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PERMEABILIDADE DOS SOLOS Mecânica dos Solos I Docente: Paulo Júnio Rodrigues Teixeira Discentes • Bárbara Fernanda Silva Simões; • Henrique Martins Cardoso; • Marco Aurélio de Faria Almeida; • Otaviano Geraldo da Silva Júnior; • Ricardo Junio dos Santos. 2 Objetivos ▪ Apresentar os métodos de análise dos solos, o tratamento em laboratório, os ensaios utilizados para determinação do coeficiente de permeabilidade e ressaltar a importância do estudo da permeabilidade dos solos. 3 Introdução • A permeabilidade é a propriedade que o solo apresenta ao permitir o escoamento de água; • A alta presença de água no solo pode ser prejudicial para a obra; • O conhecimento do grau de percolação é de grande importância, podendo assim prevenir futuras patologias; 4 • Os problemas de fluxo são divididos em fluxo laminar e fluxo turbulento; • Devido a grande dificuldade de se estudar as condições de fluxo de cada poro, somente as condições nas seções transversais do solo podem ser estudadas; • O fluxo laminar é o mais encontrado nos solos, o fluxo turbulento ocorre com grãos maiores; 5 Lei de Darcy • Em 1856, Henry Darcy, um engenheiro francês, realizou um experimento que tinha como finalidade estudar as propriedades do fluxo de água através de um filtro de areia; • Com a conclusão deste experimento, ele criou uma lei que correlaciona o gradiente hidráulico no escoamento; • A Lei de Darcy é a equação que se tornou a base para o estudo de fluxo no meio poroso; 6 • Ela consiste em escoar a água através de uma amostra de solo de comprimento “L” e área “A”, a partir de dois reservatórios com dimensões conhecidas e nível de água constante; • A diferença de cota entre ambos é denotada como “h”; 7 • Onde: o Q = Vazão (m³/s); o h = Carga hidráulica; o A = Área de seção o transversal da amostra (m²); o L = Comprimento da o amostra (m) o K = Coeficiente de o permeabilidade do solo (m/s); Figura 1: Lei de Darcy Fonte:http://slideplayer.com. br/slide/1613107 Q = K.h/L. A 8 • A vazão dividida pela área indica a velocidade de percolação, em função dela a lei de Darcy fica: V = Q/A = k.i 9 • O grau de dificuldade em que a água escoa no solo é expresso numericamente pelo coeficiente de permeabilidade; • Existem três tipos de métodos para analisar este coeficiente: o Métodos indiretos; o Métodos Diretos; o Ensaios in situ; MÉTODOS DE ANÁLISE E TRATAMENTO EM LABORATÓRIO 10 • Análise da curva granulométrica: o Método baseado na equação de Hazen; o Na Mecânica dos Solos é aplicada em solos com pouca ou nenhuma quantidade de finos; o A equação de Hazen no estudo da permeabilidade dos solos é descrita como: MÉTODOS INDIRETOS 11 • Ensaio de Adensamento: o O coeficiente de permeabilidade pode ser determinado indiretamente através da equação do adensamento, que é dada por: MÉTODOS INDIRETOS 12 • Tabela de valores estimados: o O coeficiente de permeabilidade pode ser estimado através do tipo de solo; Figura 2: Tabela de coeficientes de permeabilidade Fonte: PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de Mecânica dos solos em 16 aulas.3° edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. MÉTODOS INDIRETOS 13 MÉTODOS DIRETOS • São os ensaios utilizados em laboratório; • Dois tipos de ensaios são utilizados: o Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante (NBR 13292); o Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável (NBR 14545); 14 MÉTODOS DIRETOS • Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante (NBR 13292): o o coeficiente de permeabilidade é determinado medindo-se a quantidade de água, mantida a nível constante, que atravessa em um determinado tempo uma amostra de solo de seção A e altura L conhecidas; 15 Figura 3: Permeâmetro de carga constante simples Fonte: PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de Mecânica dos solos em 16 