstica. Ocorre não apenas por perda da memória de fixação, mas por déficit de reconhecimento ambiental (agnosias) e por perda e desorganização global das funções cognitivas. Ocorre nos diversos quadros demenciais (doença de Alzheimer, demências vasculares, etc.).
Desorientação apática ou abúlica. Ocorre por apatia ou desinteresse profundos.
Desorientação delirante. Ocorre em indivíduos que se encontram imersos em profundo estado delirante.
Desorientação por déficit intelectual (anteriormente chamada de desorientação oligofrênica). Ocorre em indivíduos com deficiência ou retardo mental grave ou moderado.
Desorientação por dissociação, ou desorientação histérica. Ocorre em geral em quadros histéricos graves.
Desorientação por desagregação. Ocorre em pacientes psicóticos.
Desorientação quanto à própria idade. É definida como uma discrepância de cinco anos ou mais entre a idade real e aquela que o paciente diz ter.
Estado maníaco é a de um espaço extremamente dilatado e amplo, que invade o das outras pessoas.
Alteração -Alucinações auditivas simples são aquelas nas quais se ouvem apenas ruídos primários. Elas são menos freqüentes que as alucinações auditivas complexas. O tinnitus, ou tinnitus aurium, corresponde à sensação subjetiva de ouvir ruídos (em um ou nos dois ouvidos), tais como zumbidos, burburinhos, cliques, estalidos.
A pseudo-alucinação é um fenômeno que, embora se pareça com a alucinação, dela se afasta por não apresentar os aspectos vivos e corpóreos de uma imagem perceptiva real.
O termo alucinação negativa para designar a ausência de visão de objetos reais, presentes no campo visual do paciente, também gera controvérsias.
A memória é a capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos já ocorridos.
Memória cognitiva (psicológica). É uma atividade altamente diferenciada do sistema nervoso, que permite ao indivíduo registrar, conservar e evocar, a qualquer momento, os dados aprendidos da experiência.
 2. Memória genética (genótipo).Conteúdos de informações biológicas adquiridos ao longo da história filogenética da espécie, contidas no material genético (DNA, RNA, cromossomos, mitocôndrias) dos seres vivos.
 3. Memória imunológica. Informações registradas e potencialmente recuperáveis pelo sistema imunológico de um ser vivo.
 4. Memória coletiva ou cultural. Conhecimentos e práticas culturais (costumes, valores, habilidades artísticas e estéticas, preconceitos, ideologias, estilo de vida, etc.)
A memória cognitiva é composta de três fases ou elementos básicos:
– Fase de registro (percepção, gerenciamento e início da fixação) – Fase de conservação (retenção) – Fase de evocação (também denominada de lembranças, recordações ou recuperação).
Memória imediata ou de curtíssimo prazo (de poucos segundos até 1 a 3 minutos). Este tipo de memória confunde-se com a atenção e com a memória de trabalho (que será vista adiante).
Memória recente ou de curto prazo (de poucos minutos até 3 a 6 horas). Refere-se à capacidade de reter a informação por curto período.
Memória remota ou de longo prazo (de meses até muitos anos). É a capacidade de evocação de informações e acontecimentos ocorridos no passado.
O termo priming diz respeito a um fenômeno normal e importante do processo de recordação ou evocação.
O esquecimento (o oposto da evocação) se dá por três vias:
1-Esquecimento normal, fisiológico: por desinteresse do indivíduo ou por desuso. 
2-Esquecimento por repressão (Freud [1915], 1974): quando se trata de conteúdo desagradável ou pouco importante para o indivíduo. 
3-Esquecimento por recalque (Freud [1915], 1974): certos conteúdos mnêmicos, devido ao fato de serem emocionalmente insuportáveis.
Os conteúdos da memória (esquecimento) seguindo algumas regularidades
1. O sujeito perde as lembranças e seus conteúdos na ordem e no sentido inverso que os adquiriu. 
2. Conseqüência do item anterior, ele perde primeiro elementos recentemente adquiridos e, depois, os elementos mais antigos.
