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1 BIOQUÍMICA METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS AULA 6 Prof. Greice Montagner CARNÍVOROS ATÉ 90% DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS ANIMAIS → OXIDAM AMINOÁCIDOS PLANTAS NUNCA OU QUASE NUNCA OXIDAM HERBÍVOROS PEQUENA FRAÇÃO DAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS GRUPO AMINO OXIDAÇÃO DE AMINOÁCIDOS ESQUELETO CARBÔNICO OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS NOS ANIMAIS Pode ocorrer em três circunstâncias: Durante síntese e degradação de proteínas celulares, alguns aminoácidos liberados podem sofrer oxidação. Quando em uma dieta rica em proteínas aminoácidos excedentes são catabolizado. Durante jejum severo e ou diabetes melitus proteínas corporais são hidrolisadas e seus aminoácidos empregado como combustíveis. 3 VISÃO GERAL DO CATABOLISMO DE AMINOÁCIDOS EM MAMÍFEROS 4 DESTINOS METABÓLICOS DOS GRUPOS AMINO Podem ser utilizados para síntese de proteínas. Caso não sejam utilizados para essa finalidade, devem ser degradados. Em animais, proteínas e aminoácidos não são armazenados como fonte de energia semelhante ao que ocorre com carboidratos e lipídeos. Uma parte importante da degradação de aminoácidos ocorre no fígado. 5 6 AS PROTEÍNAS DA DIETA SÃO ENZIMATICAMENTE DEGRADADAS ATÉ AMINOÁCIDOS 7 DEG R A D A Ç Ã O D E AM IN O Á C ID O S 8 FÍGADO → remoção grupo amino → catalisada por aminotransferases ou transaminases O grupo amino é transferido para o α-cetoglutarato liberando α-cetoácido → coletar grupos amino na forma de L-glutamato GLUTAMATO: doador de grupos amino para as vias biossínteticas ou para as vias de excreção DE G R A D A Ç Ã O D E AM IN O Á C ID O S As células contém tipos diferentes de aminotransferases. Muitas são específicas para o alfa-cetoglutarato como aceptor do grupo amino, mas diferem em sua especificidade para o L-aminoácido. Essas enzimas são denominadas em função do doador do grupo amino (p. ex., alanina-aminotransferase, aspartato- aminotransferase). Todas as aminotrasferases apresentam o mesmo grupo prostéico (PLP-piridoxal fosfato) e o mesmo mecanismo de ação 9 10 O GLUTAMATO LIBERA SEU GRUPO AMINO NA FORMA DE AMÔNIA NO FÍGADO Glutamato desidrogenase: ativada por ADP e inibida por GTP 11 A GLUTAMINA TRANSPORTA AMÔNIA NA CORRENTE SANGUÍNEA • A glutamina é uma forma de transporte não tóxico para a amônia. • A amônia livre produzida nos tecidos combina-se com o glutamato, produzindo glutamina, pela ação da glutamina- sintetase 12 A ALANINA TRANSPORTA AMÔNIA DOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS PARA O FÍGADO A AMÔNIA É TÓXICA PARA OS ORGANISMOS ANIMAIS Os estágios finais da intoxicação por amônia em humanos são caracterizados por indução de um estado de coma, acompanhado por edema cerebral (aumento no conteúdo de água do cérebro) e aumento da pressão intracraniana, de modo que pesquisas e especulações em torno da intoxicação por amônia têm sido focalizadas nesse tecido. As especulações centralizam-se em uma possível depleção do ATP nas células do cérebro. A amônia facilmente cruza a barreira hematoencefálica, de modo que qualquer condição que aumente os níveis de amônia na circulação sanguínea também exporá o cérebro a altas concentrações. O cérebro em desenvolvimento é mais suscetível aos efeitos deletérios do íon amônio que o cérebro adulto. Os danos causados pela toxicidade do amônio incluem perda de neurônios, alteração na formação de sinapses e deficiência geral no metabolismo energético celular. 13 14 REAÇÕES QUE FORNECEM GRUPOS AMINO PARA O CICLO DA UREIA CICLO DA UREIA 16 CICLO DA UREIA Reação da carbamoil-fosfato sintetase I Qualquer que seja sua fonte, o NH4 + presente na mitocôndria hepática é utilizado imediatamente, juntamente com o CO2 (como HCO3 -) produzido pela respiração mitocondrial, para formar carbamoil-fosfato na matriz. Inserção do 1º grupo amino Reação é dependente de ATP Enzima regulatória: carbamoil- fosfato-sintetase 17 CIC LO D A UR E IA Formação de citrulina Formação de citrulina a partir de ornitina e carbamoil-fosfato (entrada do primeiro grupo amino); a citrulina passa para o citosol. 18 CIC LO D A UR E IA Produção de arginino-succinato Entrada do segundo grupo amino → a fonte é o aspartato produzido na mitocondria por transaminacao e transportado para o citosol. 