aulas.3° edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. • A partir desses dados, utiliza-se a lei de Darcy: 16 MÉTODOS DIRETOS • Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável: o Ensaio utilizado para solos com alta porcentagem de partículas finas; o É requerido devido ao longo período de tempo para a percolação da água através da amostra; o A evaporação da água passa a ter grande importância; 17 Figura 4: Permeâmetro de carga variável simples Fonte: PINTO, Carlos de Sousa. Curso básico de Mecânica dos solos em 16 aulas.3° edição. São Paulo: Oficina de Textos, 2006. • A partir dos dados obtidos, calcula-se o coeficiente de permeabilidade através da equação: 18 Figura 5: Permeâmetro de carga variável Fonte:http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17430/mate rial/PUC_GEOI_08_Cap7_.pdf 19 • Ensaios em laboratório representam somente pequenos volumes de solo em pontos individuais de uma grande massa; • Ensaios in situ têm como vantagem fornecer valores médios, que levam em conta variações locais no solo; • Citaremos os principais ensaios utilizados em campo; Ensaios in situ 20 • Ensaio de Bombeamento: o Neste ensaio um poço para bombeamento é aberto no local onde pretende-se determinar o coeficiente de permeabilidade; o Outros dois poços chamados de testemunhas, são abertos com cerca de 3 metros de distância do poço de bombeamento; o É então imposta uma vazão constante de retirada de água ao poço filtrante esperando−se o equilíbrio do nível de água no fundo do poço. Ensaios in situ 21 Figura 6: Ilustração do princípio do ensaio de Bombeamento Fonte: CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações.6° edição. Rio de Janeiro: L TC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 1988. 22 • A partir do cálculo da vazão de drenagem, utiliza-se a equação de Dupuit para calcular o coeficiente de permeabilidade, que é dada por: 23 • Ensaio de Tubo Aberto: o O ensaio de tubo aberto é utilizado para solos mais finos; o É realizado enchendo−se um furo revestido, com uma determinada quantidade de água e deixando−se a água percolar pelo solo; o Durante o processo de infiltração são realizadas leituras do nível de água no revestimento do furo e do tempo decorrido; Ensaios in situ 24 Figura 7: Ilustração do princípio do ensaio de Tubo aberto Fonte: CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações.6° edição. Rio de Janeiro: L TC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 1988. 25 • O coeficiente de permeabilidade para este caso é então calculado com o uso da equação: 26 • Lei de Darcy: o Barragens; o Hidroelétricas; o Filtros drenantes; o Fundações; o Fossas sépticas; o Construções que envolvem movimentação do solo e estabilidade; 27 • Os resultados obtidos nos ensaios mostram os coeficientes de permeabilidade, e a partir desses valores é possível determinar: o Granulometria do solo; o Permeabilidade; • Coeficiente de permeabilidade: o Indica a velocidade de percolação; o Unidade: (m/s) 28 • Solos Permeáveis (drenagem livre): o K > 10-7 m/s; Figura 8: Valores típicos do coeficiente de permeabilidade. Fonte: Permeabilidade dos Solos – Professora Rosane Vargas 29 • Granulometria: o O coeficiente de permeabilidade é diretamente proporcional ao tamanho das partículas; • Índice de vazios: o O coeficiente de permeabilidade é diretamente proporcional ao índice de vazios; Fatores que influenciam o Coeficiente de Permeabilidade30 • Composição mineralógica: o Solos com argilominerais (caulinitas, ilitas, montmorilonitas): valores de coeficiente de permeabilidade baixos; o Solos com minerais silicosos (quartzo): valores de coeficiente de permeabilidade mais elevados; Fatores que influenciam o Coeficiente de Permeabilidade 31 • Temperatura: o O coeficiente de permeabilidade é diretamente proporcional à temperatura; o Quanto maior a temperatura, menor a viscosidade e maior a