 3. Perde primeiro elementos mais complexos e, depois, os mais simples.
4. Perde primeiro os elementos mais estranhos, menos habituais e, só posteriormente, os mais familiares. 
5. Primeiramente, perde os conteúdos mais neutros; depois, perde os elementos afetivos e, apenas no fim.
A memória explícita é adquirida de forma plenamente consciente, sendo também a mais relevante do ponto de vista clínico (aqui estão incluídas as lembranças de fatos autobiográficos). A memória implícita é adquirida de forma mais ou menos automática, o indivíduo não se dá conta de que está aprendendo esta ou aquela habilidade (aqui estão incluídos os aprendizados de habilidades motoras.
Memória declarativa diz respeito a fatos, eventos e conhecimentos que são memorizados.
A memória não-declarativa refere-se a hábitos e capacidades, em geral motores, sensoriais, sensório-motores ou eventualmente linguísticos.
As principais formas de memória: 1. Memória de trabalho 2. Memória episódica 3. Memória semântica 4. Memória de procedimentos.
A memória de trabalho: (working memory) é, na verdade, a combinação de habilidades de atenção (capacidade de prestar atenção e de concentração) e da memória imediata.
Memória episódica: Esta é possivelmente a forma mais relevante de memória para a clínica neurológica, psiquiátrica e neuropsicológica. Trata-se de uma forma de memória explícita e declarativa relacionada a eventos específicos da experiência pessoal do indivíduo.
Memória semântica: Esse tipo de memória se refere a aprendizado, conservação e utilização de algo que pode ser designado como o arquivo geral de conceitos e conhecimentos factuais do indivíduo. 
Memória de procedimentos: Trata-se de um tipo de memória automática, geralmente não-consciente. Exemplos desse tipo de memória são habilidades motoras e perceptuais mais ou menos complexas.
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA MEMÓRIA : Alterações quantitativas
Hipermnésias : As representações (elementos mnêmicos) afluem rapidamente, em tropel, ganhando em número, perdendo, porém, em clareza e precisão.
Diferenciam-se os seguintes tipos de amnésias:
Amnésia psicogênica. Na amnésia psicogênica, há perda de elementos mnêmicos focais, os quais têm valor psicológico específico (simbólico, afetivo).
Amnésia orgânica. Trata-se de amnésia menos seletiva (em relação ao conteúdo do material esquecido) que a psicogênica.
Na amnésia anterógrada, o indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral.
Na amnésia retrógrada, o indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do inicio da doença (trauma).
Alterações qualitativas da memória (paramnésias)
Ilusões mnêmicas. Neste caso, há o acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória.
Alucinações mnêmicas. São verdadeiras criações imaginativas com a aparência de lembranças ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento mnêmico.
As fabulações (ou confabulações) são invenções, produtos da imaginação do paciente, que preenchem um vazio da memória.
Criptomnésias: Trata-se de um falseamento da memória, em que as lembranças aparecem como fatos novos ao paciente que não as reconhece como lembranças, vivendo-as como uma descoberta.
Ecmnésia : Trata-se da recapitulação e da revivescência intensa, abreviada e panorâmica, da existência.
A lembrança obsessiva, também denominada idéia fixa ou representação prevalente, manifesta-se como o surgimento espontâneo de imagens mnêmicas ou conteúdos ideativos do passado.
As agnosias são definidas como déficits do reconhecimento de estímulos sensoriais, objetos e fenômenos.
A agnosia aperceptiva ocorre, por exemplo, secundária à lesão bilateral das áreas visuais primárias.
A agnosia associativa refere-se ao déficit da formação do percepto.
As principais formas de agnosia são:
1. As agnosias táteis, divididas em dois subtipos: a astereognosia, na qual o paciente é incapaz de reconhecer as formas dos objetos colocados em suas mãos, estando o mesmo de olhos fechados; e a agnosia tátil propriamente dita, na qual, apesar de o paciente identificar as formas elementares do objeto.
As agnosias visuais são aquelas nas quais o paciente não consegue mais reconhecer.
A prosopagnosia era considerada a agnosia de reconhecimento de faces previamente conhecidas.
A agnosia auditiva é a incapacidade de reconhecer sons.
A anosognosia é a incapacidade de o doente reconhecer um déficit ou uma doença que o acomete.