19 CICLO DA UREIA Formação da arginina Formação da arginina a partir do arginino-succinato; essa reação libera fumarato, que entra no ciclo do ácido cítrico. Fumarato →malato→mitocôndria → C.A.C. Esse passo é a única reação reversível do ciclo da ureia 20 CIC LO D A UR E IA Formação de ureia Na última etapa do ciclo, a enzima citosólica arginase cliva a arginina, produzindo ureia e ornitina. A ornitina é transportada para a mitocôndria para iniciar outra volta do ciclo da ureia Equação geral 21 CICLOS DO ÁCIDO CÍTRICO E DA UREIA PODEM SER LIGADOS 22 REGULAÇÃO DO CICLO DA UREIA Regulação das velocidades de síntese das quatro enzimas do ciclo da ureia e da carbamoil-fosfato- sintetase → conforme demanda (dieta) Regulação alostérica: carbamoil- fosfato-sintetase → ativada por N- acetil-glutamato, sintetizado a partir de acetil-CoA e glutamato pela N-acetil-glutamato-sintase. 23 Defeitos genéticos do ciclo da ureia podem ser fatais: pessoas com defeitos genéticos em qualquer das enzimas envolvidas na formação de ureia não toleram dietas ricas em proteína. 24 25 VIAS DE DEGRADAÇÃO DE AMINOÁCIDOS As vias do catabolismo dos aminoácidos, em conjunto, representam normalmente apenas 10 a 15% da produção de energia no organismo humano; essas vias são bem menos ativas que a glicólise e a oxidação dos ácidos graxos. Fluxo ao longo das vias catabólicas → depende do equilíbrio entre as necessidades para processos biossintéticos e a disponibilidade de determinado aminoácido. 20 vias catabólicas → seis produtos principais → ciclo do ácido cítrico. Alguns aminoácidos são convertidos em glicose, outros em corpos cetônicos e outros são oxidados pelo C.A.C. 26 VISÃO GERAL DO METABOLISMO DO NITROGÊNIO VIAS BIOSSINTÉTICAS AMINOÁCIDOS NUCLEOTÍDEOS LEVAM A PRODUÇÃO DE: CARACTERÍSTICA COMUM: NECESSIDADE DE NITROGÊNIO SÍNTESE DE AMINOÁCIDOS VISÃO GERAL DO METABOLISMO DO NITROGÊNIO: CICLO DO NITROGÊNIO PLANTAS: PODEM CAPTAR NITRITO E NITRATO E REDUZIR A AMÔNIA AMÔNIA INCORPORDA NOS AMINOÁCIDOS PELAS PLANTAS 29 FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO Reação global A fixação biológica do nitrogênio é realizada por um complexo altamente conservado de proteínas, denominado complexo da nitrogenase, cujos componentes centrais são a dinitrogenase-redutase e a dinitrogenase. 30 A relação simbiótica entre plantas leguminosas e bactérias fixadoras de nitrogênio nos nódulos de suas raízes. INCORPORAÇÃO DA AMÔNIA NAS BIOMOLÉCULAS VIA GLUTAMATO E GLUTAMINA (doadores de nitrogênio) + INTERMEDIÁRIOS DA GLICÓLISE, CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO E VIA DAS PENTOSES AMÔNIA INCORPORDA NOS AMINOÁCIDOS PELAS PLANTAS AMINOÁCIDOS 32 INCORPORAÇÃO DE NH4 + Formação de glutamina pela glutamina sintase A glutamina-sintetase é encontrada em todos os organismos. 33 IN C O R P O R A Ç Ã O D E NH4 + Em bactérias e plantas, o glutamato é produzido a partir da glutamina em uma reação catalisada pela glutamato-sintase. Formação de glutamato via reação entre α-cetoglutarato e NH4 +, catalisada pela L-glutamato-desidrogenase: 34 Inibição por retroalimentação cumulativa. A REAÇÃO DA GLUTAMINA- SINTETASE É UM PONTO IMPORTANTE DE REGULAÇÃONO METABOLISMO DO NITROGÊNIO Glutamina-sintetase também é regulada por modificação covalente 35 BIO S S ÍN T E S E D E AMINOÁCIDOS Esqueleto carbônico: derivados de intermediários da glicólise, do ciclo do ácido cítrico ou da via das pentoses-fosfato. Nitrogênio : glutamato ou da glutamina. 36 37 38 39 MOLÉCULAS DERIVADAS DE AMINOÁCIDOS Além de seu papel como blocos constitutivos das proteínas, os aminoácidos são precursores de muitas biomoléculas especializadas, incluindo hormônios, coenzimas, nucleotídeos, alcaloides, polímeros constituintes da parede celular, porfirinas, antibióticos, pigmentos e neurotransmissores. Glicina→ porfirinas→ hemeproteínas Os aminoácidos são precursores da creatina (tampão energético) e da glutationa (antioxidante) Fenilalanina, a tirosina e o triptofano são convertidos em vários compostos importantes nas plantas → lignina, hormônio de crescimento auxima (tirosina) Neurotransmissores: serotonina, dopamina, noradrenalina, adrenalina, ácido g-aminobutírico (GABA) Arginina é precursora na síntese biológica de óxido nítrico RE F E R Ê N C IA S BIB L IO G R Á F IC A S O conteúdo desta aula foi baseado nas seguintes referências: NELSON,- D.L.; COX, M.M. Princípios de bioquímica de Lehninger. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. (Capítulo 18 e 22) CAMPBELL,- M.K.; FARREL, S.O. Bioquímica. 2ª ed. São Paulo: Cengage Learning. (Capítulo 23) RODWELL,- V.W.; et al. Bioquímica ilustrada de Harper. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. (Capítulo 27, 28, 29) MOTTA,- V.T. Bioquímica. Caxias do Sul: Educs, 2005. (Capítulo 15) MARZZOCO,- A.; TORRES, B.B. Bioquímica básica. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. (Capítulo 17) VOET,- D.; et al. Fundamentos de bioquímica. 4ª ed. Porto alegre: Artmed, 2014. (Capítulo 21) 40
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