permeabilidade; Fatores que influenciam o Coeficiente de Permeabilidade 32 • Grau de saturação: o O coeficiente de permeabilidade é diretamente proporcional ao grau de saturação do solo. A diferença nos valores, entretanto, não é muito grande; Fatores que influenciam o Coeficiente de Permeabilidade 33 • Estrutura do solo: o Estrutura floculada (solos compactados secos): valores mais altos para o coeficiente de permeabilidade; o Estrutura dispersa (solos compactados mais úmidos): valores mais baixos para o coeficiente de permeabilidade; o Solos residuais: valores maiores para o coeficiente de permeabilidade em virtude aos macro poros; Fatores que influenciam o Coeficiente de Permeabilidade 34 • Estimativa da vazão que irá percolar o maciço; • Análise de recalques; • Estudo de estabilidade dos solos; Aplicações in situ 35 • Fundação de barragens; • Obras de drenagem; • Rebaixamento do nível d’agua; • Adensamento; Aplicações in situ 36 37 Importância do estudo da Permeabilidade • Os problemas mais graves da construção estão diretamente ligadas à presença de água no solo; • O estudo de permeabilidade dos solos busca diminuir cada vez mais os acidentes; • Com o estudo da percolação, são fornecidas bases teóricas para a resolução de vários problemas; 38 • Com a movimentação de água nos solos, a água exerce uma força sobre as partículas sólidas, o que influencia em seu estado de tensões; • As pressões em pontos do solo mudam de acordo com a mudança do regime de fluxo da água; 39 • É possível aplicar os conceitos do fluxo de água através do adensamento em solos moles e com baixa permeabilidade ; • Em materiais granulares e não coesivos, existe uma grande porosidade e isto facilita o fluxo de água; • Em materiais finos e coesivos ocorre o oposto; 40 • Acidente de trem em São José do Rio Preto; • O motivo do acidente foi devido à uma grande permeabilidade do solo no local do acidente; • Acúmulo permanente de água ao lado do trilho pela falta de drenagem; 41 • Devido aos fatores citados, o solo teve uma perda de resistência, o que levou ao acidente; Figura 9: Acidente em São José do Rio Preto Fonte: https://noticias.uol.com.br 42 Conclusão 43 • Estudo de extrema importância; • Indispensável em obras de construção civil; • Redução no número de acidentes e desastres. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13292: Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos granulares à carga constante. Rio de Janeiro, 1995. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14545: Determinação do coeficiente de permeabilidade de solos argilosos a carga variável. Rio de Janeiro, 2000. • CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos solos e suas aplicações.6° edição. Rio de Janeiro: L TC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 1988. Referências 44 • GOMES, T. A. T., COSTA, K. S. Estudo do coeficiente de permeabilidade em ensaios de poço pelo padrão ABGE: Complexo alcalino carbonatítico do barreiro(CACB). XIX Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas. Araxá-MG. • LOPES, J. A., LUIZ, M., PERGENTINO, C. E., LIMA, M., SILVA, E. Permeabilidade dos Solos. Disponível em <file:///C:/Users/user/Downloads/Permeabilidade%20dos%20Sol os.pdf> Data de acesso: 30/05/2018. Referências 45 Referências • MACHADO, S. L., MACHADO, M. F. C. Mecânica dos solos II - Conceitos introdutórios. Universidade Federal da Bahia − Escola Politécnica Departamento de Ciência e Tecnologia dos Materiais (Setor de Geotecnia). Disponível em: <file:///C:/Users/user/Downloads/decrypted_Mec_nica%20dos %20solos%20II%20UFBA.pdf> Data de acesso: 31/05/2018. • MELLO, V. F. B; TEIXEIRA, A. H. 1967. Mecânica de solos. São Carlos: Escola de Engenharia. • SOUZA PINTO, C. de. 2000. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. São Paulo. Oficina de textos, 247p. 46
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