A anosodiaforia é a incapacidade de o paciente reconhecer o estado afetivo.
simultanagnosia é a incapacidade de reconhecer mais de um objeto ao mesmo tempo.
A grafestesia é o reconhecimento da escrita pelo tato. Escrevem-se, na mão do paciente
Alteração qualitativa da memória > amnésia orgânica. 
1- Jorge chega ao consultório vestindo roupas rasgadas, senta-se na poltrona e relaxa. Quando o psicólogo diz “bom dia”, ele responde com um grito oco em altíssimo tom. Logo em seguida, ele não fala mais nada, permanece com os olhos fixos em um determinado ponto da sala. Após 10 minutos de silêncio ele diz não saber o que ocorreu. Resposta: Alteração do pensamento > bloqueio do pensamento 
2- Juliene no meio da sessão com seu terapeuta, olha para o teto e diz: “Marcos está amando. A mando de alguém ele quer me matar”. Resposta: Alteração do pensamento > Desintegração 
3- Júlio, paciente de um CAPS AD por três meses tem alegado ouvir um zumbido insuportável no ouvido. No último final de semana, enquanto estava num churrasco de família, ele diz que após beber bastante e ouvir um famoso grupo de pagode, começa a ter a nítida sensação de escutar o próprio pensamento, fenômeno este que permanece desde então. Resposta: Alucinação auditiva simples > Tinnitus > com alucinação audioverbal complexa > sonorização do pensamento.
 4-Marcílio chega ao consultório dizendo ter sofrido um acidente de helicóptero há seis meses. Diz que “apagou” e quando acordou ele escutava vozes estranhas e seres que se pareciam com extraterrestres de braços longosem um túnel vermelho. Segundo ele, havia uma luta de si consigo mesmo para permanecer acordado. Recorda-se de tudo que ocorreu antes e depois da queda, porém queixa-se de, desde então, ouvir vozes que pareciam com os sons proferidos pelos seres extraterrestres. Quando perguntado ele afirma: “ Isso é uma doença, não é doutor? Aconteceu por causa do acidente, não é?” Resposta: ocorrem duas alterações neste caso. 1) Alteração da Consciência > EQM (Experiência de quase morte) 
5-Mariângela é atriz e relata usar uma técnica muito curiosa para decorar um texto: ela lê o texto em voz alta várias vezes, faz uma lista de palavras-chaves, as decora, e nos ensaios ela vai relembrando tais palavras-chaves para chegar ao texto completo. Resposta: Priming
 6-Flávio diz que em seu acidente de skate, onde ele rolou por cima de um carro, várias cenas da vida dele se passaram rapidamente na mente dele enquanto estava de olhos fechados. O motorista do carro o ajudou a se levantar e ele voltou para casa apenas com alguns arranhões. Resposta: Alteração da memória Ecmnésia
 7-Luciene chega ao consultório em sua primeira consulta; senta-se em posição de guarda, tensa e atenta ao ambiente. Depois de vinte minutos falando de maneira agitada e rápida, o telefone toca, e ela vai para o hall do consultório atende-lo. Quando retorna, já na porta da sala começa a olhar com os olhos arregalados para o ambiente, como se tudo a despertasse interesse. Ao final o clínico percebe que suas narinas possuem uma fina camada de pó branco. Resposta: Alteração da atenção > Hiperprosexia.
 8-Jurandir é psicólogo jurídico, especialista em socioeducação. Geralmente faz oficinas terapêuticas coletivas com os internos da instituição socioeducativa. Em alguns momentos, onde todos estão sentados em roda, Jurandir parece estar pouco conectado ao ambiente onde se passa os grupos, olhando sem tanto interesse para os internos. Porém, algum tempo depois de ouvir o que os internos têm a dizer, ele intervém de modo preciso, como se estivesse o tempo todo extremamente focado no que eles diziam. R- Alteração da atenção > atenção flutuante. 
9- Ana Oliveira, jovem de 23 anos, chega à UPA amparada pela mãe. Relata dificuldade para andar, dores de cabeça permanentes que levam horas para passar e desmaios constantes, onde ela perde totalmente o tônus muscular e cai. Sua mãe relata que já desmaiou em ponto de ônibus, fazendo comida, e em alguns desses eventos, ela demora a recobrar a consciência, não sabendo onde e nem em que dia está. Passa uma hora com os olhos fixos em algum ponto, e depois é “como se ela acordasse”. R- Alteração da consciência > desmaio > rebaixamento da consciência > desorientação alopsíquica. 
10- Paulina sempre foi conhecida por ser muito atenta a tudo que se passa em sua volta. Estava ela ontem na varanda, jantando com sua irmã Paola, quando ouviu os fogos na rua e a comemoração de seu irmão acerca da vitória de seu time. Uma semana depois quando foi ao neurologista fazer um exame para o trabalho, não soube responder os times que haviam jogado, nem o time vencedor de semana passada. R- Desinteresse total. Não selecionou (focou) por falta de interesse. 
11- Jureminha, 69 anos, estudante de Direito é uma ótima aluna, sempre participando ativamente das aulas. Porém em questões discursivas, Juju, como é conhecida, tende a ter seu rendimento comprometido, pois vários professores dizem que apesar de todo conteúdo da prova estar correto, a questão não é respondida. Se a questão é: “Disserte sobre o Direito Penal contemporâneo”, ela fala perfeitamente sobre o código de Hamurabi, o início da civilização, expõe em detalhes o Direito romano, se aproxima ora ou outra do cerne da questão, mas logo escapa do foco da pergunta. R- Alteração do pensamento - estilo de pensar > prolixo operando por tangencialidade. 
 12- Lidian reclamou na sessão de hoje que seu marido Péricles não consegue acompanhá-la, e questionou-se se isso seria um motivo bom para divórcio. Lidian sente-se incompreendida, pois é artista e cientista, e quando fala sobre a sutileza das obras de arte de seu artista favorito, o arquiteto espanhol Antônio Gaudí, seu marido diz : “Detesto museu, não entendo nada daquele lugar, arquitetura eu acho um saco. Prefiro fazer imposto de renda e balancete de empresa”. R- Alteração do pensamento > tipos alterados do estilo do pensamento - concreto.
 13- Aristóteles chega ao CAPS acompanhado de sua mãe, que explica que há dias tem tido muita dificuldade em entender o que ele dizia. Ela diz que ele fala muito rápido e não consegue acompanhar seu raciocínio. Quando o psicólogo dá bom dia, ele responde normalmente. Quando é perguntado como ele tem se sentido ultimamente, Aristóteles fala “as ondas de se como houvesse uma total lá. Contínua e tentado a mim faria um seu de aqui que não pensa... mim pensa! Continua lá o tre de si e vai...” R- : Alteração no processo de pensar > desagregação do pensamento.
 14- Diferencie alucinação verdadeira e alucinose.
 Na Alucinação verdadeira: Egossintônica - não há desconfiança de que aquilo é uma alucinação.
 Na Alucinose: Egodistônica (não está em sintonia) Aquilo que consigo estranhar, o paciente percebe tal alucinação como estranha a sua pessoa.
 15- Diferencie imagem e representação: 
 Na imagem: Perceptiva experiência subjetiva que eu tenho frente a um objeto x, sua nitidez, corporeidade, estabilidade, extroversão, influenciabilidade voluntária, completude. Na representação: memória do objeto ausente. Não têm nitidez, borrado, destoante.
 16- Diferencie ilusão e alucinação: 
Na ilusão: preserva as característica da imagem. 
Na Alucinação: é a experiência da imagem sem ela. 
17- Defina memória a partir do pensamento de Friedrich Nietzsche: 
Na terceira fase das obras de Nietzsche temos a Transvaloração apresentada na obra “Assim falou Zaratustra” (Desaprender a ser quem é). Livro poema / livro música. Segundo Nietzsche: O homem pequeno / anão > O homem que vai fixar-se: Nos territórios físicos, nas relações e em si mesmo. Padece por não conseguir sair de si, deixar de ser o que é. De certo forma esta obra diagnostica o homem moderno. O homem pequeno /anão: Homem ruminador, rumina a vida e pode fazer uma má consciência do ressentimento> pragueja a vida, se flagela, vida boa é que está além dessa, buscando o que não têm, está sempre em falta. Ressentimento> atribui culpa por aquilo que aconteceu com ele e repassa isso para alguém. é o que vai se fixar em suas memórias. FREUD> ao estudar Nietzsche denuncia isso é a Neurose. A grande questão do homem pequeno é que ele sofre com o excesso de memória. Mas Nietzsche acredita que para continuar a viver têm que se esquecer algumas coisas.
Identifique em cada fragmento clínico a(s) funções alterada(s) definindo as alterações)  observadas.     
José está num café, concentrado num jogo de cartas. Numa mesa próxima têm  início uma briga que acaba em facadas. Convocado a depor, lhe foi solicitado que dissesse  quem sacou primeiro a faca. Não soube responder. O juiz irritado dizia: “ Mas o senhor estava  muito perto! Tudo se passou diante dos seus olhos, não é possível que não tenha visto! O senhor  não estava dormindo!”  R- Distração   
Primeiro atendimento a um paciente: durante a entrevista foi impossível fazer  com que o paciente prestasse atenção à entrevista. Mostrava-se desinteressado pelas   ocorrências do ambiente. Inesperadamente levantou-se, foi até a janela do consultório, olhou para o pátio e voltou a sentar-se. Em alguns momentos olhava para o entrevistador, mas era como se estivesse ausente do mundo exterior. Nada mobilizava a sua atenção voluntária.  R- Distraibilidade. 
A mãe de João foi chamado na escola porque ele não consegue “prestar  atenção” na aula. Segundo a professora ele é muito levado, inquieto e está sem preocupado   com o que se passa no ambiente. Qualquer estímulo do ambiente é capaz de provocar o seu   interesse dificultando que se concentre na matéria dada.  Resposta : Não consegue focar mais têm interesse.R- Hiperproxesia.
 “Estava almoçando. Pouco tempo depois de ter-se sentado a mesa sentiu que  o mundo virava de cabeça para baixo. Agarrou-se às bordas da mesa e permaneceu “de cabeça para baixo” apavorado, angustiado. Isso durou algum tempo. Não sabe como as coisas voltaram ao normal.  R- Alteração na Senso percepção > Ilusão.    
Maria dizia que não adiantava nada tomar remédio. As vozes continuavam a lhe dar ordens e dizendo o que deveria fazer. Explicava:“sãovozesmetálicas,maisdeuma e saem de dentro da minha cabeça.”  R-: Alteração na Senso percepção > auditiva > verbal > complexa-composta >vozes  de comando.
José não parava de pensar que seu pai ia morrer. Idéia sem sentido, avaliava,  porque o pai estava bem e saudável. Toda vez que essa idéia lhe ocorria, entretanto, era  impelido a bater coma colher de chá 5vezes na mesa, para evitar que tal tragédia ocorresse.   Sabia do absurdo de tudo isso, mas só conseguia se tranqüilizar ao realizar esse ato.
  Resposta : Pensamento Obserssivo , Pensamento mágico. 
M. tem 27 anos e desde os 13 apresenta desmaios e tonteiras, que a fazem  procurar o Pronto Socorro do hospital mais próximo de sua casa. Já foi examinada por clínicos e neurologistas, bem como já fez todos os exames complementares possíveis, sem que qualquer anormalidade orgânica fosse revelada. O curioso é que estes episódios sempre   se seguem a situações em que é exigida emocionalmente, o que é bastante freqüente na sua vida, dada a sua bastante atribulada vida familiar. Ontem, após uma das inúmeras discussões com seu pai, desmaiou e após voltar a si dizia não saber onde estava e não respondia seu nome. Dizia não saber quem era e não conseguia lembrar de nenhuma  passagem de sua vida pregressa.
  R- Alteração da Consciência > desorientação > auto e alopsíquica > amnésia   retrógrada com fuga dissociativa. 
“Um serralheiro de 24 anos sofreu envenenamento por gás, no dia 31 de maio  de 1986. Examinado em1990,verifica-seestarpreservadoocabedalmnêmicorelativosaos  fatos que precederam aquela data. Dali por diante, nada mais se acresce. Após dois  segundos, desaparecem quaisquer impressões. Perguntas mais longas o paciente já  esqueceu quando quem pergunta chega ao fim da frase; só responde a perguntas breves. Ontem, para ele, éinvariavelmentedia30demaiode1986;oqueaistoseopõedeixa-o,um instante, perplexo, mas de imediato a contradição é esquecida. Sua noiva casou-se com ele   após oacidentemasquandoperguntamseeleécasado,responde"aindanão,masvou   casar em breve.”  R- Trauma > amnésia com esquecimento > anterógrada.    
Senhora de 65 anos é levada à uma consulta por sua irmã, preocupada porque  a primeira anda muito esquecida e ontem perdeu-se na rua, tendo sido encontrada perdida  e chorando dentro de uma loja da vizinhança, onde entrara para pedir ajuda. Este processo  de esquecimento já dura um ano e meio. Inicialmente ele era contornado por meio de  lembretes, que assinalavam o que ela devia fazer. Depois passou a se esquecer de onde  deixara os seus pertences. Finalmente, esquecia panelas no fogo, queimando a comida. Não   conseguia mais sair para fazer compras, pois não conseguia mais entender o manejo do  dinheiro. Atualmente, ela fala pouco, esquece-se do nome de objeto se refere-se sobretudo a passagens da sua juventude, freqüentemente confundindo seus interlocutores com  pessoas deste período de sua vida. Ela, que sempre fôra uma pessoa controladora e perfeccionista, teve esta característica de sua personalidade acentuada desde o início do   processo, de modo que quando alguma coisa não sai do jeito o que gostaria, ou não consegue realizar uma tarefa, é capaz de explosões de raiva desproporcionais. Na entrevista, nota-se que ela fala sempre dos mesmos assuntos. Não consegue interpretar provérbios, assim  como tem dificuldades para estabelecer semelhanças e diferenças. Seu discurso é pobre em vocabulário, apesar de ser uma pessoa de bom nível cultural. R- Alteração da memória minnese –orgânica qualitativa
 “Naquela ocasião tínhamos um encontro social. No caminho de volta para casa, se apossouderepentedemim,comoumraio,umaidéiaquenuncameocorreraantes:                                   que devia atravessar o ria nadando de roupa. Não se tratava de uma compulsão da qualme  desse conta, de sorte que não refleti nem um minuto e pulei direto no rio, Aosentiraágua   foi que notei o disparate e saí do rio.”  R- Alteração do pensamento > pensamento obsessivo.
Estava apavorada. Acabara de olhar para a janela e tinha a certeza de ter visto um rosto. Foi até lá. Ao abri-la viu que eram as folhas das arvores que se agitavam o vento.
R- Alteração da percepção / Ilusão Pareidalia 
“ Após uma longa pausa, continua: “fui para a faculdade... foi um choque cultural. A faculdade cria Dom Quixotes.” Indagada sobre o que quer dizer com isso, ela diz: “tenho que arrumar empregos. Posso ser faxineira doméstica. Mandei meu currículo datilografado. A biblioteca da faculdade é muito grande...é uma imersão cultural...” R- Descarrilamentos do Pensamento
“ L. tem 26 anos e é mãe de uma menina de seis meses. Ela procurou uma psicóloga, muito assustada, porque toda vez que pega sua filha no colo para amamenta-lá, é assaltada por pensamentos em que sua aparece engasgando –se com leite e morrendo em seus braços, pensamentos que considera absurdos. Não obstante, eles se repetem e para livrar-se deles ela precisa rezar 2 aves marias”.
R- Pensamentos obsessivo / Pensamento Mágico 
Palmira, 58 anos, todo o domingo à mesa do almoço abraça seu genro e lhe conta inúmeras histórias sobre sua juventude na localidade de Pau Grande, rio de Janeiro. Muito empolgada, e com família unida, Palmira faz todos rirem com seus curiosos casos acerca de sua intensa vida no interior. Após uma hora contando os casos da mocidade, Palmira torna a repeti-las de modo idêntico: empolgada, como se nunca houvesse antes conhecido tais histórias. 
Alteração da Memória – Criptmnesia 
José Carlos, 18 anos, após visita ao sitio do amigo regressou a sua casa apenas de bermuda, com os olhos arregalado (midríase), aparência assustada, relatando estar sendo perseguido por um pescador que joga anzóis em sua pele e os puxa. Gritando de dor, vez ou outra, ele diz para o homem parar de puxar o anzol, e que sua pele está sangrando muito.
 sensopercepção - visual tátil
Lucas, 20 anos, chega à Unidade de Pronto Atendimento de Copacabana trazido pelos amigos. Segundo ele, estavam todos em uma festa em Botafogo quando Lucas começou a ficar tonto. Deitado no chão, ele começou a vomitar e a tremer; foi quando colocaram um casaco nele e o tiraram da festa. Quando a enfermeira avaliou Lucas, percebeu que ele estava sonolento, com o olhar vago, disperso no ambiente, com lentidão na compreensão do que os amigos e a enfermeira perguntavam, bem como dificuldade de concentração.
R- Rebaixamento da consciência – Obnubilação
Ivone, 58 anos, paciente do IPUB há 8 anos, chega à terapia grupal relatando que estava no cinema com os filhos no ultimo fim de semana, quando “ de uma hora pra outra” passou-lhe pela cabeça que precisava sair dali e tocar em um táxi amarelo. Disse que os filhos não a deixaram sair, o que a fez ficar mas angustiada. “Era como se o Filme tivesse se apagado pra mim, e eu fiquei apenas com o pensamento que precisava tocar o táxi. Quando o filme acabou, e, finalmente foi à rua, ficou aliviada, pois consegui tocar no carro que desejava. Desde então diz ouvir um ruído baixo parecido com uma televisão fora de sintonia. 
R- Alteração do pensamento obsessivo / Alteração da sensopercepção – Alucinação auditiva simples 
Ricardo e Maurício eram irmãos e donos de uma mercearia em Caxias. Num determinado momento da discursão, Ricardo se irrita e disfere dos socos em seu sócio, que cai com a nuca na quina de mesa e falece. Pensando não ter sido visto, Ricardo fecha o bar e regressa a sua casa tranquilamente. Entretanto, Paula, vizinha do bar, que passava no momento da discussão vira tudo e foichamada para depor como testemunha ocular do crime. Quando perguntada pelo advogado de acusação, jurou perante a lei que vira Maurício, antes de ser assassinado, ameaçar Ricardo com uma faca. Descreveu tudo com clareza de detalhes: tamanho a faca, posição em que se encontravam, bem como o conteúdo da discussão. “È hoje que você me paga!”, Maurício gritava com a faca apontada para Ricardo. Entretanto, o depoimento de Paula não se alinhava com as imagens do circuito de câmera interna que Maurício instalou sem que Ricardo soubesse. O depoimento dela não conferia com o que havia acontecido no momento do crime. R- Alteração do pensamento / Rebaixamento da Memória 
João Pedro, 18 anos, diz não fazer varias coisas, dentre elas, o que exposto em Levítico :
5:2. Quando perguntado acerca da proibição, José diz “... quando alguma pessoa tocar em alguma coisa imunda, seja corpo morto de fera imunda, seja corpo morto de animal imundo, seja corpo de réptil imundo, ainda que não soubesse, contudo será ele imundo e culpado”.
Alteração do Pensamento / Pensamento mágico. 
Palmira, 58 anos, chega à unidade de Ponto Atendimento de Copacabana trazida pelos amigos. Segundo eles, estavam todos em uma churrasco em Botafoco quando ela começou a ficar tonta. Deitada no chão, ela começou a vomitar e a se tremer ; foi quando colocaram um casaco nela e a tiraram da festa. Quando a enfermeira avaliou Palmira, percebeu que ela estava sonolenta, com olhar vago, disperso no ambiente, com lentidão na compreensão do que os amigos e a enfermeira perguntavam, bem como dificuldade de concentração.
R- Alteração da consciência , Turvação da consciência , Alteração de pensamento, pensamento confusional. 
José Carlos 18 anos, após visita ao sitio do amigo regressou a sua casa apenas de bermuda, com os olhos arregalados ( midríase ), aparência assustada, relatando estar sendo perseguido por um pescador que joga anzóis em sua direção e os puxa. Ele diz não sentir sua pele sendo puxada, mas sente o cheiro de sangue no ar. Ouvir também um zumbido que diz ser ensurdecedor. 
R- Alteração da sensopercepção , alucinação visual , alucinação olfativa, alucinação simples- tinnitus.
Lucas, 20 anos, paciente do IPUB há 2 anos, chega à terapia grupal relatando que estava no cinema com a namorada no ultimo fim de semana, quando “de uma hora pra outra” passou-lhe pela cabeça que precisava sair dali e tocar em um táxi amarelo. Disse que a namorada não o deixou sair, que o que o fez ficar mas angustiado. “ Era como se o filme tivesse se apagado pra mim , finalmente foi à rua, ficou aliviado, pois conseguiu tocar no carro que desejava. 
R- alteração do pensamento, pensamento obsessivo. 
Ivone, 58 anos, diz não fazer varias coisas, dentre elas, o que está exposto em Levítico 5:2. Quando perguntada acerca de proibição, José diz”...Quando alguma pessoa tocar em alguma coisa imunda, seja corpo morto de fera imunda, seja corpo morto de animal imundo, seja corpo morto de réptil imundo, ainda que não soubesse, contudo será ele imundo e culpado”.
R- Alteração do pensamento, pensamento mágico, desagregação.
 João Pedro, 68 anos, todos domingo à mesa do almoço abraça sua nora e lhe conta inúmeras história sobre sua juventude na localidade de Pau Grande, Rio de janeiro. Muito empolgado, e com a família unida, João faz todos rirem com seus curiosos casos acerca de sua imensa vida no interior. Após uma hora contando os casos da mocidade, João torna a repeti-las de modo idêntico: empolgada, como se nunca houvesse antes conhecido tais histórias. 
R- Alteração da memória – criptomnésia 
Carlos e Daniel eram sócios de uma padaria em Magé. Numa ocasião de briga intensa entre eles, Daniel se irrita e disfere dois socos em seu sócio, que cai com a nuca na quina da mesa e falece. Pensando não ter sido visto, Daniel fecha o bar e regressa sua casa tranquilamente. Entretanto, Úrsula, vizinha do bar, que passava no momento da discussão vira tudo e foi chamada para depor como testemunha ocular do crime. Quando interrogada pelo advogado de defesa , jurou perante a lei que vira Carlos, antes de se assassinado, ameaçar Daniel com uma peixeira. Descreveu tudo com clareza de detalhes: tamanho da arma, posição em que se encontravam , bem como o conteúdo da discursão. “Fuja, pois se ficar, eu lhe mato!”, Almeida gritava com arma em riste. Entretanto, o depoimento de Úrsula não se alinhava com as imagens do circuito de câmera interna que Carlos instalou sem que Daniel soubesse. O depoimento dela não conferia com o que havia acontecido no momento do crime.
R- Alteração da memória – Fabulação memória 
As alucinações verdadeiras têm todas as características de uma imagem perceptiva real (nitidez, corporeidade, projeção no espaço exterior, constância)
O conceito de memória em Nietzsche: Quando Claudia recorda essas memórias, traz sofrimento a ela, e segundo Nietzsche, ele diz que e devemos esquecer algumas da memórias, para que novas possam vir, para assim vivemos melhor.
A alucinação é a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença do objeto estimulante real.
Alucinose : o paciente percebe tal alucinação como estranha a sua pessoa.
Pseudo-alucinação: fenômeno que embora se pareça com alucinação, dela se afasta por não apresenta os aspectos vivo e corpóreos de uma imagem perceptiva real.
Na ilusão: preserva as característica da imagem. 
Na Alucinação: é a experiência da imagem sem ela. 
Imagem: nitidez , corporeidade, estabilidade, extroversão, Ininfluenciabilidade voluntaria, completude. 
Representação: Nitidez – . Corporeidade – Estabilidade – Extrojeção – Incompletude 
Alteraçes da consciência : ( Turvação , sopor, transe, sono) Ou ( Aprosexia , coma, obnubilação estado onírico ) 
Estilos de Pensamento: ( concreto , vago , confusional ) ou ( Deficitário, confunsional, desagregação) 
Alterações da memória e da sensopercepção ( Fabulação e Ilusão) ou ( Fabulação e tinnitus)

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